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Trabalho Desafio-profissional Epidemiologia

Epidemiologia

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    December 2018
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR DESAFIO PROFISSIONAL: EPIDEMIOLOGIA COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL PROF° TUTOR A DISTÂNCIA SANTO ANDRÉ/SP, 30 DE ABRIL DE 2015 INTRODUÇÃO O trabalho também possibilita ao homem concretizar seus sonhos, atingir suas metas e objetivos de vida, além de ser uma forma de expressão. É o trabalho que faz com que o indivíduo demonstre ações, iniciativas, desenvolva habilidades. É com o trabalho que ele também poderá aperfeiçoá-las. O trabalho faz com que o homem aprenda a conviver com outras pessoas, com as diferenças, a não ser egoísta e pensar na empresa, não apenas em si. Este trabalho foca a ação do Gestor Hospitalar dentro dos setores específicos de uma instituição hospitalar. Irei abordar o setor específico da Enfermagem, buscando visualizar as dificuldades no exercício da profissão dentro do ambiente hospitalar. A vulnerabilidade dos problemas de saúde enfrentados por trabalhadores em enfermagem está vinculada ao manejo ineficiente da tecnologia disponível. A epidemiologia assume aí papel destacado na avaliação da eficiência e efetividade dos métodos e técnicas empregados. A efetividade é especialmente importante por ser determinada pela realidade local, subordinada aos contextos social, cultural e da política de cada instituição. Os estudos epidemiológicos sobre efetividade necessitam de sistemas de informação, locais informatizados, com gerenciamento de complexidade gradativa e hierarquizados de maior autonomia local. Uma estratégia mais eficiente para não sobrecarregar técnicos e enfermeiros seria o estabelecimento de padrões para informação epidemiológica em doenças diferentes, a serem aplicados de modo seletivo, intermitente e/ou rotativo, segundo as necessidades específicas de cada setor. A padronização de rotinas assistenciais clínicas mínimas deveria ser estudada com critérios epidemiológicos e difundida através dos sistemas de atenção à saúde, indicando para cada nível assistencial quais as rotinas mais adequadas para produzir o melhor efeito com os recursos disponíveis. A capacitação de recursos humanos em saúde e a difusão de meios padronizados de registrar e analisar a informação epidemiológica é apontada como uma das formas de superar as dificuldades do exercício da enfermagem. O objetivo principal é utilizar dados visando melhorar a qualidade de vida, promover e proteger a saúde dos profissionais, com base na análise dos dados sobre os que já contraíram problemas profissionais e no conhecimento correto dos denominadores representando as populações sob- risco. A administração da assistência de enfermagem tem como centro de sua atenção o paciente/cliente/usuário, e orientada para a assistência que envolve o planejamento, a direção, a supervisão e a avaliação das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem, visando o atendimento das necessidades dessa clientela. A gestão para os profissionais em enfermagem engloba o planejamento da assistência (sistematização da assistência) e o planejamento das condições que viabilizem a implementação deste assistir (plano de trabalho do enfermeiro – planejamento gerencial em enfermagem). Decidir significa necessariamente escolher entre uma ou mais alternativas ou opções com vistas a alcançar um resultado desejado. Portanto para o processo de tomada de decisão, o enfermeiro precisa de ferramentas para planejar e decidir e o Gestor Hospitalar é parte fundamental neste processo. É através do planejamento que se pode fazer a análise das cadeias de causa e efeito que se desenvolvem no processo de decisão. O planejamento envolve, então, raciocínio, reflexão e análise sobre a maneira de realizar determinadas atividades e ações, bem com sua abrangência. FASES DO PLANEJAMENTO Conhecimento do sistema, da realidade como um todo (diagnóstico): relação constante do cliente e equipe com o ambiente interno e externo, onde destacamos: recursos materiais e equipamentos, recursos humanos e financeiros, produtos, recursos ambientais, normas, rotinas, valores, filosofia a aspirações próprias do ambiente. Toda organização, inclusive as de saúde são compostas por dois sistemas: Técnico: recursos físicos, financeiros e materiais disponíveis para o serviço de saúde, para aperfeiçoar-los frente às necessidades da comunidade (responsável pela eficiência potencial da organização); Social: necessidade de saúde, o perfil de morbimortalidade, os hábitos, crenças e valores da comunidade em que o serviço está inserido; recursos humanos necessários e disponíveis; compreender as dimensões estrutural, particular e singular de cada serviço (transformando a eficiência potencial em real). Determinação de Objetivos; são os resultados finais que se pretendem atingir em um determinado espaço de tempo. Podem ser classificados como: gerais específicos e quanto ao tempo (curto médio e longo prazo). Objetivos em longo prazo: são aqueles cujo período de tempo para o seu alcance esta acima de