Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Trabalho Estrutura Telecom

Estrutura telecomunicações

   EMBED


Share

Transcript

CURSO SUPERIOR DE SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES CURSO SUPERIOR ELETRÔNICA INDUSTRIAL CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES Aluno: AMARILDO ALVES DE JESUS Aluno: ANDERSON MARTINS Aluno: DANIEL SERETCHUCK LOURENÇO Aluno: JOSE ROBERTO DE SOUZA Aluno: WANDERSON BARBOSA SILVA Aluno: RODOLFO ALVES DOS SANTOS TORRE DE TRANSMISSÃO: CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE ESTRUTURAL Curitiba/PR 2015 CURSO SUPERIOR DE SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES CURSO SUPERIOR DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES Aluno: AMARILDO ALVES DE JESUS Aluno: ANDERSON MARTINS Aluno: DANIEL SERETCHUCK LOURENÇO Aluno: JOSE ROBERTO DE SOUZA Aluno: WANDERSON BARBOSA SILVA Aluno: RODOLFO ALVES DOS SANTOS TORRE DE TRANSMISSÃO: CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE ESTRUTURAL Projeto Integrador apresentado como exigência parcial para obtenção da aprovação na disciplina Projeto Integrador I no Curso Superior de Sistema de Telecomunicações, Eletrônica Industrial e Redes de Computadores da Faculdade de Tecnologia de Curitiba (FATECPR). Orientador: Prof. Marcelo Uemura Coordenador do Curso: Professor (Mestre) Gustavo Hommerding Alt. Curitiba/PR 2015 RESUMO Este trabalho apresenta o Projeto Integrador I realizado nos Cursos de Sistemas de Telecomunicações, Eletrônica Industrial e Redes de Computadores, o qual será mostrado que a grande parte da infraestrutura das Telecomunicações, voltada para a transmissão e recepção, é dependente das torres e das antenas, não importando a sua localização: se estiver dentro do projeto que irá fazer a transmissão e recepção em determinada região, em lugar baixo ou alto, o conjunto torre e antenas e seus agregados, como fontes de energia, cabeamento, estarão dentro da métrica para desempenhar a função. A evolução das telecomunicações verifica que as Torres Estaiadas, Autoportante, Postes e Mista, se adéquam nos ambientes que elas são planejadas, e as antenas através de dimensionamento conseguem abranger os locais necessários de prospecção e atender a demanda, juntamente com a composição energética de extrema importância em manter o serviço ativo sem interrupção. Palavras-chave: Torre de Transmissão, Torres Estaiadas, Torre Autoportante, Postes e Mistas. SUMÁRIO 1 2 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 13 1.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 13 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 14 1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 14 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 15 2.1 TORRES DE TRANSMISSÃO ..................................................................... 18 2.1.1 Um pouco de História. ........................................................................... 18 2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO E NORMAS PARA TORRE DE TELECOMUNICAÇÃO. .......................................................................................... 20 3 2.3 TIPOS DE TORRES ABORDADOS NESTE ESTUDO. ............................... 27 2.4 TORRE AUTOPORTANTE .......................................................................... 27 2.5 TORRE AUTOPORTANTE TUBULAR......................................................... 31 2.6 TORRE ESTAIADA ...................................................................................... 33 2.7 ROOFTOP ................................................................................................... 34 ANTENAS ........................................................................................................... 34 3.1 CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS ANTENAS ............................ 36 3.1.1 Polarização ............................................................................................ 36 3.1.2 Diagrama de radiação ........................................................................... 37 3.1.3 Largura de feixe e lobos laterais ............................................................ 37 3.1.4 Relação Frente-costa ............................................................................ 37 3.1.5 Diretividade e ganho .............................................................................. 38 3.1.6 Impedância de entrada .......................................................................... 40 3.1.7 Área de recepção .................................................................................. 40 3.1.8 Largura de banda .................................................................................. 40 3.2 MODELOS DE ANTENAS ........................................................................... 41 3.2.1 Antena "off-set" ...................................................................................... 41 3.2.2 Antena Isotrópica ................................................................................... 41 3.2.3 Antena Isotrópica (Estação Terrena) ..................................................... 41 3.2.4 Antena Linear ........................................................................................ 41 3.2.5 Antena Omnidirecional .......................................................................... 42 3.2.6 Painel Dipolo de Meia Onda (DMO) ...................................................... 43 3.2.7 Superturnntile ........................................................................................ 44 4 5 3.2.8 Painel H ................................................................................................. 45 3.2.9 Painel Meia Onda (DMO) ...................................................................... 46 3.2.10 Slot TV VHF/UHF ............................................................................... 46 3.2.11 Slot Digital TV UHF ............................................................................ 47 3.2.12 Painel Dipolo Onda Completa (DOC) ................................................. 47 3.2.13 Anel FM .............................................................................................. 48 3.2.14 Anel FM Tri-Polo ................................................................................ 48 3.2.15 FM Alta Potencia ................................................................................ 49 3.2.16 Painel Multiestação FM ...................................................................... 50 3.2.17 Painel Multiestacao FM ...................................................................... 50 COMPONENTES................................................................................................ 51 4.1 SHELTERS .................................................................................................. 51 4.2 TIPOS DE SHELTERS................................................................................. 52 4.3 COMPONENTES INTERNOS DE UM SHELTER ........................................ 56 4.4 NORMATIZAÇÃO DE ABRIGOS PARA TELECOMUNICAÇÕES. .............. 62 COMPLEMENTOS DAS TORRES ..................................................................... 63 5.1 BLOCO DE CONCRETO PARA LASTREAMENTO DE SLEDS (BC): ........ 63 5.2 PLACA DE NEOPRENE PARA APOIO DE ESTRUTURAS (PN): ............... 64 5.3 COMPONENTES TUBULARES ................................................................... 64 5.3.1 Componentes tubulares DIN2440 (D4): ................................................. 64 5.3.2 Componentes tubulares SCH40 (S4): ................................................... 65 5.4 SISTEMA DE FIXAÇÃO (SF): ...................................................................... 66 5.4.1 Sistema padrão A para fixação de escada e esteira em mastros (EA): . 66 5.4.2 Sistema padrão B de fixação de escada em cavaletes ou torres (EB): . 66 5.4.3 Sistema de fixação de escadas em sleds (ES): ..................................... 67 5.4.4 Sistema de fixação de tubos de suportes de antena em sleds (TS): ..... 68 5.5 SKIDS (SK): ................................................................................................. 68 5.5.1 Base metálica para equipamento Siemens: .......................................... 69 5.5.2 Base metálica para equipamento Nokia: ............................................... 70 5.5.3 Cavalete base quadrada, padrão A (QA) : ............................................. 71 5.5.4 Cavaletes base triangular, padrão A (TA) : ............................................ 72 5.6 SLEDS (SD): ................................................................................................ 73 5.6.1 Sleds simples (SS) ................................................................................ 73 5.6.2 Sleds duplo (SD).................................................................................... 74 5.6.3 Sleds em L (SL) ..................................................................................... 74 5.6.4 Sled triangular (ST)................................................................................ 75 5.7 SUPORTE .................................................................................................... 75 5.7.1 Suporte de antena em balanço para fixação em parede, padrão D (Pd): 75 5.7.2 Suporte de antena para fixação em cantoneira, padrão A (LA) ............. 76 5.7.3 Suporte de antena para fixação em tubos, padrão A (TA) ..................... 76 5.7.4 Suporte de antena para fixação em tubos, padrão O (TO) .................... 77 5.8 MASTROS ................................................................................................... 78 5.8.1 Mastros tubulares auto-suportados (AA) : ............................................. 78 5.8.2 Mastros tubulares escorados (EA) :....................................................... 79 6 SEGURANÇA NA COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DE TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES ............................................................................................ 80 7 6.1 SISTEMAS DE PARA-RAIOS ...................................................................... 80 6.2 SISTEMAS DE BALIZAMENTO NOTURNO E DIURNO ............................. 81 6.3 SUPORTES DE ANTENAS .......................................................................... 82 6.4 PLATAFORMAS DE TRABALHO E DESCANSO ........................................ 83 6.5 ESCADAS GUARDA CORPO PARA A ESCADA E TRAVA QUEDAS........ 84 6.6 ESTEIRAMENTO HORIZONTAL E VERTICAL ........................................... 85 6.7 SISTEMAS DE SEGURANÇA EM CONTAINER ......................................... 86 INFRA-ESTRUTURAS PARA INSTALAÇÃO DAS ESTAÇÕES RÁDIO BASE.. 87 7.1 INFRAESTRUTURA DA INSTALAÇÃO ....................................................... 87 7.2 ENERGIA CA - PADRÕES DE ENTRADA E SUBESTAÇÕES ................... 88 7.3 ESTEIRAMENTO ......................................................................................... 88 CONCLUSÃO............................................................................................................ 90 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 91 LISTAS DE FIGURAS Figura 1 Gravura de Fischer Von Erlanch(1656-1723) retratando o Farol de Alexandria ................................................................................................................. 19 Figura 2 - Placa de Identificação da Torre ................................................................ 21 Figura 3 Tabela do índice de deflexão para cada tipo de antena .............................. 22 Figura 4 - Índice de Isopletas pro região. .................................................................. 23 Figura 5 Seção de Torre tipo Autoportante ............................................................... 28 Figura 6 Detalhe para fixação de seção na base, feita por parafusos e porcas ........ 28 Figura 7 Fundação de Torre tipo Autoportante Triangular de 20 metros ................... 29 Figura 8 Torre Autoportante quadrada completa....................................................... 30 Figura 9 Fundação para Torre Autoportante de 60 metros em Ascurra - SC ............ 30 Figura 10 Torre Autoportante de 60 metros, em Ascurra - SC .................................. 31 Figura 11 Torre Autoportante Tubular ....................................................................... 32 Figura 12 Fixação da base de uma Torre Autoportante Tubular ............................... 32 Figura 13 Cabos de aço sustentando a Torre da KVLY-TV ...................................... 33 Figura 14 Torre tipo RoofTop para telefonia celular, no topo de um edifício. ............ 34 Figura 15 Polarização, Linear, Circular e Elíptica. ..................................................... 37 Figura 16 Relação Frente-Costa Fonte: .................................................................... 38 Figura 17 Ganho ....................................................................................................... 38 Figura 18 Diretividade ............................................................................................... 39 Figura 19 Diretividade e Ganho................................................................................. 39 Figura 20 Antena Off-set ........................................................................................... 41 Figura 21- Espectro e Frequência ............................................................................. 42 Figura 22- Antena Painel DMO ................................................................................. 