Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Trabalho Sobre Cavalo Crioulo

História e características do Cavalo Crioulo

   EMBED


Share

Transcript

CavaloCriouloCavaloCrioulo Cavalo Crioulo Cavalo Crioulo História do Cavalo Crioulo Tempo houve em que só tu te aventuravas com o homem no deserto; foste a carruagem, a diligência, a carreta, o único veículo, o único meio de transporte. Teu casco lançou o batismo às planuras da América, ao solo misterioso de seus bosques, as suas ásperas coxilhas; tua crina foi o primeiro penacho da civilização eriçado pelo hálito do pampeiro. Delfino M. Riet – "O Cavalo Crioulo". Definição da raça Crioula e origem: é o conjunto de cavalos trazidos da península ibérica na conquista da América no século XVI. Após quatro séculos de adaptação no sul da América, adquiriram características únicas. Acredita-se que o cavalo crioulo origina-se de duas raças das regiões de Portugal e Espanha do século XV, sendo a Andaluz e Berbere, raças fortes e de resistência, e por esse motivo foram escolhidos para ingressar no novo continente. Por abandono e perca, passaram a formar manadas livres, sendo forjada por seleção natural, adaptando-se ao ambiente em que viviam, resistindo a geadas intensas e sol forte, perseguição do homem e predadores, fazendo valer sua principal característica, a resistência e, foi moldada desta forma, onde somente os mais fortes sobreviviam neste ambiente hostil e, assim, passavam seus genes às gerações futuras. Sendo, então, no século XIX, percebido a importância e a qualidade do cavalo crioulo, começando a ser preservado vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX. Andaluz Berbere Crioulo Características: Mede de 1,35m a 1,52m, um animal compacto, robusto e inteligente. Apresenta a cabeça curta e larga, afilando-se em forma de cone, focinho saliente, face reta com olhos expressivos afastados lateralmente, orelhas curtas empinadas. O pescoço é musculoso, inserido em espáduas fortes e profundas, com peito largo. O dorso é curto, com costelas bastante elásticas e lombo bastante poderoso. A garupa é arredondada e musculosa. As pernas são curtas, com ossatura excedente, quartelas curtas, com patas pequenas e duras. Oscila entre 400kg e 450Kg. Um animal indicado para viagens e lida de campo. Dócil, às vezes arisco. Pelagens Básicas: Alazão, Baio, Branco, Cebruno, Colorado, Douradilho, Gateado, Mouro, Oveiro, Picaço, Preto, Rosilho, Tobiano, Tordilho e Zaino. Tem elevada versatilidade às práticas esportivas, alta resistência aos esforços físicos e as principais enfermidades, pouco exigentes quanto aos tipos de alimentação, bastantes receptivos ao processo das domas. No entanto, tem menor desenvolvimento corporal e exige uma maior atenção ao casqueamento e ferragem de modo a evitar rachaduras, abcessos, claudicação, entre outros. Estrutura do casco 1.bordalete períoplo (coroa) 2.taipa 3.pinça 4.ombros 5.quartos 6.talão 1. 1ª falange 2. Tendão do extensor lateral 3. Falange 4. Rodete (coroa) 5. Períoplo 6. Parede ou muralha 7. Tecido querafiloso 8. Tecido podofiloso 16. Fundo de saco posterior da pequena bainha sesamóideana 9. 