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Trab Final Tosse

terapia manual na fisioterapia respiratoria

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Tosse A tosse consiste em uma expiração forçada explosiva onde atua como mecanismo automático em defesa da árvore traqueobrônquica. A tosse pode ser assistida (espontânea) induzida (reflexa) e dirigida ou controlada, seja a alto volume (iniciada na Capacidade Pulmonar Total), ou seja, a baixo volume iniciada na Capacidade Residual Funcional, única ou em série. Tosse Dirigida É uma manobra intencional ensinada ao paciente e supervisionada pelo terapeuta. Essa técnica pode ser descrita em três fases: a primeira, a fase preparatória, é obtida pela inspiração ampla e longa; a segunda é marcada pelo fechamento da glote e contração da musculatura respiratória (abdominais e intercostais), gerando com isso um aumento da pressão intratorácica e, por fim, a terceira fase ou expulsiva, durante a qual o ar é expulso em alta velocidade acompanhada pela abertura da glote e queda da pressão intratorácica. Em algumas situações, como nos pós operatórios de cirurgia devido ao medo da dor, ou na presença de situações de restrição ventilatória que comprometem tosse eficaz, a tosse dirigida constitui uma estratégia de intervenção onde é fundamental ter presentes três aspetos no ensino da tosse dirigida, e são eles: ensino da postura correta; controle respiratório e por último exercícios de fortalecimento para os músculos expiratórios, para uma tosse dirigida eficaz. A posição de sentada é a posição ideal para executar a técnica, dado que facilita por um lado a expiração e a compressão torácica, realiza-se com a pessoa em decúbito dorsal, com a cabeceira elevada, com uma ligeira flexão dos joelhos e apoio dos pés no colchão. A tosse dirigida é raramente contraindicada, podendo ser usada na maioria dos casos de obstrução brônquica, devendo haver cautela na presença de aneurismas, pressão intra-craniana elevada, redução de perfusão arterial coronariana e lesões agudas da coluna, cabeça ou pescoço. Tosse Assistida Consiste na aplicação de uma pressão externa sobre a caixa torácica ou sobre a região epigástrica, fornecendo assim um auxilio ao ato de tossir. O fisioterapeuta posiciona uma de suas mãos na região póstero-superior do tórax do paciente, o qual deve estar sentado, enquanto que a outra mão apoia a região anterior pede-se uma inspiração profunda e, em conjunto com a expiração do paciente, o terapeuta exerce uma pressão a qual aumenta a força compressiva durante a expiração, gerando aumento da velocidade do ar expirado, simulando com isso, o mecanismo natural da tosse. Com o objetivo de ampliar o movimento torácico da tosse, o paciente pode realizar uma extensão de tronco durante a inspiração e efetuar a flexão do tronco durante o ato da tosse. A tosse assistida é utilizada nas situações em que a pessoa é incapaz de expulsar forçadamente o ar para expulsar as secreções brônquicas, isto é, com diminuição da força dos músculos expiratórios, como pessoas com patologia neuromuscular, no pós-operatório imediato de cirurgias torácicas e abdominais altas e em pessoa acamada. Por ser uma técnica executada com uma pressão manual na região epigástrica, está contra-indicada em gestantes, pacientes com hérnia hiatal ou indivíduos com patologia abdominal aguda.  Tosse Induzida A tosse induzida pode ser estimulada manualmente através da excitação dos receptores da tosse localizados na região da traquéia. A técnica é realizada pela indução manual denominada tic-traqueal, o qual consiste em realizar movimentos circulares ou um movimento lateral da traquéia durante a fase inspiratória. Os principais procedimentos de tosse induzida são o deslocamento da traquéia; estímulo com espátulas na garganta e estímulo com cotonetes ou sondas nasotraqueais na cavidade nasal.  Por tratar-se de um recurso pouco agradável deve restringir-se aos pacientes em estado de coma, de inconsciência, confusão mental, ou ainda aqueles que apresentam reflexo da tosse ausente ou diminuído. http://terapiadomovimento.blogspot.com.br/2009/06/tecnicas-da-fisioterapia-respiratoria.html