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Texto Integrador De Organização Dos Processos De Produção

Texto Integrador de Organização dos Processos de Produção

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Universidade Federal Fluminense TEXTO INTEGRADOR DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO PROFESSOR PESQUISADOR ANTONIO FERNANDO NAVARRO, M. Sc. PROFESSOR ORIENTADOR MIGUEL LUIZ FERREIRA RIBEIRO, D. Sc. OBJETIVO Apresentar as considerações necessárias sobre a importância, pertinência e aplicabilidade dos fichamentos elaborados com base nos textos pesquisados, abrangendo a disciplina de Organização da Produção. Para melhor compreensão foram redigidos textos interligando as principais considerações dos artigos fichados, normalmente extraídas das conclusões dos artigos. ARTIGOS FICHADOS • ENSHASSI, A.; MOHAMED, S.; MUSTAFA, Z. A.; MAYER, P.E. Factors affecting labour productivity in building projects in the Gaza Strip. Journal of Civil Engineering and Management, Vol. XIII, nº 4, 245-254, 2007. • FRÖDELL, M. Swedish construction clients’ views on project success and measuring performance. Journal of Engineering Design and Technology, Vol. 6, Nº 1, 21-32, 2008. • HSIEH, T. The economic implications of subcontracting on building prefabrication. Journal of Automation in Construction, Vol. 6, 163-174, 1997. • KARIM, S. Modularity in Organizational Structure: The reconfiguration of Internally Developed and Acquired Business Units. Strategic Management Journal, Vol. 27, 799-823, 2006. • KOSKELA, L.; BALLARD, G. Should project management be based on theories of economics or production? Building Research & Information, Vol. 34:2, 154-163, 2006. • LARSON, E. W.; GOBELI, D. H. Significance of Project Management Structure on Development Success. IEEE Transactions on Engineering Management, Vol. 36, Nº 2, 119-125, 1989. • NAHM, A. Y.; VONDEREMBSE, M. A.; KOUFTEROS, X. A.. The impact of Organizational Structure on Time-Based Manufacturing and Plant Performance. Journal of Operations Management, Vol. 21, 281-306, 2003. • NICOLUCI, M. V.; MANDELLI, I. A. M.; CORREIA, P. C.; SHIMA, W. T. Organização Industrial: Sistemas Industriais de MPME’s como estratégia para a formação de empreendimentos competitivos. RACRE – Revista de Administração, Vol. 7, Nº 11, JAN/DEZ, 28-46, 2007. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 1 | 28 Universidade Federal Fluminense • SILVESTRE, B. S.; DALCOL, P. R. T. The clusters and innovation systems approaches: an hybrid model to analyze technologically dynamics industrial agglomerations. Revista Gestão Industrial, Vol. 2, Nº 4, 99-111, 2006. • WINCH, G. M. Towards a Theory of Construction as Production by Projects. Building Research & Information, Vol. 34:2, 164-174, 2006. COMENTÁRIOS A disciplina de Organização da Produção é uma daquelas que permeiam todo o processo de desenvolvimento de empreendimentos, desde à sua concepção básica até à entrega do produto final, que pode ser uma construção industrial ou residencial, a montagem de algum equipamento, desde um simples skid até um módulo ou jaqueta de plataforma de petróleo, ou a instalação de empreendimentos, isso porque seus conceitos estão muito relacionados e podem causar impactos de custos e de produtividade com as demais disciplinas. Por exemplo, pode ser abrigada nesta disciplina a questão da organização do canteiro de obras, da mesma forma que os processos de compras e de fornecimento de insumos para o projeto. Por sua vez, a questão da organização do canteiro de obras pode abranger não só o layout dos prédios como também o posicionamento dos equipamentos e instalações, espaçamentos entre projetos, movimentação de materiais, áreas para a preservação e montagem de instalações e outras mais. Muito se tem discutido hoje sobre questões referentes a processos ou mecanismos de terceirização de mão-de-obra, de produção ou outros, incluindo clusters, pré-fabricação ou pré-montagem, modularização e outros. Algumas dessas propostas quase sempre visam à agilização dos processos construtivos, e, por conseguinte, ao aumento da produtividade, motivadas, sob certas circunstâncias, até mesmo pela exigüidade do canteiro de obras, ou a condições de acesso dos insumos, ou à falta de uma infra-estrutura viária e de suprimentos no entorno do empreendimento. Neste texto integrador faremos uma compilação dos principais aspectos relativos a essas questões que envolvem a Organização da Produção. Para tal, definimos alguns critérios de apresentação, como a seguir: • • • • Fatores que afetam a produtividade; Fatores críticos do sucesso ou fracasso; Impactos das mudanças; Arranjos produtivos / Modularização; Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 2 | 28 Universidade Federal Fluminense • Utilização de critérios econômicos/produção; • Gerenciamento de projetos. 1) Fatores que podem afetar as questões de produtividade e custos nos projetos de construções Enshassi (1997), quando analisa os fatores que podem impactar as questões relativas a produtividade de projetos de construções, especificamente na região da Faixa de Gaza, elenca uma série de fatores, os quais, guardadas as devidas proposições, são também impactantes em outros países e em uma série de atividades que não as de construção. Nas principais considerações elaboradas para o seu artigo tem-se: Inicialmente o artigo faz uma revisão crítica da bibliografia acerca do tema pesquisado, identificando um conjunto de critérios a serem pesquisados. Posteriormente, através de um sistema de geração de números aleatórios é definida uma amostra com 83 empresas a serem pesquisadas. Na etapa seguinte aplica-se um questionário para a amostra onde as empresas explicitam, com o apoio de uma escala ordinal com cinco posições de julgamento subjetivo, o grau de importância dos atores pesquisados. Com os resultados obtidos é construído um ranking com os fatores que mais afetam (negativamente) a produtividade da equipes de trabalho em projetos de construção. O artigo obtém um ranking geral dos fatores que impactam negativamente o desempenho das equipes que atuam em projetos de construção. Dentre 45 fatores investigados, os que foram considerados mais críticos foram: • • • • • • • Falta de materiais apropriados Falta de experiência da mão de obra Desentendimentos entre mão de obra e supervisão Alteração nos desenhos e nas especificações durante a execução do projeto Atraso no pagamento Atrasos na inspeção Semana de trabalho com sete dias (sem folgas) Pontos fortes apresentados pelo autor: • A robustez dos seguintes aspectos da pesquisa aumenta a confiança nos Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 3 | 28 Universidade Federal Fluminense resultados obtidos: a. O método randômico usado para a definição da amostra. b. A escala (verbal) com cinco posições permite ao avaliador “contar nos dedos”, estando em acordo com as orientações específicas existentes na literatura para a coleta de julgamentos de valor. c. A construção do questionário foi baseada em uma aprofundada revisão da literatura. Pontos fracos observados no texto: • O tratamento dos dados poderia usar técnicas mais apuradas que têm sido desenvolvidas com grande sucesso para o tratamento de problemas que envolvem avaliações subjetivas. Dentre essas técnicas cita-se aqui o Auxílio Multicritério à Decisão (AMD). • A coleta e análise de dados é feita em uma região com características muito particulares o que dificulta a extensão dos resultados a outras regiões. Observações adicionais: • Embora o recorte geográfico seja muito particular, por estar restrito à Faixa de Gaza, esse artigo levanta aspectos que contribuem para elaboração da minuta do questionário a ser plicado no Projeto. Em sua justificativa para a motivação de escrever o artigo diz: Os resultados indicaram que os 10 principais fatores que afetam negativamente a produtividade do trabalho são: 1. Falta de Materiais. 