Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Treliças - Res. Mat.

Trabalho sobre treliças na matéria de Resistência dos Materiais.

   EMBED


Share

Transcript

Trabalho Resistência dos Materiais Nomes : Lucas Pinheiro (09) e Bruno Rafael (03) Turma : 2112 Prof. : José Cláudio Tema : Treliças TRELIÇAS As treliças ou "sistemas triangulados" são estruturas formadas por elementos rígidos, aos quais se dá o nome de barras. Estes elementos encontram-se ligados entre si por articulações/nós que se consideram, no cálculo estrutural, perfeitas (isto é, sem qualquer consideração de atrito ou outras forças que impedem a livre rotação das barras em relação ao nó). Nas treliças as cargas são aplicadas somente nos nós, não havendo qualquer transmissão de momento fletor entre os seus elementos, ficando assim as barras sujeitas apenas a esforços normais/axiais/uniaxias (alinhados segundo o eixo da barra) de tração ou compressão. A definição de treliça tem, então, como base as seguintes simplificações: 1. Articulações perfeitas; 2. Articulações com graus de liberdade de rotação (rótulas); 3. Ausência de forças aplicadas nas barras. Trataremos a seguir da análise de treliças ideais planas, admitindo que a treliça estudada não é um caso excepcional. Assim, chamando de b o número de barras e n o número de nós e lembrando que o apoio móvel equivale a uma barra e o apoio fixo equivale a duas barras, as treliças podem ser classificadas do ponto de vista do cálculo estático em: a) sistema móvel se b < 2n b) treliça isostática se b = 2n c) treliça hiperestática se b > 2n Tipos de Treliças Existem diferentes tipos de treliças que são encontrados hoje em muitas estruturas comerciais, bem como residenciais. Muitas das treliças do telhado que temos hoje são realmente pré-fabricados e cuidadosamente concebido com a finalidade de efetivamente apoiar o telha de um prédio específico onde estão instalados. Os diferentes tipos de treliças têm diferentes níveis de flexibilidade, bem como a função para que eles possam atender às necessidades específicas de apoio de diferentes tipos de telhado em uma casa. Os tipos de treliças também terá um projeto complexo e outros podem apenas ter projetos simples, mas igualmente funcional. Porém, há inovações diferentes, bem como novos modelos na arquitetura que tem suscitado vários desafios no uso de vários tipos de treliças de ter um apoio efetivo aos estilos de coberturas diversas. Aspectos gerais Malhas Os elementos que compõem uma treliça espacial são os responsáveis pelo seu comportamento estrutural. A disposição mais utilizada para os elementos de duas camadas são os arranjos (das barras) quadrado sobre quadrado com defasagem de meio módulo. Diferentes arranjos geram distribuições diferentes dos esforços nas barras. Em geral, o arranjo com menor número de barras e de nós é a solução mais econômica. Apoios As treliças espaciais podem ser apoiadas em pilares de concreto armado ou de aço, diretamente em um nó, seja ele do banzo superior ou inferior. Quando a estrutura está sujeita a carregamentos muito grandes, é ideal que se utilizem elementos adicionais para minimizar os esforços que convergem para o nó de apoio, como por exemplo: vigas de transição entre dois nós, pirâmides invertidas, dentre outros. Figura - Tipos de apoios: a) apoio direto no banzo inferior; b) apoio do tipo pirâmide invertida; c) apoio com viga de transição; d) pirâmide invertida com travejamento interno; e) apoio direto no banzo superior. Relações dimensionais, seções transversais e material A altura recomendada para um treliça é de L/20 a L/40, sendo L o comprimento do