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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
CURSO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
CLEBER PEREIRA FENILI, LUIZ FERNANDO PINTO
TIPOS DE SOLDAGEM
CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2007
CLEBER PEREIRA FENILI, LUIZ FERNANDO PINTO
TIPOS DE SOLDAGEM
Trabalho apresentado à
disciplina de Processos de
Fabricação de Metais I,
solicitado pela professora Dra.
Ângela Beatriz Arnt.
CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2007
SUMÁRIO
"1 "04 "
"INTRODUÇÃO........................................................" "
"..................................................... " "
"2 CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE " "
"SOLDAGEM.........................................................."06 "
".......................................................... " "
"3 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE "07 "
"SOLDAGEM............................................... " "
"3.1 Soldagem por resistência "07 "
"elétrica.........................................................." "
"................... " "
"3.1.1 A "08 "
"ponto............................................................." "
"........................................................ " "
"3.1.2 Por "09 "
"projeção.........................................................." "
".................................................... " "
"3.1.3 Por "09 "
"costura..........................................................." "
"..................................................... " "
"3.1.4 Por "09 "
"centelhamento....................................................." "
"............................................... " "
"3.2 Soldagem por arco "10 "
"elétrico.........................................................." "
"............................. " "
"3.2.1 Por eletrodo "10 "
"revestido........................................................." "
"...................................... " "
"3.2.2 Com proteção por gás e eletrodo não-consumível – Tungsten "11 "
"Inert Gas (TIG)....... " "
"3.2.3 A arco "12 "
"plasma............................................................" "
"............................................... " "
"3.2.4 Com proteção por gás e eletrodo consumível – Metal Inert Gas" "
"(MIG) e Metal Active Gas "13 "
"(MAG)............................................................." "
"............................................... " "
"3.2.5 Arco "14 "
"submerso.........................................................." "
"................................................ " "
"3.3 Soldagem "16 "
"termoquímica......................................................" "
"...................................... " "
"3.3.1 Por hidrogênio "16 "
"atômico..........................................................." "
".................................. " "
"3.3.2 "17 "
"Aluminotermia....................................................." "
"..................................................... " "
"3.3.3 Poroxi-gás ou "17 "
"oxi-acetilênica..................................................." "
"................................ " "
"3.4 Soldagem por energia "19 "
"radiante.........................................................." "
"...................... " "
"3.4.1 "19 "
"Laser............................................................." "
"............................................................ " "
"3.4.2 Por feixe de "20 "
"elétrons.........................................................." "
"....................................... " "
"3.5 Soldagem em fase "21 "
"sólida............................................................" "
"............................... " "
"3.5.1 Por "21 "
"forjamento........................................................" "
".................................................. " "
"3.5.2 Por pressão a "21 "
"frio.............................................................." "
"........................................ " "
"3.5.3 Por "22 "
"difusão..........................................................." "
"..................................................... " "
"3.5.4 Por "22 "
"Ultra-som........................................................." "
"................................................... " "
"3.5.5 Por "23 "
"fricção..........................................................." "
"...................................................... " "
"4 CONSIDERAÇÕES "24 "
"FINAIS............................................................" "
"........................... " "
" "25 "
"REFERÊNCIAS......................................................." "
"..................................................... " "
1 INTRODUÇÃO
Soldagem é o processo de união entre duas partes metálicas, usando
uma fonte de calor com ou sem aplicação de calor. A solda é o resultado
desse processo. (BRANDI, pág.1, 1992). Existem três grandes grupos de
processos dedicados à união dos materiais que são Soldagem, Brasagem e
Solda Branda.
Na soldagem, a união dos materiais é realizada através da fusão dos
materiais em íntimo contato, pela fusão de ambos e adição de outro material
fundido ou, ainda, simplesmente, por contato destes materiais nas fases
sólida ou semi-sólida. Em geral, a soldagem provoca maior distorção no
material base e normalmente não é utilizada sobre cerâmicos. A grande área
de atuação da soldagem inclui os metais e suas ligas, devendo-se este fato
à sua grande versatilidade e economia, além das excelentes propriedades
mecânicas que as uniões assim obtidas apresentam.
Apesar de possuir aparência moderna, a união de materiais já era
praticada há cerca de quatro mil e oitocentos anos, nos vales dos rios Nilo
e Tigre-Eufrates. A soldagem, tal como hoje é concebida, somente se
desenvolveu no final do século XIX e realmente ganhou impulso nos últimos
60 anos. Durante o período da II Guerra Mundial (1939 a 1945), as técnicas
de soldagem sofreram uma evolução muito grande, devido à fabricação de
navios e aviões soldados. Hoje os processos de soldagem são utilizados para
fabricar produtos e estruturas metálicas, aviões, veículos espaciais,
navios, locomotivas, veículos ferroviários e rodoviários, pontes, prédios,
oleodutos, gasodutos, plataformas marítimas, etc.
