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Trabalho De Vigilância Epidemiológica

Descrição do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

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CURSO CEBRAS RJ Ana Lectícia Soares Muller Lobo Rezende Novoa Sheila Maria Marino Lacerda Turma E29 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Rio de Janeiro - RJ Maio - 2014 Ana Lectícia Soares Muller Lobo Rezende Novoa Sheila Maria Marino Lacerda Turma E29 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Trabalho apresentado a Professora Cláudia Ramos da Disciplina de Fundamentos do SUS do Curso de Técnico em Enfermagem do CEBRAS RJ. Rio de Janeiro - RJ Maio - 2014 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Esquema Sistematizado das Atribuições de um Serviço de Vigilância Epidemiológica (VE) Municipal ............................................................................ ....... 5 Figura 2 – Foto de Folder de Divulgação de VE - Doenças Notificáveis (CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro) ............................................................................ ............. 6 Figura 3 – Foto de Folder de Divulgação de VE - Doenças Notificáveis (CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro) ............................................................................ ............. 7 Figura 4 – Foto de Folder de Divulgação de VE - Doenças Notificáveis (CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro) ............................................................................ ............ 8 Figura 5 – Foto de Aviso do Serviço de Epidemiologia para o Consumidor (CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro) ............................................................................ . 9 Figura 6 – Foto de Aviso do Serviço de Epidemiologia para o Consumidor (CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro) ........................................................................... 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................ ...................... 11 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................ .......... 12 3 CONCLUSÃO ............................................................................ ....................... 16 BIBLIOGRAFIA ............................................................................ ....................... 17 ANEXOS ............................................................................ .................................. 18 ANEXO 1 – Entrevista no Setor de Epidemiologia do CMS MAE – Vila Isabel, RJ ............................................................................ ................................. 19 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Esquema Sistematizado das Atribuições de um Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal. (Serviço de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Bento Gonçalves – RS) LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 2 – Foto de Folder de Divulgação de Doenças Notificáveis – Para Notificação em 24 hr. Setor de Epidemiologia do CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 3 – Foto de Folder de Divulgação de Doenças Notificáveis – Para Notificação Semanal. Setor de Epidemiologia do CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 4 – Foto de Folder de Divulgação de Doenças Notificáveis – Para todas as notificações. Setor de Epidemiologia do CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 5 – Foto de Aviso do Serviço de Epidemiologia para o Consumidor – Alerta sobre Ovos de Páscoa. Setor de Epidemiologia do CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 6 – Foto de Aviso do Serviço de Epidemiologia para o Consumidor – Campanha de Vacinação contra Gripe Influenza. Setor de Epidemiologia do CMS MAE – Vila Isabel, Rio de Janeiro. 1 INTRODUÇÃO O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica foi instituído em 1975 e compreende, de acordo seu caput, as ações de Vigilância Epidemiológica, o Programa Nacional de Imunizações, as normas relativas à notificação compulsória de doenças – Lei n° 6.259/75, art. 2°: "A ação de vigilância epidemiológica compreende as informações, investigações e levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas de controle de doenças e de situações de agravos à saúde"; e novamente revalidado pela Lei n° 8.080/90, art. 6°, parágrafo 2°: "Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos". Este trabalho mostrará o que é e como funciona o Sistema de Vigilância Epidemiológica (VE), que se inicia com a informação do problema de saúde (doença de notificação compulsória), o que dá origem à tomada de decisões (tratamento), demonstrando a importância da