maior vão da treliça analisada. Recomenda-se também manter os ângulos das diagonais entre 40 e 55 graus. As treliças espaciais são geralmente construídas utilizando-se seções tubulares circulares, uma vez que estas possuem simetria, facilidade no detalhamento da ligação e possuem características favoráveis quanto à flambagem. Quanto ao material de que são feitas, o mais comum é que sejam de aço, mas é utilizado também, em menor escala, o alumínio. Ligação entre barras: Nós Um fator importante a ser levado em consideração no estudo das treliças são os nós utilizados na união das barras. Os mesmos devem apresentar estabilidade sem, contudo, falhar no quesito estético. Ao longo dos anos vários tipos de nós vem sendo utilizados na fabricação de treliças, mas alguns foram eliminados por apresentarem falhas no comportamento estrutural ou por serem esteticamente desfavoráveis. Atualmente, os principais tipos de nós utilizados nas treliças são: os nós cruzados, onde os eixos de todas as barras convergem para o centro da esfera de maneira direta, o que os tornam perfeitos tanto estrutural quanto esteticamente; os nós "cruzetas", que são formados por chapas metálicas planas que são interligadas e montadas em planos diferentes, pertencentes aos planos de trabalho referentes a cada barra. Estes não são tão favoráveis estruturalmente, porém são mais econômicos, de fácil fabricação e estética razoável. Figura - Nó em cruzeta. Devido à sua composição geométrica e à natureza dos seus elementos, as treliças espaciais apresentam maior resistência às cargas de ruptura. Suas barras constituintes, que são fabricadas a partir de perfis tubulares, tem excelente comportamento quanto à flambagem local ou por torção. Sua grande rigidez no plano horizontal promove uma otimização no dimensionamento da infraestrutura de suporte, recebendo suas respectivas cargas reativas de modo mais uniforme, o que significa que se pode vencer maiores vãos com menor gasto de materiais. Uma vez que seus elementos construtivos, a barra e o nó, são bastante simplificados, a fabricação, a montagem e o transporte das treliças espaciais é bastante facilitado, sendo necessário, no campo, apenas o encaixe de parafusos. Além disso, esse sistema estrutural torna mais simples a fixação de qualquer equipamento para instalações em geral, como forros e passarelas. Esse tipo de estrutura é, em geral, mais econômico do que as coberturas convencionais. Cálculo de Treliças Consideramos para efeito de cálculo os esforços aplicados nos nós. Existem alguns tipos de calculo para determinação dos esforços nas barras, como o Método dos Nós, Método Ritter ou Métodos das seções. Método dos Nós Para determinar os esforços internos nas barras das treliças plana, devemos verificar a condição de Isostática da Treliça, sendo o primeiro passo. Depois calculamos as reações de apoio e os esforços normais axiais nos nós. Tais esforços serão denominados de N. 1º Condição de Treliça Isostática: 2 . n = b + ѵ Sendo 2º Calcular as Reações de Apoio (Vertical e Horizontal): ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣM = 0 (Momento fletor) Por convenção usaremos: no sentido horário no sentido anti-horário + - 3º Métodos dos Nós Quando calculamos os esforços, admitimos que as forças saem dos nós e nos próximos nós usamos os resultados das forças do nó anterior fazendo a troca de sinais. Importante lembrar que somente o jogo de sinais deverão ser feitos na equação dos nós, pois as forças das reações horizontais e verticais devem ser inseridos na equação considerando-se exclusivamente os sinais que possuem, ou seja, não fazer jogo de