A própria definição do que é uma solda tem sofrido alterações no
tempo. Em meados da década de 50, a American Welding Society (AWS) definia
solda da seguinte forma:
"Solda: uma coalescência localizada de metal, onde a
coalescência é produzida pelo aquecimento a temperaturas
convenientes, com ou sem aplicação de pressão e com ou
sem o uso do metal de adição. O metal de adição, ou
possui ponto de fusão aproximadamente igual aos metais
base, ou possui ponto de fusão abaixo daquele dos metais,
mas acima de 800 °F". (AWS, 1958)
Cerca de trinta anos mais tarde, a AWS publicou, na 8ª edição do
Welding Handbook, repensou a definição do processo: "Solda: uma
coalescência localizada de metais ou não-metais, produzida ou pelo
aquecimento dos materiais até a temperatura de soldagem, com ou sem
aplicação de pressão, ou pela aplicação de pressão somente, com ou sem o
uso de metal de adição". (AWS, 1987)
A elaboração deste trabalho tem como objetivo complementar a formação
dos alunos, para que estes conheçam as principais técnicas de soldagem, em
função da importância que o processo tem no ramo metalúrgico.
2 CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM
Os processos de soldagem, assim como outros processos de união de
materiais, devem preencher, no mínimo, os seguintes requisitos:
Fornecer energia para realizar
a união (por fusão, pressão,
difusão, etc.);
Possuir mecanismos para
remover contaminação das
superfícies a serem unidas;
Prevenir a contaminação
atmosférica ou seus efeitos;
Permitir que os mecanismos e
fenômenos envolvidos sejam
controlados.
Há necessidade, portanto, que o controle da atmosfera seja
correlacionado com o processo, sendo que os processos de soldagem podem ser
definidos parcialmente pela origem da energia utilizada ou inter-
relacionados com técnicas conexas.
As fontes de energia empregadas nos processos de soldagem são:
mecânica, química, elétrica e radiante.
Fonte Mecânica: o calor é
gerado por atrito, por ondas
de choque ou por deformação
plástica do material.
Fonte Química: o calor é
gerado por reações químicas
exotérmicas. Exemplo: a queima
de um combustível (chama) ou a
reação de oxidação do
alumínio.
Fonte Elétrica: o calor é
gerado pela passagem de
corrente elétrica ou com a
formação de um arco elétrico.
Fonte Radiante: o calor é
gerado por radiação
eletromagnética (laser) ou por
um feixe de elétrons
acelerados através de um
potencial.
A soldagem pode ser feita sob vácuo, com gás inerte, gás ativo, fluxo
(escória) e sem proteção.
Os métodos que serão descritos a seguir foram escolhidos por serem os
mais utilizados ou demonstrarem maior potencial de emprego.
3 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM
3.1 Soldagem por resistência elétrica
Soldagem por resistência elétrica é um método de soldagem por fusão e
utiliza o calor produzido pela passagem da corrente elétrica num condutor,
cuja fórmula é:
I2 x R x t
Onde: I é a intensidade da corrente;
R a resistência do condutor e
t o tempo de aplicação da corrente.
Os métodos de soldagem por resistência - denominados projeção, costura
e pontos - possuem origem e conceituação bastante similares. O principio
básico desses processos, reside na passagem de corrente elétrica entre dois
eletrodos não consumíveis que comprimem peças distintas. Assim, devido à
maior resistência apresentada pelas interfaces em contato, ocorre fusão
nesse local, formando a solda.
Uma seqüência simples desses processos é a seguinte:
Os eletrodos pressionam as
chapas;
Circula corrente elétrica
durante tempo suficiente para
que ocorra a fusão, formando o
"ponto";
A corrente é interrompida, mas
os eletrodos continuam a
pressionar as chapas até que o
metal de solda solidifique;
Os eletrodos são, então,
retraídos.
Existem seqüências bem mais complexas, incluindo forjamento, além de
pré e pós aquecimentos das chapas.
A soldagem por resistência elétrica é utilizada em diversas atividades
industriais, envolvidas na montagem de componentes com chapas relativamente
finas. A indústria automobilística se destaca já que um automóvel pode
possuir centenas de pontos, incluindo o tanque de combustível, que é
geralmente soldado por costura.
Os materiais normalmente soldados por resistência elétrica são aços
carbono, inclusive os zincados, de baixa liga e inoxidáveis; além de cobre;
níquel; alumínio; magnésio; titânio e suas ligas.
3.1.1 A ponto
No processo de solda a ponto, a solda é realizada entre peças,
geralmente sobrepostas, através da fusão local provocada pela passagem de
corrente elétrica entre dois eletrodos (fabricados com ligas de cobre), que
pressionam as superfícies das peças.
O processo, em geral, tem ampla aplicação na fabricação de artefatos
com chapas relativamente finas e, também, na indústria automobilística.
Apresenta diversas vantagens sobre os outros meios mecânicos de união, tais
como: rebites ou parafusos, pois, geralmente a estrutura resulta mais leve
e o trabalho é realizado num menor período de tempo.
