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Transporte De Calor

Apostila da disciplina "Fenômenos de Transporte".

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PARTE II: TRANSMISSÃO DE CALOR 2007 13. TRANSMISSÃO OU FLUXO DE CALOR 13.1. FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR Existem três formas de transmissão de calor: Transmissão por condução; Transmissão por convecção e, Transmissão por radiação. Estas formas são diferentes e regidas por leis próprias, e podem ocorrer simultaneamente, com isso, muitas soluções de problemas são complexas, mas exatas na transmissão de calor. Para a simplificação de muitos problemas, pode-se eliminar uma ou duas formas de transmissão de calor, quando se trata de ampliações em projetos de engenharia, desde que não traga problema apreciável, como conseqüência, nos resultados finais. 13.1.1. TRANSMISSÃO DE CALOR POR CONDUÇÃO É o processo pelo qual o calor flui de uma região de temperatura mais elevada para outra de temperatura mais baixa, dentro de um meio (sólido, líquido ou gasoso) ou entre meios diferentes em contatos físicos diretos. Nesta forma de transmissão de calor, a energia é transmitida pela comunicação molecular direta, ou seja, devido ao aumento de energia cinética proporcionado por uma excitação térmica qualquer numa região de um corpo (extremidade de uma barra), os elétrons que adquirem maior energia, tornam-se mais velozes e com maiores órbitas, chocam-se com elétrons vizinhos que adquirem energia térmica dos elétrons que deram o choque de modo que se forma uma cadeia na transmissão da energia conseqüentemente do calor, isto acontece por todo o corpo. 13.1.2. TRANSMISSÃO DE CALOR POR CONVECÇÃO Este processo de transmissão de calor tem duas classificações: convecção natural ou livre e convecção forçada. O transporte de calor por convecção é parcialmente regido pela mecânica dos fluidos, uma vez que o fenômeno envolve movimento de fuido. Na realidade transporte de calor por convecção se processa da seguinte maneira: admita-se que uma molécula de um corpo fluido atinja uma região de temperatura mais elevada; quando a molécula estiver nesta região, elevar-se- á sua temperatura, conseqüentemente ficará menos densa uma vez que aumentará seu volume permanecendo com o mesmo peso, cedendo seu lugar, por conseguinte, a outra molécula mais densa, e assim sucessivamente, dando origem a um transporte de calor por convecção. Exemplo de convecção natural: convecção induzida por diferença de densidades resultantes de diferenças de temperaturas no seio do fluido. Exemplo de convecção forçada: movimento do fluido resulta da ação de forças externas, como um ventilador, uma bomba, etc. 13.1.3. TRANSMISSÃO DE CALOR POR RADIAÇÃO Radiação é o processo pelo qual o calor é transmitido de um corpo de temperatura mais elevada para outro de temperatura mais baixo quando tais corpos estão separados no espaço, mesmo que o vácuo predomine entre eles. A energia radiante viaja à velocidade da luz (300.000 km/s) e se assemelha fenomenologicamente a radiação da luz; a luz e a radiação térmica diferem apenas nos respectivos comprimentos de onda. Em resumo, a radiação são ondas eletromagnéticas que caracterizam este processo de transmissão de calor por atravessar um meio transparente sem aquecê-lo e, ao encontrar um meio que lhe seja opaco, são absorvidas, ocorrendo conseqüentemente uma transformação de energia radiante em energia térmica. Exemplo de radiação térmica: o sol aquece a terra por radiação. Conclui-se que, com as modalidades verificadas de transporte de calor, ou seja, transporte de calor por condução, por convecção ou por radiação, pode- se verificar que a condução de calor se dá sempre do corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura, fenômeno este que se assemelha ao transporte de massa. (O transporte de massa se dá da região de maior concentração para a região de menor concentração) e ao transporte de fluidos, estudado na Mecânica dos Fluidos (O gradiente de velocidade no seio do fluido se desenvolve, das camadas de maior velocidade para as de menor velocidade). 