sinais para tais reações. Calma, nos exercicios verá que é fácil. Por Convenção os sinais das forças das barras são: + TRAÇÃO - COMPRESSÃO Treliça Esquemática Exercícios 1º) Calcule as reações de apoio e as forças normais nas barras através do Método dos Nós. 1º Passo Condição de Isostática 2.n = b+ν 2.6 = 9+3 12 = 12 OK 2º Passo Reações de Apoio ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣM = 0 (Momento fletor) HE = 0 VA+VE = 50+100+50 VA.4-50.4-100.2 = 0 VA+VE = 200 KN VA = 400÷4 100+VE = 200 KN VA = 100 KN VE = 200-100 VE = 100 KN 3º Passo Método dos Nós Decomposição das forças Nó "A" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 VA+NAB = 0 NAF = 0 100+NAB = 0 NAB = -100 KN Nó "B" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 -50-NBA-NBF.cos45° = 0 NBC+NBF.sen45° = 0 -50-(-100)-NBF.cos45° = 0 NBC+70,7.sen45° = 0 -NBF = -50÷cos45° NBC = - 50 KN NBF = 70,7 KN Nó "C" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 -100-NCF = 0 -NCB+NCD = 0 NCF = -100 KN -(-50)+NCD = 0 NCD = - 50 KN Nó "F" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 NFC+NFB.sen45°+NFD.sen45° = 0 -NFB.cos45°+NFD.cos45°- NFA+NFE = 0 -100+70,7.sen45°+NFD.sen45° = 0 -70,7.cos45°+70,7.cos45°- 0+NFE = 0 NFD = 50÷sen45° NFE = 0 KN NFD = 70,7 KN Nó "E" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 NED+100 = 0 0-HE = 0 NED = -100 KN HE = 0 KN Nó "D" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 -50-NDF.sen45°-NDE = 0 -NDC-NDF.cos45° = 0 -50-70,7.sen45°+100 = 0 -(-50)-70,7.cos45° = 0 -50-50+100 = 0 50-50 = 0 0 = 0 0 = 0 "BARRA "FORÇAS NORMAIS AXIAIS "ESFORÇO " " "(KN) " " "NAB "-100 "COMPRESSÃO " "NED "-100 "COMPRESSÃO " "NAF "0 "- " "NEF "0 "- " "NBC " "COMPRESSÃO " " "-50 " " "NDC "-50 "COMPRESSÃO " "NBF "70,7 "TRAÇÃO " "NDF "70,7 "TRAÇÃO " "NCF "-100 "COMPRESSÃO " 2º) Calcule as reações de apoio e as forças normais nas barras através do Método dos Nós. 1º Passo Condição de Isostática 2.n = b+ν 2.5 = 7+3 10 = 10 OK 2º Passo Reações de Apoio ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣM = 0 (Momento fletor) HA+HB = 40 VB = 20 KN -HA.2+20.4+40.1 = 0 60+HB = 40 -HA.2+120 = 0 HB = 40-60 HA = 120÷2 HB = -20 KN HA = 60 KN 3º Passo Método dos Nós Decomposição das forças Nó "B" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 VB-NBA-NBC.sen26,57° = 0 -HB+NBC.cos26,57° = 0 20-NBA-22,36.sen26,57° = 0 -20+NBC.cos26,57° = 0 NBA = 10 KN NBC = 20÷cos26,57° NBC = 22,36 KN Nó "A" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 NAB+NAC.sen26,57° = 0 HA+NAC.cos26,57°+NAE = 0 10+NAC.sen26,57° = 0 60+(- 22,36).cos26,57°+NAE = 0 NAC = -10÷sen26,57° NAE+60- 20 = 0 NAC = -22,36 KN NAE = -40 KN Nó "E" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 NEC = 0 -NEA+NED = 0 -(-40)+NED = 0 NED = -40 KN Nó "C" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 NCB.sen26,57°-NCA.sen26,57°-NCE-NCD.sen26,57°=0 -40- NCB.cos26,57°-NCA.cos26,57°+NCD.cos26,57° = 0 22,36.sen26,57°-(-22,36).sen26,57°-0-NCD.sen26,57°=0 -40- 22,36.cos26,57°-(-22,36).cos26,57°+44,7.cos26,57°=0 10+10-NCD.sen26,57°=0 -40-20+20+40 = 0 NCD = 20÷sen26,57° 0 = 0 NCD = 44,7 KN Nó "D" Forças Verticais (V) Forças Verticais (H) ΣFV = 0 ΣFH = 0 -20+NDC.sen26,57° = 0 -NDC.cos26,57°-NDE = 0 -20+44,7.sen26,57° = 0 -44,7.cos26,57°-(-40) = 0 -20+20 = 0 -40+40 = 0 0 = 0 0 = 0 "BARRA "FORÇAS NORMAIS AXIAIS "ESFORÇO " " "(KN) " " "NAB "10 "TRAÇÃO " "NBC "22,36 "TRAÇÃO " "NAC "-22,36 "COMPRESSÃO " "NAE "-40 "COMPRESSÃO " "NEC "0 "- " "NED "-40 "COMPRESSÃO " "NCD "44,7 "TRAÇÃO " Método de Ritter Vimos que pelo método dos nós, devemos seguir uma ordem de cálculo e calculamos os esforços em todas as barras