VE como instrumento de prevenção e controle de doenças, provendo subsídios para o planejamento, a organização e o funcionamento dos Serviços de Saúde, e também contribuindo para a normatização e regulamentação das atividades técnicas que são correlatas aos sistemas de saúde, através do aprendizado com a coleta de dados estatísticos e do tratamento das doenças notificadas. As estratégias de prevenção e os programas de controle específico de doenças são a base do Sistema de VE, e para que funcionem a contento, requerem informações confiáveis sobre a situação dessas doenças, tais como localização geográfica, quantidade de casos, cenário de contenção, etc., o que torna necessária a interação e a comunicação entre os vários entes públicos e privados que fazem parte do sistema de saude brasileiro, para tornar a informação o mais confiável e acurada possível. Estes Sistemas de VE devem ainda funcionar em vários níveis de esfera de poder (municipal, estadual e federal) devido especialmente, ao tamanho continental de nosso país, cada esfera com seu tipo específico de atuação; podendo, entretanto, funcionar também com cooperação de âmbito internacional, haja vista a possibilidade a disseminação das doenças devido ao aumento das viagens aéreas (facilidade na transmissão dos vetores de doenças entre países e continentes). A VE então contribui para a melhoria da saúde da população, através da investigação dos fatos que determinam as doenças, visando prover assim, subsídios para a prevenção destas (por exemplo, as campanhas da dengue e o que fazer para evitar o mosquito), e suas aplicações variam da descrição das condições de saúde da população (por exemplo, como no caso da tuberculose, em que casas muito próximas uam das outras favorecem a transmissão da doença), da investigação dos fatores determinantes de doenças até a avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde da população (eficácia das campanhas de vacinação para erradicação de algumas doenças, por exemplo). 2 DESENVOLVIMENTO O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) é composto por instituições do setor público e privado, que fazem parte do Sistema Único de Saúde - SUS, que notificam doenças e agravos, prestam serviços de saúde ou orientam a conduta a ser tomada para controle das mesmas. De acordo com os princípios e diretrizes estabelecidas pela lei do SUS, as ações e atividades do SNVE são descentralizadas pelo sistema hierárquico de poder e divididas de modo gradual, de acordo com o desenvolvimento dos sistemas locais de saúde, de forma a evitar a descontinuidade técnica e administrativa dos programas e ações da área da saúde (troca de poder político). A legislação estabeleceu ainda que recursos financeiros são destinados para as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, que têm autonomia técnica, administrativa e financeira para o desenvolvimento de suas funções em VE, de forma que o nível central do Sistema de VE (que é o Ministério da Saúde) atua como complementar, quando os problemas de saúde de VE ultrapassarem a capacidade de resolução dos estados e municípios, e também como memória central, armazenando as informações do país depois de compiladas e tabuladas. Os propósitos do SNVE englobam fornecer orientação técnica permanente, coleta e processamento de dados, análise e interpretação dos dados processados, investigação epidemiológica de casos e surtos, recomendação e promoção das medidas de controle apropriadas, avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas, divulgação de informações sobre as investigações, medidas de controle adotadas pelas autoridades envolvidas e pelos entes do sistema de saúde, impacto obtido pelas medidas, formas de prevenção de doenças, etc, ou seja, todo um conjunto de medidas que possam promover a saúde da população através da notificação compulsória de um grupo especifico de doenças. Deve-se ressaltar que todos os profissionais de saúde sejam da rede pública ou privada, de todos os níveis do sistema (municipal, estadual, federal), têm atribuições e responsabilidades na área de Vigilância Epidemiológica; que, entretanto, dependem da capacidade executiva, técnica e gerencial de cada ente, podendo variar da simples notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças que compõem o sistema de vigilância (hospital privado ou cidadão, por exemplo) até a investigação epidemiológica (casos ou surtos), adoção de medidas de controle, coleta (ente público, por exemplo), análise e interpretação de dados, dentre outras. Chama-se NOTIFICAÇÃO, que é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde (da rede pública ou privada, ou ainda qualquer cidadão), para que sejam adotadas medidas de intervenção pertinentes e cabíveis, a forma como se inicia um PROCESSO DE VE. Esta notificação pode ser da simples suspeita de uma doença, não sendo necessário aguardar a confirmação do caso, visto que pode significar a perda de oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas; e, além disso, a notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário em caso de risco para a população, desde que respeitado o direito de anonimato.   