3ª falange 17. Fundo do saco posterior da sinovialarticular do pé 10. Tecido aveludado 18. Fundo de saco inferior da grande bainha sesamóideana 11. Trasversohióideo 19. Tendão flexor profundo 12. Ligamento interósseo 20. Ligamento sesamóideano 13. Ranilha 14. Coxim plantar 15. Osso navicular Glumas (bulbos do casco) 8. Linha branca Lacunas laterais 9. Sola Talões 10. Pinça Barras ou arcobotantes 11. Ponta da ranilha (vértice da ranilha) Quartos 12. Bordo inferior da parede, tampa ou muralha Ramos da sola (palma) (bordo basal da parede) Limite posterior dos ombros 13. Ângulo LM - sulco da ranilhas Casco com rachadura Casco com abcesso Claudicação Condicionamento reprodutivo dos garanhões Geralmente, há uma tendência evidente para o criador associar baixos índices de fertilidade com as éguas quando o problema pode ser originário do garanhão. De dois a três meses antes do início reprodutivo, o garanhão deve passar por uma avaliação reprodutiva completa para diagnosticar eventuais causas de infertilidade ou subfertilidade e estabelecer um tratamento imediato. Este exame reprodutivo envolve: Conformação: Todos os defeitos físicos de conformação, considerados herdáveis, devem ser analisados antes de introduzir o garanhão ao rebanho. Os principais defeitos são: cegueira, total ou parcial; prognatismo; pescoço invertido; dorso-lombo demasiadamente selado, lordose ou espinha de carpa; desvios totais de aprumos. Estes últimos, quando localizados no trem posterior poderão, inclusive, afetar a habilidade de monta. Injúrias: Os cascos deverão ser examinados com base no tamanho, formato e a presença de anormalidades diversas como, por exemplo, brocas, doença do osso navicular etc. Na presença de injúrias, a dor impedirá que o animal desempenhe o ato da cópula normalmente. Os testículos e o pênis também deverão ser observados para verificar possíveis presenças de lesões. Órgãos genitais: Os testículos deverão ser apalpados externamente para a medida do seu tamanho, visto que a relação entre o tamanho testicular e a produção de espermatozoides é positiva. Irregularidades como a hipoplasia (insuficiência de desenvolvimento de tecidos ou órgãos), monorquidismo (falta de um dos testículos) e criptorquidismo (ausência dos testículos na bolsa escrotal) são os primeiros motivos de descarte. Em certos casos recomenda-se o exame através da apalpação retal. Temperamento: Garanhões que apresentam temperamento indócil, normalmente, são excluídos do processo reprodutivo, devido ao risco para as éguas e tratadores, no entanto, primeiramente se observa esse comportamento, se é herdado ou adquirido, sendo que este último não será transmitido para filhos e pode ser corrigido. Avaliação do sêmen: Junto com o exame fisiológico, bacteriológico seminal e como o garanhão executa a monta, este é o último estágio exame reprodutivo antes da monta. A libido deve ser vigorosa com ereção imediata do pênis na presença da égua em cio. A qualidade seminal é determinada pelo volume do ejaculado, concentração espermática, motilidade, morfologia e os tipos de éguas, no caso de "éguas problemas" a fertilidade do garanhão pode ser mascarada. Outras situações que podem mascarar o desenvolvimento reprodutivo do garanhão é o manejo incorreto, o qual deve ser feito por um indivíduo de confiança e paciente. Outra situação é um garanhão que tem poucas éguas e/ou uma estação de monta irregular; por mais que ele enxerte essas éguas, fica difícil dizer a real capacidade e o potencial deste garanhão, por isso é recomendável que a estação de monta seja definida, concentrando maior número de cios e crias e as causas mais comuns de infertilidade nos garanhões são as falhas de manejo, as deficiências nutricionais, higiene e idade inadequada, distúrbios ejaculatórios, indiferença sexual, anormalidades espermáticas, infecções genitais, anormalidades testiculares e o sobre uso na reprodução. Um cavalo jovem, entre 2,5 a 4,0 anos de idade, pode cobrir até 20 