Transcript
Química Industrial –
Profa. Míriam M. Pinto
Tratamento de águas e efluentes industriais
Baseado em
Trovati, J.; Tratamento de água para geração de vapor: caldeiras (ano não disponível).
Trovati, J.; Tratamento de água de resfriamento (ano não disponível).
Shreve, R.N; Brink, J.A. Indústrias de processos químicos, 4ª. Edição, 1997
Tratamentos de superfície
Os metais utilizados nos sistemas de resfriamento (principalmente aço carbono, ferro e ferro fundido) podem receber tratamentos anticorrosivos em sua superfície, que impedem que o metal entre em contato direto com o ambiente. Estes tratamentos podem ser feitos com base em processos de galvanoplastia (tais como cromação, galvanização, niquelação, etc.) ou por meio de pinturas específicas (zarção, primers, fosfatizantes, tintas epóxi, recobrimento com PVC).
Ao ser aplicado este tipo de tratamento, deve-se assegurar a integridade do filme de proteção formado, uma vez que qualquer descontinuidade ou falha no mesmo pode ocasionar pontos de corrosão localizada.
Inibidores de corrosão
São os métodos de controle de corrosão mais empregados em sistemas de resfriamento. Seus princípios de funcionamento baseiam-se no impedimento ou diminuição nas reações de óxido-redução que caracterizam os processos corrosivos. Assim, podemos classificar os inibidores de corrosão em duas classes: inibidores anódicos e inibidores catódicos, ou ainda aqueles que apresentam ambas as propriedades.
Normalmente são empregadas combinações de inibidores, visando controlar a corrosão em todas as frentes.
Águas servidas industriais
Problema mais complexo e mais difícil que o tratamento de esgotos devido a grande diversidade de contaminantes químicos de cada tipo de instalação industrial.
Rejeitos ácidos ou básicos são neutralizados
Rejeitos com matéria orgânica são tratados como os esgotos
Resta o problema dos rejeitos dos tratamentos feitos para tratar a água servida.
Inibidores anódicos
Atuam nas áreas anódicas do metal, onde há fuga de elétrons e formação de átomos com estados de oxidação superiores (tais como o Fe2+).
Os inibidores anódicos funcionam basicamente de duas formas:
reagem com os íons metálicos produzidos no ânodo e formam um filme de óxidos combinados, isolando o metal base e impedindo o prosseguimento das reações anódicas.
formam um filme adsorvido sobre a superfície anódica, impedindo o fluxo de íons e elétrons nessa região, além de isolá-la do contato direto com o ambiente.
Tratamento terciário
A águra ainda contém P, N e C que podem servir de nutrientes para o crescimento de algas e outras plantas aquáticas.
Retirada do P como fosfatos é feita pela precipitação com cal ou hidróxido de alumínio.
Inibição à corrosão
Para controle da corrosão em sistemas de resfriamento, os métodos usualmente empregados são:
Tratamentos de Superfície
Inibidores de Corrosão
Métodos alternativos de prevenção de incrustações
Pré-Tratamento: Consiste em remover, antecipadamente, o material dissolvido e em suspensão na água de alimentação do sistema. Normalmente empregam-se aparelhos de troca iônica (abrandadores e/ou desmineralizadores) para remoção dos sais dissolvidos. Para eliminar o material suspenso, utiliza-se uma clarificação da água seguida por filtração, podendo inclusive ser feita uma cloração para ajudar no controle de desenvolvimento microbiológico.
Reaproveitamento de Águas Condensadas
Modificação de cristais
Sem tratamento, as incrustações inorgânicas são formadas por retículos cristalinos que de desenvolvem de maneira bem regular, o que favorece seu crescimento após a formação e aderência sobre as superfícies metálicas.
A modificação de cristais age pela distorção dos mesmos, impedindo seu crescimento ordenado e alterando sua forma. Com isso, os cristais tendem a não se aderir sobre as superfícies e permanecem dispersos no líquido, favorecendo sua eliminação pelas descargas.
Alguns produtos orgânicos naturais, tais como ligninas e taninos, foram e ainda são usados com esta finalidade.