2. Falta de experiência no trabalho. 3. Falta de fiscalização do trabalho. 4. Falta de adequada comunicação entre os empregados e os encarregados. 5. Alteração de desenhos e especificações durante a execução. 6. Pagamento imediato. 7. Deslealdade no Trabalho. 8. Atraso de Inspeção no acompanhamento e liberação dos trabalhos. 9. Trabalho exaustivo de sete dias por semana sem feriado. 10. Falta de Ferramenta / equipamentos adequados para os serviços. Em um paralelo com as obras na indústria de Óleo e Gás, observa-se uma semelhança de aspectos. Especialmente quanto ao primeiro item, o Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 4 | 28 Universidade Federal Fluminense aquecimento da economia e a execução de inúmeras obras quase que simultaneamente faz com que os prazos de entrega de materiais, principalmente os de equipamentos de grande porte e estruturas, seja bastante dilatado. Se o cronograma de execução não previr essas situações com certeza podem ocorrer atrasos na entrega das obras. Também, pelas mesmas razões, tem-se o caso dos equipamentos auxiliares empregados nas construções como: bate-estacas, guindastes e outros, cuja oferta tende a cair nessas situações. Especialmente quanto ao segundo item, o da experiência dos profissionais envolvidos, o principal aspecto é o de que as escolas de formação de profissionais não estão preparadas para as demandas pontuais. Muitos contratos de trabalho, além das naturais exigências de qualificação profissional exigem também o tempo mínimo de experiência. Em se tratando de demandas pontuais, provocadas pelas exigências do mercado consumidor ou pelas oportunidades técnico-comerciais, os profissionais, muitas vezes, não atendem as exigências quanto ao tempo de experiência profissional, “comprovada em carteira de trabalho”. Outra questão que cabe ser ressaltada, e que tem forte impacto nas questões relacionadas à produtividade é a que se refere ao ritmo de produção. Quando os orçamentos estão apertados, os recursos pequenos e sem muitas folgas e as exigências dos clientes são grandes, principalmente para a antecipação da produção, os empregados passam a trabalhar em ritmos cada vez mais intensos. Os naturais dias de descanso são compensados por folgas futuras ou por abonos salariais. Esse ritmo provoca naturalmente o stress físico e emocional dos empregados, propiciando o surgimento de falhas ou problemas na qualidade dos serviços executados. Além disso, foram divididos em 10 grupos, classificados de acordo com o índice de sua importância 45 fatores considerados no estudo, como: 1. Materiais / ferramentas. 2. Supervisão. 3. Liderança. 4. Qualidade. 5. Jornada de trabalho. 6. Manpower. 7. Projeto. 8. Fatores externos. 9. Motivação. 10. Segurança. É recomendado que as empresas Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 contratantes forneçam previamente 5 | 28 Universidade Federal Fluminense cronogramas para cada projeto. Nesses deve estar explícito o tempo necessário para o fornecimento de materiais e da disponibilidade de matérias, que deve ser negociado com os fornecedores locais, à tempo. As empresas contratantes deverão selecionar áreas destinadas ao local de armazenamento adequado dos materiais adquiridos em cada projeto, que devem ser facilmente acessíveis, e construídos edifícios de forma tal que se elimine o desperdício de tempo de trabalho causado pela múltipla manipulação dos materiais. As empresas contratantes devem dar mais atenção à qualidade dos materiais de construção e das ferramentas empregadas em seus projetos, já que o correto emprego dessas reduz tanto o tempo necessário para concluir o trabalho quanto o desperdício de materiais. O uso adequado dos materiais e ferramentas também tem um efeito positivo sobre a qualidade de trabalho que, consequentemente, melhora a produtividade do trabalho. Projeto de gestão tem de ceder e recrutar as pessoas certas para a execução dos trabalhos, e deve também manter uma estreita observação sobre os trabalhadores para certificar-se de que compreendam corretamente a execução de suas atividades e as instruções apresentadas nos locais de trabalho. Além disso, deveria manter relações amigáveis com o trabalho e que eles saibam que são importantes à organização, envolvendo seus empregados nas decisões que afetam o processo de melhorias. É necessária a utilização de técnicas de programação dos projetos (tais como a gestão de projetos, construção assistida por computador) em cada projeto a fim de otimizar os tempos relacionados as atividades e assegurar o contínuo desempenho das tarefas, reduzindo a ociosidade da força de trabalho ao mínimo. É importante, para cada empresa contratante, aprovar a gestão de medidas motivacionais para o pessoal a fim de estimulá-los e manter a moral elevada desses. As empresas contratantes devem realizar estudos de produtividade das atividades e operações, tais como o estudo de fatores que afetam a produtividade do trabalho e a medição da produtividade do trabalho, a fim de descrever as funções desempenhadas por cada indivíduo ou grupo, para cada atividade ou serviço, e estabelecer áreas problemáticas, propondo formas de melhorar a produtividade do trabalho. As empresas contratantes devem ser também incentivadas a manter os dados históricos de estudos da produtividade em projetos concluídos para melhorar a eficácia e precisão dos custos estimativa de projetos futuros. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 6 | 28 Universidade Federal Fluminense É necessário que se realizem cursos de formação e seminários nos temas que irão melhorar a produtividade nos projetos de construção. O esforço de formação deve ser adaptado à melhoria da capacidade de utilização de técnicas de programação projeto tais como o Microsoft Project e Primavera. O esforço para a formação também deve ser adaptado para melhorar os métodos de estudo das formas e melhora da produtividade da construção. Existe uma necessidade de ampliação do número de escolas que ensinam negócios de construção, tais como blocos trabalho, formwork, pintura, reboco, canalizações, etc., para melhora das habilidades e competências dos profissionais atuando em projetos de construção. Mais esforços devem ser feitos pelas empresas para a transferência de tecnologias e benchmarking cedidas por outros países. 