éguas na estação de monta com, no máximo, 1,0 salto / dia. Já um cavalo adulto, acima de 4,0 anos de idade, pode servir 40 éguas na estação de monta com, no máximo, uma média de 1,5 saltos / dia durante a semana. Sistema reprodutor do cavalo 1. Músculo ísquio cavernoso 2. Ligamento suspensório 3. Músculo retrator do pênis 4. Músculo bulbocavernoso 5. Corpo cavernoso do pênis 6. Gola da glande 7. Processo uretral 8. Coroa da glande 9. Mucosa peniana 10. Artéria dorsal da pudenda 11. Artéria obturatriz 12. Artéria profunda 13. Tuberosidade isquática Órgão doente-fibroma Órgão sadio (sarcóide equino) Coleta de sêmen do equino Vagina artificial para coleta de sêmen Finalmente, do ponto de vista psicológico, é importante lembrar que certo grau de agressividade deve ser mantido no garanhão, mas sem representar perigo para a égua ou o operador. Alguns garanhões ficam perturbados com o barulho, e outros podem não gostar de algumas éguas ou mesmo do operador, adquirindo hábitos de morder e escoicear. Basicamente, o condicionamento reprodutivo do garanhão deve visar a manutenção de sua saúde física e mental. Do ponto de vista físico, qualquer desequilíbrio nutricional, doenças infecciosas, infestações verminóticas, ou injúrias diversas, podem provocar um declínio na fertilidade. E a falta de exercícios regulares provoca a obesidade, e torna os garanhões mais nervosos. A disponibilidade de piquetes para exercícios livres dispensa os exercícios orientados. Do ponto de vista psicológico, o garanhão deve ser condicionado para cobrir a égua dentro das normas corretas de condução da monta, evitando acidentes e a ocorrência de distúrbios ejaculatórios. Nas primeiras experiências sexuais, o operador deve utilizar uma égua mansa, com sinais evidentes de cio, bem receptiva ao garanhão. Condicionamento reprodutivo das éguas O cio da égua tem uma duração média de sete dias, com a ovulação ocorrendo em torno de 36 horas antes do término do cio. Os óvulos têm uma vida útil de 6 a 12 horas, em média, sendo que os espermatozoides em torno de 48 horas. Assim, as cobrições podem ser efetuadas em dias alternados, no transcorrer do período de cio. Após 15 a 16 dias do término do cio, as éguas devem ser rufiadas novamente, para a detecção de uma eventual repetição de cio. Caso não ocorra, o diagnóstico da prenhes pode ser efetuado a partir do 250 dias, através da apalpação retal. O Programa de Condicionamento reprodutivo das éguas matrizes deve ser conduzido de acordo com três categorias: éguas paridas, éguas falhadas e éguas virgens. Éguas paridas: Caso a égua esteja em boas condições físico-clínicas após o parto, e caso este tenha ocorrido normalmente, deve-se aproveitar o 1º cio pós-parto, o qual se manifesta entre os dias 79 e 149. Frequentemente, quando a égua não é coberta neste 1º cio pós-parto, há uma tendência bastante elevada para a manifestação do cio subsequente somente após o desmame da cria. Éguas falhadas: Toda égua falhada deve ser considerada, e manejada, como uma égua problema, representando prejuízos econômicos para o criador. O motivo de estar entrando na estação de monta solteira deve ser identificado e recomenda-se uma avaliação reprodutiva completa nesta categoria de éguas, por volta de dois meses antes do início da estação de monta. O exame reprodutivo envolve: apalpação retal do aparelho genital feminino, procurando-se identificar sinais de infecção uterina e/ou distúrbios ovarianos; exame da vagina e da cérvix, através do espéculo vaginal; coleta de material para exame bacteriológico e