Ultimamente, o uso de polímeros e copolímeros sintéticos específicos (poliacrilatos, maleicos, fosfino-carboxílicos, entre outros) tem se mostrado mais vantajoso.
Dispersão
Os princípios de ação utilizados por este tipo de tratamento são:
Efeito Limiar ("Threshold") também chamado de "seqüestração"
Ação dispersiva
Efeito Surfactante
Modificação de Cristais
Seqüestração
Caracterizado pela redução na tendência de precipitação de compostos de cálcio, magnésio, ferro, manganês, etc.
As principais classes de produtos que exibem estas propriedades são os polifosfatos, fosfonatos (compostos organofosfóricos) e polímeros/
copolímeros (acrílicos, maleicos, estireno-sulfonados, carboxílicos etc.).
Ação dispersiva
Apresentada comumente por compostos organofosfóricos e polieletrólitos que, por sua vez, tendem a se adsorver sobre a superfície de partículas em suspensão, tais como núcleos de precipitação de sais. O produto adsorvido sobre a partícula confere-lhe cargas elétricas, fazendo com que as mesmas exerçam forças de repulsão entre elas e, assim, permaneçam dispersas. Em outras palavras, a ação dispersiva atua de modo oposto à coagulação.
Efeito surfactante
Empregado para agir contra material orgânico, principalmente quando originado do desenvolvimento microbiológico.
Normalmente são compostos que aumentam a hidratação das partículas, solubilizando-as e mantendo-as dispersas, sem tendência a se depositarem.
O princípio de ação dos surfactantes é semelhante ao de um detergente ou sabão: um dos extremos da molécula interage com o material orgânico, e o outro extremo é solúvel em água. Normalmente, utilizam-se produtos a base de compostos etoxilados ou copolímeros de óxidos de etileno-propileno combinados (EO-PO).
Tratamento secundário
A matéria orgânica dissolvida é oxidada de forma a reduzir de 85 a 90% a DBO.
Utiliza lodo ativado e sistema de aeração
O lodo ativado contém microorganismos aeróbicos que digerem o material do esgoto.
Tratamento primário
Reduz de 30 a 60% dos sólidos suspensos e da DBO
Consiste de peneiramento, clarificação, filtração e cloração
Tratamento de águas servidas
Os métodos de tratamento de esgotos são geralmente divididos em:
Primários ou tratamento físico;
Secundários ou tratamento bioquímico e
Terciário
Controle de desenvolvimento microbiológico
Por se tratarem de agentes potencialmente poluidores, deve haver rigoroso critério na escolha do biocida e sua dosagem, de modo a evitar o descarte de água que poderá contaminar ou prejudicar o meio ambiente.
Os biocidas para águas de resfriamento podem ser classificados em dois grupos: oxidantes e não-oxidantes.
Controle de desenvolvimento microbiológico
Preventivamente, é desejável a utilização de água com boa qualidade para alimentação do sistema de resfriamento, preferencialmente clarificada, filtrada e clorada/ esterilizada, o que minimiza a entrada de microrganismos no sistema. No entanto, uma vez instalados, o meio usualmente empregado para combatê-los é através do extermínio direto desses seres, o que normalmente é feito usando de produtos químicos denominados biocidas.
Inibidores catódicos
Os principais inibidores catódicos usados em sistemas de resfriamento são:
Polifosfatos: Apresentam boa inibição de corrosão quando íons de metais bivalentes estiverem presentes na água, tais como cálcio. Além da inibição da corrosão, os polifosfatos também atuam como inibidores de incrustação.
Zinco: São usualmente empregados em combinações com outros inibidores de corrosão (polifosfatos, fosfonatos, etc.), pois seu uso isolado tem se mostrado pouco eficiente.
Carbonato de Cálcio: Quando devidamente controlado, um fino depósito de carbonato de cálcio pode agir como inibidor de corrosão, principalmente em águas contendo quantidade razoável de dureza cálcio. No entanto, deve-se atentar para o não desenvolvimento de incrustações que podem causar maiores problemas, sendo de fundamental importância o uso de dispersantes eficientes.