A VE então continua suas atividades a partir da ocorrência de um evento sanitário de caso suspeito ou confirmado de doença que esteja sob vigilância (pós-Notificação), o que se faz através da coleta de dados, que pode ocorrer em todos os níveis (municipal, estadual e federal) de atuação do sistema de saúde e os tipos de dados coletados se referem a morbidade, mortalidade, dados demográficos e ambientais, notificação de surtos e epidemias.   Terminada a parte de coleta de dados, e feito o diagnóstico, o processo segue então para a adoção de medidas de controle em tempo hábil, visando evitar a disseminação de uma doença, e, para que isso ocorra, esse controle tem que ser iniciado tão logo se confirme o evento, após o devido registro nas chamadas Fichas de Investigação Epidemiológica (formulários específicos para cada tipo de doença para a coleta e consolidação de dados). Esses formulários contêm dados básicos de identificação do paciente, anamnese, exame físico, suspeita diagnóstica, informações sobre o meio ambiente, exames complementares, e visam auxiliar na busca de pistas que levem a descobrir a origem da transmissão, ou seja, onde se iniciou o foco da doença. As pistas mais importantes são: período de incubação; presença de outros casos na localidade geográfica, existência ou não de vetores ligados à transmissão da doença, grupo etário mais atingido, fonte de contágio comum (água, alimentos), via e modos de transmissão (respiratória, contato direto, etc.), época de ocorrência (estação), etc. Todavia, algumas doenças seguem ritos mais restritos de investigação, contando com Fichas preenchidas oriundas de dados colhidos de terceiros (prontuários, óbitos etc), posto que este tipo de atividade que exige tempo e custos adicionais, o que faz com que nem todas as doenças sejam investigadas a fundo, ficando esses casos restritos às doenças consideradas mais graves e prioritárias pelo sistema de vigilância, como as de gravidade clínica maior que a habitual ou uma doença desconhecida em determinada área (chamada de agravo inusitado). O que valida o Sistema de VE é o processamento e a análise dos dados coletados e conhecidos, pois, com os dados consolidados (ordenados de acordo com as características das pessoas, lugar, tempo, etc.) em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de pacientes e outros, se obtém uma visão global do evento ocorrido; permitindo a avaliação de acordo com as variáveis de tempo, espaço e pessoas (quando? onde? quem?), podendo ser comparada com períodos semelhantes de anos anteriores (evolução da dengue em estados, por exemplo). Através desta compilação, o SNVE trás ao país um mapa de suas principais vulnerabilidades sanitárias e de suas necessidades de saúde, estejam elas em reforço de imunização, em distribuição de medicamentos para doentes crônicos, de campanhas de divulgação de comportamentos, etc; desta forma, o país pode, enfim, se conhecer e tratar de sua população com segurança.   3 CONCLUSÃO A lista nacional das doenças de notificação atualmente em vigor no país encontra-se em um Guia publicado pelo Ministério da Saúde e sua seleção teve por base os critérios de magnitude (medida pela frequência), potencial de disseminação, transcendência (medida pela letalidade, severidade, relevância social e econômica), vulnerabilidade (existência de instrumentos de prevenção), compromissos internacionais de erradicação, eliminação ou controle, epidemias, surtos e agravos inusitados, sendo que estes critérios são observados e analisados em conjunto com Resultados de exames laboratoriais, declarações de óbitos, maternidades (nascidos vivos), hospitais e ambulatórios, investigações epidemiológicas, estudos epidemiológicos especiais, dentre outros. O fundamental por trás da ideia da criação do Sistema de VE é o controle, a eliminação ou a erradicação de doenças, com o consequente impedimento de óbitos e sequelas em pacientes. Dessa forma, após a análise dos dados, podem ser definidas as medidas de prevenção e controle mais adequadas a cada situação, sendo que isto deve ser realizado o mais próximo da ocorrência do problema, para que a intervenção seja mais oportuna e mais efetiva, fazendo com que o país possa tratar melhor de sua população.   