2) Fatores críticos de sucesso nos empreendimentos Frödell (2008), quando analisa as questões relativas ao sucesso ou fracasso dos empreendimentos, por causas diversas apresenta as seguintes considerações: Esse artigo apresentado tem por objetivo contribuir ao entendimento dos efeitos do comportamento do cliente sobre os fatores críticos de sucesso e da avaliação de desempenho, no âmbito de projetos. Mais especificamente, quatro questões são investigadas: a) b) c) d) Quais são os fatores críticos de sucesso? Quais os critérios/patamares de sucesso? Como atingir o sucesso? Quais as características dos sistemas para avaliação do desempenho de projetos? A população considerada na pesquisa é referente aos clientes profissionais/organizações clientes no âmbito da construção sueca. A pesquisa baseia-se em entrevistas semi-estruturadas e a amostra foi composta por 23 profissionais com larga experiência de atuação em empresas clientes (22 empresas), no contexto de projetos de construção na Suécia, sendo 12 profissionais eram funcionários de empresas públicas e 11 de empresas privadas. Inicialmente foram distribuídos questionários aos respondentes, nos quais se solicitou a identificação de 5 aspetos que eles considerassem relevantes dentre Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 7 | 28 Universidade Federal Fluminense um conjunto de critérios identificados na revisão bibliográfica. Após 12 entrevistas, refinou-se o questionário para incluir aqueles aspectos citados por pelo menos dois respondentes – reduzindo-se o número de questões para 58. Sendo o novo questionário submetido aos demais respondentes. Os principais fatores críticos de sucesso, sob a ótica do cliente, identificados pela pesquisa foram: a) Participação compromissada/engajamento dos clientes no processo de desenvolvimento do projeto b) Qualificação da força de trabalho e da equipe de projeto. Os aspectos identificados na pesquisa como os mais relevantes em um sistema de medição de desempenho de projetos foram: simplicidade; e, confiança nos resultados. A seguir a apresenta-se a lista dos aspectos identificados na pesquisa e as suas respectivas pontuações: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Simplicidade; 118 pontos Credibilidade: 111 pontos Velocidade de retorno/retroalimentação: 62 pontos Orientação das ações: 57 pontos Eficiência e custo: 31 pontos Número reduzido de questões 22 pontos Abrangência dos dados: 116 pontos Difusão de resultados: 10 pontos Pontos fortes: • Estabelece um importante referencial empírico quanto aos fatores críticos de sucesso e sistemas de avaliação de desempenho de projetos. • Estabelece uma importante polêmica quanto a variação de pontos de vista quantos a fatores críticos de sucesso, como função do tipo de ocupação do projeto, sugerido o tratamento desses pontos de vista de forma diferenciada. Esse aspecto pode eliminar os efeitos compensatórios inerentes aos sistemas de ponderação e que prejudicam a compreensão e análise de dados. • No âmbito dos sistemas de mensuração de desempenho de projetos o trabalho identifica uma homogeneização quanto as características desejadas nesse tipo de sistema. Vale ressaltar que, embora esse aspecto não tenha sido relatado pelos autores, o método de cotejamento de dados é um método de base multidecisor do tipo Método de Borda. Conforme relatado em Costa (2005) esse tipo de abordagem tem como característica central a busca de Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 8 | 28 Universidade Federal Fluminense consenso em sistemas de votação - em contraste com as ”votações ditatoriais”. Observações adicionais: • O mercado da construção investigada é um mercado particular. Consequentemente, as conclusões obtidas desse trabalho têm limitações inerentes as particularidades desse mercado. • Esse artigo levanta questões importantes que contribuíram para a elaboração da minuta do questionário. Todo o vasto número dos fatores de sucesso apresentados na revisão da literatura pode afetar o resultado dos projetos. Entretanto, há uma tendência de se usar e sugerir diferentes aspectos de sucesso dos demais que conduzem aos grandes e confusos modelos. Quando apresentada a lista de 140 fatores aos primeiros respondentes foram assinalados 82 ou menos. Além disso, as avaliações mais elevadas foram dadas somente a alguns fatores, que sugerem que os fatores chaves do sucesso não são mais do que parecem à primeira vista. Ao rever a literatura de projetos de construção são considerados frequentemente como uma entidade, um tipo de projeto. Variáveis que estão apresentadas por exemplo o se o cliente é público ou não (Chan e Tam, 2000) ou interesses ou urgência do projeto, como por exemplo projetos executados após desastres naturais estão no foco de alguns estudos (Belassi e Tukel, 1996). Além disso, a definição de que o sucesso do ator deve ser considerado não está sempre claro, por exemplo em Chan e outros. (2002) onde o alvo é conseguir os objetivos mas do projeto não é especificado que objetivos são esses. Consequentemente, os modelos começam grandes e confusos em vez de focalizar em um em um tipo particular do ator sucesso e de produto a começar modelos gerenciáveis e utilizáveis. As demandas diferem entre organizações públicas e privadas e não é provável que sejam as mesmas depois que um desastre natural como sejam durante um projeto planeou sob circunstâncias normais. Os fatores que parecem ter grande efeito de sucesso nos projetos de construção são, em primeiro lugar, a habilidade do cliente decidir, em segundo, gerência da construção compromissada com a força de trabalho, e, em terceiro lugar, a competência da gerência de construção. Além desses tem-se outros, como: trabalhadores, o envolvimento dos clientes, o compromisso com o projeto e o respeito dos trabalhadores às equipes de trabalho. Todos estes fatores são relacionados à criação de objetivos relevantes e à disseminação destes. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 9 | 28 Universidade Federal Fluminense Junto com esses critérios a conformidade com expectativas de clientes e a habilidade da contratada em trazer soluções para os clientes são fatores altamente considerados por esses. A fim medir como bem sucedido é um projeto os respondentes expressaram um número de características no sistema de medição de acordo com sua importância. A simplicidade foi classificada como a característica a mais importante seguida pela validez dos resultados. Tornou-se também claro que os respondentes não dão nenhuma ou quase nenhuma importância no número de aspectos que estão sendo avaliados contanto que os resultados sejam válidos. Para uns estudos mais adicionais é conseqüentemente relevante investigar os sistemas de medição que existem atualmente no mercado. Os sistemas focalizam somente na lucratividade ou focalizam em uma disposição mais larga de fatores do sucesso? Como as necessidades dos clientes' são definidas e monitoradas? Além disso, seria interessante verificar se os sistemas tem as características que foram discutidas neste trabalho. Seria também interessante olhar mais profundamente os fatores de sucesso e investigar os fatores subjacentes a este. Os projetos de construção bem sucedidos acontecem ainda, como os projetos mal sucedidos. É conseqüentemente um desafio adicional contribuir para o desenvolvimento de ferramentas da avaliação de desempenho e os métodos de avaliação a fim suportar o desenvolvimento da alta qualidade na construção. 