Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Trabalho Sobre Fluidos

fluidos de perfuração de petróleo

   EMBED


Share

Transcript

66 6 6 Curso: Engenharia de Petróleo e Gás Valor do Trabalho: Disciplina: Perfuração I ( )T1 ( )T2 (X)T3 ( )T4 Professor (a): Márcia D. Clarisse Data da Entrega: 23/09/2013 Alunos (as): Darcilene P. do Nascimento Lidiane do Couto Garcia Matrículas: 5701050 5701058 Nota: Trabalho complementar Defina fluidos de perfuração em base diferente a apresentada em sala de aula. R.: Os fluidos de perfuração são vistos de diferentes maneiras por diferentes autores. O instituto Americano de Petróleo (API) considera fluido de perfuração qualquer fluido circulante capaz de tornar a operação de perfuração viável. Podem ser conceituados como composições frequentemente líquidas destinadas a auxiliar o processo de perfuração de poços de petróleo, poços tubulares e operações de sondagem (Amorim, 2003) e dependem das exigências particulares de cada perfuração (Amorim, 2006). Do ponto de vista físico, os fluidos de perfuração assumem comportamentos de fluidos não-newtonianos, ou seja, a relação entre a taxa de cisalhamento e a taxa de deformação não é constante (Machado, 2002). De uma maneira geral, os fluidos de perfuração são sistemas multifásicos que podem conter água, material orgânico, sais dissolvidos e sólidos em suspensão nas mais diversas proporções (Serra, 2003). Quais são as principais características dos fluidos de perfuração? Explique cada uma de forma resumida. R.: Para que os fluidos de perfuração desenvolvam as funções necessárias e desejáveis de modo que ocorra uma perfuração rápida e segura, o fluido de perfuração deve possuir as seguintes características: Ser bombeável – é uma condição básica para o fluido tendo em vista que o mesmo deve limpar o poço dos cascalhos produzidos transportando-os até a superfície. Manter os cascalhos em suspensão mesmo quando estiver em repouso – essa característica é fundamental para continuação da perfuração do poço caso aconteça uma pausa no bombeio, pois assim os cascalhos não se depositar sobre a broca. Estabilizar as paredes do poço – O fluido deve estabilizar o poço mecânica e quimicamente, uma vez que havendo um desmoronamento das paredes do poço sobre a coluna de perfuração e broca, existiriam sérios problemas para a retirada da coluna e por consequência a perda do poço. Não causar reações nas formações atravessadas, ou danos às formações produtoras – O fluido deve reagir o mínimo possível com as rochas (formações) atravessadas, por exemplo, se o fluido formal dimensionado pode ocorrer o inchamento da argila. É necessário também que o fluido não contamine as formações produtoras para que não cause danos ao poço. Apresentar massa específica suficiente (peso) para evitar fluxos para dentro do poço – Essa característica ajuda manter a pressão hidrostática do fluido equivalente à pressão das rochas atravessadas, evitando a ocorrência de kicks durante o avanço da perfuração; Ser quimicamente estável – O fluido deve possuir essa estabilidade para que não haja nenhuma reação interna no poço. Aceitar qualquer tratamento, físico e químico – Essa propriedade se faz necessário, pois o fluido pode ser utilizado mais de uma vez no mesmo reservatório. Pesquise um fluido de perfuração á base água, óleo e ar/gás mencionando seus aditivos e funções. Fluido de base ar (gás, névoa ou espuma) Os fluidos de base ar são pneumáticos e possuem benefícios econômicos em regiões de rochas duras, onde há pouca chance de achar grandes quantidades de água. O ar seco ou o gás tem uma rápida penetração do fluido, reduzindo a deposição de cascalhos. Estes fluidos são feitos com aditivos que têm por objetivo obter um fluido com a densidade final, inferior a da fase contínua deste mesmo fluido. Neste sistema estão incluídas quatro operações básicas: Ar seco, na qual ar seco ou gás é injetado no poço a uma velocidade capaz de remover os resíduos da perfuração; Perfuração com um fluido composto de agente espumante e ar, que se mistura com água da formação geológica e reveste os resíduos permitindo sua remoção; Perfuração com uma espuma à base de um surfactante com quantidades de argilas ou polímeros formando um fluido de alta capacidade de transporte; Fluidos aerados que consistem em uma lama com ar injetado para remover os sólidos perfurados São usados nas fases iniciais do poço: –NATIVO Frequentemente envolve formações de pouco ou nenhum interesse, possui baixíssima capacidade de inibição das formações expostas. Água do mar + Argilas Nativas –CONVENCIONAL Água doce + Bentonita Argila comercial mais usada nos fluidos de perfuração. A bentonita sódica é amplamente utilizada na formulação dos fluidos de perfuração, por sua característica de quando em meio aquoso, adsorver uma quantidade elevada de água, expandindo e aumentando de volume. Fluidos à base de água São utilizados na maioria das perfurações no mundo todo. No Golfo do México, por exemplo, mais de 90% dos poços perfurados usam este tipo de fluido (Burke & Veil, 1995). Um fluido à base de água constituído por água e aditivos. A composição é o principal fator que controla suas propriedades físicas e químicas. Também pode ser utilizado o adensante baritina que é o solido inerte mais comum dentre os produtos comercializados. Outros adensantes usados são a calcita e a hematita. Fluidos à base água são constituídos, basicamente, por três componentes: A