Inibidores catódicos
Estes inibidores agem preferencialmente, porém não obrigatoriamente, nas zonas catódicas dos processos corrosivos. O mecanismo de ação também se baseia na formação de barreiras e filmes protetivos, que restringem o fluxo de íons hidrogênio, hidroxilas e oxigênio para as superfícies catódicas que completam as reações de corrosão.
Inibidores anódicos
Nitritos: Apresentam excelente efeito de inibição de corrosão em aço carbono, porém não são utilizados em sistemas abertos devido à toxidez e por ser facilmente decomposto em nitrato, por ação de nitrobactérias.
Lignosulfonados e Taninos: Tendem a formar um filme orgânico adsorvido sobre a superfície do metal, protegendo-o da corrosão. Por serem de origem orgânica e biodegradáveis, não são tóxicos ao ambiente.
Polímeros: Certos polímeros de baixo peso molecular, tais como poliacrilatos e polimaleatos, exibem propriedades de inibição de corrosão quando usados em águas com concentrações razoáveis de carbonato de cálcio.
Silicatos: Formam um filme adsorvido sobre a superfície do metal. Sua performance é muito afetada pelas condições operacionais (pH, temperatura, qualidade da água) e, por isso, também são pouco utilizados em sistemas abertos.
Biocidas oxidantes
Têm seu princípio de ação fundamentado na oxidação da matéria orgânica presente nos seres vivos, destruindo suas estruturas vitais e assim causando a morte dos mesmos.
Biocidas oxidantes:
Cloro e compostos
O gás cloro (Cl2), hipoclorito de sódio ou cálcio (NaClO e Ca(ClO)2), o dióxido de cloro (ClO2) e vários outros compostos derivados são empregados no tratamento de águas de resfriamento.
Seus princípios de ação fundamentam-se na formação do ácido hipocloroso (HClO), que é o principal responsável pela ação oxidante do composto. As reações envolvidas neste processo estão relacionadas abaixo (tomamos como exemplo de partida o gás cloro):
Cl2 + H2O H+ + Cl- + HClO; HClO H+ + ClO-
A dissociação dos compostos clorados para formação do ácido hipocloroso é bastante dependente do pH, o que restringe os processos de cloração em águas a valores de pH abaixo de 8,5.
Biocidas oxidantes:
Peróxidos
Devido ao seu poder oxidante, alguns peróxidos, principalmente o peróxido de hidrogênio (H2O2) podem ser usados para controle do desenvolvimento microbiológico em sistemas de resfriamento.
Normalmente, estes compostos são dosados diretamente no equipamento que está apresentando problemas (tais como biofilmes em trocadores de calor). Tem a desvantagem de ser bastante volátil, o que diminui sua eficiência, além de poder aumentar os processos corrosivos.
Tratamento de águas servidas
A extensão do tratamento necessário é medida em duas bases:
Teor de sólidos suspensos
Demanda bioquímica de oxigênio – DBO que mede o teor de impurezas pela necessidade de oxigênio necessária para oxidá-la.
Tratamento de águas servidas - ETE
Esgoto afluente
Peneira
Leito de lodo
ativado
aerador
Espessador
reuso
Tanque
de AI
Biocidas não-oxidantes
Esta classe de biocidas, representada por inúmeros compostos químicos distintos, apresentam mecanismos de ação peculiares e específicos para o controle dos microrganismos. A tendência atual é utilizar produtos de ação relativamente rápida, eficientes na eliminação dos microrganismos de interesse, de baixa toxidez ao ser humano e demais animais e plantas superiores, que apresente elevada degradabilidade e, finalmente, de baixo impacto ambiental.
Biocidas oxidantes:
ozônio
O ozônio (um alótropo do oxigênio de fórmula O3) também pode ser usado como sanitizante em águas de resfriamento. No entanto, devido ao alto custo dos equipamentos destinados à geração desse gás e à sua volatilidade extremamente alta, é usado somente em alguns casos particulares. Por outro lado, o ozônio é empregado com certa freqüência no tratamento de água potável e também em alguns efluentes.