de uma treliça. O método de Ritter permite que se calcule os esforços normais apenas em algumas barras que possam nos interessar. ROTEIRO: 1 -Cálculo das reações externas se necessário 2 - Cortar a treliça por seções de Ritter que devem: a. Atravessar toda a treliça dividindo-a em 2 partes b. Interceptar no máximo 3 barras que não sejam ao mesmo tempo paralelas ou concorrentes( Os esforços normais destas barras serão os calculados) c. Cortada a treliça em duas partes, substitui-se a parte retirada pelos esforços normais desenvolvidos pelas barras cortadas, que devem ser calculados, de maneira que as partes ficam em equilíbrio. d. Os esforços normais serão encontrados pelo equilíbrio das partes, podendo-se dispor além das equações fundamentais de equilíbrio estático, da condição de nó onde a soma dos momentos em qualquer nó da treliça deve ser zero, pois rótulas não absorvem momento. OBS: Este método acrescenta mais condições as já conhecidas e usamos as condições que nos parecerem mais convenientes, e podemos facilmente mesclarmos os dois métodos. Aplicações Figura - Exemplo de treliça espacial com malha quadrada dupla. Duas camadas paralelas. As grandes vantagens da aplicação de treliças espaciais em geral são: Possibilita a implantação de grandes vãos livres e apresenta beleza arquitetônica. O que explica o fato da maioria das vezes, optar- se por deixar a estrutura aparente (sem forro); Possui relação entre peso próprio e vão livre bastante vantajosa; São de fácil montagem, transporte e fabricação; Possibilita ampliação e desmontagem relativamente fácil da estrutura; Permite a reposição de elementos sem comprometer a estabilidade da estrutura; São estruturas de elevado grau de hiperestaticidade (redundância estrutural). Desta forma um eventual dano em qualquer um dos elementos não significará, necessariamente, o colapso de toda a estrutura; Possibilita grande flexibilidade aos projetistas, pois permite um vasto leque de opções de pontos de aplicação de apoios para a estrutura (sem necessidade de seguir um padrão de distância entre os apoios). Muitas obras em estruturas treliçadas de aço ou alumínio são recorrentemente especificadas em vários projetos arquitetônicos. As treliças espaciais (ou planas) são projetadas sob encomenda e são desenvolvidas a partir de estudos específicos de acordo com as exigências de cada edificação, objetivando-se o melhor custo x benefício, em relação a outros sistemas estruturais. Entre os segmentos que utilizam as estruturas estruturas treliçadas, destacam-se: Centros de Convenção; Terminais Aeroportuários; Terminais de Metrô; Terminais Rodoviários; Ginásios de Esportes; Shopping Centers; Hipermercados; Centro de Distribuição; Indústrias; Galpões de lojas de revendas de Automóveis. Bibliografia INTRODUÇÃO À ISOSTÁTICA, autor Eloy Ferraz Machado Junior, 2007 Apostila "MECÂNICA DOS MATERIAIS", autor Ricardo Gaspar, 2005 http://pt.azdoctips.com/doc/96285984/Tipos-de-trelicas http://pt.wikipedia.org/wiki/Treli%C3%A7a http://www.fec.unicamp.br/~nilson/apostilas/sistemas_estruturais_grad.pdf ----------------------- n = nº de nós b = quantidade de barras ѵ = nº de reações (Verticais e Horizontais) NAB NAB NAF NAF VA VA 50 50 NBC NBF NBC NBF NBA NBF NBA 100 100 NCB NCD 䍎ൂ不䑃഍䍎െ不䙃഍䙎ൃ不䑆഍䙎ൂ不䉆഍䙎ൃ不䑆഍䙎ൂ不䑆഍䙎ു不䕆഍䙎ു不䕆഍䕎ൄ不䑅഍䕎െ䠍൅不䙅഍ 䕈഍䕖഍䕖഍〵഍〵഍䑎ൃ不䍄഍䑎െ不䙄഍䑎൅不䕄഍䑎െ嘍ൂNCB NCD NCF NCF NFC NFD NFB NFB NFC NFD NFB NFD NFA NFE NFA NFE NED NED NEF HE NEF HE VE VE 50 50 NDC NDC NDF NDF NDE NDE NDF VB VB HB HB NBC NBC NBC NBA NBA NAC NAB NAB NAC NAC HA HA NAE NAE NEC NEC NED NEA NEA NED NCB NCB NCB 40 NCD NCA NCD NCA 40 NCD NCA NCE NCE NDC 20 NDC 20 NDC NDE NDE