13.2. REGIMES DE TRANSMISSÃO DE CALOR Na transmissão de calor há dois regimes de transmissão, ou seja: regime de transição ou transitório onde haverá uma curva T=T(x) para cada instante t; e regime estacionário ou permanente, onde os pontos de cada seção considerada terão T = Constante para qualquer tempo, logo se verificará uma reta T=T(x) quando t tende a infinito (t((). Figura 13.1 A Figura 13.1 representa uma parede em forma de paralelepípedo com todas as faces isoladas termicamente, exceto duas opostas e paralelas; de início, estas faces estão à mesma temperatura Ti, logo não há transmissão de calor através da parede. Eleva-se subitamente uma das faces à temperatura Tf e haverá transporte de calor na direção x. Admitindo-se que as temperaturas Ti e Tf sejam mantidas inalteradas, haverá uma curva T=T(x) para cada instante, neste caso o regime é transitório; quando a temperatura se mantiver constante em todos os pontos de uma seção considerada, partindo-se de um certo tempo t, neste último caso o regime é dito permanente ou estacionário. Em engenharia não é muito interessante a quantidade de calor Q trocada num processo, mas só faz sentido a quantidade de calor trocada num determinado intervalo de tempo t, a esse valor dá-se o nome de fluxo de calor q ou: (Btu/h) (13.1) A conclusão que se tem é que: regime estacionário é aquele em que o fluxo de calor é constante no interior da parede, pois os diversos pontos de uma seção qualquer apresentam uma mesma temperatura que não varia com o tempo, ou seja, o fluxo de calor que entra é igual ao fluxo que sai. 13.3. CONDUÇÃO DO CALOR EM REGIME ESTACIONÁRIO 13.3.1. LEI DE FOURIER Fourier verificou que o fluxo de calor q é proporcional a área A e a (T1- T2) para (T1>T2) sendo essas temperaturas mantidas constantes nas faces paralelas da parede, e inversamente proporcional à sua espessura x, conforme Figura 2, logo: (13.2a) Figura 2 Substituindo os materiais da parede, com as demais situações iguais, Fourier verificou que q alterava-se para cada material e resolveu introduzir na Equação 3.a, um valor K (coeficiente de condutividade térmica) comprometido com cada material; a partir daí, a equação (3.a) passou a ser: (13.2b) Equação esta que permite calcular o fluxo de calor que atravessa uma parede com área A constante na direção x, sendo assim, uma equação bastante particular; com isso Fourier teve que raciocinar em termos de um elemento dA a uma distância dx atravessada por dq com uma diferença de temperatura dT; a Equação (3.b) assumiu a nova disposição que foi: (13.3c) A Equação (3.c) é de caráter absolutamente geral, chamada equação de Fourier. O sinal (-) negativo denota que (gradiente de temperatura) é decrescente, e se não fosse empregado verificava-se sempre o valor q negativo, o que não faz sentido. 13.3.2. COEFICIENTE DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA O fator K da Lei de Fourier é bastante importante, porque vai exprimir a maior ou menor facilidade que o material apresenta na condução de calor. A unidade de K é: (Btu h-1 ft-1 0F-1). O valor de K varia muito numericamente, os principais fatores são: constituição química, estado físico e temperatura do material. O valor de "K" com relação à temperatura requer um estudo mais acurado; há materiais que o valor de K não se altera, e outros, varia para mais e para menos. Para simplificar, é