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Teoria Geral Do Processo Doc

Teoria Geral do Processo

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Teoria Geral do Processo – Carmella 12/02/09 Sociedade e Tutela Jurídica O homem se associa aos outros por uma questão de necessidade. Numa sociedade há a necessidade da existência de normas para proteger os interesses individuais de todos. Um conflito surge quando duas ou mais pessoas têm interesse na mesma coisa. O conflito de interesses faz surgir a lide (litígio, litigioso). É caracterizada pelo binômio pretensão X resistência. O Estado dentro da sua função juris/dicional(direito + dizer) resolve as lides, aplicando a lei. A Justiça é pública e entregue por um ente imparcial, o Estado. Autotutela: eu mesmo apresento uma justiça com as próprias mãos. Autocomposição: não se tratando de direitos indisponíveis de crimes de ordem pública, as partes podem resolver seus conflitos sozinhos. Renúncia Diretamente Desistência Transação (acordo) Terceiro Mediação (há uma 3ª Conciliação Opinião) Arbitragem *A decisão do árbitro tem força de sentença, o juiz não pode alterar a decisão de um caso julgado nesse meio alternativo. 19/02/09 O processo é constituído por uma série de atos com a finalidade de se resolver as lides. As normas sempre são inspiradas em princípios. O Direito Processual estuda as normas e princípios do processo. Normas Processuais são emanadas pelo órgão Legislativo (processuais ou materiais) e estarão em trâmite no Judiciário, destinada ao processo. Quando uma norma processual é alterada há três possibilidades: 1. O processo está terminado. Não se altera, de acordo com o "Princípio da Irretroatividade". No caso de uma nova lei processual retroagir e beneficiar o réu, o que retroage é o direito material, e não o instrumental. 2. O processo está pendente, em andamento. 3. Caso a lei processual seja alterada, será respeitada e na próxima fase, usada a lei nova. 4. O processo não começou. Passa a valer a lei revogada. 1- Sistema da Unidade Processual: Se o processo iniciou com a Lei A, terminará com essa lei. (Não é válido no Brasil). 2- FASES "Postulatór"Saneadora "Instrutória/ "Decisóri"Execução de " "ia " "Probatória "a "Sentença " "Pedidos "Decisões, " "Sentença" " " "vícios " " " " " "formais " " " " 3- Isolamento dos Atos Processuais 26/02 Quanto ao território, aplica-se o princípio da territorialidade, uma norma atinge todo o território nacional. Os atos praticados na vigência da lei anterior continuam como estão, e os próximos atos devem ser praticados de acordo com a nova lei - Carta Precatória: interno - Carta Rogatória: externa, sob as leis nacionais; Ex¹: Uma testemunha que esteja em outro país, e precisa ser ouvida, é necessário que o juiz expeça uma carta precatória ao outro juízo, que decidirá de acordo com as leis que pertençam a sua nacionalidade. Ex²: Supondo que noutro ente estatal seja permitido a tortura, esse depoimento no processo brasileiro seria ilegal. É consagrado o devido processo legal. Princípio da Imparcialidade: O juiz não pode ser tendencioso a uma das partes. Art. 95: "Os juízes gozam das seguintes garantias: vitaliciedade, imovibilidade e irredutibilidade de subsídio". J A P O processo tem uma forma triangular, onde o dirigente é o juíz e as partes, que são sujeitos parciais colocados em posições antagônicas, representam o sujeito ativo (que pretende), e passivo. O juiz é o sujeito imparcial, e junto aos sujeitos parciais, formam os sujeitos principais. - Tribunais de exceção: instituído para casos particulares; (são vedados) Art. 134 - É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: I - de que for parte; II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão; IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. Parágrafo único - No caso do nº IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz. Art. 135 - Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando: I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio; V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Parágrafo único - Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo. Princípio da Ação/Demanda: Processo Inquisitivo e Acusatório (arts.24, 28 e 30 do CPC/ 2º, 128 e 262 do CPC) - inquisitivo: juiz acusa, defende, julga (tudo é centrado nas mãos do juiz). - acusatório: igualdade (as partes alegam, e provam). É um direito abstrato, incondicionado e para todos, garantido na CF. É materializado através de um processo. Num inquérito policial, há um processo inquisitivo, e o delegado representa o poder Executivo. Após, encaminha o processo ao MP, que abre o processo no Poder Judiciário. DENÚNCIA == QUEIXA Quando o crime for refletir na sociedade, independentemente da vontade das partes, o M.P. irá ingressar com a ação penal, é a denúncia o primeiro ato processual. A queixa, é o nome do primeiro ato processual, de uma violação de direito que reflita na esfera privada. (parket – promotora de justiça) PRINCÍPIOS PROCESSUAIS Princípio da Disponibilidade e da Indisponibilidade: Toda vez que for refletir na esfera penal (pública), independentemente da vontade das partes, o promotor de justiça dará início a ação, esse é o princípio da indisponibilidade. Quando tratar-se de crimes de ordem privada, o ingressar da ação dependerá da vontade das partes, de acordo com o principio da disponibilidade. Princípio da Publicidade: Todo ato do processo, desde os orais até os autos. Com exceção dos casos descritos no Art. 155 - Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: I - em que o exigir o interesse público; Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. Princípio do Impulso Oficial Para dar início a um processo, uma das partes deve provocar o Estado, o Poder Judiciário. O juiz impulsiona o processo em direção a sentença. Princípio da Oralidade A audiência é um ato processual oral. Esse mesmo ato é escrito. Princípio da Motivação Art. 93 - IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes; A sentença deve ter relatório, fundamentação (motivação – o que foi levado em consideração) e dispositivo. Se não houver fundamentação considerar-se-á nula a sentença. a sentença. 