Dispersão
Este é o mecanismo mais utilizado para prevenção de incrustações de origem inorgânica, apresentando uma série de qualidades que o tornam eficaz mesmo para sistemas que trabalham com elevadas concentrações de sais.
Tratamentos para água de refrigeração
Remoção de contaminantes de origem orgânica: floculação
Remoção de contaminantes de origem inorgânica: dispersão
Inibição à corrosão
Controle de desenvolvimento microbiológico
Tratamentos para água de refrigeração
Fundamentalmente, os objetivos do tratamento da água de resfriamento são:
Evitar a formação de incrustações
Minimizar os processos corrosivos
Controlar o desenvolvimento microbiológico
Etapas de clarificação da água
Figura 1: Representação das etapas de clarificação da água
Processos de troca iônica
Tratamento complementar que visa a remoção dos íons dissolvidos na água (cálcio, magnésio, sílica, etc). Faz uso das resinas de troca iônica que são pequenas esferas porosas de material plástico em cuja superfície estão ligados os íons que serão usados na troca. Existem dois tipos básicos de resina: as catiônicas, que trocam íons positivos (tais como Ca2+, Mg2+, Na2+, H+, Ba2+) e as aniônicas, que trocam íons negativos (Cl-, OH-, SiO32-).
O processo consiste em fazer a água a ser tratada passar por um ou mais leitos dessas resinas, as quais retém os íons de interesse. Chegará um momento em que o leito estará saturado e deverá ser regenerado adequadamente.
Abrandamento e desmineralização
Abrandamento
Consiste na remoção de Ca2+ e Mg2+ da água. Faz uso de resinas que trocam íons sódio (Na+) ou hidrogênio (H+). Após saturação do leito, a regeneração é feita com NaCl ou HCl (as vezes H2SO4).
Desmineralização
Processo completo, removendo íons positivos e negativos da água deixando-a praticamente isenta de materiais dissolvidos. Consiste em fazer a água passar por um abrandador operando com resina de ciclo H+ e, após, passar por um leito de resina aniônica, que troca íons OH-. Este procedimento remove sílica e silicatos solúveis, além de carbonatos, sulfatos e cloretos. Após saturação do leito, normalmente é feita regeneração com soda cáustica (NaOH).
Processo de abrandamento
Remoção de cálcio e magnésio da água
Uso de resinas de ciclo sódio ou hidrogênio
Regeneração com cloreto de sódio ou ácido clorídrico
FIGURA 2: ilustração de um processo de abrandamento por troca iônica (ciclo hidrogênio).
Desmineralização
Trata-se de um processo completo, removendo os íons positivos e negativos da água e deixando-a praticamente isenta de materiais dissolvidos. Consiste em fazer a água passar por um abrandador operando com resina de ciclo hidrogênio e, após, passar por um leito de resina aniônica, que troca íons hidroxila (OH-).
Este procedimento é capaz de remover a sílica e silicatos solúveis, além de carbonatos, sulfatos e até cloretos. Após saturação do leito, normalmente é feita regeneração com soda cáustica (NaOH).
Clarificação/filtração
Este método é bastante utilizado para combater incrustações de origem orgânica, tais como contaminações da água por materiais de processo (óleos, hidrocarbonetos, etc.), microrganismos e produtos originados de seu metabolismo (proteínas, lipídeos, polissacarídeos), lodos de maneira geral, material particulado etc.
Clarificação/filtração
Operação realizada em uma estação de tratamento de água (ETA), responsável pela eliminação de material suspenso na água.
processo de coagulação / floculação das impurezas com a adição de um ou mais produtos tais como sulfato de alumínio, cloreto férrico, polímeros de acrilamida e policloretos de alumínio - PACs (também chamados de polieletrólitos) e taninos modificados.
O produto aglutina as impurezas da água por interações eletrostáticas e adsorção física e promove a formação de flocos que se sedimentam e são eliminados.
A água clarificada é então submetida a filtração, normalmente em leito de areia, por meio dos filtros que operam por gravidade ou pressão.