possível admitir-se a variação de K com T como sendo uma função linear, obedecendo a expressão: K=K0(1+(T) sendo K0 o coeficiente de condutividade térmica a 0 0F e ( é um coeficiente de temperatura da condutividade térmica. Para ilustrar, temos: dK = K2 - K1 dT = T2 - T1 (13.4) Figura 3 Na Figura 3, a curva representa a variação de K=K(T); obtém-se o coeficiente de temperatura aproximado (, traçando-se uma linha reta entre as temperaturas em questão e medindo-se a sua inclinação ( = tg(. A intersecção da reta traçada com a ordenada à temperatura T=0, fornece o valor hipotético K0. Com uma aproximação linear, para a variação da condutividade térmica com a temperatura, o fluxo de calor por condução, através de uma parede plana, é dado pela equação: (13.5) (13.6) Colocando-se esta equação na forma primitiva, nota-se que: (13.7) Que representa o valor médio da condutividade térmica, função da média aritmética das temperaturas consideradas. 13.3.3. RESISTÊNCIA TÉRMICA Resistência térmica Rt é a oposição que um material oferece à passagem do fluxo de calor q, da mesma forma que a resistência elétrica oferece oposição à passagem da corrente. Por analogia dos fenômenos, podemos verificar o seguinte: A Lei de Ohm afirma que: (13.8) onde I é a intensidade de corrente e V é a ddp (diferença de potencial) e R é a resistência elétrica. Verifica- se que (13.9) onde ( é a resistividade, x é o comprimento do conduto, A é a seção reta do conduto. Mas (13.10), sendo C a condutividade elétrica, logo (13.11) que confrontando com a equação 13.3c, temos: (13.12) Onde a expressão da resistência térmica de uma parede plana é (13.13) que pela analogia é também chamado de Ohm térmico ((th). Uma unidade de Rt é [h 0F Btu-1]. 13.3.4. PAREDES COMPOSTAS É a justaposição de camadas de materiais diferentes que serve de isolante térmico entre dois ou mais meios. Formas, estufas, frigoríficos, regeneradores, são exemplos de equipamentos industriais que utilizam o principio da parede composta. Sejam as Figuras abaixo: Figura 4 Figura 5 Para o caso da Figura 4: ou (13.14) (13.15) Para o caso da Figura 5: ou (13.16) logo (13.17) (13.18) (13.19) (13.20) Considerando o caso da Figura 6. Este é um caso praticamente idêntico ao da Figura 13.5, pois o método de resolução é o mesmo, como segue: Figura 13.5 Figura 6 (13.21) pois (13.22) (13.23) e 13.3.5. EXPRESSÃO GERAL DO FLUXO Na realidade, a equação não permite calcular o justo valor de q. Admitamos que conhecemos a configuração geométrica da parede, de forma que para um determinado "x" tenha-se um valor de "A", então o fluxo que passa pela área "A" não é dq e sim q, com tal raciocínio a Lei de Fourier assume o aspecto: Pode-se então escrever: se para x1, houver uma temperatura T1 e para x2, uma temperatura T2, então: como K=f(T), vem: Afinal obtém-se: (13.24) que representa a expressão geral do fluxo de calor q por condução em regime estacionário em uma única direção x. A Equação (13.24) só deve ser empregada quando for possível expressar A em função de x, pois A=f(x) e K=KMÉDIO tabelado. A expressão compromete-se com a forma geométrica da parede e por isso é chamado "fator de forma". 13.3.5.1. Fluxo de Calor Através de Parede Cilíndrica Oca Figura 13.6 (13.25) (13.26) 13.3.5.2. Fluxo de Calor Através de Parede Esférica Oca (13.27) (13.28) 13.3.5.3. Expressão Geral da Distribuição de Temperatura A forma da equação para o balanço de energia é: + = + ou algebricamente: (qx + qy + qz) + (dx dy dz)=(qx+dx + qy+dy + qz+dz) + C((dx dy dz) onde é o calor gerado dQg por unidade de tempo dt e por unidade de volume V; geralmente os valores q e T são funções de f(x; y; z; t). (13.29) ( = massa específica do material da parede C = calor específico. (13.30) = variação