Com o Sistema de VE se pode obter também normas técnicas visando uniformizar procedimentos na área de saúde, o que traz maior confiabilidade na comparação entre os dados e as informações que são elaboradas e divulgadas, o que faz com que os critérios diagnósticos que regulam a entrada de novos casos no sistema (seja como suspeito, compatível ou mesmo confirmado por diagnóstico laboratorial) se tornem cada vez mais certeiros, evitando perda de tempo para o início do tratamento. Assim o Sistema de VE se retroalimenta e se valida, pois traz mais dados estatísticos e ao mesmo tempo, os confirma, produzindo maior segurança a população, reduzindo ao máximo as ameaças à saúde e diminuindo o tempo entre o diagnóstico e o tratamento. BIBLIOGRAFIA Livros SCHELL, Patrícia Dwyer. ENFERMAGEM BÁSICA – Teoria e Prática. 3° edição. ed. SP: Rideel, 1999. Figuras Imagem sem autor conhecido. Site da Secretaria Municipal de Saúde de Bento Gonçalves – RS. In: Saúde em Bento – Epidemiologia. Disponível em < http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento-epidemiologia>. Acesso em: 07 mai.2014. Imagem de Folder de Ana Lecticia Novoa. Feita no Setor de Epidemiologia do CMS MAE, RJ. Em: 07/05/2014. Imagem de Folder de Ana Lecticia Novoa. Feita no Setor de Epidemiologia do CMS MAE, RJ. Em: 07/05/2014. Imagem de Folder de Ana Lecticia Novoa. Feita no Setor de Epidemiologia do CMS MAE, RJ. Em: 07/05/2014. Imagem de Cartaz de Ana Lecticia Novoa. Feita no Setor de Epidemiologia do CMS MAE, RJ. Em: 07/05/2014. Imagem de Cartaz de Ana Lecticia Novoa. Feita no Setor de Epidemiologia do CMS MAE, RJ. Em: 07/05/2014. Material da Internet Site do CAP 2.2. In: Quem Somos. Disponível em: Acesso em: 07 mai.2014. Site da Casa Civil – SubChefia de Assuntos Jurídicos. In: Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975. Brasil. Disponível em: Acesso em: 07 mai.2014. Site do CMS MAE. In: Aqui tem: Saúde da Família e Vigilância em Saúde. Disponível em: Acesso em: 07 mai.2014. Site do Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual. In: Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 2013. 6° ed, ampliada. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vig_epid_novo2.pdf>. Acesso em: 07 mai.2014. Site do Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual. In: Doenças Infecciosas e Parasitárias – Guia de bolso. Brasília, 2010. 8° ed, revista. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_gu ia_bolso.pdf>. Acesso em: 07 mai.2014. WIKIPEDIA. Epidemiologia. WIKIMEDIA, Brasil, 2014. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia>. Acesso em: 07 mai.2014. WIKIPEDIA. Vigilância Epidemiológica. WIKIMEDIA, Brasil, 2014. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Vigil%C3%A2ncia_epidemiol%C3%B3gica>. Acesso em: 07 mai.2014. ANEXOS ANEXO 1 Entrevista no Setor de Epidemiologia do Centro Municipal de Saúde Maria Augusta Estrella – Vila Isabel, RJ. O Centro Municipal de Saúde Maria Augusta Estrella, situado na Rua Visconde de Santa Isabel, número 56, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ, (contato: http://smsdc-cmsmaestrella.blogspot.com.br/), faz parte da IX Região Administrativa e possui um Serviço de Epidemiologia, responsável pelas ações relativas á Vigilância Epidemiológica dentro das normativas da legislação vigente. Este Serviço é composto por 01 (um) técnico de enfermagem e 02 (dois) médicos, e me foi autorizada a realização de entrevista com os profissionais do mesmo, no dia 07 de maio de 2014, as 10:18 da manhã, na própria sala do Setor de Epidemiologia, localizada no 2° andar do CMS MAE. Todas as informações foram obtidas diretamente com os profissionais que se dispuseram a conceder a entrevista, e encontram-se aqui transcritas sob a forma de texto, obedecendo, entretanto, tão fielmente quanto possível, a intenção do expositor ao explicar o seu trabalho. Os profissionais responsáveis pelo Setor que se encontravam no local para a entrevista são a técnica de enfermagem Ana, e o médico Dr. Pedro, que gentilmente cederam parte de seu tempo de trabalho para explicar o funcionamento do serviço de VE do CMS. De acordo com a técnica Ana, o CMS é uma Unidade Básica de Saúde, e o Serviço de Epidemiologia cuida, entre outras responsabilidades, da Sala de Vacinas que atende ao CMS, e uma de suas atribuições é "receber as vacinas, sendo responsável pela armazenagem e verificação da validade e condições de segurança do material", bem como do acondicionamento das doses, do acompanhamento das estatísticas de aplicação, do mapeamento (de acordo com as cadernetas), etc. O Serviço também é responsável pelas Campanhas de Vacinação, coordenando as equipes no CMS, nos postos de sua alçada geográfica (no caso deste CMS, o Parque Vila Isabel é de sua responsabilidade), e das equipes do PSF que visitam os que não podem se locomover para a vacinação (acamados, etc). A técnica relatou que também faz parte