Mas o método de soldagem por resistência elétrica a ponto também tem
suas limitações, que devem ser consideradas antes de sua aplicação:
Outros processos de soldagem
(ou brasagem) com junta a topo
podem ser mais econômicos e/ou
acrescentar menos peso à
estrutura, pois é necessária a
sobreposição das peças para
realizar os pontos.
Uniões mecânicas podem ser
mais práticas, caso a
estrutura necessite
desmontagem para inspeção ou
manutenção.
São relativamente baixas as
propriedades mecânicas da
junta, principalmente, a
resistência à fadiga.
O investimento no equipamento
é geralmente mais alto do que
naqueles para soldagem ao arco
elétrico com eletrodo
revestido. (MACHADO, p.255,
1996)
3.1.2 Por projeção
A soldagem por projeção é muito similar à por ponto, principalmente, a
fonte de potência e demais dispositivos de controle, sendo que a
intensidade da corrente utilizada é geralmente menor.
Este método é utilizado numa grande variedade de peças, geralmente,
com geometrias mais complexas do que aquelas que podem ser soldadas por
ponto ou em situações em que uma das peças foi estampada, forjada ou se
deseja conectar elementos, tais com parafusos ou pinos numa outra
superfície.
Uma de suas mais importantes características é a habilidade de
realizar várias soldas simultâneas, cujos locais são determinados
exatamente pelas projeções.
3.1.3 Por costura
Na solda por costura, geralmente através de eletrodos com a forma de
discos que sofrem rotação, são produzidos diversos pontos que se sobrepõem,
resultando numa junta extensa e continua (formando o que parece uma
"costura"). Os pontos podem ser superpostos ou espaçados com o processo
admitindo diversas variantes.
Uma larga aplicação é na fabricação de tubos de parede fina, a partir
de chapas calandradas, denominados "tubos com costura". Corrente de alta
freqüência pode ser utilizada e ela tende a se concentrar na superfície da
peça. Tubos são assim soldados, ocorrendo a circulação da corrente no "V"
formado pelas peças nas bordas do objeto.
3.1.4 Por centelhamento
As peças a serem soldadas são posicionadas de forma que uma permaneça
fixa e a outra possa se deslocar axialmente. Ambas são conectadas a um
potente transformador, com controles da intensidade e do tempo de aplicação
da corrente, bem como do deslocamento da parte móvel e da força com que a
mesma pressionará a fixa. A soldagem é iniciada com as superfícies sendo
postas em contato sob baixa tensão elétrica e pressão. Então, as mesmas são
imediatamente afastadas numa pequena distância, ocorrendo a formação de
pequenos arcos com curto período. Esses arcos criam uma fina camada semi-
fundida sobre a superfície.
Essa operação é intermitente e rápida, sendo que parte do material
que forma esses arcos é expelido violentamente (daí o nome centelhamento ou
em inglês flash). Quando as superfícies se encontram aquecidas
uniformemente, a parte móvel é pressionada sobre a fixa com grande força,
sendo expelido todo o metal semi-fundido e a união é realizada.
3.2 Soldagem por arco elétrico
Pode-se definir o arco elétrico como "a descarga elétrica mantida
através de um gás ionizado, iniciada por uma quantidade de elétrons
emitidos do eletrodo negativo (catodo) aquecido e mantido pela ionização
térmica do gás aquecido". (BRANDI, p.9, 2000)
No arco elétrico para a soldagem, a descarga elétrica tem baixa tensão
e alta intensidade.
3.2.1 Por eletrodo revestido
A soldagem com eletrodo revestido é definida como um processo de
soldagem com arco, no qual a união é produzida pelo calor do arco criado
entre um eletrodo revestido e a peça a soldar.
Nesse processo, o arco elétrico ocorre entre um eletrodo revestido
consumível e a peça, sendo assim estabelecida a poça de fusão.
O eletrodo é formado pelo arame "alma", que é revestido
concentricamente com uma massa composta de diversos minerais e produtos
químicos. Os gases e a escória provenientes da composição deste
revestimento protegem da atmosfera o metal fundido e, além disso, são os
principais responsáveis pelas reações pirometalúrgicas que ocorrem sob uma
temperatura maior que 6000 K.
Sem dúvida alguma foi, devido ao eletrodo revestido, que a soldagem
projetou-se como um dos mais importantes processos de fabricação, como
conseqüência direta da sua extrema flexibilidade. (MACHADO, p.70, 1996)
Esse processo é apropriado para a maioria das ligas metálicas, no
mínimo, com os seguintes consumíveis disponíveis: aço ao carbono, de baixa
liga, resistentes à corrosão e altamente ligados; ferros fundidos;
alumínio; cobre e níquel. Entretanto, o procedimento não é adequado para
ligas com ponto de fusão muito baixo (chumbo, estanho ou zinco), devido à
intensa energia gerada pelo arco elétrico, nem para aquelas extremamente
reativas (zircônio ou titânio) por não oferecer proteção à contaminação
e/ou reação do metal fundido com os gases da atmosfera. (MACHADO, p.70,
1996)
Para satisfazer aos mais diversos requisitos industriais, os eletrodos
são produzidos com revestimentos diferentes, cujos compostos, quando
combinados, conferem as mesmas propriedades que os tornam mais ou menos
úteis para dada aplicação.
