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Normas para Coleta, Tratamento e Armazenagem de Resíduos Químicos da
Faculdade Pitágoras Governador Valadares - MG
1) Classifique o resíduo laboratorial de acordo com a Tabela 1.
2) As classes de resíduos químicos e os seus tratamentos estão na Tabela 1.
3) Qualquer que seja o tipo de resíduo químico ele deve estar devidamente
identificado com o nome dos componentes da mistura e suas respectivas
quantidades. Use sempre a Ficha de Identificação de Resíduo Químico - FIRQ,
localizada na última página deste documento. Faça quatro (3) fotocópias da
ficha FIRQ (em anexo). Cada bombona deverá ter um lacre plástico numerado e
o número do lacre deverá ser indicado na ficha FIRQ (no local apropriado).
Os Lacres podem ser adquiridos junto a CENTRAL DE RESÍDUOS QUÍMICOS, do
Depto. de Química.
4) Procure usar substâncias inertes e atóxicas. Procure gerar menos
resíduos. Procure armazenar os resíduos visando a sua reutilização.
5) Após o tratamento (ver Tabela 2), os resíduos líquidos e pastosos devem
ser compatíveis e podem ser misturados. Os resíduos devem ser colocados em
bombonas de Polietileno, de 25 ou 30 litros (de tampa fixa para resíduos
líquidos) e de 25 ou 30 litros (de tampa removível para resíduos sólidos).
Nunca ocupe mais do que 90% do volume da bombona. As Bombonas poderão ser
disponibilizadas pela Faculdade.
6) Ao misturar resíduos certifique-se que eles são compatíveis. Consulte a
lista de incompatibilidade de produtos químicos (em anexo). Teste a
compatibilidade dos resíduos misturando uma gota de cada um. Resíduos
compatíveis não geram gases, não provocam explosões e nem reações
fortemente exotérmicas.
7) Os resíduos sólidos secos devem ser armazenados em Bombonas de 25 ou 30
litros, de tampa removível para resíduos sólidos.
8) Armazene as bombonas com resíduos em seu laboratório. Periodicamente os
resíduos gerados no C. Politécnico, serão encaminhados para a CENTRAL DE
RESÍDUOS QUÍMICOS, do Depto. de Química, e de lá para sua destinação final.
Cabe ao gerador do resíduo comunicar previamente a Divisão de Gestão
Ambiental sobre a necessidade de transporte das bombonas até CENTRAL DE
RESÍDUOS QUÍMICOS. Basta enviar uma mensagem eletrônica para
[email protected], juntamente de uma TABELA informando sobre o
quantitativo e qualitativo dos Resíduos (ver Procedimento para Descarte de
Resíduos no site da DGA) Para os demais Campi da UFPR, os resíduos deverão
permanecer no laboratório, até a coleta dos Resíduos para Destinação Final,
que deverá ser agendada pela DGA. Só serão encaminhados os resíduos
devidamente identificados, tratados e acondicionados.
Classifique e Trate seu Resíduo Químico
Tabela1: Classificação de resíduos químicos para a UFPR.