das atribuições do Setor a notificação das doenças como hepatite, doenças infecto-contagiosas em geral, casos de intoxicação alimentar, de doenças e acidentes de trabalho causados por material biológico, e todas que sejam da lista de notificação obrigatória em 24 horas, sejam bacterianas ou virais. Este CMS faz parte da Coordenadoria Geral de Saúde da Área Programática 2.2, que atende a "7 bairros: Praça da Bandeira, Tijuca, Alto da Boa Vista, Maracanã, Vila Isabel, Andaraí, Grajaú, que totalizavam até o último Censo Demográfico do IBGE (2010), 371.120 habitantes[1]" (contato: http://cap22tijuca.blogspot.com.br/p/unidades.html). A Coordenadoria 2.2 é responsável por 10 Unidades Básicas de Saúde, e recebe as informações de Vigilância Epidemiológica oriundas destas unidades, para que, a partir destas notificações, possa encaminhar os dados a Secretaria Municipal de Saúde (Superintendência de Vigilância em Saúde), mapeando e quantificado os números relativos a doenças, tratamentos e localização geográfica de sua responsabilidade. A Secretaria Municipal recebe estes dados e mapas, e procede a quantificação de todas as regiões que englobam o município do Rio de Janeiro, traçando um panorama das doenças de notificação específica relativa à legislação de VE, e então, com um quadro completo, remete estes dados para a Secretaria Estadual de Saúde (Subsecretaria de Vigilância em Saúde), que compila todos os mapas relativos ao Estado do Rio de Janeiro, e então comunica ao Ministério da Saúde (Secretaria de Vigilância em Saúde) a situação de todo o território estadual quanto a cada doença listada. Compete ao Setor de Epidemiologia do CMS MAE, o Controle das Doenças de Notificação Compulsória, o Controle e Prevenção de Surtos de Doenças Transmissíveis, o Controle e Distribuição do Programa Nacional de Imunizações, a Investigação de Óbitos (caso exista a suspeita de serem causadas por estas doenças), a Divulgação de Informações Epidemiológicas, a Elaboração de Estudos, Pesquisas e Relatórios em Epidemiologia relativos à sua área de atuação geográfica (ou afins), a Alimentação e Manutenção dos Sistemas de Informação Geral, a Assessoria e Suporte aos Serviços de Saúde e demais Instituições filiadas e o Treinamento e Capacitação dos agentes envolvidos nas ações de VE (Agentes do Programa de Saúde da Família, Técnicos de Enfermagem especializados em PNI, etc). O CMS MAE recebe as notificações compulsórias dos Hospitais do Andaraí, Hospital Jesus, Hospital Pedro Ernesto (rede pública) e dos Hospitais SAMCI, Hospital Italiano e Casa de Saúde Grajaú (rede privada) e ainda, as notificações de empresas, escolas, creches e pessoas da região geográfica que queiram informar ou notificar sobre um caso de doença ou suspeita de doença. Logo após a explanação da técnica Ana, fui recebida pelo Dr. Pedro, que com muita gentileza, se dispôs a me o papel do Setor de Epidemiologia dentro do CMS para o SVE. O Dr. Pedro dá expediente em uma sala de tamanho médio, que fica ao lado da sala da técnica Ana, com 03 geladeiras com termostato externo ("rede de frios"), na qual, segundo ele me mostrou, ficam os frascos de vacinas, e com os devidos registros de entrada e saída por quantidade e tipo e a validade das vacinas ("controle de estoques"). Depois, pude ver o Folder com o aviso das doenças de notificação e o Dr. Pedro me explicou que existem as doenças apenas de notificação e as de notificação e investigação. Segundo ele, a função básica da VE é "a ação de saúde primária para a contenção de doenças", e citou como exemplos de prevenção, o que a VE faz em casos de notificação de rubéola e sarampo, que, se detectados, deve-se fazer uma "vacinação de bloqueio", para evitar que se alastre na população, mesmo em uma população que já tenha sido vacinada anteriormente. A equipe do CMS, segundo ele, costuma fazer as investigações nos hospitais de sua responsabilidade, e também nas áreas de localização geográfica, além de ser responsável por verificação em bancos de sangue e investigações em locais, caso seja "rastreio de doenças", como no caso de "intoxicação alimentar". Em relação a dúvida sobre o alerta da pólio na África, explicou que "o Brasil ganhou o Certificado de Erradicação da Doença", e que, "em 2012, passou a fazer apenas 01 dose, por entender que a doença estava sob controle", e que não havia mais relato no país do "vírus selvagem da pólio". Segundo o Dr. Pedro, o mapa estatístico da pólio, possui notificações negativas (pois o SNVE notifica mesmo em casos negativos para a compilação de dados), o que é um bom sinal de controle de uma doença. Ao final da entrevista, agradeci ao Dr. Pedro por suas explicações e seu tempo concedido e também a técnica Ana. ----------------------- [1] Extraído do Site do CAP 2.2