3.2.2 Com proteção por gás e eletrodo não-consumível – Tungsten Inert Gas
(TIG)
Este processo de soldagem é provavelmente mais conhecido no Brasil
pela sigla em inglês TIG (Tungsten Inert Gas). Aqui, um eletrodo não
consumível de tungstênio puro (ou composto com outros metais ou óxidos)
gera um arco elétrico com a peça, que juntamente com a poça de fusão assim
formada, é protegido da atmosfera por um gás inerte, geralmente argônio.
(MACHADO, p.172, 1996)
O modo de operação do TIG é geralmente manual, mas também encontra
emprego nos modos semi-automático e automático, sendo utilizado para soldar
juntas pela simples fusão dos materiais base envolvidos ou, também, com a
adição de consumível. Nesse caso, o processo é realizado pelo soldador
através da vareta ou contínua e automaticamente, com arame proveniente de
uma bobina.
Embora o conceito desse processo seja antigo, em 1919, foram
realizadas as primeiras tentativas. O processo só se desenvolveu em torno
de 1940 nos Estados Unidos para realizar soldas de alta qualidade sobre
ligas de alumínio, aço inox e magnésio. O eletrodo utilizado era de carvão
e operava em corrente contínua, sendo que ocorria superaquecimento da tocha
e o gás de proteção era relativamente impuro.
As dificuldades iniciais foram resolvidas e o processo TIG está muito
bem estabelecido, sendo utilizado geralmente para soldar juntas com
espessura de 0,2 a 0,8 mm, sobre materiais como aços inox e refratários;
alumínio e suas ligas; magnésio; cobre; e níquel e suas ligas.
Devido à sua pequena taxa de deposição (0,2 a até 2 kg/h), esse
processo não é geralmente empregado para juntas espessas. Entretanto,
existindo requerimento de alta qualidade, juntas de grande espessura podem
ser soldadas completamente ou somente o passe da raiz realizado por TIG.
(MACHADO, p.172, 1996)
3.2.3 A arco plasma
O processo de soldagem plasma é uma extensão do processo de soldagem
TIG, no qual a coluna do arco elétrico sofre uma constrição, obtida fazendo
o arco passar através de um orifício de diâmetro reduzido e de parede fria
(cobre refrigerado à água).
O principio fundamental de geração do arco por plasma, atualmente
utilizado para soldagem, corte, fusão e recobrimentos de superfícies
metálicas, pode ser atribuído a Gerdien, que em 1923 trabalhou com arcos
refrigerados com água para obter iluminação de grande intensidade. Desde
1955, o arco por plasma vem sendo investigado e as propriedades básicas da
constrição do arco estabelecidas experimentalmente. (RELA, pág. 156, 1992)
Apesar das excelentes características que as soldas produzidas por
plasma apresentam, este processo não é muito divulgado no Brasil. (MACHADO,
p.15, 1996)
3.2.4 Com proteção por gás e eletrodo consumível – Metal Inert Gas (MIG) e
Metal Active Gas (MAG)
A soldagem a arco com eletrodos fusíveis sobre proteção gasosa é
conhecida pelas denominações de:
MIG: quando a proteção gasosa utilizada for constituída de um gás
inerte, ou seja, um gás normalmente monoatômico como Argônio ou Hélio
e que não tem nenhuma atividade física com a poça de fusão;
MAG: quando a proteção gasosa é feita com um gás dito ativo, ou seja,
um gás que interage com a poça de fusão, normalmente CO2 - dióxido de
Carbono;
GMAW (abreviatura do inglês Gás Metal Arc Welding): é a designação que
engloba os dois processos acima citados.
Os dois processos MIG e MAG diferem entre si unicamente pelo gás que
utilizam, uma vez que os componentes utilizados são exatamente os mesmos. A
simples mudança do gás, por sua vez, será responsável por uma série de
alterações no comportamento das soldagens.
Esses gases, segundo sua natureza e composição, têm uma influência
preponderante nas características do arco, no tipo de transferência de
metal do eletrodo à peça, na velocidade de soldagem, nas perdas por
projeções, na penetração e na forma externa da solda.
Além disso, o gás também tem influência nas perdas de elementos
químicos, na temperatura da poça de fusão, na sensibilidade à fissuração e
à porosidade, bem como na facilidade da execução da soldagem em diversas
posições. Os gases nobres (processo MIG) são preferidos por razões
metalúrgicas, enquanto o CO2 puro é preferido por razões econômicas.