44 Figura 23- Antena Superturnstile............................................................................... 45 Figura 24- Antena Painel H ....................................................................................... 45 Figura 25- Antena Painel DMO ................................................................................. 46 Figura 26- Slot TV VHF/UHF ..................................................................................... 46 Figura 27- SLOT DIGITAL - TV UHF......................................................................... 47 Figura 28- Painel DOC .............................................................................................. 48 Figura 29- ANEL FM - baixa potência ....................................................................... 48 Figura 30- ANEL FM TRI-POLO................................................................................ 49 Figura 31 - Antena FM Alta Potência ........................................................................ 49 Figura 32- Antena MultiEstacão FM Torre Triangular ............................................... 50 Figura 33- Antena MultiEstação FM Torre Quadrada ................................................ 51 Figura 34 - Shelter utilizado em uma antena de telefonia. ........................................ 52 Figura 35 - Içamento e Fixação de Shelter................................................................ 53 Figura 36 - Shelter Rooftop ou desmontável. ............................................................ 54 Figura 37 - Unidade móvel de transmissão da Sony. ................................................ 54 Figura 38 - Gabinete Delta SR/300A/-48/ SAGITA - MINI SHELTER. ...................... 55 Figura 39 - Equipamentos de rede dentro de um shelter. ......................................... 56 Figura 40 - Sistema de ar condicionado acoplado ao Shelter. .................................. 57 Figura 41 - Aterramento de um shelter. ..................................................................... 58 Figura 42 - Banco de baterias. .................................................................................. 59 Figura 43 - Alarme de Incêndio e Extintor com acionamento automático. ................ 60 Figura 44 - Central de telemetria e monitoramento de equipamentos....................... 60 Figura 45 - Detalhe de uma central de telemetria de equipamentos. ........................ 61 Figura 46 Bloco de concreto...................................................................................... 63 Figura 47 - Placa de borracha Neoprene .................................................................. 64 Figura 48- Tubo DIN2440 .......................................................................................... 65 Figura 49 - Tubo SCH40 ........................................................................................... 65 Figura 50- Sistema de fixação em escada ................................................................ 66 Figura 51- Sistema de Fixação de escada em torres ................................................ 67 Figura 52- Sistema de Fixação em Sled triangular.................................................... 67 Figura 53- Sistema de fixação em Sled ..................................................................... 68 Figura 54- Base metalica para suporte de equipamento Siemens padrão A ............ 69 Figura 55 - Base metálica para suporte de equipamento Siemens padrão B ........... 70 Figura 56- Base metálica para suporte de equipamento Nokia padrão A ................. 70 Figura 57- Base metalicia para suporte de equipamento Nokia padrão B ................ 71 Figura 58- Cavalete triangular ................................................................................... 72 Figura 59- Cavalete triangular padrão A ................................................................... 72 Figura 60- Sled simples ............................................................................................. 74 Figura 61- Sled duplo ................................................................................................ 74 Figura 62- Sled em L ................................................................................................. 75 Figura 63- Sled em triangulo ..................................................................................... 75 Figura 64- Suporte em antena em balanço ............................................................... 76 Figura 65- Suporte para antena em cantoneiras ....................................................... 76 Figura 66- Suporte em antenas tubo ......................................................................... 77 Figura 67- Suporte de antena padrão O .................................................................... 77 Figura 68- Mastro tubular auto-suportado ................................................................. 78 Figura 69- Mastro tubular escorado .......................................................................... 79 Figura 70 Captor tipo Franklin ................................................................................... 80 Figura 71 Hastes Cobreadas do tipo Copperweld ..................................................... 81 Figura 72 Sinalizador de Obstáculo Duplo ................................................................ 82 Figura 73 Balizamento Diurno ................................................................................... 82 Figura 74 Suporte de Antenas................................................................................... 83 Figura 75 Plataforma de Trabalho e Descanso ......................................................... 83 Figura 76 - Escada Tipo Marinheiro ......................................................................... 84 Figura 77 Trava Quedas ........................................................................................... 85 Figura 78 - Esteiramento Vertical .............................................................................. 85 Figura 79 Esteriramento Horizontal ........................................................................... 86 Figura 80 Fonte de Baterias Tipo Selada .................................................................. 87 Figura 81 - Moto Gerador .......................................................................................... 87 Figura 82 QDCA ........................................................................................................ 88 Figura 83 Container vista interna .............................................................................. 89 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Faixa de frequência e Serviço .................................................................... 43 Tabela 2 Quantidade de espaço reservado .............................................................. 43 Tabela 3 Dimensional de Contêiners (Shelters) ........................................................ 62 LISTA DE SIGLAS: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas AC - Alternating Current (Corrente Alternada ) ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações ASTM - American Society for Testing and Materials CC - Corrente Continua COMAR - Comando Aéreo Regional CONEC - Setores Especiais Conectores 1, 2, 3, e 4 ERB - Estação Rádio Base ETSI - European Telecommunications Standards Institute. GMG - Grupo Moto Gerador GR – Generic Requirements for Electronic Equipment Cabinets. HOT-DIP - Galvanizados por imersão a quente IEC - International Electrotechnical Commission. NBR – Norma Brasileira adotada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). QDCA - Quadro de Distribuição de Corrente Alternada RF - Radiofrequência SC - SF;- Setor Especial Comercial - Santa Felicidade SC - UM - Setor Especial Comercial - Umbará SDT – Sistema de Documentação TELEBRÁS SE - PE - Setor Especial Preferencial de Pedestres SE-AC - Setor Especial da Av. Pres. Affonso Camargo SE-BR-116- Setor Especial da BR - 116 SE-CB - Setor Especial da Rua Eng.º Costa Barros SE-CF Setor Especial da Av. Comendador Franco SEHIS - Setor Especial de Habitação de Interesse Social SEI - Setor Especial Institucional SE-LE - Setor Especial Linhão do Emprego SE-MF Setor especial da Av. Mal. Floriano Peixoto SE-PS;- Setor Especial do Pólo de Software SE-WB - Setor Especial da Av. Pres. Wenceslau Braz SH - Setor Histórico -. SPDA - Sistema de Proteção contra Descarga Atmosférica TASP - Torre Auto-Suportada Pesada TEA - Torre Estaiada Classe A VLRA - Valve Regulated Lead Acid Z - CON - Zona de Contenção ZE - D - Zona Especial Desportiva ZE - E - Zona Especial de Educação ZE - M - Zona Especial Militar ZES - Zona Especial de Serviços; ZI - Zona Industrial ZR - 2- Zona Residencial 2 ZR - 3;- Zona Residencial 3 ZR - 4- Zona Residencial 4 ZR - AG - Zona Residencial Alto da Glória; ZR - B - Zona Residencial Batel; ZR - M - Zona Residencial Mercês ZR - P - Zona Residencial Passaúna ZR - SF - Zona Residencial Santa Felicidade ZR - U - Zona Residencial Umbará ZR - Zona Residencial ZR-OC - Zona Residencial de Ocupação Controlada ZS – 1 - Zona de Serviço 1 ZS - 2;- Zona de Serviço 2 ZT - MF - Zona de Transição da Av. Mal. Floriano Peixoto ZT- NC - Zona de Transição Nova Curitiba ZT-BR-116 - Zona de Transição da BR - 116 ZUM - Zona de Uso Misto 13 1 INTRODUÇÃO O setor de telecomunicações passa por uma evolução constante, na utilização de novas tecnologias, agregados a sua infraestrutura e os meios de comunicações em geral. Iremos pautar os itens mais importantes da historia da Telecomunicação em geral. O projeto ira demonstrar que as torres de transmissões vieram para melhorar e diminuir a distancia da comunicação entre os componentes a ela ancorados, possibilitando uma maior abrangência do tipo de informação que necessita ser transportada. A estrutura de qualquer torre, podendo ser Estaiada, Autoportante, Poste e Mista, que for utilizada para a área de telecomunicações, em toda a sua composição, estão pautados sobre normas nacionais e internacionais, onde cada item tem sua especificação normatizada para garantir segurança em toda a sua fase desde o projeto ate a sua conclusão. As antenas tiveram uma grande contribuição, os quais demonstram um ganho para transmitir, não ocorrendo tanta perda no envio e recepção das informações. Desde o inicio da evolução das telecomunicações, tiveram um papel agregado, aumentando a confiança na emissão e recepção, desde o envio de sinal em microondas, passando para os rádios AM e FM, as transmissões de TV, tanto aberta como a fechada, sua utilização maçante na telefonia celular e também uma convergência incluindo o acesso à internet através delas. O projeto de uma torre de transmissão passa pela área de engenharia, na sua montagem, passando pelas fundações onde ela será fixada, também será considerado a parte energética, que fará funcionar toda a infraestrutura nela ancorada, sobre como os ventos determinam sua posição, os tipos mais comuns de antenas utilizadas. 1.1 OBJETIVO GERAL O Objetivo deste projeto é analisar e classificar os modelos mais comuns de torres de transmissão, das estruturas empregadas nestes conjuntos, quais os com- 14 ponentes necessários para que ocorram transmissões de dados, e outros detalhes que englobam o seu funcionamento. 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Com analise em vários documentos e arquivos, será apresentado como as tor- res de telecomunicações são classificadas, sua utilização, quais componentes e acessórios podem ser conectados a ela, tendo uma analise de sua estrutura e seu emprego de acordo com os modelos estudados. 1.3 JUSTIFICATIVA A proposta do projeto com o tema de TORRE DE TRANSMISSÃO: CLASSI- FICAÇÃO E ANÁLISE ESTRUTURAL vêm a encontro da obtenção de conhecimentos técnicos e conceituais que tenta acompanhar a convergência que o setor de telecomunicações está passando, tendo além de maior vinculação de aparelhamentos eletrônicos e sua infraestrutura pautada cada vez mais juntamente com a área de redes que são necessários no conjunto de conhecimento na área de telecomunicações. 