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Trabalho De Toxicologia

Antidoping no esporte

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ANHANGUERA EDUCACIONAL FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA PERÍODO: 8º. PROFESSOR: TIAGO TOXICOLOGIA E O DOPING NO ESPORTE Anápolis, 02 de Outubro de 2012. Curso: Farmácia Disciplina: Toxicologia Série: 8º Período (Noturno) Professor: Tiago Acadêmicas: *Angela Santos Queiroz RA: 1106291480 *Delma Severino Mendonça RA: 0912359680 *Waldivina Pires Rosa RA: 0914346821 SUMÁRIO 1. Introdução 3 2. Tipos de controle antidoping existentes 5 2.1. Controle em competição 5 2.2. Controle fora de cometição 5 3. Autorização para uso terapêutico de substâncias restritas e proibidas 6 4. Substâncias químicas utilizadas na dopagem 7 4.1.1. S1. Agentes Anabólicos 8 4.1.1. Esteróides anabólicos androgênicos 8 4.1.2. Outros agentes anabólicos 9 4.2. S2. Hormônios e outras substâncias relacionadas 9 4.3. S3. Agonistas Beta-2 10 4.4. S4. Agentes com Atividade Antiestrogênica 11 4.4.1. Inibidores da Aromatase 11 4.4. 2. Moduladores Seletivos de Receptores Estrogênicos 11 4.4.3. Outras substâncias com Atividade antiestrogênica 12 4.5. S5. Diuréticos e Outros Agentes Mascarantes 12 4.5.1. Diuréticos 12 4.5.2 Agentes Mascarantes 13 4.6. S6. Estimulantes 14 4.6.1. Simpatomiméticos 14 4.6.2. Cocaína 15 4.7. S7. Narcóticos 16 4.8. S8. Canabinóides 17 4.9. S9. Glicocorticóides 17 5. Substâncias Proibidas em determinados esportes 18 5.1. Etanol 18 5.2. . Bloqueadores beta-adrenérgicos 18 6. Substâncias Específicas 19 7. Métodos Proibidos 20 7.1. M1. Aumento da Transferência de Oxigênio 20 7.2. M2. Manipilação química e Física 20 7.3. M3. Doping Genético 20 8. Alguns Casos Famosos de Atletas que Usaram a Prática do Doping 21 9. Conclusão 23 10. Referências Bibliográficas 24 INTRODUÇÃO O doping (ou dopagem) não é mais que um termo inglês que designa o uso de drogas ou substâncias que aumentam as capacidades físicas de atletas desportivos. O doping pode também ser considerado como a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente à saúde do atleta ou de seus adversários,ou contrario ao espírito do jogo. Quando duas destas três condições estão presentes, pode-se caracterizar um caso de doping, de acordo com o Código da Agência Mundial Antidoping (AMA). Também é considerado doping o uso de substâncias que disfarçam outras substâncias dopantes, como é o caso dos diuréticos. A prática de doping já é bastante antiga, tendo pelo menos mais de um século. Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona recorrendo a doses enormes de conhaque e estricnina, para conseguir agüentar o desgaste físico da corrida. Como resultado, desmaiou assim que ganhou a maratona, tendo sido necessário várias horas para que ele fosse reanimado e recuperasse os sentidos. Pensa-se que esta prática começou-se a desenvolver intensamente a partir do momento em que começaram a haver grandes eventos desportivos, onde vários países competiam entre si. Por volta de 1936 pensa-se que os atletas da Alemanha Nazi já usavam os primeiros esteróides à base de testosterona. Em 1954 houve rumores que durante o campeonato do Mundo de levantamento de pesos os desportistas soviéticos usavam injeções de testosterona (o que é certo é que nesse ano vários recordes mundiais foram batidos pelos soviéticos). Mais tarde, em 1962, o doutor Jonh Ziegler, antigo médico da União Soviética, foi trabalhar para a equipe dos EUA. Nesse ano a equipe dos EUA dominou no levantamento de pesos (pensa-se que ele deu aos atletas americanos dianabol, um esteróide anabolizante). Mas só foi por volta de 1960 é que se iniciou a era moderna do doping, quando o ciclista dinamarquês Knut Jensen morreu durante o Giro de Itália, uma das mais importantes provas de ciclismo do mundo. Depois deste acontecimento o Comitê Olímpico Internacional decidiu adaptar medidas antidopings em todas as provas oficiais e principalmente nos Jogos Olímpicos. Desde então tanto as técnicas como os meios de procura de doping têm evoluído, ainda que as técnicas dopantes estejam a evoluir mais rapidamente que os testes antidopings. Infelizmente até testes surpresa não são assim tão surpreendentes uma vez que os atletas conhecem bem os procedimentos antidoping. A prática de doping pode assumir muitas formas e existem