avaliação do estado geral da égua. Éguas Virgens: Estas potras podem ser manejadas em conjunto com as éguas falhadas. Caso a potra encontra-se muito nervosa e excitada, deve ser colocada em um piquete separado, com um ou mais animais de temperamento calmo e para a formação de uma boa matriz, é essencial um Programa de manejo geral técnico, particularmente os programas nutricional, sanitário e de condicionamento físico. Também o medo à proximidade do garanhão é típico nesta categoria de éguas. Portanto, para a identificação do cio, é fundamental a utilização de um rufião de pouca agressividade sexual. A rufiação deve ser individual, e conduzida diariamente. Sistema reprodutor da égua Ovário Oviduto Cornos uterinos Corpo do útero Cérvix Vagina Vulva Ligamento largo do útero Bexiga Uretér Rim Sfincter anal (ânus) Reto Exemplo de égua parida Exemplo de égua falhada Exemplo de égua virgem Da mesma forma que no caso dos garanhões, para o sucesso reprodutivo é fundamental que as éguas estejam em um bom estado sanitário e nutricional, mas o aspecto psicológico é menos crítico, e a obesidade é um fator mais agravante para a fertilidade da fêmea. Quando mantidas estabuladas, a fertilidade tende a ser baixa, tanto em decorrência da obesidade (falta de exercícios e excesso de concentrados energéticos) como da falta de estímulos externos (luminosidade) para a manifestação de cios ovulatórios. Inseminação Artificial As principais vantagens da Inseminação artificial em equinos são: A redução dos riscos de disseminação de doenças sexualmente transmissíveis, pois o contato sexual direto entre garanhões e éguas reprodutoras é evitado; Aumento dos índices de fertilidade, devido a um maior controle sobre a qualidade do sêmen utilizado e também sobre a sanidade reprodutiva das éguas, resultando no acréscimo da eficiência reprodutiva; Acelerar o processo de melhoramento genético das raças. Em um período normal de estação de monta, através da monta natural, um garanhão poderia cobrir um número máximo de 80 éguas, enquanto através da Inseminação Artificial poderia fecundar um número muito maior, chegando até 300 éguas. Um garanhão de alto valor zootécnico, com qualidades devidamente comprovadas pode, dessa maneira, disseminar seus caracteres desejáveis muito rapidamente, constituindo uma grande vantagem no que diz respeito ao melhoramento genético, reduz a possibilidade de injúrias para a égua e o garanhão, permite o uso de garanhões que tenham desenvolvido hábitos deficientes de cobertura ou que apresentem lesões limitantes (claudicações) e permite a identificação de problemas reprodutivos; permite o uso de éguas impossibilitadas para a monta natural. Para isso, há um aumento dos custos nos trabalhos relacionados ao manejo reprodutivo do haras e obrigatoriedade de um médico veterinário responsável para conduzir os trabalhos. Inseminação artificial Aplicador Universal PotroPotro Potro Potro Gestação e Parto O período de gestação é de 336 dias na égua (11 meses). A gestação é o desenvolvimento do feto depois da fecundação do ovo até a parição. Ela também é conhecida como "prenhez, pregnância e gravidez". Verificada a fecundação o óvulo desce pelas trompas uterinas e pelo oviduto até alcançar o corno uterino, no que leva mais ou menos 12 dias. Um parto normal dura em média de 10 a 30 min. O feto, apresenta-se com a cabeça colocada entre as patas dianteiras. Normalmente a égua pari de pé, o feto cai com os jarretes da mãe atenuando esta queda, havendo nesse momento a ruptura do cordão umbilical. Quando a fêmea pari