Fica claro, portanto, que, na maioria das vezes, impossibilitados
tecnicamente por um lado e economicamente por outro, acabamos por utilizar
a mistura dos dois tipos de gás, como por exemplo, Argônio (inerte) com
Oxigênio (ativo), Argônio com CO2 e outros tipos.
As principais vantagens da soldagem MIG/MAG são:
Processo semi-automático bastante versátil, podendo ser adaptado
facilmente para a soldagem automática;
O eletrodo nu é alimentado continuamente;
A soldagem pode ser executada em todas as posições;
A velocidade de soldagem é elevada;
Taxa de deposição elevada devido à densidade de corrente alta na ponta
do arame;
Não há formação de escoria;
Penetração de raiz mais uniforme que no processo com eletrodo
revestido;
Facilidade de execução da soldagem.
As principais limitações da soldagem MIG/MAG são:
Maior velocidade de resfriamento por não haver escoria, o que aumenta
a ocorrência de trincas, principalmente no caso de aços temperáveis;
A soldagem deve ser protegida de correntes de ar;
Grande emissão de raios ultravioleta;
Equipamento de soldagem mais caro, mais complexo e menos portátil que
o do processo com eletrodo revestido. (BRANDI, p.99, 2000)
3.2.5 Arco submerso
Neste processo de soldagem, um arco elétrico é estabelecido entre o
arame-eletrodo e o material a ser soldado, com a diferença que o arco
permanece totalmente submerso em uma camada de fluxo, não sendo, pois,
visível. Dessa forma, a solda se desenvolve sem faíscas, luminosidades e
respingos, características dos demais processos de soldagem com arco
aberto. (PARANHOS, p.133, 2000)
De acordo com o método de fabricação, os fluxos podem ser aglomerados
ou fundidos. Os fluxos aglomerados, além das funções de proteção e limpeza
do arco e metal depositado, funcionam também como um isolante térmico,
garantindo uma excelente concentração de calor que irá caracterizar a alta
penetração que pode ser obtida com o processo.
Os fluxos aglomerados são constituídos de compostos minerais finamente
moídos, como óxidos de manganês, silício, alumínio, titânio, zircônio ou
cálcio e desoxidantes como ferro-silício, ferro-manganês ou ligas
similares. Juntamente com esses elementos é adicionado um agente
aglomerante, geralmente silicato de sódio ou de potássio.
Os fluxos fundidos são constituídos dos mesmos ingredientes e fundidos
em forno, formando um "vidro metálico" que, após o resfriamento, é reduzido
a partículas granulares, com dimensões requeridas para assegurar as
características apropriadas de soldagem.
Na soldagem por arco submerso, a corrente elétrica flui através do
arco e da poça de fusão, que consiste em metal de solda e fluxo fundidos. O
fluxo fundido é, normalmente, condutivo (embora no estado sólido, a frio
não o seja). Em adição a sua função protetora, a cobertura de fluxo pode
fornecer elementos desoxidantes e, em solda de aços-liga, pode conter
elementos de adição que modificariam a composição química do metal
depositado.
Durante a soldagem, o calor produzido pelo arco elétrico funde uma
parte do fluxo, o material de adição (arame) e o metal de base, formando a
poça de fusão.
A zona de soldagem fica sempre protegida pelo fluxo escorificante, parte
fundido e uma cobertura de fluxo não fundido. O eletrodo permanece a uma
pequena distância acima da poça de fusão e o arco elétrico se desenvolve
nesta posição. Com o deslocamento do eletrodo ao longo da junta, o fluxo
fundido sobrenada e se separa do metal de solda líquido, na forma de
escória. O metal de solda, que tem ponto de fusão mais elevado do que a
escória, se solidifica enquanto a escória permanece fundida por mais algum
tempo. A escória também protege o metal de solda recém-solidificado, pois
este é, ainda devido a sua alta temperatura, muito reativo com o Nitrogênio
e o Oxigênio da atmosfera tendo a facilidade de formar óxidos e nitretos
que alterariam as propriedades das juntas soldadas. Com o resfriamento
posterior, remove-se o fluxo não fundido (que pode ser reaproveitado) e a
escória (relativamente espessa, de aspecto vítreo e compacto e que, em
geral, se destaca com facilidade) através de aspiração mecânica ou métodos
manuais.
O fluxo é distribuído por gravidade. Fica separado do arco elétrico,
ligeiramente à frente deste ou concentricamente ao eletrodo. No arco
submerso, esta separação permitirá que se utilize diferente composição
fluxo-arame, podendo com isto selecionar combinações que atendam
especificamente um dado tipo de junta em especial.
Outra característica do processo de soldagem por arco submerso está em
seu rendimento, pois, praticamente, pode-se dizer que não há perdas de
material por projeções (respingos). Possibilita também o uso de elevadas
correntes de soldagem (até 4000 A) o que, aliada às altas densidades de
corrente (60 a 100 A/mm2), oferecerá ao processo alta taxa de deposição,
muitas vezes, não encontrada em outros processos de soldagem. Estas
características tornam esse processo econômico e rápido em soldagem de
produção.