inúmeras maneiras de aumentar as várias capacidades físicas humanas, dependendo do desporto em causa. Para quem não sabe, hoje em dia já existem práticas de dopagem para desportos como o xadrez e outro desportos mentalmente muito exigentes. TIPOS DE CONTROLE ANTIDOPING EXISTENTES O controle de doping pode ser realizado em sangue ou urina. Existem basicamente dois tipos de controle antidoping. CONTROLE EM OMPETIÇÃO O controle em competição é realizado imediatamente após o término de uma competição esportiva. CONTROLE FORA DE COMPETIÇÃO O controle fora de competição pode ser efetuado a qualquer momento, durante um treinamento, na residência do atleta, e ate mesmo algum tempo antes ou depois de uma competição e esportiva. As substâncias controladas nos dois tipos de testes não são as mesmas. Enquanto o exame em competição inclui todo o universo de classes de substâncias e de métodos proibidos, o exame fora de competição é mais especifico, incluindo apenas os agentes anabolizantes, os hormônios peptídicos, alguns beta-2 agonistas, os agentes com atividade antiestrogênica e os diuréticos e mascarantes, além de todos os métodos proibidos. Estimulantes, narcóticos analgésicos e drogas sociais não são analisadas neste tipo de controle. Existe um terceiro tipo de teste, realizado momentos antes de uma competição, que é característico do ciclismo e de alguns esportes de inverno, como o esqui de fundo e a patinação de velocidade. Este controle é designado como controle de saúde, sendo realizado apenas em sangue. O resultado pode eventualmente excluir o atleta de uma prova sem que, no entanto, seja considerado como um controle positivo de doping. O Código Mundial Antidoping, publicado pela AMA, descreve os diferentes tipos de controles e lista as substâncias e métodos proibidos ou restritos. Aprovado em 2003 pelo Movimento Olímpico e pelos governos dos cinco continentes, o código foi revisado em 2007, na cidade de Madrid, sendo atualizado anualmente desde então. AUTORIZAÇÃO PARA USO TERAPÊUTICO DE SUBSTÂNCIAS RESTRITAS E PROIBIDAS Eventualmente, um atleta poderá vir a necessitar de uma medicação que possua na sua formulação uma substância proibida, por razões de saúde e por indicação médica. Atletas asmáticos, por exemplo, necessitam eventualmente usar beta-2 agonistas ou corticosteróides, enquanto atletas hipertensos não podem muitas vezes prescindir de um diurético, bem como atletas diabéticos insulino-dependentes, da insulina. Nestes e em outros casos, torna-se necessário contatar a respectiva confederação ( ou federação internacional, no caso de atletas no exterior) para solicitar uma permissão especial, que poderá ser concedida após a analise do diagnostico e da indicação apropriada de um determinado medicamento. Para este tipo de solicitação é utilizado formulários especiais de Isenção de Uso Terapêutico (IUT). É importante que este processo seja realizado junto a autoridade médica responsável antes da participação do atleta em uma competição, para que seja evitado um eventual controle positivo. A declaração de uso de medicamentos, feita rotineiramente durante um controle de doping, não atende aos requisitos de um processo de autorização para uso de substâncias proibidas ou restritas. A Agência Brasileira Antidoping, estruturada pelo Comitê Olímpico Brasileiro, dispõe de um Comitê de Isenção de Uso Terapêutico ( CIUT) que poderá orientar nossos atletas internacionais e aprova isenções terapêuticas de atletas nacionais quando solicitado. DROGAS : SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PRIBIDOS PERMANENTEMENTE ( em competição e fora de competição) S1. AGENTES ANABÓLICOS 1.Esteróides anabólicos androgênicos 2. Outros agentes anabólicos Os esteróides anabolizantes são as drogas mais utilizadas no desporto de alta competição, especialmente nos desportos que necessitam grande força física e consequentemente, grande força muscular. Os esteróides anabolizantes desenvolvem a massa muscular. Os esteróides existem naturalmente no nosso organismo, principalmente em indivíduos masculinos. Um dos exemplos mais comuns é a testosterona, a principal hormona esteróide masculina e que existe em ambos os sexos mas que apresenta concentrações 20 vezes mais elevadas nos homens do que nas mulheres. As hormonas esteróides possuem basicamente 2 funções no organismo: a função