deitada (em decúbito), o cordão umbilical é rompido pela própria fêmea ou quando esta se levanta. Caso isso não ocorra, o tratador deve efetuar a ruptura (com ligadura) a uma curta distância. A expulsão da placenta é imediata ao parto e, os órgãos genitais voltam ao seu estado normal em 2 a 5 dias após o parto. É muito importante o tratador acompanhar o parto para socorrê-la no caso de um parto difícil (distócico). Em caso de dúvida chame sempre o médico veterinário, não espere a situação complicar. As éguas paridas em cocheira devem receber nos primeiros quatro dias uma ração leve e laxativa como capim verde e tenro, alfafa (verde ou feno), cenouras, etc. O primeiro leite, chamado colostro, é muito importante para o potro, não só pela sua riqueza em vitaminas, seu poder laxativo para limpar o intestino, como por conter substâncias imunizantes para várias doenças, que a mucosa intestinal do filho é capaz de absorver durante os primeiros dias. Infertilidade As principais causas de infertilidade na égua matriz são: cio prolongado; cio anovula­tório; cio silencioso; cio falso; anestro da lactação; anestro fisiológico; diestro prolongado (retenção do corpo lúteo); falhas de manejo; desequilíbrio nutricional; idade da égua; cistos ovarianos; conformação genital inadequada; abortos patogênicos; abortos espontâneos; endometrite. Entre estas causas de infertilidade, a principal ainda é a deficiência nutricional. Uma égua que inicia a estação de monta sem estar no seu estado físico normal, tem maiores chances de se tomar uma égua problema, com dificuldades de ser enxertada ou de manter a prenhes. Todo criador será capaz de controlar a incidência destas anormalidades reprodutivas se: Manter as éguas na condição física adequada ao longo do ano; Concentrar as cobrições na devida estação de monta; Trabalhar com éguas de temperamento normal; Dispor de mão de obra eficiente e assistência técnica capacitada e selecionar para a característica fertilidade. A seleção é essencial para o sucesso de quaisquer criatórios, desde que alicerçada em cinco parâmetros, a saber: Conformação ideal para a respectiva raça; Pedigree do indivíduo - conformação e performance atlética dos ancestrais até, no máximo, a terceira geração; Performance atlética do indivíduo a selecionar; Longevidade; Histórico reprodutivo do indivíduo - relacionado com a sua capa­cidade reprodutiva e produtiva. Colostro no aleitamento artificial O colostro é essencial para a sobrevivência do recém-nascido. Apesar disso, nem sempre o potro consegue mamar o colostro, por ter nascido fraca ou devido a problemas com a própria égua, como a ausência de secreção láctea, rejeição da cria ou úbere mal formado. Nesses casos, faz-se necessário o aleitamento artificial. O aleitamento artificial já é praticado com colostro fresco, retirado de éguas recém-paridas. Isso, porém, nem sempre é possível. Para evitar problemas na prática do aleitamento artificial, A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) junto com a MAARA (Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária) E A CPPSE (Centro de Pesquisa de Pecuária do Sudeste) do Estado de São Paulo, estudou um meio prático para realizar um "banco de colostro", em que esse produto possa ser conservado de maneira adequada. Com esse propósito, foi conduzido um experimento utilizando o colostro de 30 éguas, que foi congelado em frascos individuais, em congelador, durante um ano. Periodicamente, o colostro foi descongelado e analisado quanto à quantidade de IgG (anticorpo Imunoglobulina G). Foi