da energia interna com o tempo. Consideremos a Figura 13.8 Figura 9 3.6c (13.30) O gradiente de temperatura é expresso em derivadas parciais porque T não é função apenas de x, mas também de y; z e t. A Equação (13.30) é o fluxo de calor que penetra na parede pela face ABCD na direção x. O fluxo de calor que sai da parede pela face EFGH na direção x é: ou (13.31) (13.30 - 13.31) vem: (13.32) procedendo analogamente para as direções y e z, temos: (13.33) e (13.34) Substituindo os valores de (13.32), (13.33) e (13.34) na forma geral do balanço de energia, vem: (13.35) A Equação (13.35) é a expressão geral da distribuição de temperatura numa parede plana. Admitindo-se K = Const. para toda a parede, temos: onde (difusividade térmica); substituindo, vem: (13.36) Se o sistema não incluir geração interna de calor, temos que: , logo: (13.37) Equação de Fourier Se o sistema estiver em regime permanente e inclui geração interna de calor, temos: (13.38) Equação de Poisson Se na Equação (13.38) não existir geração interna de calor, temos: (13.39) Equação de Laplace A Equação (13.36) foi apresentada em coordenadas cartesianas, que também pode ser deduzida em coordenadas cilíndricas ou esféricas, como: (13.39) Para coordenadas esféricas: (13.40) 2.3.7. SISTEMAS COM FONTE INTERNA DE CALOR Diante da Equação (13.36) para paredes planas, tornando-a para fluxo de calor em uma só direção e submetida a regime estacionário, temos: Integrando vem: e (13.41) A Equação (13.41) é uma parábola, que para cada caso particular, teremos que entrar com as condições de contorno. Seja o exemplo a seguir: Parede com espessura 2L e temperatura T0 nas duas faces opostas, logo: Para x=0 ( T=T0 ( T0 = Para x=2L ( T=T0 ( T0 = Substituindo C1 e C2 , vem: (13.42) Em (13.42), para x = L ( T=TMAX Para verificar se TMAX se dá em L para este caso, podemos derivar T em relação a x e igualar a 0, ou seja, , logo: Em 3.7b temos como era de se esperar. Exemplo: Parede cilíndrica de raio R, comprimento L, condutividade K, fonte interna de calor gerado (Btu/h.ft3), temperatura externa T0. Deduzir a equação T=T(r) em regime estacionário. Da Equação (13.39) temos: (13.43) Condições de contorno: Para r=R ( T=T0 (1) Para (2) (2) ( (13.44) (a) ( mas logo: ou (13.45) Derivando (13.45) em função de r, vem: igualando com b e fazendo r=R, vem; (13.46) (13.47) Equação do fluxo de calor por condução, em regime estacionário, sem fonte interna, na direção radial para uma esfera oca. r1 = raio interno; T1 = temperatura interna r2 = raio externo; T2 = temperatura externa T1 > T2 Da equação (13.40) temos: (13.48) Para r = r1 ( T = T1 Para r = r2 ( T = T2 ( ( (13.49) 2.3.8. Método de diferenças finitas; 2.3.9. Método da solução do sistema tri-diagonal dominante; 2.3.10. O programa. 2.4. RESULTADOS 2.4.1. Apresentar resultados gráficos e analisá-los. 2.5. CONSIDERAÇÕES 2.5.1. Tornar o programa mais geral 2.6. TEXTO DO TRABALHO PARA A EQUAÇÃO UNIDIMENSIONAL DA CONDUÇÃO DE CALOR Esta parte do trabalho objetiva proporcionar uma boa compreensão da equação da condução de calor, e das condições de contorno, para verificá-las na formulação matemática dos problemas de condução de calor. 2.6.1. EQUAÇÃO UNIDIMENSIONAL DA CONDUÇÃO DE CALOR A distribuição de temperatura nos sólidos pode ser determinada a partir da solução da equação da condução de calor, sujeita a um conjunto de condições de contorno e iniciais. Na análise térmica de corpos que têm a forma de uma placa, ou retângulo, ou paralelepípedo, basta a equação de condução de calor num sistema de coordenadas cartesianas. Consideramos um sólido cuja temperatura T (x,t) depende do tempo e varia somente em uma direção, digamos, ao longo da coordenada x. Admitimos que o eixo x no sistema de coordenadas