15 2 DESENVOLVIMENTO Antes de entrarmos de fato ao nosso estudo proposto, teremos que mostrar alguns fatos importantes de como se chegou a atual estrutura na área de Telecomunicações em geral. Desde há muito tempo o homem utiliza-se de meios para se comunicar, a comunicação é essencial em qualquer lugar. As comunicações se dividem em inúmeros temas que vão se abrindo como um leque. A comunicação nada mais é do que a troca de informações seja qual for o método utilizado. Seja por escrita, com gestos, face a face, e claro pela fala. Um método de comunicação são as Telecomunicações, que se dividem em: Telegrafia, Telefonia, Televisão, Radiodifusão, e a Internet. Que emitem dados, imagens e áudio. O termo Telecomunicações: O conceito de telecomunicação abarca todas as formas de comunicação à distância. A palavra inclui o prefixo grego tele que significa “distância” ou “longe”. Como tal, a telecomunicação é uma técnica que consiste na transmissão de uma mensagem de um ponto para outro, geralmente com a maisvalia de ser bidirecional. A telefonia, o rádio, a televisão e a transmissão de dados através de computadores fazem parte do setor das telecomunicações. (conceito.de/2015) As estruturas metálicas e a soldagem que se utiliza na área de Telecomunicações, estão atrelados respectivamente a ASTM – American Society for Testing anda Materials e AWS – American Welding Society. A ASTM foi fundada em 1898 nos Estados Unidos como American Society for Testing and Material, por um grupo de cientistas e engenheiros, liderados por Charles Benjamin Dudley, para analisar as frequentes quebras dos trilhos de trem, como resultado, o grupo desenvolveu uma norma para o aço utilizado nas ferrovias. É reconhecida como líder no desenvolvimento e publicação de normas técnicas internacionais, desenvolve, publica e distribui normas técnicas para aproximadamente 100 setores do mercado, suas normas são aplicáveis a materiais, sistemas, produtos e serviços, atualmente conta com mais de 30.000 membros, em mais de 125 países – 80 membros no Brasil, seus membros representam produtores, usuários, consumidores, órgãos governamentais, e o mundo acadêmico, seus membros tem 16 poder de voto nos comitês em que estiverem inscritos e conta com 143 comitês principais. As normas técnicas da ASTM seguem os mesmos procedimentos rigorosos de aprovação. Os diferentes tipos de normas técnicas da ASTM são: – Especificações – uma série explícita de requerimentos que um material, um produto, um sistema, ou um serviço deve satisfazer. – Práticas – uma série de instruções para se realizar uma ou mais operações específicas – Guias – informações ou série de opções que não chegam a recomendar uma ação específica – Classificações – uma organização sistemática ou divisão de materiais, produtos, sistemas, ou serviços em grupos de características similares, tais como: a origem, a composição, ou o uso. – Terminologia – um documento que compreende definições de termos, explicações de símbolos, abreviações etc. Os segmentos atendidos abrangem produtos de ferro e aço, metais não ferrosos, métodos de provas/testes para metais e procedimentos analíticos, construção, produtos do petróleo, lubrificantes e combustíveis fósseis, pinturas, revestimentos e hidrocarbonetos aromáticos, têxteis, plásticos, borracha, isolamentos elétricos e eletrônicos, tecnologia de água e meio-ambiente, energia solar, nuclear e geotérmica, equipamentos e serviços médicos, métodos gerais e instrumentação, produtos gerais, especialidades químicas e produtos acabados. As normas encontradas nas especificações do trabalho referem-se:  ASTM A36: Standard Specification for Carbon Structural Steel (Especificações padrão para Estruturas de Aço Carbono)  ASTM A 53: Specification for Pipe, Steel, Black and Hot-Dipped, ZincCoated, Welded and Seamless (Especificação para Tubos, aço, preto e quente-mergulhado, revestidas de zinco, soldada e sem emenda). 17  ASTM A106: Specification for Seamless Carbon Steel Pipe for HighTemperature Service (Especificação para tubos de aço carbono sem emenda para alta temperatura de serviço)  ASTM A123: Specification for Zinc (Hot-Dip Galvanized) Coatings on Iron and Steel Products (As especificações para o consumo de zinco (quente mergulhado galvanizado) Os revestimentos de ferro e produtos siderúrgicos)  ASTM A153: Specification for Zinc Coating (Hot-Dip) on Iron and Steel Hardware (Especificação de revestimento de zinco ( quente mergulhado ) em ferro fundido, ferro e aço Hardware)  ASTM A325: Standard Specification Structural Bolts, Steel, Heattreated (Especificação padrão Parafusos estruturais, de aço, um tratamento térmico)  ASTM A490 Standard Specification for HeatTreated Steel StructuralBolts (Especificações padrão para um tratamento térmico Parafusos estruturais de aço) A American Welding Society foi fundada em 1919 para facilitar o crescimento da tecnologia de soldagem elétrica recentemente desenvolvida como uma alternativa a outros métodos de união de metal. Tendo cerca de 70.000 membros em todo o mundo, com seções locais em todos os continentes. Ela está sediada na área de Miami para fácil acesso para todo o mundo. Normas e certificações da AWS são reconhecidas e usadas na maioria dos países que estão se concentrando no desenvolvimento de infraestrutura e comércio mundial especificam as normas e certificações da AWS por causa de seu sucesso comprovado em apoiar o crescimento econômico, segurança e qualidade. Para a construção e infraestrutura, os códigos estruturais da AWS, como D.1.1, proporcionam um equilíbrio comprovado entre eficiência e qualidade. Mais de 200 outras normas da AWS fornecem critérios abrangentes e concisos para a produção e avaliação de todos os tipos de produtos soldados e materiais, usando praticamente todos os processos de soldagem. A seguinte norma empregada: 18  AWS A5.18: Specification for Carbon Steel Electrodes and Rods for Gas Shielded Arc Welding (especificações para o aço-carbono eletrodos e varetas para soldagem a arco gás blindados) A norma DIN - Deutsches Institut für Normung (Instituto alemão para Normalização), é uma associação registrada, fundada em 1917. Sua matriz está em Berlim., desde 1975 é reconhecido pelo governo alemão como entidade nacional de normalização, sendo o representante dos interesses alemães a nível internacional e europeu. A DIN oferece um foro no qual os representantes das indústrias, organizações de consumidores, comércio, prestadores de serviço, ciência, laboratórios técnicos, governo, em resumo qualquer um com um interesse na normalização, pode se encontrar de forma ordenada para discutir e definir as exigências de padrões específicos e registrar os resultados como normas Alemãs. A norma empregada:  DIN2440: tubos de condução, sem matéria prima especificada, para pressões de no máximo 25 kgf/cm2 para líquidos e 10 kgf/cm2 para ar e gazes não perigosos. Podem ser fornecidos com extremidades lisas, chanfradas ou com rosca bsp (com ou sem luva). esta norma é praticamente iguala norma brasileira NBR5580 classe M. 2.1 TORRES DE TRANSMISSÃO 2.1.1 Um pouco de História. Um dos objetivos deste estudo é reunir informações sobre as etapas de construção de uma torre de transmissão, em específico, a torres de telecomunicações. Embora seja difícil determinar precisamente quem e em qual ponto da história da humanidade surgiu esta ideia de se levantar uma edificação e utilizá-la para se transmitir algo, podemos deduzir que em algum momento da antiguidade, alguém compreendeu que ficar em uma posição elevada em relação ao solo, seria mais fácil transmitir uma informação para um grande numero de pessoas, avisando da presença de algum inimigo ao redor da aldeia, ou quando uma manada de animais se aproximava. Posteriormente, as torres foram erguidas para outras finalidades, como idolatrar deuses, sinalizar a localização de templos religiosos, como os templos Zigurates da Babilônia e os Minaretes Islâmicos, para identificar 19 uma cidade, como os Faróis de Alexandria (Figura 1), etc. Fato é que uma torre, pela sua importância estratégica, permitiu aos povos que sabiam construí-las ganharem vantagens com relação aos outros. Dentre vários fatores que contribuíram para a evolução da humanidade, com certeza a torre teve sua importância. Figura 1 Gravura de Fischer Von Erlanch(1656-1723) retratando o Farol de Alexandria Fonte: WikimediaCommons No Brasil, segundo o site de internet Casa da Torre, o primeiro registro da construção de uma Torre data do ano de 1549, construída por Garcia d’Avila 1°, e levava o nome de "Torre Singela de São Pedro de Rates”, localizada onde é atualmente a Praia do Forte, no município de Mata de São João, no estado da Bahia e servia como referência de navegação para os capitães dos navios que patrulhavam a costa brasileira. Avançando no tempo rumo ao objetivo deste estudo, as primeiras torres utilizadas equipadas com sistemas eletrônicos de comunicação datam da década de 20 com a radiodifusão e na década de 30, na Europa, mais especificamente na França, onde a Torre Eiffel foi utilizada para instalar equipamentos necessários à transmissão de um programa televisivo. No Brasil as primeiras transmissões de rádio datam no ano de 1019 e as primeiras transmissões a utilizar antenas construídas com este propósito ocorreram entre as décadas de 30 e 40. Nos capítulos seguintes, nosso estudo irá informar ao leitor sobre as condições necessárias para se construir uma 20 torre de telecomunicações, baseados na legislação e abordar os três tipos de torres comumente utilizadas para telecomunicações. 2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO E NORMAS PARA TORRE DE TELECOMUNICAÇÃO. O órgão governamental que regulamenta torres de telecomunicação no Brasil fica a cargo da ANATEL, através de diretrizes elaboradas pela TELEBRÁS. Uma torre é um objeto autossustentável, ligado a terra, que pode ter sua estrutura construída em aço ou em concreto e tem por finalidade elevar acima do solo as antenas de transmissão. A TELEBRAS, através do documento SDT 240-410-600(1997), classifica torres de transmissão como: - Torre Auto Suportada Pesada (TASP): estruturas metálicas de aço galvanizado, para suporte de antenas na frequência de SHF (sistema de transmissão com antenas parabólicas cheias). - Torre Auto Suportada Leve (TASL): estruturas metálicas de aço galvanizado, para suporte de antenas na frequência de UHF (sistema de transmissão que utiliza antenas helicoidais, log-periódicas, parabólicas vazadas, yagi, omnidirecionais ou setorizadas) e/ou VHF (sistema de transmissão que utiliza antena yagi e/ou log-periódicas). - Torre Auto Suportada Leve Celular (TASL-C): estruturas metálicas de aço galvanizado, para suporte de antenas do Sistema Móvel Celular. - Torre Auto Suportada Leve Rural (TASL-R): estruturas metálicas de aço galvanizado, para suporte de antenas na frequência de VHF. [...] - Torre Estaiada Classe “A” (TEA): são estruturas metálicas de aço galvanizado composta de um mastro treliçado, suportado por estais, para instalação de antenas na frequência SHF. - Torre Estaiada Classe “B” (TEB): são estruturas metálicas de aço galvazinado compostas de um mastro treliçado, suportado por estais, para instalação de antenas na frequência de UHF. - - Torre Estaiada Classe “C” (TEC): são estruturas metálicas de aço galvazinado compostas de um mastro treliçado, suportado por estais, para instalação de antenas na frequência de VHF. Segundo as definições do documento SDT 240-410-600(1997) todas as torres devem ter seus projetos elaborados e assinados por um escritório habilitado e por representante técnico devidamente registrado em órgão competente conforme 21 descrito abaixo: SDT-201-420-120 – Procedimentos Gerais e Requisitos Mínimos para a qualificação de Fornecedores de Produtos, Fornecedores de Serviços de Torres e/ou Postes de Telecomunicações, Escritórios Habilitados e Escritórios Acreditados, junto ao sistema de Qualificação TELEBRAS – SQT. As torres ainda necessitam suportar rajadas de vento excedidas em 3 segundos conforme conta na Norma regulamentadora NBR 6123/88 baseado no estudo de Isopletas 1 de cada região, fornecidos pela ANATEL. Cada torre deve conter uma placa de identificação com todas as informações de sua estrutura, como localização geográfica de latitude e longitude, fabricante, data de fabricação, fabricante da estrutura, índice de deflexão 2 , peso, altura e o nome da operadora detentora da torre. Figura 2 - Placa de Identificação da Torre Fonte: Elaborada pelo Autor. Sobre a deflexão, Zampiron (2008), diz que a deformação da estrutura pode alterar a orientação na direção das antenas, resultando na perda de sinal. O documento 240-410-600/1997 da TELEBRÁS determina os índices de deflexão máximos para cada tipo de antena, conforme consta na imagem retirada do 1 Isopletas são as linhas de igual velocidade básica do vento(m/s) em um mapa topográfico de uma determinada região. 2 Deflexão é a alteração ou desvio da posição natural de um objeto, no caso a estrutura da torre, para um dos lados, pela ação direta ou indireta dos elementos da natureza, como o vento. 