Ao término deste processo a água pode ser submetida a tratamentos complementares como a desinfecção por cloração.
Tratamentos preliminares da água
São procedimentos visando retirar impurezas e evitar as conseqüências de sua presença. O tratamento preliminar atua primeiramente sobre as impurezas mais grosseiras, tais como turbidez, sólidos em suspensão e material orgânico. Posteriormente, são feitos tratamentos mais sofisticados para eliminação do material dissolvido.
Águas industriais
Recebem a denominação de águas industriais aquelas utilizadas em plantas industriais para:
Geração de vapor/energia
Refrigeração/resfriamento
Lavagens e outros usos diversos
Sistema de águas na CST
Captação no Rio Santa Maria
ETA
floculação
decantação
Água industrial
Tanque
de AI
Usos diversos como
umidificação de estoques
Clora-
ção
Tanque
de AP
Consumo na usina
ETE
lodo
ativado
espessador
Estação
desmi
Geração
de vapor
Uso de
vapor
condensação
Estação reuso
Tanque de
condensado
ETE
compacta
Declo
ração
Impurezas encontradas na água
Geralmente, nas águas superficiais e subterrâneas que são usadas nos processos industriais, encontramos as seguintes substâncias dissolvidas:
Dureza, representada basicamente pelos íons cálcio e magnésio (Ca2+ e Mg2+), principalmente os sulfatos (SO42-), carbonatos (CO32-) e bicarbonatos (HCO3-).
Sílica solúvel (SiO2) e silicatos (SiO32-) associados a vários cátions.
Óxidos metálicos (principalmente de ferro), originados de processos corrosivos.
Diversas outras substâncias inorgânicas dissolvidas.
Material orgânico, óleos, graxas, açúcares, material de processo, contaminantes de condensados, etc.
Gases, como oxigênio, gás carbônico, amônia, óxidos de nitrogênio e enxofre.
Materiais em suspensão, como areia, argila, lodo, etc.
Tratamentos para geração de vapor
Remoção de contaminantes de origem orgânica
Remoção de contaminantes de origem inorgânica (sais de Ca2+, Mg2+, sílica e silicatos
Remoção de oxigênio
Desmineralização
FIGURA 3: Princípio de funcionamento de uma resina aniônica.
Osmose reversa
Consiste em fazer a água previamente filtrada passar por dispositivo normalmente cilíndrico denominado "permeador", onde os sais presentes na água são retidos por membranas seletivas especialmente fabricadas. A água pura é eliminada radialmente pelo permeador, enquanto que a parcela de água não permeada é descartada a uma concentração mais elevada de sais. Este fato constitui uma das desvantagens do sistema, além do alto custo e da necessidade de se operar com vários permeadores em paralelo para obtenção de uma vazão razoável.
Esquema de osmose reversa
Emprego de membranas desenvolvidas para esse fim
Usadas em processos de dessalinização
FIGURA 4: Esquema de funcionamento de um sistema de tratamento de água por osmose reversa.
Corrosão
FIGURA 5: Representação de uma célula de corrosão clássica.
Remoção do oxigênio da água
Um dos meios mais simples e eficientes de se combater a corrosão elementar nas tubulações metálicas é pela remoção do oxigênio dissolvido na água. Não havendo oxigênio, não há receptor para os elétrons provenientes do ferro e, assim, o ciclo não se completa. A remoção do oxigênio é feita de dois modos: mecanicamente e quimicamente.
Desaeração mecânica
Consiste em fazer a água passar por um equipamento chamado "desaerador" o qual, trabalhando em temperatura elevada promove uma grande área de contato para expulsão do ar dissolvido. Existem dois tipos básicos desse equipamento: o tipo spray e o tipo que contém bandejas. Alguns desaeradores, principalmente para caldeiras de alta pressão, podem trabalhar a vácuo, o que ajuda na remoção do oxigênio.