androgénica e a função anabolizante. A função androgénica dos esteróides é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos, nomeadamente o crescimento da barba, pêlos púbicos, engrossamento da voz, desenvolvimento do pênis e testículos, enfim, responsável pelas características denominadas masculinas. Depois, temos a outra função dos esteróides, a função anabólica: esta é responsável pelo desenvolvimento da massa muscular e massa óssea. Este é o efeito mais procurado pelos atletas, o efeito anabolizante, e é por isso que se tentam criar esteróides que maximizam o efeito anabólico mas que reduzem o efeito androgênico, pois desta maneira as células dos músculos serão as principais receptores dos esteróides, não sendo estes "desperdiçados" com outros órgãos que tenham receptores para o efeito androgênico do esteróide (maximizando assim o seu efeito de aumento muscular). Hoje em dia não existem esteróides unicamente anabolizantes, havendo no entanto diversos produtos que conseguiram diminuir bastante o efeito androgênico. Os esteróides anabolizantes são altamente proibidos na maior parte dos desporto pois dão uma vantagem, muitas vezes decisiva, aos atletas que utilizam este tipo de doping, contrariando a igualdade desportivo e a própria máxima do Barão de Courbertin (principal responsável pelos jogos olímpicos da era moderna), que dizia que o importante no desporto é a competição e não a procura desenfreada por resultados. Este tipo de drogas pode ser tomado oralmente ou através de injeções, sendo geralmente injetados em vez de consumidos oralmente uma vez que quando tomados oralmente, os esteróides passam pelo fígado, no qual sofre um processo de alcalinalização, processo esse extremamente prejudicial ao fígado. Os esteróides anabolizantes apresentam muitos problemas a nível físico e o seu consumo prolongado pode provocar danos muito sérios no organismo, pois cada homem está geneticamente "programado" para um certo nível de hormonas androgênicas, como a testosterona, e ultrapassado esse limite, o organismo não terá capacidade suficiente para responder, existindo diversos tipos de efeitos como: calvície, acne, aumento da agressividade, ginecomastia (desenvolvimento anormal dos seios), hipertensão arterial, hipertrofia da próstata e de outros órgãos (como o coração), paragem de crescimento (quando utilizados durante a puberdade), impotência sexual, esterilidade, insônias, desregulasses ao nível do colesterol (os esteróides são feitos à base de colesterol) com a diminuição dos níveis de bom colesterol e aumento dos níveis de mau colesterol, complicações cardíacas, atrofia testicular, redução na produção de espermatozóides, fragilidade nas articulações, mau hálito, problemas hepáticos e tremores. Caso sejam consumidos por mulheres estas podem começar a desenvolver caracteres secundários masculinos e também podem sofrer de hipertrofia do clitóris. Está provado que o uso prolongado de esteróides conduz a graves problemas cardíacos e hepáticos nos anos seguintes, aumentando grandemente o risco de ataque cardíaco quando o atleta atinge o patamar dos 40, 50 e 60 anos.     De entre os principais esteróides anabolizantes temos: Nome Genérico Nome Comercial Formu-lação Aromati-zação Anabólico Andro-gênico Hepato-toxidade Androisoxazol Neopondren Neoponden Comprimi-dos 5 mg Mínima Bastante Pouco Sim Androstano-lona Androlone Neodrol Anabolex Anaprotin Protona Oral (10-25mg) Injetável (100mg/ml) Não Bastante Pouco Pouca Boldenona Equipoise Parenabol Injetável (50 mg/ml) Pouca Bastante Médio Pouca Etilestrenol Durabolino Maxibolin Orabolin   Oral (2 mg)   Pouca Pouco Pouco Bastante Fluoximes-terona Halotestin Oral (5 mg ) Bastante Bastante Bastante Bastante Mesterolona Androviron Proviron Oral (25 mg/ml) Não Bastante Médio Pouca Metandie-nona Danabol Dianabol Oral (5 mg ) Pouca Bastante Pouco Bastante Metenolona Primobolan Primonabol Oral (5 mg) Injetável Não Bastante Pouco Pouca Nandrolona Deca-durabolin Injetável Pouco Bastante Pouco Pouca Oxandrolona Anavar Lipidex Oral (2,5 mg ) Pouco Bastante Pouco Bastante Oximetolona Hemogenin Oral (5 e 50 mg) Pouco Bastante Pouco Bastante Stanozolol Winstrol Stromba-jet Oral (2 e 5 mg ) injetável (25 mg/ml ) Pouca Bastante Pouco Bastante Testosterona Cristalina Durateston Oral e Sublingual Média Bastante Bastante Não Trembolona Parabolan