22 documento, na Figura 3. Figura 3 Tabela do índice de deflexão para cada tipo de antena Fonte: TELEBRAS. Sobre as Isopletas, a Figura 4 mostra a força do vento em metros por segundo em cada região do Brasil: 23 Figura 4 - Índice de Isopletas pro região. Fonte: BELMETAL. Existem mais elementos necessários para a construção de uma torre de telecomunicação com referência as normas e legislação. Este estudo leva em consideração apenas alguns aspectos, ficando a cargo do leitor, caso este tenha interesse em se aprofundar no assunto, buscar maiores informações nas referências bibliográficas deste trabalho. Vale ressaltar que cada município brasileiro pode elaborar leis específicas para a implementação de uma antena de transmissão. No caso do município de Curitiba, existe a Lei Municipal nº 11.535, de 19 de outubro de 2005, dispõe sobre os parâmetros de ocupação do solo e sistematização para licenciamento de implantação de estações de telecomunicações onde diz o seguinte: [...] O licenciamento da Estação de Telecomunicações ocorrerá em 2 (duas) etapas, sendo primeiramente aprovado o projeto de instalação e, posteriormente à execução da obra, será expedida a licença de operação da estação. § 1º A solicitação para licença de instalação deverá ser efetuada através de 24 processo próprio, dirigido a Secretaria Municipal do Urbanismo, a qual deverá conter a seguinte documentação: I - Registro de Imóveis atualizado (90 dias), referente ao lote onde se pretende instalar o equipamento; II - contrato de locação do lote (se for o caso) ou autorização do proprietário; III - informação do CINDACTA II, com relação à altura da estrutura vertical, em função do cone de aproximação de vôo da aeronáutica; IV - autorização ambiental para execução de obras, a ser expedida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA [...] VI - projeto de implantação do equipamento em escala 1:100, contendo: a) totalidade do terreno conforme registro de imóveis, com suas respectivas metragens; b) localização do sublote locado com suas dimensões; c) localização da estrutura de sustentação dos equipamentos, container ou gabinete; d) recuo frontal de todas as instalações (estrutura de sustentação dos equipamentos, container e gabinete); e) afastamento das instalações, em relação às divisas do lote (laterais e fundos); f) edificações existentes no lote, com respectivos afastamentos em relação à estrutura de sustentação dos equipamentos, container e gabinete; g) indicação do tipo de pavimentação da pista de rolamento; h) indicação do calçamento no passeio, que deverá atender às disposições do Decreto nº 561/98; i) acessos e paisagismo. Ainda é necessário, no caso de Curitiba, verificar se a localização da torre não fere os itens contidos no Artigo 3° sobre o zoneamento municipal, conforme descrito abaixo: Art. 3° - Fica proibida a instalação de estrutura vertical para Estação de Telecomunicações, nos lotes situados nas seguintes zonas e setores urbanos: 25 I - Zona Residencial 1 - ZR - 1; no item seguinte, iremos abordar os três tipos de torres mais utilizadas. II - Zona Residencial 2 - ZR - 2; III - Zona Residencial 3 - ZR - 3; IV - Zona Residencial 4 - ZR - 4; V - Zona Residencial Batel - ZR - B; VI - Zona Residencial Alto da Glória - ZR - AG; VII - Zona Residencial Mercês - ZR - M; VIII - Zona Residencial Santa Felicidade - ZR - SF; IX - Zona Residencial Umbará - ZR - U; X - Zona Residencial Passaúna - ZR - P; XI - Zona de Transição Nova Curitiba - ZT- NC; XII - Zona Especial de Educação - ZE - E; XIII - Setores Especiais Conectores 1, 2, 3, e 4 - CONEC; XIV - Setor Especial Preferencial de Pedestres - SE - PE; XV - Setor Especial Comercial - Santa Felicidade - SC - SF; XVI - Zona Residencial de Ocupação Controlada - ZR-OC; XVII - Setor Especial de Habitação de Interesse Social - SEHIS; XVIII - Setor Histórico - SH. Parágrafo Único. Nas zonas acima mencionadas, para os lotes que possuem testadas para as vias classificadas como Setoriais e Coletoras 1, 2 e 3, é admitida a instalação de Estação de Telecomunicações, obedecido o disposto no Decreto nº 188/00, com exceção da Zona Residencial 1 - (ZR 1). Art. 4° Excetuado os casos previstos no art. 17 desta lei, é admitida a 26 instalação de Estação de Telecomunicações, nos lotes situados nas seguintes zonas e setores urbanos: I - Zona de Serviço 1 - ZS - 1; II - Zona de Serviço 2 - ZS - 2; III - Zona Especial de Serviços - ZES; IV - Zona de Transição da Av. Mal. Floriano Peixoto - ZT - MF; V - Zona Industrial - ZI; VI - Zona de Uso Misto - ZUM; VII - Setor Especial da BR - 116 - SE-BR-116; VIII - Zona de Transição da BR - 116 - ZT-BR-116; IX - Setor especial da Av. Mal. Floriano Peixoto - SE-MF; X - Setor Especial da Av. Comendador Franco - SE-CF; XI - Setor Especial da Av. Pres. Wenceslau Braz - SE-WB; XII - Setor Especial da Av. Pres. Affonso Camargo - SE-AC; XIII - Setor Especial da Rua Eng.º Costa Barros - SE-CB; XIV - Setor Especial Linhão do Emprego - SE-LE; XV - Setor Especial do Pólo de Software - SE-PS; XVI - Zona Especial Desportiva - ZE - D; XVII - Zona Especial Militar - ZE - M; XVIII - Zona de Contenção - Z - CON; XIX - Setor Especial Comercial - Umbará - SC - UM; XX - Setor Especial Institucional - SEI. A Lei Municipal 11.535/13 é composta de 22 itens, e o link de internet para artigo completo está localizado nas referências bibliográficas deste estudo. Abaixo elaboramos uma lista de normas nacionais e internacionais úteis sobre torres de telecomunicações:  TELEBRAS 240-410-600 - Procedimentos de projeto para torres metálicas autoportadas, estaiadas e postes metálicos.  NBR6123 - Forças devidas ao vento em edificações  NBR5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas  NBR6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações  NBR8681 - Ações e segurança nas estruturas  NBR6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado  NBR8800 - Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios  AISC Manual of Steel Construction – Allowable Stress Design 9ª edição / 27 1989  AISC Manual of Steel Construction – Load & Resistance Factor Design  ASTM A36/A36M Standard Specification for Carbon Structural Steel  ASTM A307 Standard Specification for Carbon Steel Boltsand Studs  ASTM A325 Standard Specification Structural Bolts, Steel, Heattreated  ASTM A394 Standard Specification for Steel Transmission Tower Bolts  ASTM A490 Standard Specification for HeatTreated Steel Structural Bolts  EIA/TIA-222-Structural Standards for Steel Antenna Tower sand Antenna Supporting Structures 2.3  ASCE 52 – Guide for Design of Steel Transmission Towers  ASCE 72 – Design of Steel Transmission Pole Structures  AISI Specification for the Design of Cold-formed Steel Structural Members. TIPOS DE TORRES ABORDADOS NESTE ESTUDO. Abordamos os principais tipos de torres utilizadas no Brasil. São eles: 2.4  Torre Autoportante;  Torre Autoportante Tubular;  Torre Estaiada;  Rooftop; TORRE AUTOPORTANTE É um tipo de torre com seção transversal triangular ou quadrada, conforme mostra o detalhe da Figura X, projetadas de acordo com as Normas ABNT e AISC e demais normas técnicas estabelecidas de acordo com cada projeto. Exigem pouco espaço para instalação e podem ter vários metros de altura. 28 Figura 5 Seção de Torre tipo Autoportante Fonte:JBT Telecom. Na Figura 6 mostra o detalhe de parafuso e porca para fixação de seção de torre autoportante de 15 metros de altura. Figura 6 Detalhe para fixação de seção na base, feita por parafusos e porcas Fonte: Maykon Costa (under-linux.org) 29 É uma torre relativamente leve se comparado a outros tipos de torres. Na Figura 7 mostra em detalhe a fundação para sustentação de uma torre autoportante de 20 metros de altura. As torres autoportantes não possuem estais (cabos de aço) para a sua estabilidade estrutural e normalmente sua base varia aproximadamente entre 5% a 15% da sua altura. A ligação das seções dá-se por meio de parafusos. São torres normalmente utilizadas para transmissão de rádio, internet, telefonia móvel e outros tipos de transmissão. Na sequência, temos duas imagens que mostram a fundação uma torre do tipo autoportante e sua montagem completa. Figura 7 Fundação de Torre tipo Autoportante Triangular de 20 metros Fonte: Maykon Costa (under-linux.org) 30 Figura 8 Torre Autoportante quadrada completa Fonte: Prosystem Engenharia. Figura 9 Fundação para Torre Autoportante de 60 metros em Ascurra - SC Fonte: Décio Klemtz. 31 Figura 10 Torre Autoportante de 60 metros, em Ascurra - SC Fonte: Décio Klemtz 2.5 TORRE AUTOPORTANTE TUBULAR. Este tipo de torre utiliza estruturas tubulares na sua composição, normalmente feitas de aço e também de concreto, conforme normas nacionais e internacionais já mencionadas anteriormente. No Brasil o tipo mais comum são as torres fabricadas em aço, por ter maior resistência e menor custo do que as feitas de concreto. Seu coeficiente de arrasto3 segue normas estabelecidas pelo Documento SDT-240-300-600 da TELEBRÁS já mencionado neste trabalho, além da NBR 6123 para resistência as agentes da natureza. 3 Número adimensional que é usado para quantificar o arrasto ou resistência de um objeto em um meio fluido tal como o ar ou a água, ou, noutras palavras permite quantificar a força de resistência ao ar ou outro fluido por parte de uma dada superfície. Fonte: Wikipedia. 32 Figura 11 Torre Autoportante Tubular Fonte: Seccional Torres tubulares, assim como as autoportantes triangulares e quadradas, não utilizam estais para sua sustentação, sendo sua fundação dimensionada para suportar seu peso e a força do vento de acordo com seu diâmetro e altura. Figura 12 Fixação da base de uma Torre Autoportante Tubular Fonte: Seccional 33 Cada seguimento da torre possui 5 metros de comprimento, podendo variar de acordo com cada projeto, e a união dos segmentos é feito através de um processo chamado de Split Joint. O que define a utilização de uma torre tubular ou uma autoportante é a região ondeela será instalada, atendendo as especificações técnicas de órgãos competentes e a relação econômica de sua implantação. 2.6 TORRE ESTAIADA Sua estrutura é similar a autoportante triangular, utilizando as mesmas regulamentações técnicas em sua construção, porem com a utilização de estaias, ou em outras palavras, sustentada por cabos de aço, dimensionados de acordo com a altura e o objetivo da antena. A diferença significativa de uma torre estaiada para uma torre autoportante e sua altura. Por não necessitar de estaias, as autoportantes possuem um limite físico dimensional, e normalmente possuem alturas que variam de 20 a 100 metros. Já as antenas estaiadas podem ultrapassar os 300 metros de altura e chegando a impressionantes 628 metros. Atualmente este é o recorde de maior antena existente na terra, pertence à emissora KVLY-TV, localizada em Blanchard, Dakota do Norte, Estados Unidos. Figura 13 Cabos de aço sustentando a Torre da KVLY-TV Fonte: Gigantes do Mundo. 34 No Brasil, as antenas estaiadas seguem normas e padrões estabelecidos pela ANATEL, conforme já mencionamos neste estudo. 2.7 ROOFTOP Rooftop é um termo utilizado para antenas instaladas nos topos de prédios. Sua estrutura pode utiliza antenas autoportantes, com dimensões reduzidas, pois já utilizam a altura do prédio como fator de alcance no raio de atuação das antenas. Seguem critérios técnicos já descritos em outras torres. Figura 14 Torre tipo RoofTop para telefonia celular, no topo de um edifício. Fonte: TellurianAcquisitions 3 ANTENAS A história das antenas data dos tempos quando James Clerk Maxwell 4, que unificou as teorias de eletricidade e magnetismo e que representou suas relações através de um conjunto de significativas equações, conhecidas como Equações de Maxwell, em 1873 seu trabalho também mostrou que a luz era eletromagnética, e que tanto a luz como as ondas eletromagnéticas viajavam por meio de perturbações 4 Físico e matemático britânico. É mais conhecido por ter dado forma final à teoria moderna do eletromagnetismo, que une a eletricidade, o magnetismo e a óptica 35 de onda de mesma velocidade. Em 1886 o professor Heinrich Rudolph Hertz5 demonstrou o primeiro sistema de eletromagnético sem fio, em seu laboratório ele produziu uma centelha, com comprimento de onda de 4 m, nos terminais de um dipolo transmissor de λ6/2, a qual foi detectada como uma centelha nos terminais de uma espira próxima. Em 1901 Guglielmo Marconi foi capaz de enviar sinais através de longas distancias, realizando a primeira transmissão transatlântica, de Podhu, na Cornualha, Inglaterra a Newfoundland, no Canadá, sua antena transmissora consistia em 50(cinquenta) fios verticais, na foram de um leque, conectados á terra através de um transmissor centelhador. Os fios eram suportados horizontalmente por um tirante entre dois postes de madeira de 60 m, já a antena receptora no Canadá consistiu em um fio de 200 m estendido e sustentado por uma pipa. Esta foi à aurora da era das antenas. Do trabalho pioneiro de Marconi até a década de 1940 a tecnologia de antena foi principalmente centrada em elementos radiantes baseados em fios e em frequências ate a faixa UHF. Somente na segunda guerra mundial a moderna tecnologia de antenas teve inicio, e novos tipos de elementos radiantes, como aberturas de guias de ondas, cornetas, refletores foram introduzidos. um fator decisivo para essa nova era foi à invenção de fontes de micro-ondas (como as válvulas klystron e magnetron), em frequências de 1 GHz e superiores. Com essa nova era das antenas, e avanços na tecnologia e na arquitetura de computadores durante os anos de 1960 até 1990 tiveram um enorme impacto no desenvolvimento da moderna tecnologia de antenas, e devem ter uma influencia anda maior sobre a engenharia de antenas ao longo do século XXI. No inicio da década de 1960 métodos numéricos foram introduzidos e permitiram que complexa configuração de sistemas de antenas até então intratáveis, pudessem ser analisadas e projetadas com bastante precisão, além de métodos assintóticos7 foram introduzidos tanto para baixas frequências (Método dos momentos (MM), Diferenças Finitas, Elementos Finitos), como para altas frequências (Teorias Físicas e Geométricas da Difração), contribuindo significativamente para a maturidade da área de antenas, 5 Físico alemão. Hertz demonstrou a existência da radiação eletromagnética, criando aparelhos emissores e detectores de ondas de rádio 6 Alfabeto Grego – Lambda – representa o comprimento de onda. 7 Da linha que, numa curva plana, expressa uma distância infinita em relação ao ponto P 36 que era considerado um aspecto secundário no projeto do sistema como um todo, atualmente é visto como tendo um papel critico. O sucesso de diversos sistemas de comunicações depende do projeto e do desempenho da antena, que na primeira metade do século passado a tecnologia da antena poderia ser considerada como uma operação de “tentativa e erro”, hoje em dia é uma verdadeira arte de engenharia. Qualquer dispositivo conectado a uma fonte de energia que produza campos eletromagnéticos em uma região externa e um sistema radiante. A antena e a parte desse sistema construída de modo a maximizar ou a acentuar a radiação de energia e, ao mesmo tempo, minimizar ou suprimir a energia restante. A teoria de antenas, portanto, admite implicitamente que ela esteja acoplada a uma fonte de energia não radiante por meio de uma linha de transmissão também não radiante. Em resumo, tanto a investigação da propagação das ondas eletromagnéticas como o estudo de antenas é essencial para um completo entendimento dos sistemas de comunicação. 