Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Transporte E Movimentação De Grãos

Apresenta as principais máquinas de transporte de grãos e seus princípios de funcionamento

   EMBED


Share

Transcript

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS Prof. Adilio Flauzino de Lacerda Filho Departamento de Engenharia Agrícola Universidade Federal de Viçosa Fones: (31)3899-1872 e 3899-2729 E-mail: [email protected] 1 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS 2 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS componentes: . cabeça; . corpo; . correia; . caçambas; . sistemas de acionamento 3 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 1) CABEÇA: . é o componente onde se realiza a descarga; . nos transportadores de grande capacidade a polia é vulcanizada para minimizar deslizamentos; . suporta o sistema de acionamento, na maioria dos modelos comerciais; . o acionamento é feito por sistemas redutores de força e velocidade, por meio de correias e polias, acoplamento elástico ou caixa de redução. 4 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 2) MÓDULO OU CORPO . construído de chapas metálicas moldadas na forma quadrangular ou circular; . é a estrutura de sustentação da cabeça do elevador; . em um dos módulos intermediários deve existir uma janela que possibilite os serviços de manutenção. 5 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 3) PÉ DO ELEVADOR: . é composto por: polia inferior, esticador de correia, recebimento de carga e janela de inspeção 6 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 4) CORREIA . devem suportar o peso do material e a centrifugação, sem se desprenderem das caçambas; . devem resistir ao ambiente úmido, quente e à ação de produtos abrasivos; . permitem maior velocidade de operação em relação às correntes. 7 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 5) CAÇAMBAS: . o ângulo de inclinação do topo e a forma arredondada do fundo influenciam o enchimento e a descarga; . o espaçamento entre caçambas varia entre duas e três vezes a profundidade. 8 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 5) CAÇAMBAS: tipos 9 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS COMPONENTES: 6) FREIOS: tipos 10 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS CARACTERÍSTICAS QUANTO À DESCARGA DE GRÃOS: DESCARGA POR CENTRIFUGAÇÃO . A força centrífuga se iguala ao peso do produto . Fc – força centrífuga; . P – peso do produto; . r' e r" – distância do centro à parte externa e interna da caçamba; . R – raio efetivo da polia motora 1) 11 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS CARACTERÍSTICAS QUANTO À DESCARGA DE GRÃOS: 1) DESCARGA POR CENTRIFUGAÇÃO Fc = P m⋅v R P m= g Fc = 2 P v2 ⋅ =P g R D P⋅g ⋅R v2 = = g⋅ P 2 π ⋅D⋅n v= 60 D π 2 ⋅ D 2 ⋅ n2 g⋅ = 2 60 2 60 2 ⋅ D ⋅ g 2 n = 2 2 π ⋅D ⋅2 42,29 n= D 12 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS CARACTERÍSTICAS QUANTO À DESCARGA DE GRÃOS: 1) DESCARGA POR CENTRIFUGAÇÃO: em que D – diâmetro efetivo da polia do transportador, m; Fc – força centrífuga, kgf; P – peso, kgf; v – velocidade linear, m s-1; g – aceleração da gravidade, m s-2; e n – rotação, rpm 13 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS 1) DESCARGA POR CENTRIFUGAÇÃO CÁLCULO DA POTÊNCIA: Q = N ⋅v⋅q Q⋅H P= 4500 ⋅η em que P = potência do motor, cv; Q = capacidade do transportador, kg min-1; H = altura de elevação, m; v = velocidade da correia, m min-1; N = número de caçambas por metro, q = capacidade de cada caçamba, kg; = rendimento mecânico, (0,6 a 0,9). 14 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS CARACTERÍSTICAS QUANTO À DESCARGA DE GRÃOS: 2) DESCARGA POR GRAVIDADE . as caçambas são montadas em um par de correntes; . baixa velocidade das caçambas - aproximadamente 30 m min-1; . as sementes, pela ação da gravidade, caem sobre uma calha de descarga; . as caçambas devem ser escolhidas, conforme cada projeto, para o atendimento da eficiência máxima de operação. 