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Utilização Do Resíduo De Pescado Sobre A Qualidade Do Ovo De Poedeiras Leves

Vários métodos para se determinar a qualidade do ovo são citados na literatura, como por exemplo, a medida da altura da clara e da gema, peso do ovo, gravidade especifica, espessura da casca do ovo e várias outras medidas. O termo resíduo refere-se a todos os subprodutos e sobras do processamento de alimentos que são de valor relativamente baixo. No caso de pescado, o material residual pode ser constituído de aparas do toilete antes do enlatamento, carne escura, peixes fora do tamanho ideal para industrialização,...

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UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO DE PESCADO SOBRE A QUALIDADE DO OVO DE POEDEIRAS LEVES AF Silva*1, FGG Cruz2, WMP Miller1, NSM Dantas1, NS Flor3, FA de L Chaves4 1Acadêmicos do Curso de Zootecnia - FCA /UFAM. Manaus, AM, Brasil. 2 Professor do Departamento de Produção Animal e Vegetal/FCA/UFAM. Manaus, AM, Brasil. 3Acadêmica do Curso de Agronomia - FCA /UFAM. Manaus, AM, Brasil. 4 Auxiliar de Agropecuária do Setor de Avicultura FCA/UFAM. Manaus, AM, Brasil. Introdução Vários métodos para se determinar a qualidade do ovo são citados na literatura, como por exemplo, a medida da altura da clara e da gema, peso do ovo, gravidade especifica, espessura da casca do ovo e várias outras medidas. O termo resíduo refere-se a todos os subprodutos e sobras do processamento de alimentos que são de valor relativamente baixo. No caso de pescado, o material residual pode ser constituído de aparas do toilete antes do enlatamento, carne escura, peixes fora do tamanho ideal para industrialização, cabeças e carcaças (3). Segundo (5), no Brasil, o aproveitamento dos resíduos da industrialização de pescado é pequeno; na indústria aproveitam-se as sobras para preparo de farinha de pescados, contudo esta ainda é de baixa qualidade. (1) relata que os resíduos de origem animal representam vasta fonte de energia e de nutrientes, que podem ser convertidos em ingredientes para a indústria de alimentação animal. Material e Métodos O experimento foi conduzido no Setor de Avicultura da Universidade Federal do Amazonas, com duração de 84 dias, divididos em quatro períodos de 21 dias. Foram utilizadas 160 aves da linhagem Dekalb White. Os tratamentos experimentais foram os seguintes: T.1 – Testemunha, onde não foi administrada nenhuma quantidade de resíduo de pescado às aves, T.2 – 1% de resíduo de pescado, T.3 – 2% de resíduo de pescado, T.4 – 3% de resíduo de pescado e T.5 – 4% de resíduo de pescado. Nos últimos dias de cada ciclo, logo após a coleta, os ovos coletados foram avaliados para a determinação de sua qualidade, cujas variáveis analisadas foram: gravidade especifica (g/ml de água), peso do ovo (g), peso da gema (g), peso do albúmen (g), peso da casca (g), espessura da casca (μm), altura do albúmen (cm) e altura da gema (cm). A análise estatística foi avaliada através do programa SAEG (2007), e para comparação das médias utilizou-se o teste Tukey a 5% de significância. Resultados e Discussão Na Tabela 1 encontra-se o efeito dos tratamentos sobre a qualidade dos ovos. Diferenças altamente significativa (P<0,05) foram encontradas entre os tratamentos testados para as variáveis: peso do ovo (g), peso da gema (g), peso do albúmen (g), peso da casca (g), altura do albúmen (cm) e altura da gema (cm). De tal forma que as dietas que receberam maiores percentagens de inclusão de resíduo de pescado na ração foram os mais eficientes, desta forma proporcionaram melhores índices zootécnicos. O que está de acordo com (2), que utilizando 0% e 2% de resíduo de peixe na ração, constatou-se um melhor desempenho dos tratamentos com inclusão de resíduo de pescado. Para as variáveis gravidade especifica (g/ml de água) e espessura da casca (μm) não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) para as médias analisadas. Conclusão Através dos valores médios verificados, aconselha-se a utilização de 4% de resíduo de pescado na ração das aves, pois o mesmo desempenhou o melhor índice zootécnico para a qualidade dos ovos. Bibliografia 1.Carvalho GGP, Pires AJV, Veloso CM, et al. Revista Brasileira de Zootecnia; v.35; 2006; p.126-130. 2.Costa PT, Peischel A, Stiles D. Revista Centro Ciências Rurais; v.5; 1975; p.111-118. 3.Oetterer M. Alimentos e Nutrição; v.5; 1993/1994; p.119-134. 4. Sales RO, Souza JML, Azevedo AR, et al. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia; v.39; Recife – 2002. 5.Seibel NF, Souza SLA. Brazilian Journal of Food Technology; v.6; 2003; p.333-337. Tabela 1. Valores médios dos índices zootécnicos em função dos tratamentos submetidos a diferentes níveis de resíduo de pescado. Tratamentos "Gravidade Especifica "Peso do Ovo "Peso da Clara "Altura da Clara "Peso da Gema "Altura da Gema "Peso da Casca "Espessura da Casca " "T.1 - 0% de Resíduo T.2 - 1% de Resíduo T.3 - 2% de Resíduo T.4 - 3% de Resíduo T.5 - 4% de Resíduo "1.088 1.087 1.087 1.189 1.086 "60.12 b 59.62 b 66.18 a 65.63 a 67.96 a "31.52 d 33.62 cd 35.74 bc 38.36 ab 40.12 a "6.20 b 6.27 b 7.01 a 7.23 a 7.35 a "18.81 b 18.63 b 20.40 a 20.62 a 20.97 a "16.53 cd 16.48 d 17.09 bc 17.60 ab 17.96 a "5.83 b 5.90 b 6.36 a 6.37 a 6.60 a "37.94 37.67 38.26 37.37 38.54 " "CV (%) "8.306 "3.313 "4.417 "3.290 "1.405 "1.601 "2.850 "3.154 " "Médias na coluna, seguida de letras diferentes diferem entre si pelo teste Tukey (5%). CV – Coeficiente de Variação (%).