3.1 CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS ANTENAS As características da estrutura irradiantes mais usuais de uma antena corres- pondem aos itens: 3.1.1 Polarização A orientação segundo a qual oscila, no tempo, o vetor campo elétrico. Na pratica como a direção de máxima radiação (lobo principal da antena) é a mais utilizada, a polarização da antena é definida em relação a esta direção, e dependendo das amplitudes e fases dos ortogonais que compõem o campo elétrico total da onda irradiada. A polarização poderá ser linear, circular ou elíptica isto quer dizer na direção principal de irradiação, a orientação do vetor campo elétrico, ao longo do tempo, definirá uma polarização circular, linear ou elíptica, podendo ou não ter a mesma polarização segundo as demais direções irradiadas. 37 Figura 15 Polarização, Linear, Circular e Elíptica. 3.1.2 Diagrama de radiação A estrutura irradiante apresenta direções preferenciais de irradiação, ou o que é as mesmo, direções segundo as quais para uma mesma potencia total irradiada é possível registrar diferentes intensidades de campo elétrico. 3.1.3 Largura de feixe e lobos laterais É possível, a partir do diagrama de radiação, caracterizar a direção segundo a qual a potência transmitida ou recebida torna-se metade daquela registrada para a direção principal. Sendo as estruturas simétricas, este ângulo e seu simétrico caracterizarão a “largura de feixe”. 3.1.4 Relação Frente-costa È uma comparação entre o nível do feixe principal da antena com relação ao nível do lóbulo traseiro. Quanto maior o valor medido da relação frente-costa melhor a isolação na parte posterior da antena. Esse parâmetro é importante no estudo da interferência de sinais provenientes de outras antenas. 38 Figura 16 Relação Frente-Costa Fonte: http://www.py3po.com.br/documentos/antenasepropagacao.pdf 3.1.5 Diretividade e ganho È a habilidade de uma antena em concentrar a potencia irradiada em uma dada direção, ou inversamente, absorver a potencia incidente a partir daquela direção, é definida como “diretividade da antena segundo determinada direção”, indica até que ponto a antena é capaz de concentrar energia segundo um ângulo solido limitado, quanto menor este ângulo, maior a diretividade. Figura 17 Ganho Fonte: http://www.sabereletronica.com.br/artigos/3023-antenas-uma-anlise-sobre-os-principais-tipos-eaplicaes 39 Figura 18 Diretividade Fonte: http://www.sabereletronica.com.br/artigos/3023-antenas-uma-anlise-sobre-os-principais-tipos-eaplicaes Figura 19 Diretividade e Ganho Fonte: http://www.sabereletronica.com.br/artigos/3023-antenas-uma-anlise-sobre-os-principais-tipos-eaplicaes 40 3.1.6 Impedância de entrada E a impedância que a antena apresenta á linha de transmissão ou a estrutura de acoplamento através do qual ela é alimentada. Ter esse conhecimento e de fundamental importância, pois a eficiência com que se efetua a transferência de energia do transmissor para a antena ou da antena para o receptor acha-se ligada diretamente à impedância da antena. A impedância apresentada pela antena á linha de transmissão pode ser representada por um circuito de dois terminais, no qual a antena é substituída por uma carga conectada aos terminais da linha de transmissão de valor igual a sua impedância de entrada. 3.1.7 Área de recepção Da mesma forma que a antena transmissora irradia energia, uma antena receptora capta energia, que é muitas vezes conveniente definir-se para a antena receptora, uma abertura ou área equivalente através do qual ela extrai energia de uma onda eletromagnética em trânsito. 3.1.8 Largura de banda A largura de banda de uma antena é uma faixa de frequência na qual ela opera satisfazendo a determinados critérios, que se referem ás variações, com a frequência, das características das antenas. Dependendo da necessidade de operação do sistema no qual a antena e utilizada, a largura de banda será limitada por um ou vários dos seguintes fatores: impedância de entrada, ganho, largura do feixe, posição do lobo principal, nível dos lobos secundários e polarização. A determinação dos fatores preponderantes na limitação da largura da banda da antena será feita em função dos critérios adotados, assim, por exemplo, quando especificada a máxima da taxa de onda estacionaria permissível nos terminais da antena, o fator preponderante será a impedância da entrada. Nas situações onde são especificados o mínimo ganho admissível e as posições que o lobo principal poderá ter obviamente os fatores preponderantes serão o ganho e a posição do lobo principal. 41 3.2 MODELOS DE ANTENAS Conforme a Agencia Nacional de Telecomunicações (ANATEL), a antena é um dispositivo para, em Sistemas de Telecomunicações, radiar ou captar ondas eletromagnéticas no espaço. Pode incluir qualquer circuito que a ela esteja mecanicamente incorporado. Sendo elas denominadas como os seguintes modelos: 3.2.1 Antena "off-set" Antena refletora não simétrica, conforme. Figura 20 Antena Off-set 3.2.2 Antena Isotrópica Antena hipotética cuja intensidade de radiação é uniforme para todas as direções do espaço, conforme Inciso V do item 4 do anexo da Resolução da Anatel nº 572, de 28/9/2011 e os Inciso II nº 609 e 610, de 18/4/2013 e nº 430, de 21/2/2006. 3.2.3 Antena Isotrópica (Estação Terrena) Antena hipotética cuja intensidade de campo radiado se dá de maneira uniforme em todas as direções do espaço. Conforme Inciso V do item 4 do anexo da Resolução da Anatel nº 572, de 28/9/20. 3.2.4 Antena Linear Antena cujos elementos radiantes são constituídos por condutores com dimensões longitudinais bem maiores que as dimensões transversais, sendo estas bem menores que o menor comprimento de onda, na faixa de frequências de operação da antena. Para efeito da Norma para Certificação e Homologação de Antenas Lineares, são também consideradas lineares as antenas do tipo refletor de canto, conforme. 42 3.2.5 Antena Omnidirecional Antena com diagrama de radiação horizontal essencialmente não diretivo e diagrama de radiação vertical diretivo, conforme Inciso III do item 4 do anexo da Resolução da Anatel nº 610, de 18/4/2013. As antenas que serão apresentadas abrangem os sistemas de Radiodifusão, e de Telefonia celular. A radiodifusão é composta pelos serviços que compreende os serviços destinados a serem recebidos direta e livremente pelo público em geral e é dividida em radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão). As emissoras de rádio e TV, assim como a telefonia também tem sua faixa de frequência reservada dentro do espectro, essas frequências destinadas às telecomunicações especificamente de radio e TV como seguem: As faixas de frequências estão subdividas entre baixas e altas frequências, sendo as mais baixas as audíveis e as mais altas os raios cósmicos. Na figura mostra as faixas de frequências dentro do espectro. Figura 21- Espectro e Frequência As faixas de frequências estudadas são as seguintes: VHF: É a Frequência muito alta (Very High Frequency), esta faixa de 30 até 300 MHz, nela encontram-se as frequências utilizados pelo Rádio FM e TV aberta. UHF: É a Frequência Ultra Alta (Ultra High Frequency) esta faixa de 300 MHz até 3 GHz, os canis em TV transmitidos por UHF e juntamente os canais para a telefonia celular. SHF: É a Frequência Super Alta esta faixa de 3 GHz até 30 GHz, utiliza-se par ao sistema de subida e descida de sinal para satélite Banda “C”, “KU” e as frequências para Rádio Digital. Os satélites que operam em Banda “C” são os que transportam os sinais de Televisão aberta, permitem conexão internacional e transportam os sinais de telefonia e dados. 43 Estas atribuições de alocar e controlar o espectro de radio frequência é de responsabilidade de um comitê internacional de padronização, criado pelo ONU (Organização das Nações Unidas) e denominada pela União Internacional de Telecomunicações (ITU- International Telecommunication Union), que administra o espectro de radiofrequências. Na tabela a seguir mostraremos somente os serviços abrangidos pelo nosso trabalho sendo para Rádio, Televisão e Telefonia. Tabela 1 Faixa de frequência e Serviço Faixa de Frequência 530 KHz 54 MHZ 76 MHz 88 MHz 174 MHZ 470 MHz 824 MHz 834,4 MHz 869 MHz 880,6 MHz 890 MHz 891,5 MHz 3,7 GHz 5,925 GHz 6,425 GHz 10,7 GHz 14,5 GHz Até 1600 HKZ 70 MHz 88 MHZ 108 MHz 216 MHZ 806 MHz 834,4 MHz 845 MHz 880 MHz 890 MHz 891,5 MHz 894 MHz 4,2 GHz 6,425 GHz 7,125 GHz 11,7 GHz 15, 35 GHz Serviço Radio AM Televisão VHF (canais 2 a 4) Televisão VHF (Canais 5 e 6) Radiodifusão Radio FM Televisão VHF (canais 7 a 13) Televisão UHF (canais 16 a 69) Telefonia Celular Banda “A” Telefonia Celular Banda “B” Telefonia Celular Banda “A” Telefonia Celular Banda “B” Telefonia Celular Banda “A” Telefonia Celular Banda “B” Descida de sinal de Satélite Banda “C” Subida de sinal de Satélite Banda “C” Sistema Digital Radio Digital Radio Digital Com a tabela acima nota-se que alguns serviços ocupam faixas diferentes e com isso a quantidade de espaço que fica reservado para cada tipo de serviço como sendo: Tabela 2 Quantidade de espaço reservado Serviço Telefonia Radio AM Radio FM Televisão Quantidade 6,25 KHz para cada ligação 10 kHz de espaço para cada estação 200 KHz de espaço para cada emissora 6 MHz para cada canal Reservado 6,25 kHz de banda 10 kHz de banda 200 KHz de banda 6 MHz de banda 3.2.6 Painel Dipolo de Meia Onda (DMO) O Painel DMO (Dipolo de Meia Onda) é uma antena que serve para TV VHF que trabalha nas frequências de 54 a 88 MHZ, o diagrama Omnidirecional, direcional ou dedicado e capacidade de ganho por níveis de empilhamento, este modelo é 44 compatível com as torres de seção quadrada e triangular sendo fixada nas laterais, sendo robusta com baixo peso e carga de vento. Figura 22- Antena Painel DMO Fonte: transtelconti.com. br 3.2.7 Superturnntile Esta antena atende toda a faixa de TV VHF, com três modelos abrangendo a faixa de 54 a 216 MHz, seu diagrama ominidirecional em circulo tem ganho por níveis de empilhamento, na torre autoportante sua montagem como fica no topo sua estrutura já conta com aterramento e proteção contra raios. 45 Figura 23- Antena Superturnstile Fonte: transtelconti.com.br 3.2.8 Painel H Atende canais de TV VHF na faixa de frequência de 66 a 216 MHZ com dois modelos, seu diagrama ominidirecional, direcional ou dedicado, com ganho por níveis de empilhamento, compatível com torre de seção quadrada ou triangular sendo fixada na lateral. Figura 24- Antena Painel H Fonte:transtelconti.com.br 46 3.2.9 Painel Meia Onda (DMO) Este painel de meia onda para TV VHF utiliza-se as frequências 174 a 216 MHZ, seu diagrama omnidirecional, direcional e dedicado, tem ganho por níveis de empilhamento, em torres de seção quadrada e triangular sendo fixada na lateral por intermédio de “brackets” articuláveis, leve com baixa carga de vento Figura 25- Antena Painel DMO Fonte:transtelconti.com.br 3.2.10 Slot TV VHF/UHF Antena de fendas colineares que abrange as frequências 174 a 216 MHz em VHF e 470 a 806 MHz em UHF, diagrama ominidirecional, direcional ou dedicado, ampla seleção de ganho e potencias de entrada pode ser montada na lateral por intermédio de ferragem de adaptação, topo por intermédio de flanges padronizadas e empilhamento na torre autoportante, possui robustez com reduzida carga de vento. Figura 26- Slot TV VHF/UHF Fonte:transtelconti.com.br 47 3.2.11 Slot Digital TV UHF Antena de fenda colineares autoportante na frequência de 470 a 860 MHz, para TV Digital UHF ISDBT-b, diagrama cardioide8 ou ominidirecional com gama de ganho, potencias e polarização, permite sua montagem no topo por intermédio de flanges ANSI padronizadas, ou fixação na lateral por intermédio de ferragem de adaptação e tendo reduzida carga de vento. Figura 27- SLOT DIGITAL - TV UHF Fonte:transtelconti.com.br 3.2.12 Painel Dipolo Onda Completa (DOC) Painel de onda completa para TV UHF nas frequências de 470 a 860 MHz, com diagrama ominidirecional, direcional ou dedicado, adapta-se em torres de seção quadrada e triangular, fixando na lateral por intermédio de suporte articuláveis, para sistema de baixa potencia. 8 é uma curva que pode ser produzida como um locus 48 Figura 28- Painel DOC Fonte:transtelconti.com.br 3.2.13 Anel FM Antena de FM ominidirecional em polarização circular, nas frequências de 88 a 108 MHZ, para operação estéreo e SCA com ganho e separação vertical de λ ou λ/2, sua montagem para cada anel com ferragem padrão para fixação traseira em tubos pode ser na lateral ou no topo da torre, sendo pré-sintonizada de fabrica com baixa potencia FM de classe C Figura 29- ANEL FM - baixa potência Fonte:transtelconti.com.br 3.2.14 Anel FM Tri-Polo Antena de FM ominidirecional em polarização circular, nas frequências de 88 a 108 MHZ, para operação estéreo e SCA com ganho e separação vertical de λ ou λ/2, sua montagem para cada anel com ferragem padrão para fixação traseira em tubos pode ser na lateral ou no topo da torre, sendo pré-sintonizada de fabrica com baixa e media potencia . 