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Torno Mecânico

1- Conceito de usinagem;2- Movimentos da ferramenta de corte ;3- Calculo da velocidade;4-Torno;5- Operações de Desbaste (Processo de execução)

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MEC – SETEC – IF Sul-Rio-Grandense Campus Charqueadas PROCESSO DE FABRICAÇÃO MECÂNICA ANDRÉ CAMARGO ÉRICA CECÍLIA LIMA Turma MCT-3AV G1 Torno Mecânico Pesquisa sobre torno 1- Conceito de usinagem- O termo usinagem compreende todo processo mecânico onde a peça é o resultado de um processo de remoção de material. 2- Movimentos da ferramenta de corte 2.1- Movimento de Corte – Movimento entre a ferramenta e a peça que, sem a ocorrência concomitante do movimento de avanço, provoca a remoção do cavaco, durante uma única rotação do curso da ferramenta 2.2- Movimento de Avanço – Movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com o movimento de corte, possibilita uma remoção contínua do cavaco, durante várias rotações ou cursos da ferramenta 2.3- Movimento Efetivo de Corte – Movimento resultante dos movimentos de avanço e de corte, realizados simultaneamente. 2.4- Movimento Passivo 2.4.1- Movimento de Ajuste – Pré-determinação da camada de material a ser retirada (não ocorre em operações de furação e brochamento). 2.4.2- Movimento de Correção – Utilizado para compensar alterações de posicionamento ocasionadas por desgastes e deformações inerentes ao processo de usinagem. 2.4.3- Movimento de Recuo – Movimento de afastamento da ferramenta da peça, após o final da operação. 3- Calculo da velocidade 3.1- Cálculo da velocidade de corte (Vc)- Para processos com movimentação de rotação a Vc é calculada pela equação: Vc = π .d .n /1000 (m / min) Onde: d é o diâmetro da peça ou ferramenta (mm) e n é o número de rotações por minuto (rpm) . 3.2- Cálculo da velocidade de Avanço (Vf)- A velocidade de avanço pode ser obtida pela fórmula: Vf = f .n (mm / min) Onde: f é o percurso de avanço em cada volta (mm/volta) ou em cada curso da ferramenta (mm/golpe). 4-Torno 4.1- Componentes principais- Os principais componentes de um torno são o barramento, cabeçote fixo, cabeçote móvel, caixa Norton, recâmbio e carro principal. Barramento- é um componente de ferro fundido resistente, que sustenta os elementos fixos e móveis do torno. Barramento Cabeçote fixo- Cabeçote fixo é um conjunto constituído de carcaça, engrenagens e eixo-árvore. O elemento principal do cabeçote é o eixo-árvore, também chamado árvore ou eixo principal, onde está montada a placa, responsável pelo movimento de rotação da peça. Cabeçote fixo Cabeçote móvel- é a parte do torno que se desloca sobre o barramento, oposta ao cabeçote fixo; a contraponta e o eixo principal estão situados na mesma altura e determinam o eixo de rotação da superfície torneada. Caixa Norton- Também conhecida por caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos e engrenagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio para a ferramenta. Recâmbio- é a parte responsável pela transmissão do movimento de rotação do cabeçote fixo para a caixa Norton. É montado em uma grade e protegido por uma tampa a fim de evitar acidentes. As engrenagens do recâmbio permitem selecionar o avanço para a ferramenta. Carro principal- é um conjunto formado por avental, mesa, carro transversal, carro superior e porta-ferramentas. 4.2- Acessórios Pontas e Contrapontas As pontas e contrapontas são cones duplos retificados de aço temperado cujas extremidades se adaptam ao centro da peça a ser torneada para apoiá-la. Recebe esse nome porque está montada em uma posição oposta a uma placa arrastadora com ponta. É apresentada em vários tipos: Ponta fixa: suporta a peça por meio dos furos de centro. Ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira suavemente e suporta esforços radiais e axiais, ou longitudinais; Ponta rebaixada: facilita o completo faceamento do topo. Nos catálogos de fabricantes, as pontas e contrapontas recebem o nome genérico de ponta. Placa de arrasto (arrastadora) A placa arrastadora é um acessório que transmite o movimento de rotação do eixo principal às peças que devem ser torneadas entre pontas. Em todas essas placas usa-se o arrastador que é firmemente preso à peça, transmitindo-lhe o movimento de rotação, funcionando como órgão intermediário. Os arrastadores podem ser de vários tipos: Arrastador de haste reta: é o mais empregado na placa com pino e na placa com dispositivo de segurança. Arrastador de haste curva: é empregado com a placa com ranhura. Arrastador com dois parafusos: indicado para suportar esforços em usinagem de passes profundos. Placa Lisa A placa lisa fornece uma superfície plana para apoio de peças de formas irregulares. Ela tem várias ranhuras que permitem a utilização