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Trabalho Sobre Tpm

Breve relato sobre aplicação do TPM

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO – UNITRI MILTON JAKSON DE SOUSA CAIO REZENDE VILELA PAULO HENRIQUE TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO : TPM UBERLÂNDIA – MG 2009 MILTON JAKSON DE SOUSA CAIO REZENDE VILELA PAULO HENRIQUE TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO: TPM Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Administração de Empresas 4° período do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário do Triângulo. Professor: Roseli Rodrigues de Almeida UBERLÂNDIA – MG 2009 Introdução: A história da manutenção mostra que, em pouco mais de 100 anos, ela evoluiu de sua condição inicial de "socorro" para permitir a continuidade da produção, após uma quebra, para uma necessidade de produção, ou seja, uma ferramenta que confere confiabilidade a um processo produtivo. Em curto espaço de tempo, o Socorro passa a ser uma Manutenção Corretiva, que evolui para uma Manutenção Preventiva, em seguida para uma Manutenção Preditiva. Com o enforque nesse tipo de manutenção foi desenvolvido o conceito de manutenção produtiva total, conhecido pela sigla TPM(Total Productive Maintenance), que inclui programas de manutenção preventiva e preditiva. O TPM busca uma maior eficiência da manutenção, prevenção da manutenção produtiva, por meio de um sistema compreensivo, baseado no respeito individual e na total participação dos empregados. É a melhoria na estrutura da empresa em termos materiais e em termos humanos, alcançando um rendimento operacional global. 1. Definição TPM é um sistema de gerenciamento que tem como objetivo otimizar o funcionamento de maquinas e instalações, através da participação criativa de todos os colaboradores, sendo um processo que possibilita a melhoria contínua no chão de fabrica. A implantação do TPM é rigorosa no sentido de buscar sempre o "benchmark" (referencial de excelência), onde se procura medir e corrigir todas as perdas resultantes de equipamentos, processos e organizações ineficientes. Em harmonia com esta definição do TPM, cada uma das letras (T, P e M) possui o seguinte significado: T = "Total": no sentido de eficiência global ou ciclo total de vida útil do sistema de produção. Tem como objetivo a constituição de uma estrutura empresarial que visa à máxima eficiência do sistema de produção, criando no próprio local de trabalho mecanismos para prevenir as diversas perdas, atingindo zero acidente, zero defeito e zero quebra/falha. Conta com a participação de todos, desde a alta administração até os operários de primeira linha, envolvendo todos os departamentos, começando pelo departamento de produção e se estendendo aos setores de desenvolvimento, vendas, administração, etc. P = "Productive" (Produtiva): significa a busca do limite máximo da eficiência do sistema de produção, atingindo zero de acidente, zero defeito e zero quebra/falha, ou seja, a eliminação de todos os tipos de perda. Em outras palavras, não significa simplesmente a busca da produtividade, mas alcançar a verdadeira eficiência através do zero acidente e zero defeito. M = "Maintenance" (Manutenção): significa manutenção o sentido amplo, considerando-se o ciclo total de vida útil do sistema de produção e define a manutenção que tem o enfoque no sistema de produção de processo único na fabrica e no sistema administrativo de produção. Manutenção do sistema de administração da produção significa a preservação deste sistema em sua condição ideal, mediante a formação contínua de uma estrutura empresarial capaz de sobreviver aos novos tempos, por meio de uma busca constante do limite de eficiência, num esforço para se adequar às mudanças da conjuntura. 2. Origem A evolução da manutenção foi subdividida em uma era da manutenção baseado no tempo, até a década de setenta, quando a realização da manutenção fundamenta-se no planejamento e programação para antecipar qualquer eventual falha da maquina. Nas ultimas duas décadas, surge o conceito da era da manutenção baseada nas condições, isto é, a partir da manutenção preditiva, acompanha-se o estado das maquinas, o que permite prever com antecedência a provável ocorrência de falha. A indústria japonesa trabalhava apenas com o conceito de manutenção corretiva, após a falha da maquina ou equipamento, representando um custo e um obstáculo para a melhoria da qualidade. As atividades de pequenos grupos, uma característica peculiar do Japão, tais como: as atividades de círculos de controle de qualidade (CCQ), atividades dos grupos ZD (Zero Defeito) e atividades JK (Jishu Kanri - controle autônomo) passaram a ser amplamente difundidas, consolidando-se a idéia de que cada um executa e controla o seu trabalho. Levando essa mentalidade adiante, definiu-se que cada um cuida do seu próprio equipamento. Na busca de maior eficiência da manutenção produtiva, por meio de um sistema compreensivo, em 1971 a empresa Nippon Denso implementou o TPM pela primeira vez no Japão, conseguindo resultados espetaculares e recebendo o Prêmio de Excelência Empresarial, este foi o inicio do TPM no Japão. 3. ESTRUTURA PARA IMPLANTAÇÃO DO TPM A fase de preparação é de grande importância para o sucesso do processo de implantação do TPM. È nessa fase que estrutura-se e planeja-se toda a estratégia de implantação. O ponto mais relevante na fase de preparação é de obter o comprometimento de todo corpo executivo da empresa, mostrando-lhe que a estrutura hierárquica deve funcionar de forma integrada suporte ao "chão" de fábrica e autonomia e poder de decisão aos grupos autônomos. 