cinco anos, são em geral os alvos finais, possibilitando uma compreensão clara dos impactos das decisões atuais em como uma maior consciência das mudanças, possibilitando e contribuindo para a estruturação e organização de esforços para o seu alcance; Objetivos em médio prazo: necessitam de um período de tempo para o seu alcance em torno de um a cinco anos, podendo ser alcançados no exercício de uma administração, apresentando como vantagem em relação ao objetivo de longo prazo, as recompensas de uma ação de efeitos mais imediatos; Objetivos em curto prazo: dizem respeito a alvos estabelecidos para serem conseguidos em até um ano, podem contribuir para que os objetivos de médio e longo prazo sejam alcançados. Estabelecimento de prioridades: a partir da determinação dos objetivos, estabelece as prioridades para alcançar o proposto. Nesta etapa do planejamento, aplica-se diretamente a racionalidade, escolhendo os meios para alcançar os fins. Seleção de Recursos a serem Utilizados: levantamento de todos os recursos que irão subsidiar as estratégias possíveis para a implementação do planejamento. Estabelecimento do Plano Operacional: conforme o grau de abrangência deverá ser escolhido o tipo de planejamento a ser aplicado, sendo o estratégico sempre o mais amplo, seguido do tático e operacional. Desenvolvimento: envolve ação, coordenação e a necessária determinação do tempo e espaço. As questões "o que, por que, quem. Como e quando" são traduzidos e colocados em ação. A coordenação é essencial para definir as responsabilidades de todas as partes envolvidas visando o alcance dos objetivos. Aperfeiçoamento: inclui a avaliação durante todo o desenvolvimento do trabalho e replanejamento das ações desenvolvidas, devendo ser contínuo e permanente, do início ao final do processo, paralelamente a cada uma das fases/passos, permitindo diagnosticar e implementar outras ações auxiliares. DESENVOLVIMENTO Com isso foi realizado um levantamento no setor hospitalar de enfermagem, analisando o estresse, que faz parte da vida de todo ser humano, em diferentes situações. As constantes mudanças da vida moderna exigem do indivíduo uma adaptação física, mental e social. Analisando as situações estressoras as quais a enfermagem está exposta avaliando a gravidade do estresse, classificando as situações como não estresse e estresse; e classificar as situações de acordo com a intensidade do estresse com o dia-a-dia do trabalho de enfermagem. Na enfermagem o estresse excessivo é prejudicial à saúde, levando às diversas patologias, podendo levar à morte. O estresse pode afetar tanto o sistema imunológico como o nervoso e o endócrino, causando assim uma diversidade de sintomas. Os sintomas são classificados em físicos (tremor, sudorese, fadiga, taquicardia, hipertensão arterial, dispneia, dispepsia, ranger os dentes, entre outros) e psicológicos (insônia, dificuldade de concentração, ansiedade, lapsos de memória, apatia, impaciência, desmotivação, desinteresse e aumento do consumo de tabaco e álcool), podendo levar a uma queda na produtividade no trabalho. Com esses sintomas os funcionários passam cada dia mais a entregar atestados e consequentemente o afastamento da organização gerando assim má qualidade no serviço e a empresa precisa se organizar no sentido de fazer campanhas de prevenção aos colaboradores. Algumas situações como baixa remuneração, a falta de estabilidade no emprego entre enfermeiros e à submissão entre enfermeiros e técnicos causam o máximo de estresse, além da sobrecarga no trabalho, função exercida, autocontrole diante do sofrimento alheio, fatores institucionais e burocracia foram geradoras estresse. Os enfermeiros que possuem mais de uma atividade laboral apresentaram um número maior de sinais e sintomas relacionados ao estresse do que os que possuem apenas um vínculo empregatício. Entres estes sintomas, destacam-se dores de cabeça, irritabilidade, impaciência, ansiedade e fadiga, inferindo relação com estresse. A dupla jornada de trabalho vivenciada por grande parte destes profissionais reduz o tempo que deveria ser dispensado ao lazer e ao auto cuidado, reforçando o cansaço e gerando o estresse. Sabemos que dentro de um hospital, as pressões vividas pelos profissionais da saúde no seu dia a dia são intensas, acarretando com isso, sérios problemas de ordem comportamental, onde a organização deve buscar proposta que viabilizem a diminuição do estresse, enfrentada por esses profissionais que nela atuam. Sendo a área da enfermagem sempre a mais afetada, por lidar diretamente com as situações mais diversas dentro de uma instituição hospitalar. Nossos estudos comprovam que o burnout está diretamente ligado à atividade profissional.  Caso não sejam implementadas estratégias de enfrentamento do estresse nas unidades componentes do sistema de saúde do nosso Estado, a população em geral será prejudicada, pois haverá queda na produtividade e no desempenho desses trabalhadores. Para que esta categoria profissional não desenvolva o estresse ocupacional é preciso que sejam implementadas estratégias de enfrentamento, que são os mecanismos de coping, tanto de ordem individual como práticas de relaxamento, exercícios físicos regulares, dietas equilibradas, lazer, atividades em grupo, quanto organizacional, promoção de ambientes relaxantes, interações interpessoais saudáveis, condições de trabalho adequadas, dentre outros.  