cartesianas refere-se ao usual eixo dos x. Quando a temperatura varia em uma das direções, digamos, ao longo do eixo dos x, há um fluxo de calor ao longo do eixo dos x dado pela Lei de Fourier na forma W/m2 (1) Para ter generalidade na análise, admitimos que há também uma fonte no meio, gerando energia a uma taxa especificada de W/m3. Na prática, esta fonte de energia pode ser devida a: - fissão nuclear (como no caso dos elementos combustíveis nos reatores nucleares); - uma reação química dentro do sólido; - desintegração de elementos radioativos presentes no sólido (como no lixo nuclear); - atenuação de raios gama que penetram no corpo; - passagem de corrente elétrica através do sólido; - outra condições. Para determinar a equação unidimensional da condução de calor, consideramos um elemento de volume de espessura (x tendo uma área A normal ao eixo coordenado x, como mostra a Figura. A equação do balanço de energia neste elemento de volume é (2) Cada um dos termos I, II e III nesta equação é determinado como se descreve abaixo. Seja q o fluxo de calor na posição x no sentido dos x positivos na superfície A do elemento. Então, a taxa do fluxo de calor afluente ao elemento, através da superfície A, por condução, na posição x, é [Aq]x Igualmente, a taxa de calor efluente do elemento por condução, na posição x+(x, é Logo, a taxa líquida de ganho de calor pelo elemento por condução é a diferença entre estas duas parcelas (3a) A taxa de geração de energia no elemento que tem o volume A(x é dada por (3b) Pois é a geração de energia por unidade de volume. A taxa de acréscimo de energia interna do elemento de volume, resultante da variação de temperatura com o tempo, escreve-se na forma (3c) uma vez que nos sólidos e líquidos cp=cv. As várias grandezas que aparecem nas equações (3a) a (3c) são definidas como: cp = calor específico do material, J/(kg.°C) g = taxa de geração de energia por unidade de volume, W/m3 q = fluxo de condução de calor na direção x, W/m2 t = tempo, s ( = massa específica do material, kg/m3. As equações (3a) a (3c) são introduzidas na equação (2) e o resultado é rearranjado na forma (4a) À medida que (x(0, o primeiro termo no primeiro membro, por definição, torna-se a derivada de [Aq] em relação a x, e a equação (4a) escreve-se como (4b) O fluxo de calor q, dado pela equação (1), é agora introduzido na equação (4b), e obtemos (5) Até aqui nossa análise foi geral, e não foi preciso especificar um sistema de coordenadas particular; mas daqui para a frente precisamos saber a dependência entre a área A e o eixo coordenado x a fim de completar a dedução da equação da condução de calor. Consideraremos essa propagação no sistema de coordenadas cartesianas e a área A não varia com x, e por isso é considerada constante e cancelada. Então a equação (5) se reduz a (6) Em (6), considerando a condutividade térmica, k, constante, temos: (7) Mas (difusividade térmica do material m2/s) (8) Na condução de calor estacionária (ou permanente) com fonte interna de energia, (6) torna-se: (9a) Para a condutividade térmica constante (9a) reduz-se a: (9b) Podemos a partir da equação (9b) escrever a equação de condução do calor de um fluxo de calor unidimensionalmente, estacionário, num sólido com k constante e uma taxa constante de geração de energia g0 (W/m3) interna no caso de uma placa ou barra é: (10) PROBLEMAS 1) A parede de um prédio mede 25cm de espessura; o lado externo da parede encontra-se a -4ºC e o interno, a 22ºC; a condutividade térmica dos tijolos da parede é K=0,60 kcal/hmºC. Calcular a perda de calor para cada m2 de superfície de parede por hora. 2) A Fig. abaixo representa a condutividade térmica de um material em função da temperatura. Qual o valor e K para uma faixa de temperatura de 300ºF a 900ºF? 3) A condutividade térmica de um material é mostrada como uma função de temperatura: a) Calcular "β"e "K" para uma aproximação linear entre 40ºC e 150ºC; b) Estimar o fluxo de calor entre essas temperaturas para uma placa de 7,5cm de espessura. 