Em média, gasta-se com este procedimento cerca de 1/3 do tempo
necessário para fazer o mesmo trabalho com eletrodos revestidos. As soldas
realizadas apresentam boa tenacidade e boa resistência ao impacto, além de
excelente uniformidade e acabamento dos cordões de solda.
O processo apresenta alta taxa de deposição, ou seja, grande massa de
metal depositada por unidade de tempo. E é utilizado na maioria das ligas
ferrosas e em algumas não-ferrosas, sendo automático ou, raramente, semi-
automático.
No Brasil, a soldagem ao arco submerso é utilizada amplamente na
indústria de equipamentos metálicos como tubos, navios, perfis, plataformas
marítimas, trocadores de calor e toda série de equipamentos pesados, bem
como na recuperação de peças, como cilindros de laminação e peças rodantes
de tratores. (PARANHOS, p.133, 2000)
A maior limitação deste processo de soldagem é que não permite a
soldagem em posições que não sejam a plana ou a horizontal. Ainda assim, a
soldagem na posição horizontal só é possível com a utilização de retentores
de fluxo de soldagem.
3.3 Soldagem termoquímica
Este é um método de soldagem que utiliza o calor gerado por reações
químicas, produzidas por compostos nos três estados da matéria.
3.3.1 Por hidrogênio atômico
O calor para fundir as peças é gerado pela dissociação do hidrogênio,
quando este gás passa através de um arco elétrico, geralmente formado entre
dois eletrodos não-consumíveis. Essa reação é endotérmica, mas quando o gás
é dissociado encontra a superfície das peças e resfria, os átomos do mesmo
se recombinam e o calor anteriormente absorvido é liberado. A temperatura
da chama assim formada é maior do que a oxi-acetilênica, com quantidade de
calor sendo aproximadamente igual. Devido principalmente aos problemas de
segurança desse gás (perigo de explosão) seu uso é atualmente muito
restrito. (MACHADO, p.12, 1996)
3.3.2 Aluminotermia
Nesse processo, óxidos com baixa energia de formação são misturados
a agentes metálicos redutores (normalmente, o Alumínio) que oxidados
possuem alta energia de formação. O excesso da energia de formação da
reação é utilizado para fundir ligas metálicas adicionadas no mesmo local,
assim o material fundido é vazado entre as partes a soldar.
O cadinho contém alumínio, o óxido do metal desejado e, usualmente,
elementos de liga para melhorar as propriedades mecânicas. Como a reação
não iniciará com temperatura menor do que cerca de 1300 °C (em aços), um
composto especial (que pode ser magnésio) e que sofre fácil ignição é
utilizado para ativá-la. O material é vazado na junta, que se encontra
envolta num molde. Como o banho está superaquecido, parte do metal base
também funde e a solda estará completa em um ou dois minutos.
Esse processo é tipicamente empregado na união de trilhos, cabos de
cobre ou cobre em aço. (MACHADO, p.12, 1996)
3.3.3 Por oxi-gás ou oxi-acetilênica
Todos os metais e ligas comercialmente conhecidas fundem em
temperaturas abaixo dos 4000 ºC e, especialmente, as ligas de aço, que são
a maior utilização do processo oxi-acetilênico, na faixa de 1500 ºC. Assim,
mostrou-se viável a execução de soldagens através das temperaturas e poder
calorífico desenvolvidos pela combustão dos diversos gases.
O processo de soldagem oxi-gás é um dos mais antigos processos de
fusão. Em termos industriais, pode-se apontar os períodos e os responsáveis
pelos desenvolvimentos mais significativos:
1837: Desbassyns de Richamond descobre a chama aéro-hídrica;
1893: Linde obtém Oxigênio da liquefação do ar;
1894: Jottrand executa a primeira soldagem industrial com a chama oxi-
hídrica;
1895: Le Chatelier inventa o maçarico oxi-acetileno;
1903: Fouché e Picard desenvolvem a tocha de soldagem.
O equipamento utilizado na soldagem oxi-acetilênica tem um custo
relativamente baixo. É normalmente portátil e tem a vantagem de poder ser
utilizado como equipamento auxiliar em outros processos de solda,
especialmente, para pré-aquecimento nos processos de eletrodo revestido e
arco-submerso, sendo assim extremamente versátil.
O processo baseia-se na fusão do(s) metal(is) de base e eventualmente
a fusão de um material de adição que é adicionado na junta que está sendo
soldada, com a utilização de uma chama proveniente da queima de uma mistura
de gases. Estes gases passam por um dispositivo cuja função é dosá-los na
proporção exata para a combustão e levá-los até a extremidade onde ocorre a
chama.