49 Figura 30- ANEL FM TRI-POLO Fonte:transtelconti.com.br 3.2.15 FM Alta Potencia Antena FM ominidirecional em polarização circular de alta potencia ate 15 kW por elemento, nas frequências de 88 a 108 MHz, permitindo multiplexação de canais, com ganho e separação vertical de λ ou λ/2, sendo alimentada internamente com pressurização, sua montagem para cada elemento com ferragem padrão para fixação traseira em tubos, na lateral ou no topo da torre. Figura 31 - Antena FM Alta Potência Fonte:transtelconti.com.br 50 3.2.16 Painel Multiestação FM Painel de faixa larga para FM com polarização circular, nas frequências de 88 a 108 MHZ, diagrama ominidirecional, direcional ou dedicado, com ganho por níveis de empilhamento, otimizada para torre de seção triangular, fixada na lateral por intermédio de grampos em U diretamente no chassis da antena ou por ferragem adaptada dedicada. Figura 32- Antena MultiEstacão FM Torre Triangular Fonte:transtelconti.com.br 3.2.17 Painel Multiestacao FM Painel de faixa larga para FM com polarização circular, nas frequências de 88 a 108 MHZ, diagrama ominidirecional, direcional ou dedicado, com ganho por níveis de empilhamento, otimizada para torre de seção quadrada, fixada na lateral por intermédio de grampos em U diretamente no chassis da antena ou por ferragem adaptada dedicada. Os dipolos inclinados devem ser montados na posição horizontal. 51 Figura 33- Antena MultiEstação FM Torre Quadrada Fonte:transtelconti.com.br 4 COMPONENTES As torres de transmissões juntamente com as antenas , estão prontas para transmitir e receber qualquer comunicação codificada para elas, mas para que aja realmente esse serviço o conjunto necessita de alguns componentes junto a sua infraestrutura para que isso ocorra. 4.1 SHELTERS Antenas de telecomunicação mencionadas neste estudo necessitam de um compartimento em sua base para abrigar equipamentos necessários a seu funcionamento. Este compartimento denomina-se shelter e é uma unidade que pode ser móvel ou fixa, construído normalmente de aço, concreto ou PVC, além de materiais para isolamento térmico e serve para abrigar equipamentos necessários à transmissão e recepção de sinal. Seu tamanho é variável e depende do tipo de transmissão para qual será utilizado, podendo variar de uma caixa com alguns centímetros de tamanho a unidades de vários metros de área. 52 Figura 34 - Shelter utilizado em uma antena de telefonia. Fonte: Elaborada pelo Autor. Shelters também são conhecidos como contêineres ou sites e sua infraestrutura varia de acordo com a finalidade da antena. Um shelter pode abrigar apenas placas eletrônicas responsáveis pela transmissão e recepção de dados ou sua repetição, necessitando de pouco espaço dimensional, como um gabinete ou caixa, assim como pode abrigar equipamentos de alto desempenho e potência, além dos sistemas de energização destes equipamentos, como parte de uma rede de transmissão, sendo preciso um maior dimensionamento, conforme visto na Figura 1. Shelters podem ser instalados em áreas fechadas como em um barracão ou em áreas abertas ao tempo, ao nível do solo ou sobre estruturas elevadas, ou como parte de edifícios já existentes, em áreas urbanas ou localidades remotas. Há diversas empresas brasileiras que fabricam estas estruturas, dentre elas a BrasilSat, Royal do Brasil, AttackEletromecanica, RF COM, Delitel, entre outros. 4.2 TIPOS DE SHELTERS Como já mencionado no tópico anterior, um shelter pode ser classificado de a- cordo com a finalidade de sua utilização. Como neste projeto o intuito é fornecer informações sobre os elementos que compõem uma antena de transmissão, listaremos alguns tipos de shelters mais comuns, além de imagens de seus componentes: 53  Shelter Transportável: Sua estrutura sai da fábrica pronta, conforme as especificações do projeto, sendo transportado até o local de sua instalação, conforme visto na Figura 2 abaixo. Figura 35 - Içamento e Fixação de Shelter. Fonte: Delitel Telecomunicações.  Shelter Desmontável: Caso seja necessário instalar o contêiner no topo de um prédio ou em um local de difícil acesso, por exemplo, é possível que sua construção seja feita em partes, facilitando o transporte até o local, que depois se encaixam para formar a estrutura. 54 Figura 36 - Shelter Rooftop ou desmontável. Fonte: RoyalTelInternational. 1  Shelter Móvel: Utilizado para estruturas temporárias, como em grandes eventos ou quando são utilizado pelas forças armadas, normalmente adaptadas sobre uma carreta. Figura 37 - Unidade móvel de transmissão da Sony. Fonte: www.wikinoticia.com 1  Mini Shelter: Dependendo das características e da finalidade da antena, o shelter pode abrigar apenas uma parte essencial para o funcionamento da antena, permitindo que sua dimensão seja reduzida. 55 Figura 38 - Gabinete Delta SR/300A/-48/ SAGITA - MINI SHELTER. Fonte: Beltecnica. Suas especificações técnicas variam de acordo com cada projeto, ficando a cargo das empresas de telecomunicações e as fabricantes dos shelter definirem suas dimensões e modelos e os tipos de materiais que serão usados. Mas todos necessitam suportar ventos de no mínimo 150km/h e seu peso pode variar de 50 a 2500kg para estruturas convencionais, salvo em projetos específicos. 56 4.3 COMPONENTES INTERNOS DE UM SHELTER A seguir listamos os componentes normalmente encontrados em um shelter. Algumas imagens foram feitas pela própria equipe, em visita técnica guiada a um site de uma grande operadora de telefonia em Curitiba:  Racks para instalação dos equipamentos de transmissão e recepção: Podem suportar as placas de recepção e transmissão, além de outros equipamentos essenciais ao funcionamento da antena e distribuição de sinais. Figura 39 - Equipamentos de rede dentro de um shelter. Fonte: Elaborada pelo Autor.  Sistemas de Ar Condicionado: Como o shelter está sujeito a aquecimento tanto externo, quanto interno, ele necessita de um eficiente sistema de controle de temperatura. O ar condicionado pode estar acoplado ao shelter ou ser fornecido através de dutos de ventilação de um sistema externo ao contêiner. 57 Figura 40 - Sistema de ar condicionado acoplado ao Shelter. Fonte: Delitel Telecomunicações2.  Sistemas de iluminação: Necessário para que o técnico possa executar serviços quando estiver na parte interna do shelter e para segurança externa, mantendo o ambiente bem iluminado e destacado durante a noite, inibindo a entrada de pessoas estranhas.  Sistema de Aterramento e descargas atmosféricas: Dispositivo de segurança para proteger técnicos e os equipamentos de transmissão e recepção alocados no shelter. 58 Figura 41 - Aterramento de um shelter. Fonte: Elaborada pelo Autor.  Distribuição de energia de Corrente Alternada e Corrente Continua: O tipo de energia fornecida para alimentar os equipamentos eletrônicos contidos do shelter pode ser obtido através de um gerador independente, ou diretamente da rede elétrica externa. Como o sistema exige estar 24 horas funcionando, em caso de falha na recepção de energia externa, utiliza-se um banco de baterias como um imenso nobreak, para que a alimentação dos equipamentos se torne ininterrupta. 59 Figura 42 - Banco de baterias. Fonte: Elaborada pelo Autor.  Sistema de Detecção e Combate a Incêndio: Outro item essencial a segurança dos equipamentos e item obrigatório em um sistema independente de transmissão e recepção. Em caso de superaquecimento de algum equipamento, ocasionando um incêndio, este sistema atuara para extinguir ou retardar o fogo até que uma equipe chegue ao local para efetuar o combate ao incêndio. 60 Figura 43 - Alarme de Incêndio e Extintor com acionamento automático. Fonte: Elaborada pelo Autor.  Telemetria online de equipamentos: A tecnologia de hoje permite que praticamente todos os equipamentos eletrônicos possam ser monitorados a distância. Qualquer alteração em seus padrões de funcionamento, a equipe técnica responsável pela manutenção do shelter será imediatamente notificada através do sistema de telemetria de equipamentos. Figura 44 - Central de telemetria e monitoramento de equipamentos. Fonte: Elaborada pelo Autor. 61 Figura 45 - Detalhe de uma central de telemetria de equipamentos. Fonte: Elaborada pelo Autor. Alem destes equipamentos, os shelters podem conter diversos tipos de sensores, como os de abertura de porta, detecção de intrusos no perímetro, de temperatura externa e interna, sistemas de câmeras de vigilância, etc. e outros componentes exigidos quando um projeto mais especifico de contêiner for requerido pela empresa responsável da torre de transmissão. 62 4.4 NORMATIZAÇÃO DE ABRIGOS PARA TELECOMUNICAÇÕES. Embora cada projeto possa definir o tamanho do shelter de acordo com a ne- cessidade, existem algumas normas comuns utilizadas pelos fabricantes em relação a composição dos materiais, das instalações elétricas, da capacidade de resistência a agentes da natureza, etc. Neste estudo abordamos estas normas de forma informativa, sem entrar em detalhes, apenas apontando a direção a qual seguir, deixando ao leitor a opção de se aprofundar no tema. As normas pesquisadas encontradas durante este estudo estão listadas a seguir e foram retiradas do site de internet de um fabricante nacional de contêineres, e que está listado nas referências bibliográficas deste estudo. Tabela 3 Dimensional de Contêiners (Shelters) TIPO COMPRIMENTO LARGURA ALTURA Padrão 6500 mm 2500 mm 2800 mm Reduzido 5000 mm 2500 mm 2800 mm Mini 4700 mm 1700 mm 2800 mm Simples 1800 mm 1700 mm 2800 mm Fonte: Metal Alfa. Com relação a normas técnicas, listamos as principais utilizadas, referentes a instalações elétricas, de composição de materiais e resistência a ação de agentes da natureza, conforme listadas abaixo:  NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão;  NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;  IEC 62208: Proteção contra impactos externos, grau de vedação e resistência à corrosão;  IEC 60068-2: Também é referente a corrosão;  IEC 60068-2-30: Resistência a alterações climáticas;  IEC 60439-5 Parte 5: Requisitos para quadros de distribuição de energia para redes públicas e testes anti-vandalismos;  ETSI 300 019-2-4: Suporte a temperatura externa e irradiação externa;  IEC 61587 Parte 3: Blindagem eletromagnética em armários, racks, sub-racks que alojam equipamentos de telecomunicações; 63  ASTM D1729/D253/D3359/D4752: Referentes a tipo de pintura e acabamento dos shelter;  GR-487-CORE: Referente a choque térmico entre o ambiente interno e externo. Os complementos que compõem a sua utilização na estrutura da área de Telecomunicações, todas são regidas através de normas que qualificam o material utilizado, e de como ele deve ser preparado de forma criteriosa que visa demonstrar que o produto utilizado tem qualidade superior e como ele foi trabalhado para atender essas normas. As estruturas metálicas que se utiliza na área de Telecomunicações 5 COMPLEMENTOS DAS TORRES 5.1 BLOCO DE CONCRETO PARA LASTREAMENTO DE SLEDS (BC): Blocos de concreto com alça metálica, que são utilizados para contra peso em Sleds, assim assegurado sua estabilidade, com as seguintes dimensões: (0.20x0.20x0.40)m. Veja um exemplo: Figura 46 Bloco de concreto Fonte: prosystem.com.br 64 Observação: barra redonda fornecida galvanizada, por imersão a quente, conforme norma ASTM A123. 5.2 PLACA DE NEOPRENE PARA APOIO DE ESTRUTURAS (PN): São aparelhos de apoio de elastômero simples, não fretados usados em estru- turas que não tem grande carga ou movimentações. Usada para apoio de estruturas não perfurantes em superfícies planas, com as medidas de (2,15 x 0,50)m x 10mm de espessura. Temos como exemplo os Sleds apoiados em lajes de coberturas de edifícios. Veja a seguir um exemplo: Figura 47 - Placa de borracha Neoprene Fonte: prosystem.com.br 5.3 COMPONENTES TUBULARES 5.3.1 Componentes tubulares DIN2440 (D4): O tubo DIN 2440 que atendem a norma DIN 2440 e sua equivalente NBR 5580, são tubos com costura para aplicações leve como a condução de gases e líquidos desde que galvanizados para aplicações como eletrodutos onde pode-se passar fios e cabos em instalações industriais e comerciais. Rebarba solda é removida, com o objetivo fixação de antenas. Suas medidas são 48 mm de diâmetro externo e 1m de comprimento. Veja um exemplo: 65 Figura 48- Tubo DIN2440 Fonte: prosystem.com.br 5.3.2 Componentes tubulares SCH40 (S4): Tubos schedules ou também conhecidos como “tubos SCH” são tubos que atendem a norma ASTM 106, ASTM-A53 e API 5LB, ideais para condução de fluídos e gases podendo ser usados para os mais diversos fins seja nas indústrias ou na construção civil, porem usado como fixação de antenas, com as medidas 48mm de diâmetro externo e 1m de comprimento. Veja um exemplo: Figura 49 - Tubo SCH40 Fonte: prosystem.com.br Todos os componentes tubulares galvanizados por imersão a quente conforme norma ASTM A123, e tubo de aço sem costura conforme norma ASTM A53(S4), e tubo de aço com costura conforme norma DIN 2440(D4). 66 5.4 SISTEMA DE FIXAÇÃO (SF): 5.4.1 Sistema padrão A para fixação de escada e esteira em mastros (EA): Sistema de fixação de escada ou esteiramento em estruturas tubulares formado por conjunto de abraçadeiras, com as medidas 1m de escada e esteiramento no mastro MT-AA-03L, 04L, 05L, ,06L, 07L, 08L, 09L e 10L. Segue o exemplo: Figura 50- Sistema de fixação em escada Fonte: prosystem.com.br 5.4.2 Sistema padrão B de fixação de escada em cavaletes ou torres (EB): Sistema de fixação de escada e esteiramento no interior de cavaletes ou torres formados por cantoneiras bi apoiadas, com suas medidas de Sistema de fixação de escada de 6m, 8m, 10m, 12m, 14m em torres ou cavaletes. Segue o exemplo: 67 Figura 51- Sistema de Fixação de escada em torres Fonte: prosystem.com.br 5.4.3 Sistema de fixação de escadas em sleds (ES): Sistema de fixação de escadas em sleds triangulares, composto por cantoneiras bi apoiadas, parafusadas nas travessas. Em escada para sleds, e sled triangular médio. Segue um exemplo: Figura 52- Sistema de Fixação em Sled triangular Fonte: prosystem.com.br 68 5.4.4 Sistema de fixação de tubos de suportes de antena em sleds (TS): Sistema de fixação de tubos em sleds triangulares, composto por cantoneiras bi apoiadas, parafusadas nas travessas do sled, com a medida de 101mm de diâmetro externo, em sled triangular médio. Segue um exemplo: Figura 53- Sistema de fixação em Sled Fonte: prosystem.com.br Todos os componentes seguem as normas ASTM (American Society for Testing and Materials). Seguem as normas. 