3) Impacto das mudanças oriundas na adoção de técnicas de préfabricação no âmbito da construção Hsieh (1997), quando aborda esta questão comenta: Inicialmente o artigo revisa as práticas de sub-contratação adotadas na indústria de construção e, então, desenvolve um modelo para as relações contrantante-sub-contratada. O modelo construído é usado para explorar as implicações econômicas no contexto da prática da sub-contratação. Posteriormente, discutem-se os impactos desse tipo de prática na estrutura de distribuição/compartilhamento de custos e de riscos em construções préfabricadas. A principal conclusão do artigo é de que o emprego de sistemas verticalizados de produção ou a incorporação da sub-contratada à organização tem um impacto econômico mais positivo para o contratante do que a práticas usuais de sub-contratação, no ambiente de construções pré-fabricadas. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 10 | 28 Universidade Federal Fluminense Pontos fortes observados no texto: • Estabelece uma importante polêmica: a conclusão apresentada no tópico anterior é polêmica, visto que, em diversos setores de produção há a crença de que a empresa deve se concentrar em seu negócio central (cor business). Essa crença se deve ao fato de que as empresas não conseguem eficiência máxima ao longo de toda a cadeia produtivas do produto, sendo recomendada a terceirização ou sub-contratação em, segmentos da cadeia onde hajam empresas mais eficientes atuando. A crença é de ao seguir essa recomendação, há redução do custo final do produto com acompanhamento de um ganho de qualidade – originado pelos ganhos decorrentes do aprendizado. • A conclusão do autor é muito bem argumentada e destaca aspectos particulares da sub-contratação no âmbito de construções pré-fabricadas. • Outro destaca que um aspecto relevante da pesquisa é a importância do tema, a qual é amplificada pela crescente redução de espaço físico para a construção de canteiros no entorno da obra no recorte geográfico (Taiwan) pesquisado. • A modelagem matemática é robusta e fundamentada em métodos de pesquisa operacional (programação matemática). Pontos fracos: • A aplicação do modelo é experimentada em apenas dois casos. O que reduz a confiança na abrangência dos resultados. • Se por um lado o uso de métodos de pesquisa operacional dá maior robustez a modelagem esse fato pode dificultar a compreensão e o entendimento para um profissional que seja leigo nesse tipo de modelagem. Observações adicionais: • Embora o autor não destaque esse aspecto, é possível associar o aumento dos custos gerais do contratante no âmbito da subcontratação em construções pré-fabricadas está associado aos custos de transação e de controle das subcontratadas. Convencionalmente, um construtor do edifício pressupõe o papel de um contratante geral e de contratos para fora o trabalho de construção para vários subcontratantes de especialidades a fim transferir riscos da construção e custo do controle. Com subcontratação, o contratante pode minimizar seu importante investimento Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 11 | 28 Universidade Federal Fluminense e reduzir o tamanho da equipe permanente de funcionários. Enquanto a falta de trabalho e especialmente a falta de hábeis trabalhadores emerge como um problema epidêmico, as tecnologias da automação fornecem vasta oportunidade tanto de concorrentes quanto de rentabilidade. Por sua vez, o emprego de tecnologias da automação impacta a prática de subcontratação doméstica em vários aspectos. Este papel dá a atenção especial à exploração do impacto na pré-fabricação de edifícios, um exemplo proeminente da automação de construções. Como mostrado, é difícil para um contratante maximizar seu benefício ao definir o método de pré-fabricação a ser adotado, devido à pequena seleção dos números impactados e a falta de informação. Esta situação é completamente contrária ao método convencional da construção no local, em que (I) o contratante geral pode facilmente obter a informação técnica e fixar o preço dos numerosos subcontratantes, (2) há sempre um grande número de subcontratantes a serem selecionados, e (3) o contratante geral domina todas as informações necessárias não compartilhadas com os subcontratados individuais. A situação nova podia manifestar duas indicações importantes ao contratante. Primeiramente, o risco que compartilham e os mecanismos do controle de custo realizados por práticas de subcontratação tradicionais são desafiados extensivamente quando a tarefa de pré-fabricação do edifício subcontratado. Segundo, um benefício razoável do que se compartilha do esquema na subcontratação da pré-fabricação é difícil de alcançar, desde que subcontratante da pré-fabricação é na maior parte pequeno número de seleção. Discute-se também que um subcontratado para pré-fabricação se assemelha às características de uma transação de ponto, somente muito mais complexas na garantia fixar o preço e de qualidade. Pré-fabricação requer conseqüentemente o esforço considerável nas tarefas da obtenção material e da gerência, mas relativamente a menos ênfase nas tarefas relacionadas ao trabalho real da elevação da edificação. Para superar as dificuldades potenciais no contratante - o relacionamento do subcontratante apresentou-se acima, os contratantes que estão interessados em adotar a decisão estratégica principal da cara uma da tecnologia do préfabricação do edifício, isto é, contraindo para fora o trabalho do pré-fabricação ou possuindo a tecnologia do pré-fabricação. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 12 | 28 Universidade Federal Fluminense Para melhorar o controle do risco e o custo da construção, o contratante pode exercer o esforço em conseguir um contrato completo de pré-fabricação para excluir todo o relacionamento contratual inesperado em que as responsabilidades diretas de ambos não forem claramente especificadas. Com o DAE (dispositivo automático de entrada) da execução do contrato e de ações detalhadas da garantia de qualidade e da gerência de material, é provável que o benefício previsto do contratante possa ser realizado. Alternativamente, o contratante pode buscar ele próprio a tecnologia de préfabricação melhor aplicada e planejar adequadamente seu relacionamento com todas as empresas envolvidas necessárias ao projeto, com foco no risco comum do projeto baseado na integração vertical ou mesmo internalização. Baseado nas opiniões sumarizadas das entrevistas pessoais nos dois exemplos construindo do pré-fabricação, a última estratégia, isto é, possuindo a tecnologia do pré-fabricação, é mais praticável e eficaz do que de outra maneira. Embora o mercado da construção investigado seja um mercado particular (Taiwan), esse artigo levanta aspectos que devem ser explorados na pesquisa a ser efetuada. Em especial esse tema é relevante devido a crescente adoção de subcontratação no âmbito da construção de plataformas marítimas de exploração e produção de petróleo – as quais são, em grande parte, préfabricadas em canteiros de sub-contratadas. 