A combustão do acetileno ocorre em duas etapas: a combustão primária,
na qual somente o oxigênio do cilindro participa da reação e a combustão
secundária, cuja reação ocorre com a participação do ar atmosférico. Para
volumes iguais de acetileno e oxigênio, as reações são as seguintes:
Combustão primária: C2H2 +O2 ( 2CO + H2
Combustão secundária: 2CO + H2 + 3/2( O2 + 4N2 ) ( 2CO2 + H2O + 6N2
A primeira combustão é parcial, gerando uma atmosfera redutora. A
segunda equação completa a combustão, gerando uma atmosfera oxidante com
menor temperatura, uma vez que o nitrogênio do ar entra na reação apenas
para retirar calor e essa região da chama possui maior seção transversal.
(BRANDI, p.180, 2000)
As chamas possuem duas partes: dardo e penacho. Na primeira, ocorre a
combustão primária e, na segunda, a combustão secundária. As
características da chama dependem da relação entre o combustível
(acetileno, hidrogênio, propano ou GLP) e o comburente (oxigênio). O tipo
da chama pode variar (neutra, redutora, oxidante) de acordo com a relação
de consumo, ou seja, a razão entre os volumes do comburente e do
combustível na zona de combustão primária.
Aplica-se a chama neutra (com penacho longo e com dardo brando,
brilhante e arredondado) em aços; cobre e suas ligas (exceto latão) e
níquel e suas ligas. A chama redutora (com penacho esverdeado, com véu
branco circundando o dardo e chama menos quente) é utilizada em soldagens
de revestimento duro, ferro fundido, alumínio e chumbo. A chama oxidante
(com penacho azulado ou avermelhado; mais curto e turbulento; com dardo
branco, brilhante, pequeno e pontiagudo; cuja chama é mais quente e possui
um ruído característico) é usada em aços galvanizados, latão e bronze.
Os pontos positivos do processo oxi-acetilênico são: o baixo custo;
equipamento portátil; não necessita de energia elétrica e permite o fácil
controle da operação. Os pontos negativos são: exigência de um soldador
hábil; tem baixa taxa de deposição; conduz a um superaquecimento e
apresenta riscos de acidente com os cilindros de gases.
3.4 Soldagem por energia radiante
São processos que possuem como característica principal uma altíssima
densidade de energia, focada sobre o local específico da solda ou corte a
ser realizado.
3.4.1 Laser
A palavra LASER quer dizer Amplificação de Luz por Emissão Estimulada
de Radiação e pode ser utilizada em vários processos entre eles o de
soldagem e corte, por apresentar uma alta densidade de potência, acima de
107 W/mm2.
Um feixe LASER é uma radiação eletromagnética coerente e amplificada,
podendo ocorrer em diversas freqüências. Ondas de uma energia "coerente"
são uniformes no comprimento, muito bem colimadas e estão em fase na mesma
direção (da largura) do feixe, permitindo que a alta densidade de energia
seja alcançada.
Na soldagem, o LASER apresenta vantagens de produzir muito pequenas
Zona Fundida (ZF) e Zona Afetada pelo Calor (ZAC) no metal base. Assim, a
tensão residual é reduzida produzindo pouca distorção. (MACHADO, p.13,
1996)
Pontos positivos da soldagem a laser: solda realizada com baixa
energia; altas propriedades mecânicas da junta; altíssimas velocidades de
soldagem; facilidade de automização; possibilidade de operar em juntas de
difícil acesso e de materiais dissimilares.
Os pontos negativos: são necessários meios precisos e eficientes para
posicionar a junta, pois as tolerâncias são muito estreitas; alto capital
inicial quando comparado com os processos convencionais; devido às altas
taxas de resfriamento, é possível ocorrer porosidade e formação de
microestruturas frágeis na junta.
Praticamente todos os materiais podem ser soldados ou cortados por
LASER, incluindo a maioria dos metais e suas ligas, com ou sem atmosfera
protetora, mesmo aqueles de alta refletividade, desde que exista suficiente
densidade de potência para iniciar a fusão. Existe LASER a gás (CO2) com
potência tão alta quanto 45 Kw, podendo soldar aços, com mais de 50mm de
espessura. Essa tecnologia está avançando tão rapidamente, que se torna
difícil saber qual o equipamento mais novo no mercado. (MACHADO, p.289,
1996)
3.4.2 Por feixe de elétrons
Este processo utiliza energia gerada pelo impacto de elétrons sobre a
superfície da junta para realizar a solda. Essas partículas são aceleradas
por diferença de potencial e focadas numa área muito pequena, resultando em
uma alta densidade de energia. (MACHADO, p.13, 1996)
A junta é fundida em toda a sua espessura, geralmente sem metal de
adição, formando a solda. Com sua atual tecnologia, o metal base pode ser
tão fino quanto uma folha de papel, ou até aproximadamente 150mm em cobre;
250mm em aço e 450mm em ligas leves, com a solda apresentando excelentes
características mecânico-metalúrgicas.
Os pontos positivos são menor energia de soldagem; alta taxa de
produção; possibilidades de soldar peças no estado final de acabamento;
soldagem de difícil acesso, através da deflexão magnética do feixe.