1- Perfis e chapas de aço estrutural conforme norma ASTM A36. 2- Parafusos conforme norma ASTM A325. 3- Perfis galvanizados, por imersão a quente, conforme norma ASTM A123. 4- Conectores galvanizados por imersão a quente conforme norma ASTM A153. 5.5 SKIDS (SK): Base metálica, Estruturas destinadas á sustentação de equipamentos para Si- emens e para Nokia, cada um com seus padrões. 69 5.5.1 Base metálica para equipamento Siemens: Padrão A: Com capacidade para 5 gabinetes, totalmente parafusado para facilitar seu transporte, com a medida de sua base metálica contínua de 3,5m de comprimento, 0,58m de largura. Segue um exemplo: Figura 54- Base metalica para suporte de equipamento Siemens padrão A Fonte: prosystem.com.br Padrão B: Já essa estrutura vem com plataforma, destinada para 5 gabinetes. Totalmente parafusado, com a medida de sua base metálica contínua de 3,5m de comprimento, 0,58m de largura. Segue um exemplo: 70 Figura 55 - Base metálica para suporte de equipamento Siemens padrão B Fonte: prosystem.com.br 5.5.2 Base metálica para equipamento Nokia: Padrão A: Capacidade para 4 gabinetes, totalmente parafusados com a medida de sua base metálica contínua de 3,5m de comprimento. Segue o exemplo: Figura 56- Base metálica para suporte de equipamento Nokia padrão A Fonte: prosystem.com.br Padrão B: Capacidade para 2 gabinetes, totalmente parafusados com as medidas de sua base metálica contínua de 1,5m de comprimento. Segue o exemplo: 71 Figura 57- Base metalicia para suporte de equipamento Nokia padrão B Fonte: prosystem.com.br Todas as peça seguem um conjunto de normas padrões chamados de American Society for Testing and Materials (ASTM) e American Welding Society (AWS). Todos os componentes seguem segue as seguintes normas. 1- Perfis e chapas de aço estrutural conforme norma ASTM A36. 2- Parafusos conforme norma ASTM A325. 3- Todos os perfis serão fornecidos galvanizados, por imersão a quente, conforme norma ASTM A123. 4- Conectores galvanizados por imersão a quente, conforme norma ASTM A153. 5- Solda com eletrodo ER70S-6, conforme norma AWS A5.18. 5.5.3 Cavalete base quadrada, padrão A (QA) : Cavaletes auto-portantes, padrão A, de seção quadrada constante de 1m de largura e formado por cantoneiras. Composto por módulos de 2m de comprimento, facilitando o transporte de seus elementos no interior de prédios. 72 Figura 58- Cavalete triangular Fonte: prosystem.com.br 5.5.4 Cavaletes base triangular, padrão A (TA) : Cavaletes auto-portantes, padrão A, de seção triangular constante de 1,5m de largura e formado por diagonais em cantoneiras e montantes em chapa dobrada. Composto por módulos de 2m de comprimento, facilitando o transporte de seus elementos no interior de prédios. Figura 59- Cavalete triangular padrão A Fonte: prosystem.com.br 73 Observações: 1- Aevr = Área efetiva de exposição ao vento das antenas multiplicada pelos respectivos coeficientes de arrasto. 2- Parâmetros de vento de projeto: Vo=35m/s; S1=1,0; S2=IIIA; S3=1,1. 3- Perfis laminados em cantoneiras de abas iguais e chapas de aço estrutural conforme norma ASTM A36. 4- Parafusos conforme norma ASTM A325. 5- Perfis galvanizados por imersão a quente conforme norma ASTM A123. 6- Conectores galvanizados a quente conforme norma ASTM A153. 5.6 SLEDS (SD): Sleds são estruturas formadas por cantoneiras para instalação de antenas no topo dos prédios. A estabilidade da estrutura é garantida por blocos de peso sem utilização de chumbadores, evitando danificar a impermeabilização. Outras vantagens são: facilidade de montagem/desmontagem e possibilidade de reposicionamento a qualquer instante na área da cobertura do prédio para efeito de otimização de sinal. Este tipo de estrutura abrange de formas diferentes de instalação em topos de prédios como sendo ele de forma simples, duplo, em forma de L e triangular.: 5.6.1 Sleds simples (SS) O Sled simples é uma estrutura metálica, com uma face destinada a receber suportes de antenas. É lastreado com contrapesos (Bloco de concreto), para assegurar sua estabilidade, e utilizados normalmente nos sites em topo de prédios. A estrutura é totalmente parafusada, facilitando seu transporte. 74 Figura 60- Sled simples Fonte: prosystem.com.br 5.6.2 Sleds duplo (SD) O Sled duplo é uma estrutura metálica, com duas faces back-to-back, destinadas a receber suportes de antenas. É lastreado com contrapesos (Bloco de concreto), para assegurar sua estabilidade, e utilizados normalmente nos sites em topo de prédios. A estrutura é totalmente parafusada, facilitando seu transporte. Figura 61- Sled duplo Fonte: prosystem.com.br 5.6.3 Sleds em L (SL) O sled em L é uma estrutura metálica, com duas faces adjacentes destinadas a receber suportes de antenas. É lastreado com contra-pesos (Bloco de concreto), para assegurar sua estabilidade, e utilizados normalmente nos sites em topo de prédios. A estrutura é totalmente parafusada, facilitando seu transporte. 75 Figura 62- Sled em L Fonte: prosystem.com.br 5.6.4 Sled triangular (ST) O sled triangular é uma estrutura metálica, com as três faces destinadas a receber suportes de antenas. É lastreado com contra-pesos (Bloco de concreto), para assegurar sua estabilidade, e utilizados normalmente nos sites em topo de prédios. A estrutura é totalmente parafusada, facilitando seu transporte. Figura 63- Sled em triangulo Fonte: prosystem.com.br 5.7 SUPORTE 5.7.1 Suporte de antena em balanço para fixação em parede, padrão D (Pd): Estrutura para fixação de antenas de RF ou MO em paredes, com chapas de ancoragem. O suporte é formado por cantoneiras com furos oblongos, que permitem sua perfeita adequação quanto à verticalidade, mesmo em paredes desaprumadas. 76 Figura 64- Suporte em antena em balanço Fonte: prosystem.com.br 5.7.2 Suporte de antena para fixação em cantoneira, padrão A (LA) Estrutura para fixação de antenas de RF ou M.O. em estruturas verticais com montantes em cantoneira, padrão A. Padrão adotado para que a direção do suporte fique oblíquo a face da estrutura vertical (fixação do suporte com grampo tipo C) O suporte pode ser instalado em estruturas verticais com quaisquer inclinações. Figura 65- Suporte para antena em cantoneiras Fonte: prosystem.com.br 5.7.3 Suporte de antena para fixação em tubos, padrão A (TA) Estrutura para fixação de antenas de RF ou M.O. em mastros tubulares. 77 Figura 66- Suporte em antenas tubo Fonte: prosystem.com.br 5.7.4 Suporte de antena para fixação em tubos, padrão O (TO) Estrutura para fixação de antenas de RF ou M.O. em mastros tubulares, padrão OI. Figura 67- Suporte de antena padrão O Fonte: prosystem.com.br Observações: 1- Perfis e chapas de aço estrutural conforme norma ASTM A36. 78 2- Parafusos conforme norma ASTM A325. 3- Todos os perfis serão fornecidos galvanizados, por imersão a quente, conforme norma ASTM A123. 4- Conectores galvanizados por imersão a quente, conforme norma ASTM A153. 5- Solda com eletrodo ER70S 6, conforme norma AWS A5.18. 6- Os diâmetros referentes aos tubos citados abaixo, são externos. 7- Os suportes apresentados nesta página são fornecidos sem tubos, permitindo ao comprador uma maior flexibilidade na composição dos mesmos. Podendo o comprador encomendar tubos de acordo com suas especificações em nossa seção de tubos galvanizados. Os tubos normalmente utilizados com os suportes, são os sugeridos como acessório opcional. 5.8 MASTROS 5.8.1 Mastros tubulares auto-suportados (AA) : Mastros tubulares auto-suportados, padrão A, com seção variável, composto por módulos de 2 ou 3m de comprimento de fácil transporte. Os 2m do topo são livres para instalação de antenas. Por ser auto-suportado não necessita de escoras Figura 68- Mastro tubular auto-suportado 79 Fonte: prosystem.com.br 5.8.2 Mastros tubulares escorados (EA) : Mastros tubulares escorados, padrão A, seção constante, composto por módulos de 2 ou 3m de comprimento de fácil transporte. Os 2m do topo são livres para instalação de antenas. Complementados com duas escoras em cantoneiras de abas iguais para sustentação. Figura 69- Mastro tubular escorado Fonte: prosystem.com.br Observações: 1- Aevr = Área efetiva de exposição ao vento das antenas multiplicadas pelos respectivos coeficientes de arrasto. 2- Parâmetros de vento de projeto: Vo=35m/s; S1=1,0; S2=VA; S3=1,1. 3- Tubos de aço carbono, conforme norma ASTM A53, schedule 40, com diâmetros externos de 114mm e emendados por flanges parafusados. 4- Perfis e chapas de aço estrutural conforme norma ASTM A36. 5- Perfis, chapas e tubos galvanizados por imersão a quente conforme norma ASTM A123. 6- Parafusos conforme norma ASTM A325. 80 7- Conectores galvanizados por imersão a quente conforme norma ASTM A153. 6 SEGURANÇA NA COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DE TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES 6.1 SISTEMAS DE PARA-RAIOS Segundo NBR 5419 2005, “esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas. Esta Norma aplica-se às estruturas comuns, utilizadas para fins comerciais, industriais, agrícolas, administrativos ou residenciais, e às estruturas especiais, bem como de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido. Constituída por haste no topo da torre, como pode ser verificado na figura abaixo, com comprimento de 3 (três) metros, captor tipo Franklin, cabo de cobre nu de 50mm² e isoladores de descida”. Figura 70 Captor tipo Franklin Fonte:www.tel.com.br/product/captores-tipo-franklin-2-descidas Conforme NBR 5410 2004, “qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento deve ser único em cada local da instalação. Sistema de Aterramento combinado por hastes cobreadas do tipo Copperweld ø5/8” x 2,40m a serem enterradas em profundidade, uma para cada apoio/bloco de fundação da torre, como pode ser visualizado na figura abaixo, mais 1 (uma) ao lado da escada de acesso, instalada em caixa de passagem, todas interligadas através de cabo de co- 81 bre nu de 50mm² e soldas xotérmicas. “Poderá ser utilizado ao solo composto mineral natural, não tóxico, não corrosivo, insolúvel e altamente condutor, que adéqua baixa resistência ôhmica e estabilidade em qualquer época, cujo valor final não deverá ser superior a 5,0 ohms”. Figura 71 Hastes Cobreadas do tipo Copperweld Fonte: http://www.intelli.com.br/produto.php?apl=5&idi=77 6.2 SISTEMAS DE BALIZAMENTO NOTURNO E DIURNO Conforme regulamentado pelo COMAR (Comando Aéreo Regional) “Baliza - objeto destinado a reduzir o perigo ás aeronaves pela indicação da presença de um obstáculo ou pela definição da forma geral do objeto. Comumente utilizada em rede elétrica suspensa, cabos aéreos ou estruturas similares”. O balizamento noturno deverá conter 01 (um) sinalizador de obstáculo duplo, de vidro vermelho pigmentado, com lâmpadas incandescentes 60 w x 127vca de filamento reforçado, com fotocélula para ativação automática e cabo de alimentação. O sinalizador precisará ser instalado no topo da estrutura. 82 Figura 72 Sinalizador de Obstáculo Duplo Fonte:https://wetzel.collabo.com.br/pt/produtos/iluminacao/iluminacao-especifica/sinalizadores-ebalizadores/as-2-vermelhoamarelo O balizamento diurno deverá ser realizado com tinta resistente a corrosão a base de epóxi, para superfícies galvanizadas. A estrutura deve ser pintada nas cores laranja e branca intercaladas, sempre começando com o 1° módulo em laranja e terminando no último também em laranja. Relatório fotográfico será exigido para atestar o uso da tinta. Figura 73 Balizamento Diurno Fonte : http://prosystem.com.br/produto/cotacao-de-torre-metalica/ 6.3 SUPORTES DE ANTENAS Deve ser deixado, acima das plataformas e patamares, 1 (um) espaço de 2 m (dois metros) de altura, livre de quaisquer obstáculos. Todos os suportes para antenas parabólicas, obrigatoriamente, devem ser fixados em estruturas, e estas, de vem distribuir os esforços em 2 (dois) montantes. 83 Figura 74 Suporte de Antenas Fonte:http://comprar-vender.mfrural.com.br/detalhe/torre-telecomunicacao-para-provedor-internet137432.aspx As estruturas para distribuir os esforços das antenas para os montantes devem ser sempre do mesmo tipo/dimensões, de modo a permitir remanejamento das mesmas para outras partes previstas na torre. Deverá ter 03 (três) suportes para fixação das antenas com 60 cm de diâmetro e 2 m de comprimento. 6.4 PLATAFORMAS DE TRABALHO E DESCANSO As plataformas de trabalho devem ter largura mínima de 80 cm (oitenta cen- tímetros), com proteção de guarda-corpo e rodapé. As plataformas de trabalho do trecho piramidal/reto devem ser internas. Para definição do projeto padrão, considerar as posições e quantidades de plataformas de trabalho. Figura 75 Plataforma de Trabalho e Descanso Fonte : http://www.edsengenharia.com.br/artigos/6thumb.pdf É obrigatória a colocação de guarda-corpo em todos os lados desabrigados das plataformas e patamares, a uma altura de 1 m (um metro). As diagonais da es- 84 trutura da torre não devem ser consideradas guarda-corpo. A exceção é feita no caso de patamares e plataformas internas quando a abertura da torre for inferior a 1,60 m (um metro e sessenta centímetros) e a mesma possua travessas horizontais distanciadas entre si de, no Maximo, 1 m (um metro). Os guarda-corpos devem ser dimensionados para suportar uma força horizontal de 80 kg (oitenta quilogramas), na posição mais desfavorável. 