15 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS CARACTERÍSTICAS QUANTO À DESCARGA DE GRÃOS: 2) DESCARGA POR GRAVIDADE: . menor velocidade; . o produto é lançado para fora das caçambas devido a ação da gravidade; . o produto é lançado sobre um anteparo antes de cais no duto distribuidor; . as caçambas são fixadas em correntes 16 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS TRANSPORTADORES DE CAÇAMBAS CARACTERÍSTICAS QUANTO À DESCARGA DE GRÃOS: 3) DESCARGA INTERNA: . carga e descarga podem ser feitas pela parte interna; . as caçambas são desenhadas e posicionadas para serem alimentadas continuamente, por uma moega; . é indicado para sementes por ser de fácil limpeza; . requer maior área para instalação 17 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS CORREIA TRANSPORTADORA 18 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITA TRANSPORTADORA CROQUI: COMPONENTES DE UMA FITA TRANSPORTADORA 19 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 1) COMPONENTES PRINCIPAIS 1.1) CARRO DE CARGA: . pode ser utilizado em diferentes pontos ao longo da fita; . possibilita a alimentação simétrica em relação ao centro da correia, evitando o derrame de produto. 20 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 1) COMPONENTES PRINCIPAIS 1.2) CARRO DE DESCARGA OU TRIPPER: . executa a descarga lateral ao longo da fita; . pode ser fixo ou móvel; . em caso de fita reversível o tripper pode ser reversível 21 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 1) COMPONENTES PRINCIPAIS 1.3) CORPO DA FITA: . construído em estrutura metálica; . exige perfeito alinhamento dos roletes; . sustenta todos os componentes. 22 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 1) COMPONENTES PRINCIPAIS 1.4) ROLETES . devem ser montados em rolamentos blindados contra pó e umidade; . os roletes superiores devem trabalhar em ângulos que possibilitem a máxima carga; . devem ser supervisionados para permitirem o perfeito deslocamento da fita. 23 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 1) COMPONENTES PRINCIPAIS 1.5) ACIONAMENTO . a potência do motor e o diâmetro da polia motriz são dimensionados em função das características da fita: comprimento, inclinação, capacidade, velocidade, acessórios e outros; . a transmissão é feita por correias e polias, caixa de redução, acoplamento elástico ou a combinação entre dois destes sistemas. 24 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 1) COMPONENTES PRINCIPAIS 1.6) ESTICADOR DE CORREIA . mantém a tensão mínima necessária na fita para evitar patinação entre a correia e a polia mestre; . podem ser do tipo pendular em fitas longas ou de parafusos em fitas curtas 25 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 2) VANTAGENS: . TRANSPORTE EM LOMGAS DISTÂNCIAS; . ADAPITÁVEL EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO; . ALTA EFICIÊNCIA MECÂNICA DE TRANSPORTE; . GRANDE VARIEDADE DE MATERIAIS; . BAIXO NÍVEL DE RUÍDO; . POUCA MANUTENÇÃO; . CARGA E DESCARGA EM DIFERENTES PONTOS AO LONGO DO SORPO; . PODE TRANSPORTAR EM DOIS SENTIDOS SIMULTÂNEAMENTE; . FÁCIL LIMPEZA. 26 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS ALGUMAS CARACTERÍSTICAS: a) posição de serviço: a.1) horizontal; a.2) inclinada em até 30°; a.3) posição mista. b) ramais de operação: b.1) superior: . plana; . em "V" com: . 2 ou 3 roletes; . mais que 3 roletes; b) ramais de operação: b.2) inferior: . plana; . em "V" com: . 2 ou 3 roletes; . mais que 3 roletes. 