4) Modularização na estrutura organizacional Karim (2006), quando trata da questão da modularização em seu artigo apresenta os seguintes aspectos: O artigo explora as mudanças na estruturas organizacionais devido a rearranjos organizacionais, os quais podem ser externos ou internos. A reconfiguração das unidades organizacionais considera a criação, fusão, incorporação e extinção de unidades, implicando em alterações nas atribuições das unidades organizacionais da empresas. Esse estudo compara as reconfigurações das unidades internas àquelas oriundas das unidades adquiridas, explorando o tipo de combinação e interação ocorrida. O aporte teórico desse estudo é fundamentado em textos sobre capacidade dinâmica, estruturas organizacionais modulares e estratégia organizacional e industrial. Dados da amostra extraídos de anuários e referem-se a empresas americanas e Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 13 | 28 Universidade Federal Fluminense não americanas atuantes na área de saúde. Os resultados indicam as diferença de resultados entre situações em que as unidades absorvidas pertenciam a mesma organização e quando as unidades pertenciam ao organizações diferentes. Pontos fortes: • O tratamento dos dados é feito de forma apurada e cuidadosa. • O aporte teórico desse estudo é fundamentado em textos sobre capacidade dinâmica, estruturas organizacionais modulares e estratégia organizacional – aspectos relevantes no contexto da competição industrial. Ponto fraco • Não informa o recorte temporal. Observações adicionais • Outro aspecto a ser considerado é que as empresas pesquisadas são empresas da área de saúde, com características próprias que diferem daquelas presentes no contexto de empresas atuantes em EPC. Em função desse aspecto um cuidado adicional precisou ser tomado na analogia dos resultados ao contexto de EPC, o que reduziu a influência dos resultados do artigo na elaboração do instrumento de pesquisa proposto para o projeto. Este artigo foi ajustado de modo a analisar como as empresa perseguem a mudança estrutural modular com a reconfiguração de unidades de negócios adquiridas e internamente desenvolvidas. Este estudo teve três objetivos: explorar os diferentes processos, adotados pela organização e implantados em suas unidades internas no que diz respeito à reconfiguração, a fim de avaliar os efeitos dos mesmos em outras organizações e se os formulários do recombinação modular eram comuns, e para explorar o benefício percebido com a reconfiguração estudando tentativas do recombinação das empresa (ou falta de) antes do aplicação das mudanças. Configurações desta pesquisa em cima de nossa compreensão de potencialidades dinâmicas, de sistemas modulares, e da interação da estratégia e da estrutura em diversas maneiras. Este estudo destaca que as estruturas das empresas são dinâmicas e Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 14 | 28 Universidade Federal Fluminense constantemente em desenvolvimento, face à natureza experimental da mudança estrutural e do fato que as unidades podem ser reconfiguradas muitas vezes. 5) Gerenciamento de projetos baseado em critérios econômicos ou de produção Koskela (2006), trata da questão do emprego de critérios econômicos e de produção da seguinte forma: O artigo explora a possibilidade de se subordinar os conceitos usualmente empregados no contexto do gerenciamento de projetos (que formam a base do PMBOK) aos princípios da produção enxuta. Apresenta uma análise crítica dos princípios tradicionais de gerenciamento de projetos e estabelece um quadro comparativo entre as possibilidades de aplicação das abordagens baseadas em valores econômicos e as abordagens baseadas em sistemas de produção fabris. Segundo esse texto, é consenso entre os autores da área de construção enxuta de que a teoria e a prática do gerenciamento de projetos não consideram, quando lidando com os conceitos e princípios econômicos, conceitos e princípios usualmente aplicados no contexto do planejamento e controle da produção em ambientes fabris. Segundo essa visão, esse fato traz consequências negativas, pois induz um controle pobre, que acarreta em perda de credibilidade e desalinhamento entre Engenharia, Suprimento e Construção (coincidentemente, o tripé do EPC), reduzindo o valor agregado ao produto entregue e aumentando o desperdício. Os autores do texto afirmam que existe uma crescente concordância no âmbito da comunidade atuante em construção de que os problemas citados acima podem ser reduzidos se houver uma maior integração entre os conceitos de produção fabril (mais especificamente da produção enxuta) ao gerenciamento de projetos. Ou seja: se forem adotados os princípios de “construção enxuta”. Pontos fortes: • Estabelece um referencial para aplicação dos conceitos de sistemas de produção fabris, baseados em princípios de produção enxuta, ao contexto de gerenciamento de projetos. • Esse referencial descreve como proceder para aplicar os conceitos de lean production ao gerenciamento de projetos e como a aplicação desses conceitos pode se traduzir em ganhos, principalmente financeiros. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 15 | 28 Universidade Federal Fluminense Ponto fraco • Não descreve um caso de aplicação experimental Observações adicionais: • Apresenta proposições que podem vir a contribuir significativamente as empresas atuantes no âmbito do EPC. Apesar das críticas e ressalvas apresentadas a essa proposta em texto de Winch. A leitura desse trabalho contribuiu significativamente para a elaboração do instrumento de coleta de dados proposto para o presente projeto. 6) Gerenciamento de Projeto Larson (1989), em seu artigo trata a questão da seguinte forma: Esse artigo investiga a percepção dos membros do PMI (Canadá e Estados Unidos) a respeito da influência da estrutura organizacional sobre o sucesso do gerenciamento do projeto. Análise experimental, baseada em análise multivariada, de 547 projetos de desenvolvimento. A pesquisa utilizou um questionário, que foi submetido a membros, escolhidos aleatoriamente, filiados aos capítulos PMI no Canadá e dos Estados Unidos, correspondendo a uma população com 5.000 elementos..Foram obtidos 547 formulários respondidos, o que equivale a uma taxa de respostas em torno de 64% da população. Os dados obtidos foram compilados e tratados com base em método de estatística multivariada. A construção do questionário baseou-se em uma abrangente revisão bibliográfica. É importante registrar que o questionário foi previamente testado em um piloto, com grupo com oito especialistas. Observa-se ainda, na construção do questionário a adoção de uma escala baseada em Likert, para captar o grau de concordância dos respondentes, com respeito aos aspectos investigados no questionário. As questões investigadas foram agrupadas segundo quatro diferentes aspectos: • Estrutura organizacional do projeto: funcional (“functional organization”); matricial funcional (“functional matrix”); matricial balanceada (“balanced matrix”); matricial por projeto (“project matrix”); e; times de projeto (“team project”). Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 16 | 28 Universidade Federal Fluminense • Sucesso do projeto: atendimento aos prazos; controle de custos; desempenho técnico; e desempenho geral. • Fatores contextuais: clareza da definição do objetivo e escopo do projeto; suficiência de recursos; complexidade do projeto; grau de inovação tecnológica do projeto e proridade do projeto. Os resultados indicaram relação significante entre a estrutura organizacional adotada no projeto e o sucesso do mesmo. Especificamente, os resultados indicaram que a amostra pesquisada percebia que: • A estrutura de times/equipes de projeto produz melhores resultados no que refere aos custos do projeto; A estrutura organizacional do tipo matriz balanceada induz melhores resultados no aspecto prazo. Pontos fortes: • A amostra pesquisada é representativa de profissionais experientes no tema gerenciamento de projetos. • A revisão de conceitos adotada para a construção do questionário induziu a construção de um questionário bem fundamentado. • A adoção de uma escala apropriada (escala de Likert) leva a uma maior confiança nos resultados obtidos. • Apresenta conclusões relevantes e originais. Pontos fracos: O recorte temporal não é claramente apresentado. Winch (2006), apresenta outro viés para tratar da mesma questão, como: Esse artigo apresenta um debate teórico que contesta o emprego da teoria da produção, mais especificamente a aplicação dos conceitos de produção enxuta, ao contexto do gerenciamento de projetos. Mais especificamente, o artigo busca responder as críticas colocadas por Koskela & Ballard referentes aos resultados negativos oriundos do emprego da teoria de projetos proposta pelo PMI PMBOK e da abordagem econômica do gerenciamento de projetos apresentada em textos escritos por Winch. A metodologia baseia-se em uma discussão crítica das bases conceitual, teórica e prática da aplicação das diferentes teorias investigadas: produção enxuta, Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 17 | 28 Universidade Federal Fluminense conceitos do PMI, análise econômica e projetos. Como principal resultado tem-se que após profunda revisão dos conceitos da produção enxuta, o artigo conclui que a construção enxuta possui limitações que demandam novos desenvolvimentos antes de sua direta aplicação ao gerenciamento de projetos. Segundo o texto os aspectos mais críticos a essa adaptação estão associados a definição do processo, ao conceito de organização, riscos e incertezas. Pontos fortes: • • • Estabelece um importante referencial teórico quanto aos conceitos estudados oferecendo uma crítica substancial das diferentes “escolas”. Contrasta, de forma consistente e com boa fundamentação teórica, importantes teorias de produção no contexto da construção. É fruto de um conhecimento desenvolvido e acumulado sobre o tema gerenciamento de projetos – o que pode ser comprovado pela vasta bibliografia ofertada pelo autror no contexto desse tema. Ponto fraco • • Carece de aplicações e levantamentos empíricos de dados que possibilitem uma maior compreensão dos graus de facilidade e de dificuldade associadas a cada uma das abordagens teóricas investigadas. Identifica os aspectos mais críticos do emprego da construção enxuta. Observações adicionais:A discussão apresentada nesse artigo, somada a discussão apresentada no fichamento anterior (Kostella) (??), apresenta um arcabouço que contribui para a elaboração do instrumento de coleta de dados que está sendo proposto. Essa discussão “coroa” um conjunto de discussões que vem sendo ofertada por Kostella e por Winch, em correntes de pensamento divergentes – que contribuem significativamente ao entendimento do problema e formação de uma importante base de conhecimento. 7) Impacto da estrutura organizacional no tempo de projeto Nahm (2003), trata dessa questão da seguinte forma: Esse estudo desenvolve uma pesquisa que estabelece um referencial que examina as relações entre diferentes dimensões estruturais (número de elementos nas camadas hierárquicas, nível de integração horizontal, “locus da tomada de decisão”, grau Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 18 | 28 Universidade Federal Fluminense de formalização e nível de comunicação), práticas de manufatura e desempenho da planta. Aplicação de um questionário a 224 empresas de manufatura. Esse estudo usa uma parte da amostra (N = 104) para identificar as estruturas e a outra parte da amostra (N= 120) para validar as repostas. Foi avaliada a influência dos níveis organizacionais e de comunicação no desempenho da organização. A metodologia desenvolvida na pesquisa é traduzida por uma amostra é composta por 3.000 empresas americana de manufatura de quatro tipos de indústria: "Fabricação de produtos metálicos," “Industria de máquinas e equipamentos," "Equipamentos eletro-eletrônicos” e “Equipamentos de transporte”. Apenas empresas com número de empregados igual ou superior a 100 foram incluídas na pesquisa. Os resultados indicam forte correlação positiva entre a estrutura organizacional e os resultados das tarefas operacionais e também forte correlação com o desempenho da planta. Pontos fortes: • As perguntas do questionário são muito bem construídas e de extrema pertinência. • O aporte teórico desse estudo é fundamentado em textos sobre estrutura organizacional, economia industrial e estatística. Ponto fraco: • Não informa o recorte temporal. Observações adicionais: • Um outro aspecto a ser considerado é que as empresas pesquisadas são empresas de manufatura - que tem características próprias que diferem daquelas presentes no contexto de empresas atuantes em EPC. Esse fato não é um ponto fraco da pesquisa, mas um fator limitante da aderência da mesma ao âmbito do presente projeto. Apesar desse aspecto, um estudo aprofundado do artigo permitiu extrair conceitos importantes que influenciaram a elaboração do instrumento de pesquisa proposto para o projeto. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 19 | 28 Universidade Federal Fluminense 8) Arranjos Produtivos Nicolucci (2007), aborda o tema das MPMEs da seguinte maneira: O trabalho discute a importância do aperfeiçoamento das diversas vertentes de conceitos associados à eficiência técnica e alocativa de empresas e produtos, considerando-se a competitividade como a agregação desses recursos desse conjunto de fatores, determinantes para o empreendimento, formulação e desenvolvimento de estratégias concorrenciais, que possibilitam a ampliação ou conservação, de forma duradoura de uma posição sustentável no mercado. Para tal, discutem-se as bases teóricas da organização industrial na formação da competitividade, como forte fator para ganhos de concorrência e seus impactos na decisão de novos empreendimentos, detalhando-se: • • • • • • • a dinâmica concorrêncial; a impossibilidade do cálculo probabilístico mediante incertezas; o modelo estrutura, conduta, desempenho; barreiras à entrada; teoria do mercado contestável; diversificação; abordagens organizacional e institucional da empresa; a formação da competitividade mediante constituição de redes de empresas ou sistemas industriais de MPMEs como estratégias para a formação da eficiência coletiva e geração competitiva. O método de construção baseia na análise bibliográfica de uma série de autores que analisam os aspectos de competitividade entre as empresas através da dinâmica de clusters, performances econômicas e outros fatores mais, dentre os quais as demandas induzidas pelos consumidores e os aspectos relacionados à regulação pelo próprio mercado consumidor. O processo concorrencial impõe determinadas condicionantes ao se tomar uma decisão, uma das quais é a que o consumidor não é soberano em suas decisões. As decisões das empresas algumas vezes ocorrem num mercado de incerteza, quando se tem que comprar, investir, aprimorar a mão-de-obra etc. As empresas concorrem entre sí obedecendo ao padrão de concorrência de seu setor, expresso em preço, diferenciação, assistência às vendas e distribuição, o qual pode estar próximo, distante ou diferente do padrão setorial. Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 20 | 28 Universidade Federal Fluminense Nas análises de competitividade das empresas deve-se levar em consideração o padrão de concorrência do setor. As questões relativas a desempenho têm que ser criadas, considerando-se a estrutura setorial, caráter sistêmico (custo Brasil), mudanças cambiais, alterações na carga tributária, mudanças na legislação pertinente, e outros fatores que têm potencial para alterar as condições de concorrência entre as empresas, independentemente dos níveis de especialização de cada uma. Pontos fracos abordados: As variáveis relativas às demandas de mercado impactam na conduta que se relaciona com a estrutura de mercado. A estratégia afeta a conduta, que, por sua vez, afeta o desempenho. Enquanto uma não vive sem a outra, a alteração de uma é determinante para o desempenho da outra e dos resultados finais da estratégia. Pontos fortes abordados: O desempenho das empresas depende da sua conduta, as quais estão associadas à estrutura do mercado, alicerçadas por: política de preços, práticas cooperativas entre empresas, estratégias adotadas, investimento em P&D inovação. Essas ações tomadas podem afetar os resultados como: lucro; eficiência alocativa; decisão de colocar os produtos no mercado. Se as empresas planejam adequadamente suas estratégias e ações têm melhores condições de competitividade, ou seja, as ações dependem mais das próprias empresas do que dos concorrentes ou do mercado regulador. O autor conclui da seguinte forma: A formação da capacidade competitiva, que impulsiona uma empresa, uma região e um país, nasce do processo de disponibilidade para se alavancar novos empreendimentos. Em larga medida, está amparada em aspirações pessoais, do desejo de ter o próprio negócio e da mentalidade de se pensar grande como patrão. Parte-se de experiências acumuladas, como um poderoso diferencial de vantagem competitiva, utilizando-se de uma rede de contatos já amadurecida. O novo empreendimento pode ser um negócio em desenvolvimento. Navegar primeiro em mares conhecidos pode permitir uma visão madura da realidade e oportunidades, com reações rápidas às adaptações necessárias. Um novo empreendedor pode utilizar-se de projetos conhecidos e abandonados, mas que em função de um novo ambiente definem maduras chances de sucesso. A adesão da firma a uma rede de empresas, ou aglomeração industrial, onde ganhos de externalidades positivas possam ser utilizados como vantagem Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 21 | 28 Universidade Federal Fluminense competitiva é altamente salutar ao fortalecimento e aprendizado das empresas. A terceirização, também pode ser um caminho a ser seguido, especialmente em segmentos de negócios onde já se tem experiência acumulada. Pode-se, ainda, trabalhar por meio de um plano claro de negócios, que permita despertar a atenção de quem pode ajudar, quando não há possibilidades de levá-lo à frente com as próprias forças. As parcerias são necessárias e importantes, e geram as redes de relacionamentos individuais ou coletivos. Aliada a esses principais fatores, está a criatividade para enfrentar desafios, perseverar, confiar, acreditar em seu talento e idéias que podem permitir infinitos arranjos. Por fim, preparar a equipe: treinar as pessoas, para que, além de estarem falando a mesma linguagem, compartilhem objetivos focados em resultados, com a disponibilidade de dedicação sem reservas. Pessoas dispostas a transformarem um bom projeto em um negócio de sucesso, construindo o fortalecimento dos mecanismos de edificação da competência para ganhos de concorrência. 9) Clusters e aglomerações industriais Silvestre (2006) trata do tema considerando: O trabalho apresenta uma nova abordagem de organização da produção, através da análise de aglomerações industriais com conteúdo tecnológico significativo, atuantes na área de petróleo e gás, na região da Bacia de Campos/RJ. A partir dessa abordagem desenvolve um modelo híbrido para a análise de aglomerações, utilizando as vertentes de sistemas setoriais e tecnológicos de inovação, buscando os aspectos relacionados ao desenvolvimento de capacitações tecnológicas, mudanças tecnológicas e inovações. O estudo foi desenvolvido em bases teóricas, centrado nas abordagens de clusters e de sistemas de inovação setoriais e tecnológicos, em função do fato, segundo os autores, de possuírem esses uma maior correlação com aglomerações industriais e por apresentar retrospecto recente de dinamismo e consolidação. Para tal, empregou uma revisão bibliográfica anexa ao artigo, destacando modelo como o proposto, testado em aglomeração industrial de petróleo e gás na região da Bacia de Campos, esse com resultados promissores (SILVESTRE, 2006). A origem desse processo de abordagem foi baseado em trabalho desenvolvido por Alfred Marshall (1920), trabalhando em aglomerados, também conhecidos por distritos industriais, milieus, clusters, arranjos, sistemas e outras, partindo do Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 22 | 28 Universidade Federal Fluminense pressuposto de que todas as empresas localizadas dentro de um aglomerado industrial aproveitam das vantagens ofertadas e do sinergismo das estratégias. Em outra avaliação que serviu como base para o estabelecimento do modelo, empregou-se conceito estabelecido por Albu (1997), no qual os clusters podem ser conceituados, além do aspecto da aglomeração física, por sua especialização produtiva e pela existência de uma rede de relacionamentos entre firmas, que podem ser de natureza mais ou menos complexa e, conseqüentemente, mais ou menos dinâmica e geradora de vantagens competitivas para as mesmas. A abordagem dos Sistemas Setoriais de Inovação complementa a abordagem dos sistemas de inovação (local, regional e nacional) e dos sistemas tecnológicos. Essa abordagem foca a inovação em um setor específico, ou seja, concentrado dentro dos limites setoriais, através de uma visão multidimensional, integrada e dinâmica dos setores a fim de analisar a inovação. Essa abordagem pode ser afetada por 3 fatores básicos: • Conhecimento e tecnologia – base particular de conhecimento, tecnologias e insumos do setor; • Atores e redes – são organizações ou indivíduos; • Instituições – as quais possuem normas, rotinas, hábitos comuns, leis, e outros fatores mais, diferentemente da noção intuitiva em relação ao termo. É necessário ressaltar que tão importante quanto a existência de um sistema de conhecimento robusto é a capacidade de absorção desse conhecimento pelas empresas envolvidas no processo. A abordagem de cluster é geralmente empregada em um contexto que apresenta algumas características específicas, encontradas basicamente em aglomerados de produção e de transformação de produtos manufaturados. O modelo proposto foi aplicado com sucesso, segundo os autores, em estudo empírico realizado