"Tipo de resíduos "Exemplo "O que fazer (somente pessoal "
"químicos " "habilitado) "
"Resíduos ácidos "Soluções de ácido "1) Sólidos ou pastas - Misturar"
" "clorídrico, sulfúrico, "com o mesmo volume de água. "
" "fosfórico, nítrico, "Ajustar o pH entre 7 e 9. "
" "acético, perclórico. "2) Soluções concentradas - "
" "ácidos sólidos como "Diluir até que se obtenha uma "
" "oxálico e cítrico "solução com pelo menos 50% de "
" " "água em volume. Ajustar o pH "
" " "entre 7 e 9. "
" " "3) Soluções diluídas - Ajustar "
" " "o pH entre 7 e 9. "
"Resíduos básicos "Aminas, soluções de "1) Sólidos ou pastas - Misturar"
" "hidróxidos, soda "com o mesmo volume de água. "
" "cáustica, solução "Ajustar o pH entre 7 e 9. "
" "alcoolato, amônia "2) Soluções concentradas - "
" " "Diluir até que se obtenha uma "
" " "solução com pelo "
" " "menos 50% de água em volume. "
" " "Ajustar o pH entre 7 e 9. "
" " "3) Soluções diluídas - Ajustar "
" " "o pH entre 7 e 9. "
"Resíduos fortemente "soluções ou sais de "1) Sólidos ou pastas - Misturar"
"oxidantes "dicromato, permanganato, "com o mesmo volume de água. "
" "hipoclorito, iodato, "Neutralizar com sulfito de "
" "persulfato, bismuto "sódio e depois ajustar o pH "
" "(III). solução de bromo, "entre 7 e 9. "
" "iodo, peróxido de "2) Soluções aquosas "
" "hidrogênio. sólidos : "concentradas - Diluir até que "
" "bismutato de sódio, "se obtenha uma solução com pelo"
" "dióxido de chumbo, ácido "menos 50% de água em volume. "
" "crômico. "Neutralizar com sulfito de "
" " "sódio e depois ajustar o pH "
" " "entre 7 e 9. "
" " "3) Soluções aquosas diluídas - "
" " "Neutralizar com sulfito de "
" " "sódio e depois ajustar o pH "
" " "entre 7 e 9 "
"Materiais de vidro ou "Frascos de reativos, "Neutralizar o resíduo "
"plástico contaminados "frascos de soluções que "impregnado no material conforme"
"com resíduos químicos "sofreram depósitos de "sua classe. Descartar no "
" "sólidos, vidraria de "resíduo de vidro e plástico de "
" "laboratório quebrada, "laboratório ou no resíduo "
" "filmes de PVC (tipo "sólido seco "
" "magipack), placas de " "
" "microscópio, materiais " "
" "plásticos de laboratório " "
Sulfato de cobre II - CuSO4
Recolher os resíduos em embalagens estanques para posterior incineração em
incinerador apropriado. Embalagem não lavável. As embalagens vazias deveram
ser armazenadas em local seguro para posterior devolução no estabelecimento
comercial onde foi adquirido dentro do prazo de uma ano. Não queime nem
enterre as embalagens. Desativar o produto através de incineração em fornos
destinados para este tipo de operação, equipados com câmaras de lavagem de
gases efluentes aprovados por órgão competente. Observe a legislação
Estadual e Municipal de meio ambiente. (CETESB, 2008)
A aplicação de sulfato de cobre deve ser neutralizado com cal (100 g e 100-
150 g de sulfato de cálcio), e obter droga líquida Bordeaux, ou um
refrigerante (num recipiente separado em 5 litros de solução por 100 g de
cobre sulfato e 100 g de carbonato de sódio em separado e depois fundir
essas soluções em conjunto), e líquido Borgonha. É solúvel em água
1.055 mol (10 °C)
1.26 mol (20 °C) 1.502 mol (30 °C) segundo (BACON, 1975).
Sulfito de Sódio - Na2SO3
O produto tem que ser submetido a um tratamento especial de acordo com as
normas oficiais. As embalagens desse material podem ser perigosas quando
vazias desde que tenham resíduos do produto (pós sólidos). Embalagens
contaminadas devem ser esvaziadas da melhor maneira possível e podem então,
após uma correspondente limpeza, ser conduzidas a uma neutralização. O
produto é inorgânico, que não é eliminável da água através de um processo
de purificação biológica, o produto pode provocar um consumo químico
intenso do oxigênio nas unidades de purificação biológicas ou nas águas, o
que pode provocar efeitos negativos nos seres vivos. (CETESB, 2012). Reage
com ácidos e água liberando gás tóxico (Dióxido de enxofre). Embora só
moderadamente tóxico em grandes quantias. Os sulfitos podem representar
algum risco para pessoas asmáticas, produz depressão de sistema nervoso
central, broncoconstricção e anafixia. (SASIL, 2008).