Injetável Pouco Bastante Pouco Pouca É de salientar que aromatização é um processo de conversão dos esteróides anabolizantes em hormonas femininas (estrogênios), sendo por isso frequente os utilizadores de esteróides tomaram inibidores de estrogénio. Devemos também notar que no exame antidoping certa quantidades de hormonas esteróides (como a testosterona), que existem naturalmente no nosso organismo, são permitidas. S2. HORMÔNIOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS RELACIONADAS Os hormônios peptídicos possuem diversas funções. Uma das suas principais funções é a fixação peptídica, isto é, estes hormônios ajudam os músculos nas suas reações anabólicas, ajudando a fixar os aminoácidos necessários para a construção destes. Existem vários tipos de hormônios peptídicos, e com diversas funções, de entre as quais se destacam: - A eritropoietina, também denominada de EPO. Este hormônio, que existe no nosso organismo, estimula a produção de glóbulos vermelhos, aumentando assim a resistência do atleta (pois os músculos são fornecidos com uma maior quantidade de oxigênio). A eritropoietina está assim associada a um tipo de doping especifico. - A hCG, um hormônio produzido pelo feto durante a gravidez, é também usada pelos homens para aumentar a produção de esteróides no organismo. Existem também mulheres que engravidam, pois a hCG faz aumentar as concentrações de hormônios femininos e com tais concentrações ditas "naturais" muitas outras drogas dopantes que podem existir em certas concentrações são disfarçadas.  - HC, hormônio do crescimento, hormônio esse que tal como o nome indica é produzida em grande quantidade durante a puberdade e permite o crescimento dos indivíduos, é também usada na construção e recuperação de tecidos musculares. - LH, hormônio que existe naturalmente no nosso organismo, é usada para estimular a produção de testosterona nos testículos. O uso destas drogas pode provocar deformações ósseas, distúrbios hormonais, miopia, hipertensão, coágulos sanguíneos, diabetes, doenças articulares. A utilização de hormônios não peptídicos está também proibida quando apresentam estrutura e função semelhante às estas. S3. BETA-2 AGONISTAS . Os beta-agonistas são drogas que se destinam a aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Uma droga beta-agonista muito conhecida é a adrenalina, que existe naturalmente no nosso organismo e que é libertada quando estamos sujeitos a situações de grande tensão (é por isso que, quando ameaçados ou em perigo, o homem consegue faz certas proezas ou utilizar certa força que normalmente não conseguiria usar). Este grupo de drogas é conhecido pela sua capacidade de controlar a distribuição de fibras musculares e de aumentar o ritmo cardíaco, aumentando o fluxo de sangue para músculos e cérebro. Como efeitos secundários prejudiciais temos o aparecimento de insónias, agressividade, tremores e náuseas, falta de concentração, distúrbios psíquicos, aumento da pressão arterial, problemas cardiovasculares... Como substâncias proibidas nas competições internacionais temos ainda o álcool, todo o tipo de narcóticos estupefacientes e ainda drogas anti-estrogénicas, drogas que se destinam a inibir a produção destas hormonas. Este tipo de drogas é proibido pois está geralmente associado ao consumo de esteróides anabolizantes (são utilizadas devido ao efeito aromatizante dos esteróides). Por fim, e a apesar de não serem propriamente drogas dopantes, existem também técnicas e métodos proibidos no desporto. São eles: - aumento do transporte de oxigénio: esta técnica consiste no uso de substâncias (como o EPO) para aumentarem o número de glóbulos vermelhos ou a transfusão de sangue previamente retirado e enriquecido com glóbulos vermelhos. Este método é perigoso pois maior número de glóbulos vermelhos significa sangue mais viscoso, e como tal há um maior risco de ataque cardíaco. - manipulação química e física: conjunto de técnicas que visa alterar a validade e a integridade das amostras de urina e sangue usadas nos controlos antidoping. Entre elas destacamos a alteração das amostras de urina, a inibição da excreção renal, cateterização e o uso de substâncias mascarantes. - doping genético: a dopagem genética é definida como o uso não terapêutico de genes, elementos genéticos ou células que tenham a capacidade de aumentar o rendimento