4) Uma parede é constituída de 3 camadas justapostas; uma camada de tijolo refratário (K=0,8 Btu/hftºF); uma intermediária de tijolo isolante (K=0,1 Btu/hftºF) e uma camada de tijolo comum (K=1 Btu/hftºF). Se a face externa de material refratário está a 2.100ºF e a externa de material comum está a 100ºF, pergunta-se: qual o fluxo de calor que atravessa a parede composta, sabendo-se que as espessuras das camadas são: x1=2ft (refratário); x2=3ft (isolante); x3=1ft (comum). Dados: h=10ft; l=5ft. 5) Considerando-se o exemplo anterior, colocando-se na camada central de material isolante um vazio de ar simetricamente disposto e com 8ft de altura, pede-se verificar qual o novo fluxo de calor, admitindo-se KAR=0,02 Btu/hftºF. 6) Mostrar que o calor transmitido por condução, por unidade de tempo, por unidade de comprimento, através de um longo cilindro vazado, de raio interno ri e raio externo re, feito de um material cuja condutividade térmica varia linearmente com a temperatura é dado por: 7) Calcular a perda de calor de um tubo de 3m de comprimento e 80mm de diâmetro, coberto com 40mm de um material isolante, tendo uma condutividade térmica de 0,06 kcal/hmºC e as temperaturas das faces interna e externa do isolamento são respectivamente 200ºC e 27ºC. 8) Uma peça (K=40 Btu/hftºF) tem a forma de um tronco de cone. Estando a base maior a 420ºF e a menor a 100ºF e sendo a superfície lateral perfeitamente isolada termicamente, calcular o fluxo de calor que atravessa a peça. Dados: D1=0,50ft; D2=0,25ft; h=1,0ft. 9) Uma parede plana (K=1,0 Btu/hftºF) está entre 2 materiais isolantes de espessuras diferentes, de forma que uma das faces a 600ºF e a outra a 400ºF; sabendo-se que a 4ft da face mais quente a temperatura é de 1.000ºF; calcular: a) O fluxo de calor gerado no interior da parede; b) A distância que ocorre TMÁXIMO; c) A temperatura máxima no interior da parede. Obs.: Considerar regime estacionário. 10) Deduzir a equação da distribuição de temperatura no interior de uma parede esférica, com fonte interna de calor, em regime estacionário, admitindo-se distribuição radial, sendo T0 a temperatura da superfície externa da esfera. Dados: R (raio da esfera); K; . 11) Uma placa de 50mm de espessura tem um de seus lados mantido a 100ºC e o outro a 200ºC. A temperatura no plano central do material é 140ºC, e o fluxo de calor através do material é 10.000 kcal/hm2. Obtenha uma expressão para condutividade térmica do material como uma função da temperatura na forma K=a+bT, onde T é a temperatura em ºC. 12) Para a peça indicada, calcular, pelo método gráfico, o fluxo de calor que atravessa na direção das faces retangulares não paralelas, quando a maior estiver a 1.500ºF e a menor a 500ºF, supondo-se as restantes perfeitamente isoladas. 13) Uma parede termoisolante composta é feita de 2 camadas de cortiça (K=0,037kcal/hmºC), como mostrado na Figura. Sendo os espaços preenchidos com o ar atmosférico, determine a resistência térmica por unidade de área global da parede e compare-a com a de uma parede compacta de cortiça. 