Seqüestrastes de oxigênio são substâncias químicas que removem o oxigênio
da água de alimentação e da água de caldeira, inibindo desta forma o
processo de corrosão. Um seqüestraste de oxigênio bastante utilizado no
tratamento de sistemas de geração é o sulfito de sódio. Sua reação com o
oxigênio pode ser representada da seguinte forma:
2 Na2SO3 + O2 -------> 2 Na2SO4
Esta reação é lenta para baixas temperaturas e/ou valores de pH inferiores
a 4,0 ou superiores a 9,0. No entanto, à medida que aumenta a temperatura
para valores superiores a 50ºC, a reação é bastante rápida,
independentemente do valor de pH. Conforme pode ser observado pela reação,
são necessários 7,9 mg/l de sulfito de sódio para remoção de 1mg/l de
oxigênio. A reação promove a formação de sulfato de sódio, que aumenta a
concentração de sólidos dissolvidos na água de caldeira. A dosagem de
sulfito de sódio deve ser dimensionada de forma a proporcionar um residual
de sulfito na água de caldeira, de acordo com o controle recomendado para o
tratamento químico. Se a dosagem de sulfito de sódio for insuficiente, a
presença de oxigênio com alta concentração de sulfato acelera o processo
corrosivo. O sulfito de sódio se decompõe a temperaturas superiores a
285ºC, de acordo com as reações a seguir.
4 Na2SO3 Na2S + 3 -----> Na2SO4
2 Na2S + 4 Na2SO3 + 3 H2O -----> 3 Na2S2O3 + 6 NaOH
Na2SO3 + H2O -------> 2 NaOH + SO2
Dado que os produtos de decomposição são corrosivos ao sistema de geração
de vapor, a utilização de sulfito de sódio é limitada a caldeiras de
pressão de operação inferior a 65 kgf/cm². (CARVALHO, 2008).
Estabilidade: Estável sob corretas condições de uso e armazenamento. Calor
e umidade contribuem para a desestabilização da substância. Pode ser
oxidado pelo ar. Produtos de sua decomposição: Quando aquecido pode se
decompor em óxidos de enxofre. Polimerização do produto: Não ocorrerá.
Incompatibilidade: É incompatível com ácidos, oxidantes fortes e altas
temperaturas. Condições a se evitar: Manter longe do calor e da umidade.
Sempre que não for possível salvar a substância para reutilização ou
reciclagem, esta deve ser colocada em um aparato aprovado e apropriado para
eliminação do lixo. O processamento, o uso ou contaminação deste produto
pode alterar a forma de administrar o lixo. (UNESP, 2010)
Nitrato de Chumbo II - Pb(NO3)2
O material deve ser dissolvido em água, solução ácida ou oxidado, até um
estado solúvel em água. Precipitar o material como sulfeto ajustando o ph
da solução para 7 até a completa precipitação. Filtrar os insolúveis e
enterrar em um aterro para produtos químicos. Destruir qualquer excesso de
sulfeto com hipoclorito de sódio e neutralizar a solução. Drenar para o
esgoto com muita água. Reagir com uma quantidade mínima de acido nitrico
concentrado para formar nitratos. Evaporar em uma coifa até formar uma fina
pasta. Adicionar aproximadamente 0,5 l de água e saturar com sulfeto de
hidrogênio. Depois da filtração, lavar e secar o precipitado. Acondicionar
e retornar para os fornecedores. Recomenda-se o acompanhamento por um
especialista do órgão ambiental. (CETESB, 2012).
Ácido clorídrico - HCl
Descarte de vazamento/derramamento
Instrua as pessoas para que se mantenham a uma distância segura. Use luvas
de borracha nitrílica, avental, óculos de proteção e aparelho de respiração
se necessário. Cubra o líquido derramado com uma mistura 1:1:1 por peso de
carbonato de sódio ou carbonato de cálcio, areia de gato de argila
(bentonita) e areia. Quando o ácido clorídrico tiver sido absorvido,
transfira a mistura para dentro de um recipiente e transporte para a
capela. Bem lentamente adicione a mistura a um balde de água fria.
Neutralize se necessário com carbonato de cálcio. Decante a solução no
ralo. Trate o resíduo sólido como lixo normal.