3.1 - ETAPAS DE PREPARAÇÃO Etapa 1 – Direção superior declara a implantação do sistema TPM: consiste em conscientizar gerentes e supervisores sobre a estruturação necessária e funcionamento do TPM dentro da empresa. A direção superior da empresa deverá comunicar a todos os funcionários a decisão de adotar o TPM como metodologia para alcançar: acidente zero, perda zero e quebra zero. Etapa 2 – Educação introdutória e campanha para o TPM: o TPM é um movimento para o aperfeiçoamento da empresa através do aprimoramento das pessoas e dos equipamentos. Assim a medida que se faz treinamento para a introdução do TPM em todos os níveis hierárquicos, consegue-se maior compreensão sobre o assunto por todos, que além disso passarão a utilizar uma linguagem comum, aumentando sua vontade para enfrentar o desafio proposto pelo TPM. Deverão ser treinados em cursos específicos: gerentes, supervisores, lideres, encarregados, engenharias, recursos humanos, operadores, etc. Etapa 3 – Estruturação para implantação do TPM: o objetivo desta etapa é criar uma estrutura matricial para promover o TPM, que junte a estrutura horizontal formada por comissões e equipes de projetos com a estrutura formal, hierárquica e vertical. Além disso, deve-se gerenciar participativamente através de uma estrutura de pequenos grupos multifuncionais. Deve-se criar uma Secretaria Administrativa de promoção do TPM e designar uma pessoa dedicada, que será responsável pela promoção do programa dentro da empresa. No TPM implantam-se as oito atividades designadas como Oito Pilares de Sustentação no Desenvolvimento do TPM, a empresa busca mais produtividade (produtos e serviços com qualidade a baixo custo), enquanto que o empregado busca melhorar as condições ambientais de trabalho, assegurando ao mesmo tempo sua própria empregabilidade. Os oito pilares do TPM permitem esta interação, conforme podemos observar na figura abaixo: 1) Melhoria individual dos equipamentos para elevar a eficiência (OEE); 2) Estruturação da manutenção autônoma do operador; 3) Estruturação da manutenção planejada do departamento de manutenção; 4) Treinamento para melhoria das habilidades do operador e do técnico de manutenção; 5) Elaboração de uma estrutura de controle inicial de equipamento; 6) Manutenção da qualidade dos processos e produtos; 7) Aumento da eficiência das áreas administrativas e indiretas; 8) Segurança, higiene e meio-ambiente. Para um efetivo processo de mudança cultural preconizado por TPM é preciso que todos os setores produtivos se integrem nos pilares do TPM com a participação de representantes dos setores mais afins, assim todos os esforços da empresa em busca da excelência são canalizados em torno dos pilares, cujos objetivos são os de otimizar o uso dos ativos da empresa, e os resultados devem ser medidos através de indicadores PQCDSM. P – produtividade; Q – qualidade / ambiente; C – custo / participação; D – prazo/entrega; S – segurança, higiene e meio; M – moral, motivação integração. 4. RESULTADOS ESPERADOS DO TPM. Devido às condições severas do mercado, temos que despertar nossa criatividade em busca da competitividade eliminando os desperdícios e assegurando a qualidade. Senão tiver um bom programa de manutenção, os prejuízos serão inevitáveis, pois maquinas com defeitos ou quebradas causarão: Diminuição ou interrupção da produção; Atrasos nas entregas; Perdas financeiras; Aumento dos custos; Rolamentos com possibilidade de apresentar defeitos de fabricação; Insatisfação dos clientes; perda de mercado. 5. VANTAGENS DO TPM O TPM tem como principal vantagem, do ponto de vista econômico, uma melhor utilização do ativo de uma empresa, ou seja, o aumento da capacidade produtiva, com a manutenção do ativo, ou em alguns casos específicos, a manutenção da capacidade produtiva com menor utilização do ativo. Estes resultados não são atingidos logo no início da implantação, somente com o desenvolvimento das pessoas no processo produtivo, pode-se alcançar resultados positivos. Este processo de desenvolvimento é lento, mas já a partir da terceira etapa da manutenção autônoma pode-se colher frutos do TPM. O primeiro indicador fortemente afetado é o número de quebras, mas vários outros fatores são melhorados gradativamente como, por exemplo: Aumento da produtividade; Melhoria da qualidade Desenvolver a reestruturação comportamental da organização; O TPM faz parte do próprio trabalho; Maior integração do homem com a maquina Melhorias das condições de trabalhos Redução de custos Redução dos índices de acidentes (freqüência/gravidade) 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: TAKAHASHI, YOSHIKAZU. TPM - Manutenção Produtiva Total. São Paulo: Imam, 2000. TPM – Manutenção Produtiva Total, Sistema de Produção VOLKSWAGEM SAM- 2001 MARTINS PETRONIO. Administração da Produção. São Paulo: Editora SARAIVA 2000 HEIZER, JAY Administração de Operações Bens e Serviços. Rio de Janeiro LTC , 2001 ASSIS, R. Manutenção centrada na confiabilidade – Economia das decisões, Lidel, Edições Técnicas,Lisboa-1997. CABRAL, J. S. Organização e gestão da manutenção – dos conceitos à prática, Lidel, Edições Técnicas,Lisboa -1998. NAKAJIMA, S. Total Productive Maintenance. Productivity Press-1988. PINTO, C. V. Organização e gestão da manutenção, Monitor, Lisboa -1999. SLACK, N. et al. Administração da Produção. Ed. Atlas -1999. VICTOR, M., OLMEDO L.N. TPM a moda brasileira, Makrol Books, São Paulo -1994. XENOS, G.H. Gerenciamento a manutenção produtiva, Dg editora, Belo Horizonte-1998.