fase água, que é a fase contínua do fluido e dependendo da localização do poço a ser perfurado e/ou da água disponível esta pode ser água doce, salgada, dura, branda, etc.; A fase dos sólidos reativos, constituída por argilas comerciais e por argilas e polímeros que controlam a viscosidade, a argila mais usada é a betonita; e em menor quantidade a atapulgita e folhelhos hidratáveis provenientes das formações geológicas que estão sendo perfuradas, E a fase dos sólidos inertes, constituída por sólidos tais como calcário ou areia. Entre os sólidos inertes há o adensante barita, que é o solido inerte mais comum dentre os produtos comercializados, outros adensantes usados são a calcita e a hematita. Os adensantes são adicionados aos fluidos para aumentar massa específica. Fluidos de base óleo Os fluidos à base de óleo são utilizados em situações onde há altas temperaturas e pressões, formações geológicas hidratáveis, elevadas profundidades e em formações geológicas salinas, ou em condições em que as formações são fortemente afetadas pelos fluidos de base água. Os Fluidos de perfuração são à base de óleo quando a fase continua ou dispersante é constituída por uma fase de óleo, geralmente composta de hidrocarbonetos líquidos. Pequenas gotículas de água ou de solução aquosa constituem a fase descontinua desses fluidos. Alguns sólidos coloidais, de natureza inorgânica e/ou orgânica, podem compor a fase dispersa. Os fluidos podem ser: Os verdadeiros fluidos à base de óleo: contêm água em concentração volumétrica a 5,0 %, asfalto oxidado, ácidos orgânicos, álcalis, agentes de estabilização, óleo diesel ou óleo mineral não tóxico. As emulsões inversas: podem conter até 50,0 % em volume de água, que é dispersa em óleo através de um emulsificante especial. Outros produtos químicos que podem ser adicionados aos fluidos: Alcalinizantes e controladores de PH, como soda caustica, potassa caustica e cal hidratada. Dispersantes, como o lignossulfonato, tanino, lignito e fosfatos; Redutores de filtrado, como amido; Floculantes, como a soda caustica, cal e cloreto de sódio; Polímeros de uso geral para viscosificar, desflocular ou reduzir filtrado; Surfactantes de cálcio magnésio, como cloreto de potássio, sódio e cálcio; Bactericidas, como paraformaldeído, composto organoclorados, soda caustica e cal. Aditivos Características Soda caústica, Potassa Caústica e cal hidratada. Alcalinizantes, controladores de Ph, floculante. Baritina e Hematita. Adensante – pode controlar a densidade do fluido de perfuração. Surfactantes: sabões e ácidos graxos. Emulsificar a água, reduzi a tensão superficial. Carbonato e bicarbonato de sódio Removedores de cálcio e de magnésio Paraformaldeído, Organocloratos, Cal e Soda Caústica. Bactericida Lignossulfatos, taninos, ligninos e fosfatos. Dispersante, inibidor físico. Realize uma comparação entre fluido á base água e á base óleo. As principais características dos fluidos à base óleo são: Grau de inibição elevado em relação às rochas ativas; Baixíssima taxa de corrosão; Propriedades controláveis acima de 3500F, até 5000F; Grau de lubrificação elevado; Amplo intervalo de variação de densidade: de 0,89 a 2,4; Baixíssima solubilidade de sais inorgânicos. As principais características dos fluidos à base água são: Prover o meio de dispersão para os materiais coloidais Tornar o fluido menos agressivo ao meio ambiente. Facilitar a detecção de gás no poço. Permite maior taxa de penetração. Permite um maior número de perfis que pode ser executado. Permite mais facilidade no combate a perda de circulação. Tem menor custo inicial. Fluido á base de água Fluido á base de óleo Tem menor custo inicial Maior custo inicial Permite mais facilidade no combate a perda de circulação Dificuldade no combate a perda de circulação Permite um maior número de perfis que pode ser executado Menor número de perfis que podem ser executados Tornar o fluido menos agressivo ao meio ambiente Maiores graus de poluição Facilitar a detecção de gás no poço Dificuldade na detecção de gás no poço devido a sua solubilidade na fase continua Permite maior taxa de penetração Menores taxas de penetração Cite as situações onde os fluidos á base de ar ou ar comprimido são empregados. R.: São fluidos pneumáticos e possuem vantagens econômicas em áreas de rochas duras. Esses fluidos possuem baixa densidade, são empregados em zonas com perdas de circulação severas e formações onde há produção com pressão muito baixa ou com grande sensibilidade a danos. Também é empregado em formações que possuam um elevado grau de dureza como Basalto ou o Diabásio, em regiões com escassez de água ou regiões glaciais com camadas espessas de gelo. Referências Bibliográficas: Estudo dos constituintes dos fluidos de perfuração, Portal abpg. Disponível em: Acessado: 20/09/2013 Perfuração, UFPR. Disponível em: Acessado: 19/09/2013 Avaliação de fluidos de perfuração de base aquosa contendo poliglicóis modificados, UFRJ. Disponível em: Acessado: 19/09/2013 Bentonitas Aditivadas com Polímeros para Aplicação em Fluidos de Perfuração, ANP. Disponível em: Acessado: 20/09/2013 Desenvolvimento de fluidos de perfuração a base de óleos vegetais, ANP. Disponível em: Acessado: 21/09/2013 Fluidos de Perfuração IV – Estudo dos Fluidos I. Disponível em: < http://unitbr.com.br/>. Acessado: 21/09/2013 Processamento de Lamas de Perfuração, ANP. Disponível em: < http://www.anp.gov.br/CapitalHumano/Arquivos/>. Acessado: 19/09/2013