14) Uma esfera oca, com raios interno e externo R1 e R2, respectivamente, é coberta com uma camada de isolante térmica com raio externo R3. Obtenha uma expressão para o calor transmitido por unidade de tempo através da esfera revestida, em termos dos raios das condutividades térmicas, dos coeficientes de transmissão de calor e das temperaturas do interior e do meio que envolve a esfera. Resposta: 15) Um lado de uma placa de alumínio de 50mm de espessura é mantido a 260ºC e o outro lado é revestido com uma camada de fibra de vidro de 25mm de espessura, cuja superfície externa é mantida a 38ºC. Determine a área de placa composta necessária para que o calor transmitido por unidade de tempo total através da combinação de fibra de vidro e alumínio seja 38.000 kcal/h. 16) Numa barra cilíndrica de combustível de um reator nuclear, o calor é gerado internamente de acordo com a equação onde = calor gerado localmente por unidade de tempo e por unidade de volume em r; re = raio externo; 1 = calor gerado por unidade de tempo, por unidade de volume, na linha de centro. Calcule a queda de temperatura da linha central para a superfície de uma barra de 25mm de diâmetro externo com condutividade térmica de 22,35 kcal/hmºC, se a remoção de calor de sua superfície é 1.400.000 kcal/hm2. 17) Uma esfera de aço de 8" de diâmetro foi temperada em óleo quando estava a 1.600ºF. Pede-se traçar a curva de resfriamento T=f(t) para o centro da esfera, sabendo-se que K=40Btu/hftºF; c=0,17Btu/lbºF; ρ = 490lb/ft3 e a temperatura da água era de 80ºF. 18) Uma solução, cujo ponto de ebulição é 80ºC, está em ebulição do lado de fora de um tubo cujo diâmetro externo é 33,40mm e cuja espessura da parede é de 6,35mm. Dentro do tubo escoa vapor saturado a 4 kgf/cm2 abs. Os coeficientes de transmissão de calor global são, do lado do vapor, 7.000 e, do lado da superfície externa, 5.500kcal/hm2ºC. Calcular o acréscimo no calor transmitido por condução, por unidade de tempo, para um tubo de cobre sobre um tubo de aço. 19) Uma parede plana tem 1" de espessura e seção reta normal ao fluxo de calor igual a 1ft2. Se uma das faces for mantida a 100ºF e a outra a 200ºF, a temperatura do plano central será de 140ºF e o fluxo de calor através da parede será de 3.500Btu/h. Pede-se demonstrar que a expressão do coeficiente de condutividade térmica do material da parede em função da temperatura é: K=1,88(1+3,7x10-3T). 20) Vapor, tendo um título de 98%, à pressão de 1,5kgf/cm2 abs. escoa, à velocidade de 1m/s, através de um tubo de aço, com 20cm de diâmetro nominal (diâmetro externo, 26,67mm e espessura da parede, 3,91mm). O coeficiente de transmissão de calor na superfície interna, onde ocorre condensação, é 500kcal/hm2ºC. Uma película de depósitos na superfície interna acrescenta uma resistência térmica de 0,20 hm2ºC/kcal. Estime a perda de calor por metro de comprimento do tubo se a) o tubo não for revestido, b) o tubo for coberto por uma camada d 50mm de isolante com 85% de magnésio. Para ambos os casos, admitir o coeficiente de transmissão de calor, na superfície externa, como sendo 10kcal/hm2ºC e a temperatura do meio ambiente 20ºC. Estime também a variação no título para cada 5m de comprimento do tubo em ambos os casos. 21) Um tubo de aço padronizado, de 100mm (diâmetro interno 102,26mm e diâmetro externo 114,30mm), conduz vapor superaquecido a 650ºC, em um espaço fechado que há risco de incêndio, sendo necessário limitar a temperatura da superfície externa a 38ºC. Para minimizar os custos da isolação, 2 materiais serão usados: primeiro uma isolação de alta temperatura (relativamente cara), aplicada ao tubo e, depois, magnésio (um material menos caro) no lado externo. A temperatura máxima da magnésia deve ser 300ºC. Conhecem-se as seguintes constantes: Coeficiente de transmissão de calor do lado do vapor, Condutibilidade de isolação de alta temperatura, Condutividade térmica da magnésia, Coeficiente de transmissão de calor do lado externo, Condutividade térmica do aço, Temperatura do ambiente, . 