É imprescindível que o profissional esteja mais atento à sua própria saúde. Como eles são responsáveis pela saúde e, muitas vezes, pela vida ou morte de um paciente acata uma atitude de desvalorização com a própria saúde. É urgente que se possibilite ao profissional, maneiras que favoreçam essa conscientização para que ele próprio possa se perceber "doente" ou "sadio" no que se refere ao stress ocupacional. Com estas estratégias, o organismo será capaz de enfrentar as pressões cotidianas sem desenvolver estresse ocupacional. Sendo assim, na pesquisa bibliográfica feita para este estudo, percebemos que são muitos os enfermeiros que desenvolvem o estresse ocupacional e m como são escassas as pesquisas relacionadas a esta temática, recomendamos continuação dos estudos com esta abordagem. A Enfermagem é uma profissão árdua e para vivência – lá é necessária uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, que em diversos momentos durante a graduação e posteriormente durante o efetivo exercício da profissão haverá questionamentos, cabe a uma gestão eficiente algumas medidas que propiciem condições de trabalho atrativas e gratificantes aos enfermeiros; assegurando assim uma utilização apropriada dos profissionais de enfermagem; Reconhecendo a real necessidade do contínuo aperfeiçoamento para o desenvolvimento da carreira e estabelecer um programa de aconselhamento psicológico, tendo em vista o desenvolvimento pessoal, interpessoal e de carreira desses profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estresse foi apontado durante o estudo como sendo a doença ocupacional em maior evidência entre os profissionais da enfermagem, ressaltando que, por meio das condições de trabalho, jornadas excessivas, além da constante tensão que o setor apresenta, vários enfermeiros se encontram em condições reduzidas de capacidades de desenvolvimento de suas atribuições. É fato que, para a prática de atendimento satisfatória, os enfermeiros necessitam ter melhores condições de trabalho, o que requer uma atenção especial por parte dos gestores para que os mesmos possam compreender as necessidades e buscar ações que enfatizam a transformação dos fatores que ocasionam o surgimento do estresse nos profissionais da saúde. Outro fator demonstrado por meio do estudo realizado é a necessidade de percepção da condição humana do profissional, todo indivíduo possui suas limitações, sua condição de prática de atividades que não os levem ao desgaste de suas forças. Porém, o que se percebe, é o fato de que, em se tratando dos profissionais de enfermagem, os trabalhadores ultrapassam os seus limites, o que vem resultar no surgimento dos fatores que promovem o estresse, e, que apresenta como consequência o afastamento dos profissionais de seus postos de trabalho. Além disso, faz-se relevante destacar que, os fatores ocasionados pelo estresse, identificam o quanto os profissionais se demonstram desgastados em suas atividades, o que leva à reflexão da necessidade de rever as condições de trabalho, visando o bem estar do profissional, bem como dos próprios pacientes, no que tange a melhoria do atendimento oferecido. Como foi apresentados, os fatores que são responsáveis pelo estresse, bem como a influência do estresse nas atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem no setor de emergência, propicia a compreensão de que, ações necessitam ser efetivadas como forma de propiciar a adequação das atividades, aos níveis de resistência dos profissionais. Para tanto, sugere-se que, haja a contratação de novos profissionais da saúde, para que se aumente o número de equipes destinado ao atendimento no setor de emergência, para que dessa maneira, possa se evitar o excesso de atividades existentes na atualidade, e possibilitar aos pacientes, um atendimento de qualidade e capaz de realmente, satisfazer as suas necessidades. Considerou-se, portanto, que o estresse na equipe de enfermagem que atua no setor de emergência, configura-se como um fator que remete a preocupação em relação às condições de trabalho e ao atendimento realizado, evidenciando que, todos os profissionais são seres humanos que apresentam limitações, e como tais, necessitam ter condições dignas de desenvolvimento de suas atividades, vislumbrando o cumprimento de sua missão, a qual se estabelece em promover a saúde e o bem estar de todos os pacientes que dependem de seus conhecimentos e práticas para continuarem a sua vivência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, J.A.; FIGUEIREDO, L.O.; RODRIGUES, P.T.C.; MIGUEZ, T.S.C. O estresse no profissional de enfermagem. Artigo, 2010. BATISTA, K.M.; BIANCHI, E. R. F. Estresse do enfermeiro em uma unidade de emergência. Rev. Latino-Americana. Enfermagem, v.14, n. 4. Jul./ago. 2006. CAMPOS, G. W. S.; MINAYO, M. C. S. et al (orgs.). Tratado de Saúde Coletiva. 1ª ed. São Paulo: Hucitec, 2006. 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