desportivo. Este tipo de doping está ainda em desenvolvimento e ainda não é muito viável, mas poderá ser uma realidade num futuro bem próximo. Esse tipo de doping é usado com recurso a vírus ou bactérias que alteram certos genes em certos músculo do organismo, tornando-o mais adaptado à actividade que pratica. S4. AGENTES COM ATIVIDADE ANTIESTROGÊNICA Inibidores da aromatase Moduladores seletivos de receptorees estrogênicos (MSRE) Outras substâncias antiestrogênicas S5. DIURÉTICOS E OUTROS AGENTES MASCARANTES Os diuréticos, ou substâncias mascarantes, são outro grande grupo de substâncias proibidas. Este tipo de substâncias tem como função aumentar a quantidade de urina produzida, o que leva a alterações no controlo desta visto a maior parte das substâncias ser ilegal quando detectada em concentrações elevadas. Ao aumentar a quantidade de urina, as concentrações de substâncias dopantes vão diminuir, não podendo por isso serem consideradas dopantes abaixo de certos níveis. Além desta função, os diuréticos são também usados para perda de peso, nomeadamente em desportos divididos por categorias de peso ou até mesmo de forma a que certas substâncias (nomeadamente dopantes) sejam expulsas rapidamente do organismo. Os principais diuréticos usados são o triantereno e a furosemida. Como efeitos secundários prejudiciais, os diuréticos podem causar desidratação, caibras, doenças renais, perda de sais minerais, alterações no volume do sangue e no ritmo cardíaco. Se os problemas cardíacos e renais tornarem-se muito graves, podem mesmo levar à morte do atleta. S6. ESTIMULANTES Estimulantes são substâncias que estimulam e aceleram a actividade cerebral, o que faz com que a resposta nervosa seja mais rápida, aumento a actividade dos atletas e diminuindo o seu cansaço. O uso de estimulantes é muito frequente entre os atletas (é o mais frequente a seguir ao consumo de esteróides) que tomam drogas como anfetaminas, estricnina, cafeína ou até mesmo cocaína, para reduzirem o cansaço e aumentarem a sua resposta cerebral. Os estimulantes podem ser tomados por via oral, em pó, através da inspiração nasal, injecções e podem mesmo ser fumados... Este tipo de drogas é proibido numa grande panóplia de desportos e actualmente pensa-se que já existe consumo de estimulantes nervosos em desportos como o xadrez, que requer um grande actividade cerebral durante torneios de vários dias. Estas drogas são proibidas pois dão uma vantagem injusta aqueles que as usam (pois o seu sistema nervoso está muito mais activo) e além disso podem também ter outras consequências para a saúde, pois estes aumentam a pressão arterial, podem fazer com que o atleta emagreça, o uso contínuo pode destruir células nervosas (a hiperactividade contínua provoca a sua destruição), pode provocar insónias, euforia, alterações de comportamento, tremores, respiração acelerada, confusão cerebral, e ainda há a possibilidade de ataques cardíacos e overdoses quando tomados em excesso. É de salientar que Portugal foi o primeiro país a implementar medidas antidoping nas competições de xadrez. S7. NARCÓTICOS S8. CANABINÓIDES S9. GLICOCORTICÓIDES MÉTODOS PROIBIDOS M1. AUMENTO DA TRANSFERÊNCIA DE OXIGÊNIO Os seguintes são proibidos: Doping sanguíneo, incluindo o uso de sangue autólogo, homólogo ou heterólogo, ou de produtos de glóbulos vermelhos de qualquer origem. Aumento artificial da captação, transporte ou aporte de oxigênio, incluindo mas não limitado aos perfluoroquímicos, efaproxiral (RSR13) e produtos à base de hemoglobina modificada (e.g.substitutos de sangue com base em hemoglobina, produtos de hemoglobina microencapsulados), excluindo oxigenação suplementar. M2. MANIPULAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA Manipular ou tentar manipular, visando a alterar a integridade e validade das amostras coletadas no controle de dopagem é proibido. Isto inclui, mas não se limita, à cateterização e substituição e/ou alteração da urina (e.g.proteases). Infusões intravenosas são proibidas exceto aquelas administradas durante ocasiões de visitas hospitalares ou investigações clínicas. M3. DOPING GENÉTICO Os seguintes, com o potencial de melhorar o desempenho atlético, são proibidos: A transferência de células ou elementos genéticos (e.g.DNA, RNA); O uso de agentes biológicos ou farmacológicos que modifiquem a expressão gênica.