Descarte de resíduos sólidos
Use luvas de borracha nitrílica, avental, óculos de proteção e aparelho de
respiração autônoma caso necessário. Na capela, lentamente adicione o ácido
clorídrico a um balde de água fria (pelo menos diluição de 1:10 de ácido
para água é sugerido). Carbonato de sódio ou de cálcio é então adicionado
lentamente até a neutralização estar completa. Lave a solução resultante no
ralo. Qualquer resíduo sólido pode ser tratado como lixo normal.
Utilize bicarbonato de sódio, cal, potassa, barrilha - para neutralização
do ácido derramado.
Nitrato de prata - AgNO3
Catalisadores e metais raros devem ser enviados para recuperação ou
reciclagem. Recomenda-se o acompanhamento por um especialista do órgão
ambiental.
O resíduo do produto deve ser tratado por redução química e fusão à forma
metálica.
Nitrato de prata Classe II A – Não inertes O armazenamento de resíduos
classe II A e II B deve ser feito de maneira que prejudique o meio ambiente
da menor maneira possível, inviabilizando seu contato com outros
constituintes que possam mudar suas características e assim, torná-lo
perigoso, necessitando de remanejo apropriado. Além disso, os resíduos
classe II A e II B não podem ser misturados com resíduos classe I porque
seria necessário tratar o conjunto como resíduos perigosos.
Precipitar na forma de cloreto de prata, decantar. O precipitado deve ser
descartado nos resíduos de metais. O sobrenadante pode ser descartado na
pia após diluição.
Iodeto de potássio - KI
Use luvas de borracha nitrílica, avental e óculos de proteção. Se o
vazamento/derramamento for grande e dentro de uma área confinada, um
aparelho de respiração deve ser usado. Grandes quantidades são melhor
descartadas varrendo-se o líquido misturado com areia e enterrando-se os
resíduos em terreno baldio.
Pequenas quantidades podem ser descartadas dissolvendo-se em tiossulfato de
sódio ou metabissulfito de sódio e lavando-se a solução no ralo. Manchas de
iodeto no chão podem ser removidas com o uso de um pano embebido em uma
solução de tiossulfato ou metabissulfito.
Cloro - Cl
Pequenas quantidades - utilizar luvas de borracha. Borbulhar o gás em um
grande volume de solução concentrada de sulfito de sódio ou bissulfito de
sódio para ocorrer a redução do cloro. Após a redução ser completa,
neutralizar e descartar na pia com água corrente.
OBSERVAÇÃO
ATENTO a data de validade. Caso obtiver algum produto ainda lacrado em
seu laboratório, que esteja prestes a vencer, procure saber quais
laboratórios poderiam ser beneficiados com este produto, evitando o seu
envio para descarte como produto químico vencido.
Procure CONSERVAR as ETIQUETAS dos frascos, pois na falta destas, são
considerados como produtos químicos vencidos e, dependendo do caso, são
dispostos em Aterro Classe I.
Existem alguns tipos de resíduos que são difíceis de serem tratados.
Portanto, PENSE sobre a VIABILIDADE AMBIENTAL de seu projeto. REPENSE sobre
a necessidade da geração de determinados resíduos. Avalie o CUSTO X
BENEFÍCIO de suas atividades.
Referencias
Bacon, G. E.. (1975). "Neutron-diffraction studies of CuSO4 · 5H2O and
CuSO4 · 5D2O". Z. Kristallogr. 141 (5–6): 330–341.
OGA, S.; CAMARGO, M.M.A; BATISTUZZO, J.A.O. (eds). Fundamentos de
Toxicologia.
3a edição. São Paulo: Atheneu Editora, 2008. 677p.
AZEVEDO, F.A.; CHASIM, A.A.M. Metais: Gerenciamento da toxicidade. São
Paulo: Atheneu Editora/InterTox, 2003. 554p.
Sulfito de Sódio. Disponível em
.
Acesso em 05 Mar 1014.
FIT CETESB. Disponivel em < http://www.cetesb.com.br/fit+toxologia> Acesso
em 05 mar 2114.