22) Duas grandes placas de aço, à temperaturas de 100ºC e 70ºC, estão separadas por uma barra de aço de 0,3m de comprimento e 25mm de diâmetro. A barra é soldada a ambas as placas. O espaço entre as placas é preenchido com isolante térmico, que também isola a circunferência da barra. Devido à diferença da voltagem entre as placas, uma corrente passa através da barra, dissipando energia elétrica a 10kcal/h. Determine a temperatura máxima na barra e o fluxo de calor em cada extremidade. Verifique seus resultados e compare o fluxo de calor líquido nas duas extremidades com a geração de calor total. 6) Uma parede plana de espessura 2L tem fontes internas de calor cuja intensidade varia de acordo com Onde é o calor gerado, por unidade de tempo e de volume, no centro da parede (x=0) e a é uma constante. Se ambos os lados da parede são mantidos a uma temperatura constante de TP, derive uma expressão para a perda de calor total da parede por unidade de área da superfície. PROVAS DE 29/01/82 (com gabarito) 1) Calcular a resistência térmica da parede composta indicada. Dados: K1= 2K2= 3K3= 1,8 kcal/hmºC (figura) 2) Calcular o fluxo de calor que atravessa o cilindro conforme a figura. Dados: K=2,4 Btu/hft °F; ΔT= 100°F; L=80cm; D=10cm. (figura) 3) Uma parede plana está entre dois materiais isolantes térmicos de forma que uma das faces está a 800°F e a outra a 1.200°F. Sabendo-se que na seção eqüidistante a temperatura é de 1600ºF, calcular a temperatura máxima no interior da parede. Dado: (equação) De 28/11/81 (com gabarito) 1) Um tubo com 2.50m de comprimento, 4cm de diâmetro encontra-se coberto com uma camada de 8cm de material isolante (K=0.08kcal/hm°C) e temperaturas de 100°C e 28°C nas faces interna e externa respectivamente. Calcular a perda de calor do tubo e a resistência térmica do isolamento. 2) Calcular o fluxo de calor na peça conforme indicado na figura. Dados: L=20cm; ΔT=130°C; K1=3K2=4,5 kcal/hm°C. (figura) De 18/11/81 (com gabarito) 1) Calcular o fluxo de calor e a resistência térmica nas peças conforme as figuras abaixo indicadas. Dados: K1=3K2=0,45 kcal/hm°C; ΔT=150°C; L= 0,20m; R1=25cm; R2=75cn Cilindro: superfície lateral isolada termicamente Esfera oca Parede composta De 23/11/81 (com gabarito) 1) Calcular o fluxo de calor e a resistência térmica das peças abaixo indicadas. Dados: K1=2K2=3K3=4K4= 2,4kcal/hmºC;L=20cm; T1=2T=200°C; 2R1=R2=16cm Parede composta Esfera oca Cilindro: superfícies interna e externa isoladas termicamente. De 20/11/81 (com gabarito) 1) Calcular o fluxo de calor e a resistência térmica da peças indicadas, considerando-se que a condutividade térmica varia linearmente entre as temperaturas dadas, conforme o gráfico K= f(T). Dados: K= K1/2=K2/3=K3; R1=10cm; R2=20cm; L=15cm. (ver demais dados e figuras) 2) Calcular a temperatura máxima na parede plana (figura) sabendo-se que esta se encontra com geração interna de calor e que a 4ft da face mais quente a temperatura é de 800ºF. (figura) De 27/11/81 (com gabarito) 1) Calcular o fluxo de calor e a resistência térmica na peças conforme indicadas, sabendo-se que a condutividade térmica Km é dada pelo gráfico K= f(T). Dados: K=K1/2=K2/4; Re=10cm; Ri=5cm. (figuras) 2) Calcular a temperatura máxima no interior da parede plana (figura), sabendo-se que esta se encontra com geração interna de calor e que a 5ft da face menos quente a temperatura é de 800ºF. Dado: (equação e figura) ----------------------- Fluxo de calor que entra Variação de energia interna com o tempo Fluxo de calor gerado no interior da parede Fluxo de calor que sai C1=0 ()*+59:>[\] à[?]bghˆÖ×ØÛÜÉÊ23? ƒˆõëäÛä×Êõ§ÃŸÃ×Ãך ך×Ã× ×Ž ××z×z×z× z×s× h·sQ6?]? h·sQH*[?]jh·sQU j¥ðh·sQ j®ðh·sQ h·sQ5? h·sQ\?h·sQ5?>*\?hïs`h·sQ5?CJ\?aJhïs`hïs`5?CJ\?aJ h·sQ5?\?h·sQ5?B*CJ\?phÿh·sQh EMBED Equation.3 18" 8" 12" 12" Figura 13.10 Figura 13.9 Figura 13.7 Figura 13.8