na aglomeração industrial de petróleo e gás da região produtora da Bacia de Campos, gerando resultados promissores no entendimento dos aspectos já citados (SILVESTRE, 2006) Pontos fracos abordados: As premissas de que os clusters agregam vantagens para as empresas consorciadas ou grupadas têm sido mais observadas em países intensamente Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 23 | 28 Universidade Federal Fluminense inovadores do Hemisfério Norte. Há evidências empíricas que apontam para o fato de que a atividade econômica agrupada geograficamente de um setor particular, por si só não representa nenhuma vantagem para as empresas ali localizadas. Para esse grupo de pesquisadores, se a teoria se apresenta promissora o mesmo não ocorre com os estudos empíricos, que mostram resultados desapontadores. São os ditos clusters não-dinâmicos, não-maduros, estáticos, em declínio, atrasados, entre outros (MASKELL e MALMBERG, 2002; MARTIN e SUNLEY, 2001; BEAUDY e BRESCHI, 2003; BATISTA e SWANN, 1998; BOSCHMA, 2004). Ainda de acordo com os autores, há mais algumas limitações da abordagem de clusters, tais como a carência de validação empírica satisfatória dos mecanismos teóricos apresentados. Pontos fortes abordados: Os clusters podem apresentar algumas vantagens para as empresas agrupadas, tendo em vista que, por estarem interligadas, teoricamente, encorajariam os fluxos de informação e a colaboração entre si. A abordagem de cluster é geralmente utilizada em um contexto que apresenta algumas características específicas: estrutura do setor focada em atividades de manufatura, produção, aspectos industriais e conexões baseadas em fluxos de bens e serviços. Tais características são encontradas basicamente em aglomerados de produção/transformação de produtos manufaturados. Alguns exemplos são, entre outros, os setores de calçados, cerâmica de revestimento, tijolos, móveis, vinho, etc (SCHMITZ e NADVI, 1999; BELL e ALBU, 1999; GIULIANI, 2004). Por esta razão, pode-se afirmar que, na análise de clusters, o setor econômico em que este está inserido é relevante, ou seja, deve ser considerado obrigatoriamente na análise. Nesse caso, se o setor deve ser levado em conta, a diferença entre os setores pode representar uma importante característica a ser ressaltada em análises e, principalmente, comparações entre clusters industriais (PAVITT, 1984). Nessa situação, em aglomerações industriais de setores tecnologicamente dinâmicos, a abordagem de cluster pode apresentar algumas limitações. Por esse motivo, da abordagem de sistemas de inovação, utiliza-se o elemento global (sem fronteiras geográficas definidas) e sistêmico. O termo ‘sistêmico’ introduz a diversidade de atores e a complexidade das relações e conexões como duas das principais características. ‘Diversidade de atores’ no sentido de analisar cuidadosamente, não somente as firmas, mas também o papel das Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 24 | 28 Universidade Federal Fluminense diversas organizações que contribuem para o desenvolvimento das atividades do aglomerado (instituições de apoio), tais como: universidades, institutos de pesquisa, organizações reguladoras, organizações públicas, organizações de financiamento, etc. ‘Complexidade das relações e conexões’ no sentido de dar ênfase às relações e conexões intra-aglomerado (entre firmas ou entre firmas e organizações de apoio dentro do próprio aglomerado) e extra-aglomerado (entre firmas ou organizações situadas dentro do aglomerado com firmas ou organizações situadas fora do aglomerado – cross-bounderies). Em que pese a incapacidade das abordagens existentes na literatura de apresentar, de forma isolada, uma estrutura analítica que satisfaça estudos em aglomerações industriais tecnologicamente dinâmicas, o Modelo Híbrido proposto pode ser ampliado e testado em outras aglomerações para lhe conferir validade podendo se transformar em uma ferramenta mais completa e um arcabouço teórico interessante para se entender as relações entre aspectos complexos como territorialidade, aprendizagem organizacional, capacitações tecnológicas, mudanças tecnológicas e inovações. O referido Modelo foi aplicado com sucesso em estudo empírico realizado na aglomeração industrial de petróleo e gás da região produtora da Bacia de Campos gerando resultados promissores no entendimento dos aspectos supracitados (SILVESTRE, 2006). No entanto, algumas limitações e dificuldades do estudo devem ser ressaltadas. Algumas delas são relativas ao arcabouço teórico utilizado e outras, relativas ao estudo empírico. O tema tratado é recente e bastante dinâmico, com grande número de pesquisadores envolvidos. No entanto, essa dinâmica gera grande multiplicidade de nomenclaturas e conceitos, que, no fundo significam o mesmo tipo de estrutura ou estruturas bem próximas que emperram o desenvolvimento teórico e metodológico dos estudos na área. No estudo empírico realizado, apesar das empresas estarem aglomeradas em um mesmo espaço geográfico e possuírem, grosso modo, a mesma especialização produtiva, apresentam outras características que diferem fortemente dos clusters tradicionais. O fato de haver jazidas de recursos naturais (petróleo e gás) abundantes na Bacia de Campos faz com que haja uma ausência de aspectos relacionados à cultura e tradição da região na atividade de E&P de petróleo e gás. O foco do estudo empírico está limitado à absorção de conhecimento tecnológico, para implementar as mudanças tecnológicas, por meio das Escola de Engenharia Universidade Federal Fluminense Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240 Tel.: +55 21 2629-5564 Fax: +55 21 2629-5420 25 | 28 Universidade Federal Fluminense conexões de conhecimento e das posturas tecnológicas das firmas. No entanto, sabe-se que existem outras formas de absorver conhecimento tecnológico, tais como: treinamento dos empregados, mobilidade da mão de obra, pesquisa e desenvolvimento dentro da firma (desenvolvimento endógeno), e outras, mas que não estão no foco central do estudo. O acesso às firmas, como geralmente acontece, foi outra dificuldade encontrada ao longo do trabalho. A conciliação entre o tempo para elaboração do estudo e a disponibilidade limitada nas agendas dos executivos nem sempre é um problema simples de solucionar. Além disso, aspectos como concorrência, segredo industrial e pesquisa para inovação fazem com que os assuntos abordados neste trabalho não estejam na lista de preferência dos executivos para serem revelados a pessoas de fora da firma. Finalmente, como sugestão para trabalhos futuros pode-se destacar: • O aprimoramento e a consolidação do Modelo Híbrido, com a inserção de outras abordagens pertinentes (redes de firmas, ou outras); • A aplicação da metodologia em outras aglomerações industriais, relacionadas a outras províncias petrolíferas; • A aplicação da metodologia analítica em outros setores econômicos, como o de energia elétrica, automobilístico, aeronáutico, entre outros. BIBLIOGRAFIA / REFERÊNCIAS 1. Título: Managing Business and Enginerring Projects. Concepts and Implementation. Autor: John M. Nicholas Editora: Prentice Hall Saddie Upper River Ano: 1990 Idioma: Inglês Volume: XV Páginas: 543 2. 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