Pontos negativos da soldagem por feixe de elétrons: o choque dos
elétrons contra a superfície da peça produz Raios-X; elétrons secundários e
emissão termoiônica, por esta razão a câmara deve ser blindada contra
radiações; o alto custo do equipamento e acessórios; as limitações
dimensionais impostas pela câmara.
Os materiais geralmente soldados pelo feixe de elétrons são todos os
tipos de aços: alumínio, titânio, cobre, zircônio e suas ligas e outras
combinações. (MACHADO, p.300, 1996)
3.5 Soldagem em fase sólida
3.5.1 Por forjamento
Provavelmente o mais antigo processo nesse grupo. Consiste em aquecer
as partes das peças que se quer soldar (geralmente de maneira rudimentar)
seguindo-se o martelamento das regiões que são postas em contato. Desta
forma, os óxidos superficiais são expelidos e os metais se deformam
plasticamente, ocorrendo uma união metalúrgica.
Também são utilizadas variantes do método, tais como soldar através de
prensas ou matrizes de forjamento. A laminação de chapas formando sanduíche
também é um eficiente procedimento para obter relativamente grandes
superfícies revestidas por outro material. (MACHADO, p.10, 1996)
3.5.2 Por pressão a frio
Realiza-se a solda pressionando as peças que serão unidas na
temperatura ambiente. As superfícies em contato devem ser especialmente
limpas. Os metais geralmente soldados por esse processo são o cobre e o
alumínio, sendo a ductilidade dos mesmos um fator benéfico. A facilidade de
realizar essas soldas decresce com o aumento da dureza e com a queda da
temperatura de fusão dos materiais envolvidos.
Esse método é também empregado na soldagem de arames; tubos e barras
no sentido longitudinal e folhas metálicas. (MACHADO, p.10, 1996)
3.5.3 Por difusão
A união é obtida através da manutenção em contato das peças por um
longo tempo em alta temperatura, o que permite a difusão dos átomos entre
as superfícies. A pressão sobre as peças é pequena e, dessa forma, ocorre
mínima deformação. Em certos casos, coloca-se um terceiro material entre as
peças, para acelerar o processo e produzir soldas com melhores propriedades
mecânico/metalúrgicas. Como são utilizadas temperaturas que podem acelerar
o processo de oxidação (de 1000 °C para aços ao carbono), a operação
normalmente se realiza em forno com atmosfera protetora, inerte ou vácuo.
A difusão ocorre por um mecanismo envolvendo a vacância na rede
cristalina (ou os contornos de grão) sendo que a taxa com que se realiza
depende de temperatura.
Esse processo pode ser aplicado desde a soldagem de pastilha de corte
sobre o porta-ferramenta até peças/componentes na indústria aeroespacial.
(MACHADO, p.11, 1996)
3.5.4 Por Ultra-som
Obtém-se a união de metais similares ou dissimilares, através da
aplicação de vibração ultra-sônica nas peças, mantidas em contato por
moderada pressão. Essa vibração provoca a dispersão dos filmes superficiais
e aumenta localmente a temperatura. O principal emprego deste processo é
nas indústrias de componentes eletroeletrônicos. (MACHADO, p.11, 1996)
3.5.5 Por fricção
Nesse processo, peças sob pressão são friccionadas, de forma a expelir
filmes superficiais e gerar suficiente calor para que as partes em contato
alcancem a fase plástica. Essa fricção é então interrompida, com a pressão
sendo aumentada e a solda, realizada. Geralmente, uma peça é mantida fixa,
enquanto a outra sofre rotação e se desloca axialmente. O processo permite
a soldagem de metais similares ou dissimilares, ocorrendo em poucos
segundos. É encontrado amplo emprego na fabricação de componentes de alta
qualidade, principalmente na indústria automotiva. (MACHADO, p.11, 1996)
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os processos de soldagem são essenciais para a fabricação de peças,
equipamentos e estruturas de engenharia em geral. Como futuros engenheiros
de materiais, cabe a nós conhecermos esses processos para termos a base
mínima necessária para desenvolvermos e/ou aperfeiçoarmos as técnicas já
existentes. Portanto, este trabalho foi de extrema significância para a
formação dos acadêmicos que o elaboraram
REFERÊNCIAS
QUITES, Almir Monteiro . Tecnologia da soldagem a arco voltaico,
Florianópolis, EDEME 1979.
MACHADO, Ivan Guerra. Soldagem e técnicas conexas: processos. Porto Alegre:
editado pelo autor,1996.
WAINER, Emílio; BRANDI, Sérgio Duarte; MELLO, Fábio Décourt Homemet.
Soldagem: processos e metalurgia. São Paulo: Edgard Bulcher LTDA, 2000.
Catalogo: UTP, Brasileira de solda Ltda
http://www.infosolda.com.br . Acessado em 22 de abril de 2007, às 15h50min.