Desaeração química: sequestrantes de oxigênio
Na maioria das vezes o desaerador não consegue eliminar totalmente o oxigênio dissolvido na água. Após o elemento desaerador, deve-se fazer a adição de um composto químico capaz de remover o oxigênio ainda presente na água. Utilizam-se normalmente as seguintes substâncias:
Sulfito de Sódio
Hidrazina
(Dietilhidroxilamina), amina com características redutoras
Ácido Iso-ascórbico
Alguns sacarídeos (tais como glicose): usados em aplicações específicas
Hidroquinona
Taninos
Aminoguanidinas
Hidrazidas e polímeros contendo este grupo funcional
(-CONHNH2)
Corrosão
Quimicamente, as reações envolvidas são:
Fe0 Fe 2+ + 2e- (ânodo)
½O2 + H2O + 2e- 2(OH)- (cátodo)
Fe2+ + 2(OH)- Fe(OH)2
2Fe(OH)2 + ½O2 + H2O 2Fe(OH)3
2Fe(OH)3 Fe2O3 . 3H2O
Corrosão
O mecanismo básico para o processo de corrosão é:
1. Na região anódica, átomos de ferro (Fe0) passam para o estado de oxidação II, formando Fe 2+.
2. Devido a formação do Fe2+ , dois elétrons migram pelo metal para a área catódica.
3. Se houver oxigênio presente na água, o mesmo move-se para a área catódica e ingressa no circuito, usando os elétrons que migraram para o cátodo e formando íons
(OH-) na superfície do metal.
4. Os íons OH- deslocam-se para a região anódica, onde reagem com os íons Fe2+ formando hidróxido ferroso, Fe(OH)2, que se deposita ao redor da área anódica. Esta etapa completa o ciclo básico do processo.
5. O Fe(OH)2 formado é instável e, na presença de oxigênio e/ ou íons OH-, forma-se hidróxido férrico Fe(OH)3.
6. O Fe(OH)3 tende a se decompor em Fe2O3, que é o óxido férrico, conhecido como ferrugem.
Corrosão
A corrosão envolve reações de óxido-redução. É um processo eletroquímico no qual o ânodo (onde ocorre oxidação – perda de elétrons), que é consumido, está separado por uma certa distância do cátodo, onde ocorre redução (ganho de elétrons).
Outros processos de abrandamento
A água também pode ser abrandada, embora não totalmente, por processos químicos como tratamento com cal Ca(OH)2 e barrilha (Na2CO3) (também chamado "cal sodada") ou fosfatos.
Estes processos são usados quando a dureza da água é excessivamente elevada e não se encontra nenhuma outra fonte de água de melhor qualidade.
DESTILAÇÃO
Consiste em vaporizar a água e condensá-la em seguida para produção de água pura. Devido ao alto custo operacional, este processo somente é empregado em locais com elevada disponibilidade de energia (combustível barato ou abundante) e em instalações marítimas, para utilização da água do mar.
Desaeração
Um tratamento complementar que também deve ser executado é a remoção de oxigênio e outros gases dissolvidos na água,por meio de uma desaeração para evitar a corrosão da tubulação metálica dos equipamentos por onde a água circular.
Corrosão
Corrosão pode ser definida como a destruição da estrutura de um metal devido a reações químicas e/ ou eletroquímicas com o ambiente em que o mesmo se encontra. A corrosão é uma forma natural dos metais voltarem ao estado original em que eram encontrados na natureza, tais como nos minérios (óxidos); isto ocorre porque, nesta forma, os metais apresentam-se da maneira mais estável possível do ponto de vista energético.
Inibidores anódicos
Os principais inibidores de corrosão anódicos são:
Cromatos: O melhor e um dos mais eficientes inibidores de corrosão anódicos. Atualmente não são mais empregados, devido à sua elevada toxidez e agressividade à flora e fauna aquáticas.
Ortofosfatos: Atuam através da formação de um filme cristalizado de ortofosfato de ferro (Fe3(PO4)2). Porém, este filme é mais espesso, poroso e menos resistente que o formado pelo cromato.
Molibdatos, Tungstatos: Agem de modo semelhante ao cromato. Seu uso em sistemas semi-abertos de resfriamento não é muito difundido devido ao elevado custo. No entanto, é empregado com sucesso em sistemas fechados.
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