6.5 ESCADAS GUARDA CORPO PARA A ESCADA E TRAVA QUEDAS A escada será do tipo marinheiro com 40 cm de largura e com guarda-corpo até o topo da torre. O sistema de trava-quedas será composto por cordoalha de aço com diâmetro de 8,0mm tipo HS de 7 (sete) fios galvanizada por imersão à quente (hot dip), afastadores intermediário, fixação por olhal no topo e por olhal/esticador na base. Todas as peças metálicas deverão ter galvanização a quente (hot dip). Figura 76 - Escada Tipo Marinheiro Fonte: Seccional Entende-se como sistema trava-quedas, a instalação de dispositivos na estrutura da torre, cintos de segurança e dispositivos de trava. Este sistema deverá possuir certificado de aprovação emitido por órgãos oficiais de segurança do trabalho. Em sendo instalado sistema de segurança, deverão ser fornecidos conjuntos de segurança, composto de: cinto tipo paraquedista e sistema de trava-quedas. A distância entre degraus deverá ser de 30 (trinta) centímetros, em se tratando de escada de marinheiro. 85 Figura 77 Trava Quedas Fonte:http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/seguranca/carbografite-equipamentosindustriais-ltda/produtos/seguranca-e-protecao/trava-quedas 6.6 ESTEIRAMENTO HORIZONTAL E VERTICAL Quando se tratar de TASP (Torre Auto-Suportada Pesada) e TEA Torre Es- taiada Classe A), a largura das esteiras horizontais/verticais deverá ser suficiente para comportar uma quantidade de guias de ondas de 100 mm de diâmetro equivalente a 1,5 vezes a quantidade de antenas previstas no projeto. A esteira vertical deve ser fixada na torre em posição próxima à escada. Figura 78 - Esteiramento Vertical Fonte:http://www.towercom.com.br/produtos/autoportantetriangular.jpg As torres de Classe C, utilizarão o próprio treliçamento como esteira e escada. As travessas das esteiras devem ser de aço perfilado do tipo cantoneira, com a parte superior plana e devem ter espaçamento Maximo de 50 cm (cinquenta centímetros), de modo a poderem eventualmente ser usadas como escada, devem ser dimensionadas para suportar o peso médio de um homem (70 kg), acrescido, no 86 caso de torre Auto-Suportada Pesada, do peso dos guias de ondas e, no caso de torres Auto-Suportada Leve, do peso dos cabos coaxiais. Figura 79 Esteriramento Horizontal Fonte : http://www.engetorres.com.br/acessorios.php 6.7 SISTEMAS DE SEGURANÇA EM CONTAINER Frequentemente são utilizados uma ou duas fileiras de banco de baterias do tipo selada (VLRA - Valve Regulated Lead Acid), numa configuração paralela para energia standby obrigatória para as aplicações de telecomunicações. Estes sites utilizam +24Vcc ou -48Vcc como fonte de energia. Na falta de energia CA da concessionária publica, ou fornecida por um GMG (Grupo Moto Gerador), o banco de baterias é normalmente dimensionado para prover energia ininterrupta por 8 a 12 horas. 87 Figura 80 Fonte de Baterias Tipo Selada Fonte:https://www.google.com.br/search?q=cilindro+combate+incendio+dentro+container Figura 81 - Moto Gerador Fonte : http://essencial.adm.br/userfiles/images/laudo-moto-gerador(1).gif 7 INFRA-ESTRUTURAS PARA INSTALAÇÃO DAS ESTAÇÕES RÁDIO BASE 7.1 INFRAESTRUTURA DA INSTALAÇÃO Além das condições já apresentadas, os equipamentos que compõe a ERB não requerem nenhuma condição especial para sua instalação. Após consistência e teste em fábrica, o equipamento é conduzido e entregue em campo, em bastidores equipados com sub-bastidores e cabeação, o que facilita a sua instalação e operacionalização em campo. De modo geral as seguintes facilidades são previstas para a instalação de uma ERB: Abrigo predial (alvenaria, container, sala em prédio existente); Esteiramento interno para cabos de energia, RF, voz e dados; Sistema de aterramento externo e interno; 88 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas; Sistema de ar-condicionado; Fonte em corrente-contínua e baterias; Alimentação elétrica AC comercial Sistema irradiante, torre e esteiramento externo para cabos de RF. 7.2 ENERGIA CA - PADRÕES DE ENTRADA E SUBESTAÇÕES Em todas as estações haverá disponível energia elétrica AC comercial, forne- cida de acordo com as exigências da concessionária local. Esse ramal existente proverá energia em 220/127V (ou 380/220V), 60Hz, alimentado o QDCA (Quadro de distribuição de corrente alternada) da estação que fará a distribuição para equipamentos da ERB. Figura 82 QDCA Fonte : http://www.stte.com.br/infraestru2.jpg 7.3 ESTEIRAMENTO Para padronização das instalações, está sendo utilizado esteiramento único instalado a 2300mm de altura. Estão sendo utilizadas as larguras padronizadas de 600mm e 300mm, para os cabos de energia CA, energia CC, RF, voz e dados. O esteiramento é fixado ao teto através de vergalhões, que são fixados em perfilados presos ao teto através de apenas dois pontos. O layout padrão prevê a utilização de 5 perfilados, com comprimento suficiente para cobrir toda a largura do teto, sendo que os dois perfilados situados nos extremos da sala devem ser instalados próximos à parede. Esse sistema de fixação visa diminuir a quantidade de furos a serem prati- 89 cados pelo instalador, minimizando o tempo de instalação. Nas instalações em container, os perfilados de fixação no teto já virão embutidos na estrutura do container, posicionados pelo fabricante do container. Nesses casos, também haverão perfilado para fixação de todo o esteiramento vertical nas paredes laterais internas do container, de forma a eliminar a necessidade de furações. Figura 83 Container vista interna Fonte: https://www.google.com.br/search?q=fotos+de+infraestrutura+interna+de+um+container+telecomunic a 90 CONCLUSÃO A pesquisa de levantamento sobre o projeto quando indagado as pessoas que trabalham em Telecomunicações sobre qualquer item referente a Torre de Transmissão e seus componentes surgiu a seguinte questão: Verificando o material que a grande maioria estava ligada diretamente a parte de engenharia civil, verificou-se que todo o projeto para que ocorra uma instalação de uma Torre é necessário responder alguns itens para a composição do projeto, e depois serem definidos onde, como e quando serão executados, pois as normas para este tipo de projeto em Telecomunicação, é um processo rigoroso, onde tudo e realmente todos os itens que compõem a estrutura da torre até algo que fica escondido na terra como pino de aterramento, passam por normas rigorosas, padronizações internacionais, muito estudo primeiramente para que servira este projeto, após minucioso estudos do terrenos, de onde os ventos sopram em determinada região, que tipo de clima predomina o local para que se inicie a obra em si. Verificou-se que tanto as antenas como as torres, passam por uma criteriosa analise de viabilidade, pois uma vez que o projeto em si não esteja de acordo, a perda é inevitável do investimento que juntamente com as leis que regem o setor, são de forma rigorosa, tanto pelos órgãos federais, estaduais e municipais. A infraestrutura na área de Telecomunicações e a composição das torres e seus componentes tem uma tremenda flexibilidade, tanto operacional como logística, ficando tudo concentrado de forma que possa agilizar sua instalação e manutenção posterior, tendo os mais variados modos de compor e poder atender uma demanda que possa surgir em determinada região, sua adaptividade e forma de encaixe nas mais variadas situações. O projeto mostra de forma superficial quase toda a gama da infraestrutura que a área tem, podendo em trabalhos futuros poder se aprofundar em itens específicos, pois a quantidade e possibilidade de utilização dos componentes e seu reaproveitamento ainda podem ser estudados futuramente. Pois juntamente com as novas tecnologias que certamente virão a infraestrutura da Telecomunicações de forma criteriosa e responsável, irão poder usufruir de uma comunicação adequada ao novos desafios. 91 BIBLIOGRAFIA A TORRE DE GARCIA D'ÁVILA. Primeiro Sistema de Telecomunicações. Disponível em http://www.casadatorre.org.br/historia.htm. Acesso em 30/10/2015. ABRIGOS. Abrigos (Shelters) para Sistemas de Telecomunicações e Aplicações Especiais. RF COM Sistemas LTDA. Disponível em: http://rf.com.br/wpcontent/uploads/2014/02/0401_0.pdf. Acesso em 20/09/2015. ALVES, Rogério Filipe Carvalho. Redes de terras associadas a estações de telecomunicações. 2013. http://hdl.handle.net/10400.22/6420 acessado em 22/07/2015 ANATEL. Procedimentos de Projeto Para Torres Metálicas Auto-Suportadas, Estaiadas e Postes Metálicos. Esteiramento. Disponível em . Capturado em 06/09/2015. BASE DE TORRE AUTOPORTANTE. Fotografias elaboradas por Maik Costa. Disponível em: https://under-linux.org/album.php?albumid=949&attachmentid=29202. Acesso em 18/10/2015. BOMBEIROS. NPT 018. Iluminação de Emergência http://www.bombeiros.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=145>. Capturado em 06/11/2015. CASTANHEIRA, Eduardo Cunha. Análise, Modelagem e Dimensionamento de Torres Autoportantes de Telecomunicações.2004 COMAR. Comando da Aeronautica. Sinalização de Obstáculos. Disponível em . Capturado em 04/09/2015. CONTÊINERS. Tabela Dimensional de Contêiner. Metal Alfa. Disponível em: http://metalalfa.eng.br/containeres.php. Acesso em 26/10/15. CONTÊINERS. Container (Shelters). Delitel Telecomunicações. Disponível em: http://www.delitel.com.br/container/index.html. Acesso em 20/09/2015. GOMES, Paulo Maurício Costa. Estudo do Licenciamento Ambiental (licenças prévia e de instalação) da estação rádio base (ERB MGSA16) da telefonia claro no bairro santo agostinho, belo horizonte. Revista Sinapse Ambiental, set/ 2010 LEI MUNICIPAL 11.535/05. Dispõe sobre os parâmetros de ocupação do solo e sistematização para licenciamento de implantação de estações de telecomunicações. 2005. Prefeitura Municipal de Curitiba. Disponível em https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/curitiba/lei-ordinaria/2005/1154/11535/leiordinaria-n-11535-2005-dispoe-sobre-os-parametros-de-ocupacao-do-solo-e- 92 sistematizacao-para-licenciamento-de-implantacao-de-estacoes-detelecomunicacoes. Acesso em 15/10/2015 LightweightConstruction. Abrigos leves pré-fabricados (Shelters). Disponível em http://www.vfpinc.com/lightweight_shelters.html. Acesso em 25/10/15. MAPA DE ISOPLETAS. Gráfico das Isopletas de Velocidade Básica dos Ventos (NBR6123) Graficos de Desempenho Belmetal. Disponível em http://www.belmetal.com.br/uploads/pdf/Catalogo_SMART_1_6.pdf. Acesso em 20/10/2015. MINI SHELTER. Gabinete Delta SR/300A/-48/ SAGITA. Beltecnica. Disponivel em: http://www.beltecnica.com.br/Conteudo/show/20. Acesso em 15/10/2015. MORAIS, Jorge Fernandes de . Impactos Ambientais Provenientes das Novas Tecnologias de Telecomunicações. Dissertação de Mestrado- PUC RIO. Jun/ 2009. Mundo, Gigantes do. A antena mais Alta do Mundo . Disponível em http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2011/07/antena-mais-alta-do-mundo.html , acessado em 15/08/2015 NORMAS GERAIS PARA TORRES DE TELECOM. Principais Normas atendidas. Flex Tower Engenharia. Disponível em http://www.flextower.com.br. Acesso em 28/10/2015. NORMAS TECNICAS APLICADA A CABINES. Normas aplicadas as cabines Nilko. Nilko Metalurgia SA. Disponível em: http://nilko.com.br/cabines. Acesso em 23/10/2015. PHAROS OF ALEXANDRIA. Wikimedia Commons. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Pharos_of_Alexandria&oldid=1664 28998. Acesso em 30/10/2015. PINHEIRO, Paulo Ricardo Guedes. Ciclos Evolutivos das Telecomunicações. Tutorial Teleco, v. 7, n. 06, 2004. PROBST, Renan Diego. Análise estrutural de torre metálica autoportante para telecomunicações e dimensionamento de reforço-estudo de caso.Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Santa Catarina. Nov/ 2013. SECCIONAL. Torres monotubulares para transmissão. Informativo Técnico nº18, 2º semestre, 2011. Disponível em http://www.seccional.com.br/wpcontent/uploads/2011/06/Infomail_18.pdf . Acesso em 22/10/2015. SHELTER MÓVEL. Unidade de Transmissão de Dados da Sony. Wikinoticia. Disponível em:http://pt.wikinoticia.com/Tecnologia/hardware/27735-sony-produzido-nomundo-3d-do-primeiro-movel. Acesso em 20/08/2015. 93 SHELTERS. Shelters de comunicações e instrumentação. Atack Eletromecânica. Disponível em http://www.atack.ind.br/loads/pdf/6/SheltersAtackTelecom.pdf. Acesso em 02/10/2015. TELEBRÁS. Procedimentos de projetos para torres metálicas auto-suportadas, estaiadas e postes metálicos. Sistema de Documentação 240-410-600. 1997. Disponível em http://sistemas.anatel.gov.br/PraticasTelebras/01264.pdf. Acesso em 26/10/2015. TELECO. Infraestrutura de Sistemas de Energia CC em Sites de Telecomunicações. Sistemas em Container. Disponível em . Capturado em 25/10/2015. TIPOS DE SHELTER. Descrição geral de nossos produtos. Royal Brasil Telecomunicações. Disponível em http://www.royalbrasil.com.br/downloads/nossos_produtos.zip. Acesso em 14/09/2015. TORRE AUTOPORTANTE. Torres Autoportantes para Provedores e para Telecomunicações e TV. Jbt Telecom. Disponível em http://www.jbt-telecom.com.br. Acesso em 20/10/2015. UTFPR. NBR 5419. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Disponível em . Capturado em 06/09/2015. WOSCH, Deisi Luiza; BACHELADENSKI, Sérgio. Estudo da recepção de TV digital em função da transmissão de sinal com antena na polarização elíptica comparada com uma antena de transmissão de polarização horizontal. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações), Departamento Acadêmico de Eletrônica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2013 ZAMPIRON, Ivan. Avaliação das características e desempenho de estruturas para telecomunicações visando o projeto de novo modelo de torre autoportante. Dissertação de Mestrado, Universidade do Rio Grande do Sul- Escola de Engenharia , Porto Alegre, Set/2008.