de parafusos para fixar a obra. Placas de Castanhas Independentes É outro tipo de placa muito comum. Pode ter 3 ou 4 castanhas ajustáveis, por meio de uma chave, que aciona um parafuso sem-fim que comanda seu deslocamento. Este tipo de placa permite fixar firmemente obras de qualquer forma e centrar com a precisão desejada qualquer ponto da peça. Placa Universal Neste tipo, as castanhas se movem simultaneamente pela ação da chave introduzida em um dos furos existentes. Estas placas servem para fixar peças poligonais regulares ou de seção circular. O emprego desse tipo de placa é comumente em peças curtas que não precisam de contraponta, economizando-se tempo com a preparação dos centros. Mandril São pequenas placas universais de três castanhas mais comumente conhecidas como mandris ou buchas universais que são utilizadas para fixar brocas, alargadores, machos e peças cilíndricas de pequeno diâmetro. 5- Operações de Desbaste (Processo de execução) 5.1- Tornear superfícies cilíndricas externas: 1. Fixação da peça, deixando livre um comprimento maior do que a parte que será torneada, e centralizando bem o material. 2. Montagem da ferramenta no porta-ferramentas com os mesmos cuidados tomados na operação de facear. 3. Regulagem do torno na rotação adequada, consultando a tabela específica. 4. Marcação, no material, do comprimento a ser torneado. Para isso, a ferramenta deve ser deslocada até o comprimento desejado e a medição deve ser feita com paquímetro. A marcação é feita acionando o torno e fazendo um risco de referência. 5. Ligar o torno e aproximar a ferramenta até marcar o início do corte no material. 6. Deslocar a ferramenta para fora da peça. 7. Zerar o anel graduado e fazer a ferramenta penetrar no material a uma profundidade suficiente para remover a casca do material. 8. Fazer um rebaixo inicial. 9. Deslocar a ferramenta para fora da peça. 10. Desligar a máquina. 11. Verificar o diâmetro obtido no rebaixo. 12. Tornear completando o passe até o comprimento determinado pela marca. Observação: Deve-se usar fluido de corte onde for necessário. 13. Repetir quantas vezes for necessário para atingir o diâmetro desejado. 5.2- Facear: 1. Fixação da peça na placa universal, deixando livre a quantidade suficiente de material para ser torneado. O material deve estar bem centrado. 2. Fixação da ferramenta de modo que a ponta da ferramenta fique na altura do centro do torno. Para isso, usa-se a contraponta como referência. Deve-se também observar que a ferramenta deve ficar em ângulo em relação à face da peça. 3. Aproximação da ferramenta à peça, deslocando o carro principal e fixando-o por meio da porca de aperto. 4. A ferramenta deve tocar na parte mais saliente da face do material. Essa é a referência para zerar o anel graduado. 5. Em seguida, com a máquina ligada, avança-se a ferramenta até o centro do material e após fazê-la penetrar no material aproximadamente 0,2 mm, desloca-se lentamente a ferramenta até a periferia da peça. Isso deve ser repetido aumentando a profundidade de corte até que o faceamento termine. Essa operação de facear é realizada do centro para a periferia da peça. 5.3- Furo de centro 1. Centralização e fixação da peça. 2. Execução de faceamento para obter o perfil na medida desejada. 3. Fixação da broca de centrar com o mandril. Ao colocar o mandril no mangote, devese observar se os cones estão perfeitamente limpos. Limpe se necessário. 4. Deslocamento do cabeçote para aproximar a broca do material. 5. Fixação do cabeçote na posição correta. 6. Ajuste da rpm e acionamento do torno. 7. Execução do furo de centro: para fazer a broca penetrar no material, o volante do cabeçote deve ser acionado com movimentos lentos e uniformes e os seguintes cuidados devem ser tomados: A broca de centro deve estar alinhada com o eixo do material. A correção do desalinhamento é feita por meio dos parafusos de regulagem do cabeçote. Deve-se usar fluido de corte adequado ao material e à operação. Durante a operação, a broca é afastada para permitir a saída dos cavacos e a limpeza, que deve ser feita com um pincel. Bibliografia 1- Disponível em (http://www.miltonzari.com.br/usinagem.php). Acessado em 28.04.2011 2- Disponível em (http://www.ufrgs.br/gpfai/download/usinagem_1.pdf). Acessado em 28.04.2011 3- Aula02- CENTRO FED. DE EDUC. TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE DIVINÓPOLIS CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA- Prof. Éder Silva Costa. Acessado em 28.04.2011 4- Disponível em (http://www.webartigos.com/articles/63206/1/O-tornomecanico/pagina1.html#ixzz1KqpQ0wlQ). Acessado em 28.04.2011 5- Disponível em (http://www.sorocaba.unesp.br/professor/luizrosa/index_arquivos/OMA%20P1% 20Torneamento.pdf). Acessado em 04.04.2011 Charqueadas, 5 de maio de 2011