27 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 3) FATORES INFLUENTES SOBRE A ESCOLHA DA FITA . flexibilidade da correia; . resistência à tensão; . resistência à corrosão; . número de lonas que atendam às características; . diâmetro da polia motora 28 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 4) ESTIMATIVA DA POTÊNCIA – para fitas de rolo inclinado, com correia do tipo calha: 4.1. Para movimentar a correia sem carga: P1 = V ⋅ c ⋅1,292 ⋅ (0,015 + 0,000328 ⋅ L ) 100 em que P1 – potência da correia sem carga, cv; V – velocidade da correia, m / min; c – largura da correia, cm; L – comprimento da correia, m OBS: cálculo preciso para fitas com largura até 91,5 cm. Para fitas mais largas multiplicar o valor da potência por 1,2. 29 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 4) ESTIMATIVA DA POTÊNCIA – para fitas de rolo inclinado, com correia do tipo calha: 4.2. Para movimentar a carga: em que Q(0,48 + 0,0099 ⋅ c ) P2 = 100 P2 – potência necessária para movimentar a carga, cv; Q – capacidade de movimentação, t / h 30 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS 4) ESTIMATIVA DE POTÊNCIA CARACTERÍSTICAS DA CORREIA VELOCIDADE – m / min LARGURA DA CORREIA cm 570 kg / m3 30 8,1 11,5 5,7 91,5 107,0 35 11,8 15,8 7,1 91,5 122,0 40 14,7 21,0 9,5 91,5 137,0 45 18,1 25,9 11,6 122,0 137,0 50 23,4 33,4 15,0 122,0 152,0 71 55,2 78,8 35,5 168,0 214,0 107 - 206,9 - - - 150 252,0 360,0 162,0 183,0 244,0 CALHA 810 kg / m3 PLANA GRANULAR 810 kg / m3 FINO GRÃOS CAPACIDADE DE TRANSPORTE – t / h NOTA: as capacidades têm base de cálculo para velocidade igual a 30,5 m / min 31 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS 4) ESTIMATIVA DA POTÊNCIA – para fitas de rolo inclinado, com correia do tipo calha: 4.3. Para movimentar a carga em posição inclinada: Q ⋅ h ⋅ 3,33 P3 = 1000 em que P3 - potência para carga inclinada, cv; Q - capacidade de transporte, t / h; h - altura de elevação, m. 4.4. Potência total Pt = P1 + P2 + P3 32 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITAS TRANSPORTADORAS OBSERVAÇÕES: 1) A potencia P1 é estimada por uma equação empírica, porém é muito precisa para fitas com largura até 91,5 cm. Para fitas mais largas o valor da potência deverá ser multiplicado por 1,2; 2) A capacidade Q é estimada com base na velocidade da fita igual a 30,5 m / min. Para outras velocidades ou capacidades necessita-se fazer correções; e 3) Para os transportadores em que a fita é movimentada sobre superfícies rígidas, os valores de P1 e P2 serão: V ⋅ c ⋅1,292 ⋅ (0,015 + 0,00328 ⋅ c ) P1 = 100 ' P2' = Q ⋅ (0,48 + 0,099 ⋅ c ) 100 33 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS FITA TRANSPORTADORA 5) EXEMPLO DO CÁLCULO DA POTÊNCIA . produto: milho; . massa específica: 780 kg / m3; . capacidade necessária: 60 t / h; . largura da fita: 50 cm; . comprimento da fita inclinada: 70 m; . altura de elevação: 5 m; . fita na forma de calha montada em roletes. Calcular a potência necessária para realizar o trabalho 34 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS SOLUÇÃO 1) Cálculo da potência para o movimento sem carga 1.1 Cálculo da velocidade de operação Q ⋅ VT ⋅ MET V= MEm ⋅ QT Ver tabela : VT = 30,5 m / min 60 ⋅ 30,5 ⋅ 810 = 780 ⋅ 33,4 V = 56,89 m / min V= Q T = 33,4 t / h c = 50 cm e material com 810 kg / m 3 . 35 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS SOLUÇÃO 1) Cálculo da potência para o movimento sem carga Cálculo da potência P1: P1 = V ⋅ c ⋅1,292 ⋅ (0,015 + 0,000328 ⋅ L ) 100 56,89 × 50 × 1,292 × (0,015 + 0,000328 × 70) P1 = 100 P1 = 1,39 ≅ 1,4 cv 36 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS SOLUÇÃO 2) Cálculo da potência para o movimento do produto na posição horizontal Cálculo da potência P2 : Q(0,48 + 0,0099 ⋅ c ) P2 = 100 60 × (0,48 + 0,0099 × 50 ) = 0,585 P2 = 100 P2 ≅ 0,60 cv 37 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS SOLUÇÃO 2) Cálculo da potência para elevar o produto Cálculo da potência P3 : Q ⋅ h ⋅ 3,33 P3 = 1000 3,33 × 60 × 10 P3 = = 1,99 1000 P3 ≅ 2,0 cv 38 SISTEMAS PARA TRASNPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS SOLUÇÃO 2) Cálculo da potência total Cálculo da potência P: Pt = P1 + P2 + P3 Pt = 1,4 + 0,6 + 2,0 Pt = 4,0 cv 1 cv.h = 0,7357 kW.h 39