constatado que a congelação não alterou a quantidade de IgG. Perante os resultados obtidos, concluiu-se que é viável congelar o colostro por um período de 12 meses; o colostro nestas condições pode ser utilizado no aleitamento artificial. Desempenho reprodutivo da égua crioula (Por Gabriella Möller) Segundo uma pesquisa realizada pela médica veterinária Gabrielle Möller sobre a capacidade reprodutiva de éguas crioulas, foi verificada a influência dos seguintes aspectos: idade das éguas, status reprodutivo, número de cios utilizados, uso do cio do potro, presença de líquido intrauterino, eficiência dos tratamentos pós-cobertura, presença de cistos endometriais e realização de vulvoplastia em quatrocentas e sessenta e duas éguas crioulas entre dois e vinte e dois anos, em dois Centros de Reprodução de cunho comercial de equinos da raça Crioula, detectando um ciclo significadamente influenciado pela idade das éguas, revelando que as éguas com menos de doze anos de idade tem duas vezes mais chances de prenhes, sendo que o número de folículos ovulados não influenciou os índices de prenhes, sendo a taxa de ovulações duplas de 4,84% e o índice de gestação gemelar de 1,16%. O índice de prenhes sofreu influência significativa (p=0,03) somente aos 42 dias e as éguas falhadas apresentaram prenhes significadamente inferior às demais, mostrando maior ocorrência de morte embrionária neste grupo. a : letras iguais na coluna indicam ausência de diferença significativa (p=0,166) b,c: letras diferentes na coluna indicam diferença significativa (p=0,03) O índice de prenhes no cio do potro foi de 85,36%, significadamente melhor que a prenhes de éguas lactantes em que o cio do potro não foi utilizado (74,22%), sendo que as éguas com menos de 12 anos apresentaram índices significadamente superiores, no entanto, as éguas jovens apresentaram índices inferiores quando não utilizado o cio do potro, apresentando diferenças significativas entre cios, fato não observado nas éguas acima de 12 anos. Com relação a correção cirúrgica da região perineal, a taxa de prenhes foi de 93,94% nas éguas suturadas, contra 79,42% nas éguas que não passaram por vulvoplastia, tendo 4 vezes mais chances de prenhes e com relação a idade as chances passam para 6 vezes, sendo que a necessidade de correção é maior nas éguas mais velhas, que apresenta fertilidade inferior e que obteve melhora nos índices com a realização da cirurgia. Este estudo teve por conclusão que a prenhes das éguas crioulas é influenciada pela idade, conformação vulvar, os cistos endometriais e o status reprodutivo, além do acúmulo de fluído intrauterino que é um fator importante e deve ser observado e devidamente tratado para obtenção de melhores índices de prenhes. E, devido a intensidade da reprodução da Raça Crioula, com número expressivo de éguas por garanhão e a cobrança por resultados positivos exigindo que a égua produza um potro por ano, é de extrema necessidade o acompanhamento veterinário das manadas para a eficiência na criação. ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo) A ABCCC foi criada em 1931, inicialmente como "ACCC", por 22 entusiastas que queriam reerguer e padronizar o Cavalo Crioulo criando a entidade dedicada à raça, e em 1932 se deu início ao ideal na cidade de Bagé, no entanto, logo, Pelotas foi escolhida a cidade para sediar a ABCCC, pois a Associação do Registro Genealógico Sul Rio-Grandense se encontrava em Pelotas. Criaram, então, uma comissão de criadores da raça, onde cada cavalo avaliado como crioulo constituía o stud book da raça, dando início aos primeiro cavalos crioulos brasileiros. Com isso, a entidade adquiriu independência e passando a dividir espaço com a Associação Rural de Pelotas. Em 1944 foi fundada a FICCC – Fundação Interamericana de Criadores de Cavalos Crioulo – pelas associações de crioulistas do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, na tentativa de integrar todas as entidades do sul do continente americano, realizando exposições, pondo em prática os ideais da FICCC e confrontando os cavalos crioulos espalhados pela América afim de melhorar a raça. Nessa época o transporte era por navio e trem, dificultando a abrangência das exposições. Depois de muitos adiamentos, em 31 de dezembro de 1953, para machos, e em 31 de dezembro de 1955, para fêmeas, foram encerrados as inspeções e os registros de cavalos, ingressando do stud book brasileiro da raça crioula somente filhos de pais devidamente registrados, sendo o grande desafio da ABCCC, que passaria a ter como prioridade os descendentes das matrizes, sendo estabelecido em 1959, pela FICCC, o standard da raça para a América, unificando e uniformizando os crioulos em seu território de origem. Um dos momentos importantes da ABCCC foi na década de 1970, onde as provas funcionais começaram a cair no gosto dos criadores e do público, provando a qualidade e a funcionalidade do cavalo crioulo e, assim, impulsionando a entidade e gerando, em 1982, a prova do Freio de Ouro, que foi transformada na maior ferramenta de seleção da raça. Núcleos de Criadores de Cavalo Crioulo (N.C.C.C.): Aceguá/RS - N.C.C.C. de Aceguá Alegrete /RS- N.C.C.C. de Alegrete Araranguá/SC - N.C.C.C. do Sul Catarinense Arroio Grande/RS - N.C.C.C. de Arroio Grande Bagé/RS - N.C.C.C.de Bagé Barra Velha/SC - Joinville / SC - N.C.C.C. do Planalto Norte Catarinense Biguaçu /SC - Tijucas / SC - N.C.C.C. da Costa Esmeralda Bom Jesus /RS - N. C.C.C. dos Campos de Cima da Serra Brasília/DF - A.C.C.C. do Distrito Federal Caçapava do Sul/RS - N.C.C.C. de Caçapava do Sul Cacequi/RS - N.C.C.C.de Cacequi Cachoeira do Sul/RS - N.C.C.C. de Cachoeira do Sul Camaquã/RS - N.C.C.C. José Júlio Centeno Coutinho Campo Grande/MS - N.C.C.C. do Mato Grosso do Sul Campo Verde/MT - N. Mato-grossense de C.C.C. Campos Novos/SC - N.C.C.C. do Meio Oeste Catarinense Canela/RS - N. Encosta da Serra de C.C.C. Canguçu/RS - N.C.C.C.de Canguçu Canoinhas/SC - N.C.C.C. do Contestado Capão do Leão/RS - Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Capão do Leão Carazinho/RS - N.C.C.C. do Planalto Quarta Região Cascavel/PR - N.C.C.C. do Oeste do Paraná Castro/PR - N.C.C.C. dos Campos Gerais Chapecó/SC - N.C.C.C. Oeste Catarinense Cruz Alta/RS - N.C.C.C.de Cruz Alta Curitiba/PR - A. Paranaense de C.C.C. Curitiba /PR - N.C.C.C. da Região Metropolitana – Olavo Almeida Ribas Dom Pedrito/RS - N.C.C.C. de Dom Pedrito - Cypriano Munhoz Filho Encruzilhada do Sul / RS - N. Encruzilhadense de C.C.C. Erechim/RS - Núcleo Alto Uruguai de Criadores Cavalos Crioulos Esteio/RS - N.C.C.C. da 6ª Região Flores da Cunha/RS - Caxias do Sul / RS - N.C.C.C. dos Vinhedos Giruá/RS - N.C.C.C. de Giruá Guaíba/RS - N.C.C.C. da Costa Doce Guarapuava/PR - N.C.C.C. de Guarapuava Herval /RS - N.C.C.C de Herval Ijuí/RS - N.C.C.C. de Ijuí – NCCCI Itaboraí/RJ - N.C.C.C. do Estado do Rio de Janeiro - Luiz Pettinari Itajaí/SC - N.C.C.C.do Litoral e Norte Catarinense Itaqui/RS - N. Itaquiense de C.C.C. Jaguarão/RS - N.C.C.C.de Jaguarão Júlio de Castilhos/RS - N.C.C.C.de Júlio de Castilhos Lages - Associação/SC - A.C.C.C.C. Adolfo Luiz Nunes Martins Lages - Núcleo/SC - N.C.C.C. da Serra Catarinense Pedro Paulo Lisboa Lagoa Vermelha/RS - Núcleo Biriva de Criadores de Cavalos Crioulos Lajeado/RS - N.C.C.C. dos Vales do Taquari e Rio Pardo Lapa /PR - N.C.C.C. Planalto Paranaense Lavras do Sul/RS - N.C.C.C.de Lavras do Sul Londrina/PR - N. Norte Paranaense de C.C.C. Maringá/PR - N.C.C.C. Noroeste do Paraná Montenegro/RS - N.C.C.C. do Vale do Caí Nova Prata/RS - N.C.C.C. Encosta do Prata Palmeira das Missões/RS - N. Palmeirense de C.C.C. Pântano Grande/RS - N.C.C.C de Pântano Grande Passo Fundo/RS - N.C.C.C. José Ronald Bertagnolli Pato Branco/PR - N.C.C.C.do Sudoeste do Paraná Pedras Altas/RS - N.C.C.C. de Pedras Altas Pedro Osório/RS - N.C.C.C.de Pedro Osório Pelotas/RS - N. Sudeste de C.C.C. Petrópolis/RJ - N.C.C.C. do Estado do Rio de Janeiro – CRIOULORIO Pinheiro Machado/RS - N. Zona Sul de C.C.C. Piratini/RS - N.C.C.C.de Piratini Ponta Grossa / PR - N. Caminho das Tropas de Criadores e Proprietários de C.C. Porto Alegre / RS - N.C.C.C. de Porto Alegre Quaraí / RS - N. Quaraiense de C.C.C. Rio de Janeiro / RJ - N.C.C. C. do Rio de Janeiro Vilson Chalart de Souza Rio Grande / RS - N.C.C.C. de Rio Grande Rio Pardo / RS - N.C.C.C. de Rio Pardo Rosário do Sul / RS - N.C.C.C. de Rosário do Sul Santa Cruz do Sul / RS - N.C.C.C de Sta. Cruz do Sul Santa Maria / RS - N.C.C.C. de Santa Maria Santa Vitória do Palmar / RS - N.C.C.C. Pedro Arício de Souza Santana do Livramento / RS - N. Santanense de C.C.C. Santiago / RS – N.C.C.C. de Santiago Santo Ângelo / RS - N. Missioneiro de C.C.C. Santo Antônio da Patrulha/RS - Osório / RS - N.C.C.C. do Litoral Norte Santo Cristo/RS - Santa Rosa / RS - N.C.C.C.do Noroeste Gaúcho São Bento do Sapucaí / SP - N.C.C.C.do Vale do Paraíba e Sul de Minas São Borja / RS - N.C.C.C. de São Borja São Francisco de Assis / RS - N.C.C.C. Bento Fontoura de Oliveira São Gabriel / RS - N. Gabrielense de C.C.C. São Jerônimo / RS - N.C.C.C. da Região Carbonífera São João Batista / SC - N.C.C.C. da Grande Florianópolis e do Vale do Rio Tijuca São José dos Campos / SP - A.P.C.C.C. Emílio Matos São Lourenço do Sul / RS - N.C.C.C. de São Lourenço do Sul São Luiz Gonzaga / RS - N.C.C.C. Missões São Martinho / SC/SC - Armazém / SC - N.C.C.C. Anita Garibaldi São Paulo/SP - Baurú / SP - N. Sem Fronteiras de C.C.C. São Sepé / RS - N.C.C.C. Sepé Tiarajú Soledade / RS - N.C.C.C. de Soledade Tupanciretã / RS - N.C.C.C. de Tupanciretã Uruguaiana / RS - N.C.C.C. Flavio Bastos Tellechea Vacaria / RS - N. Serrano da ABCCC Viamão / RS - Núcleo de Viamão da ABCCC Rio Grande do Sul: 64 núcleos Santa Catarina: 10 núcleos Paraná: 9 núcleos São Paulo: 3 núcleos Mato Grosso do Sul: 1 núcleo Mato Grosso: 1 núcleo Rio de Janeiro: 3 núcleos Brasília/DF: 1 núcleo Totalizando: 102 núcleos Modelo de Registro da ABCCC de um Cavalo Crioulo Alguns exemplos de avaliações da ABCCC: Conformação correta dos aprumos dos cavalos: Avaliação das patas traseiras, onde o ideal está representado na imagem 1. Avaliação das patas dianteiras onde o ideal está representado na imagem 1. Angulações: Bibliografia: http://www.racacrioula.com.br/site/content/home/index.php - ABCCC http://cavalo-crioulo.com/ - Inseminação Artificial em equinos http://www.saudeanimal.com.br/cavalo5.htm - Reprodução http://www.sheepembryo.com.br/files/artigos/943.pdf - Gabriella Möller Médica Veterinária, Mestrado em Reprodução Animal, UFRGS http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPPSE/11367/1/PROCICircT8MU1993.00054.pdf - COLOSTRO DE ÉGUA NO ALEITAMENTO ARTIFICIAL.