12/03/09 O processo é constituído por uma série de atos que tem como finalidade a tutela jurisdicional. Tudo que é alegado deve ser provado, pois a simples alegação não leva ao convencimento do juíz. Princípios Processuais Princípio da Igualdade Dar as mesmas oportunidades às partes nos processos. Revela-se com o princípio da isonomia. Desigualdade art. 188 do CPC. Princípio da Persuasão Racional do Juiz Regula a apreciação e avaliação das provas existentes nos autos, indicando quando o juíz deve formar livremente sua convicção. ( Art. 333 – Das Provas ) - Inversão do Ônus da Prova: quem alega, tem que provar. Se inverte no inciso II do art. 333. ( O juiz pode valorar sua prova, independentemente de ser testemunhal, pericial... ) Exemplo de Inversão do ônus da Prova: Num contrato de empréstimo, o autor ingressa com a ação pleiteando essa verba não paga. Ele tem que provar que houve o empréstimo. Caso o réu, alegue já ter quitado a dívida, o ônus da prova se inverte, pois ele deverá provar a quitação. Qualquer meio de prova, desde que seja moral e legal, é válido. O objeto de prova é sempre os fatos. Ao autor compete provar todas as alegações constituintes de seu direito. Princípio da Economia Processual e da Instrumentalidade das Formas Vem impedir atos processuais desnecessários, e não a supressão dos atos. Se não foi utilizado a forma correta, mas atingir a finalidade e não houver prejuízo. Princípio dispositivo e da livre investigação das provas. Verdade Real e Verdade Formal Dispositivo: O juíz depende, em regra, na instrução da causa, da iniciativa das partes quanto às provas e às alegações em que se fundamentará a decisão. No processo penal, o juíz deve se satisfazer com a verdade real. Pois num processo penal, está em jogo a liberdade de um indivíduo. No processo civil, o juíz deve se satisfazer com a verdade formal, com o que foi trazido pelas partes ao processo. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa – Art. 5º, LV, CF. Direito de contrapor às alegações, tanto do réu, quanto do autor, inclusive no ato oral. O processo tem a preocupação de dar a oportunidade de defesa, e se não houver oportunidade ensejará nulidade processual. Princípio do Devido Processo Legal – "Due process of law" Art. 5º LIV "Ninguém será privado da liberdade (processo penal), nem de seus bens (processo civil), sem que haja um devido processo legal". Significa que todas as normas processuais e toda a principiologia processual, foi observada. Exemplo: João mata Pedro ontem, há várias testemunhas, mas mesmo assim, não pode ser publicado que houve MORTE, e sim, uma SUSPEITA. Pois ninguém pode ser condenado sem o devido processo legal. 23/03/09 Legislativo -> cria as leis ESTADO Executivo -> aplica as leis Judiciário -> exerce a jurisdição (júris/dição = dizer o direito) JURISDIÇÃO: "É a função, poder, atividade do Estado que, por intermédio de seus órgãos, aplica o direito ao caso concreto". Material Lide Características: 1. Secundária: Não há vedação no ordenamento, da autocomposição, em que vigore o Princípio da Disponibilidade (a lide não reflete na esfera pública) e já tiver sido feito o uso da autotutela (autoproteger, tutela amigável). 2. Instrumental: é um instrumento para que a parte lesada, reaveja seus direitos violados e ou ameaçados. 3. Desinteressada: ela é imparcial, não se interessa por favorecer ou satisfazer uma das partes, e sim em buscar o direito material nas normas previstas em lei. 4. Provocada: Deve ser provocada, pois é inerte. Deve-se exercer o direto de ação, instrumentalizado por um processo para reaver esse direito ameaçado ou violado. 5. Declarativa/Executiva: O Estado entregará a tutela dentro do interesse postulado. Pode entregar uma declaração ou executar uma sentença. "Art. 4º - O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência ou da inexistência de relação jurídica; Il - da autenticidade ou falsidade de documento." Extrapetita: julgar a mais do que se é postulado Ultrapetita: julgar a menos do que se foi postulado 6. Imutável (Definitiva) O Estado deixa de interferir somente no momento em que for entregue a tutela jurídica para a lide, uma única vez, não podendo ser alterada a coisa julgada de modo a trazer segurança jurídica. "Art. 5º - (...) XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;..." Mérito: direito material em litígio Conceito de Sentença: é o ato pelo qual o juiz aplica o 267 ou o 269. "Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito. (...)" - Sem mérito, coisa julgada; Trata-se de uma sentença terminativa, pois não soluciona a lide. "Art. 269. Haverá resolução de mérito. (...)" - Com mérito, coisa julgada material; Trata-se de uma sentença definitiva. Caso o juiz indefira o processo, sem resolução de mérito, é possível ingressar novamente com a ação, pois a lide não foi solucionada, logo, não há coisa julgada. Deferir == Procedência Um pedido é procedente, ou não, quando o juiz julga a lide, o mérito. Espécies: Todo direito controvertido que for definido pela lei como crime, será resolvido na Justiça Penal. Se a Pessoa física deixou de recolher seus impostos, e é invocado como "sonegação de imposto", isso tem reflexo na esfera penal. Se tratar-se apenas de multa, cairá sobre a esfera civil. O que não for trabalhista, militar e eleitoral será penal. O que não couber no penal, certamente é civil. civil penal militar - Quanto à eleitoral Matéria trabalhista - Quanto à Superior Gradação Inferior Todas as ações começam em primeira instância, ou seja, em primeiro grau de jurisdição. No caso de inconformismo com a sentença (monocrática – apenas um juiz) prolatada, entra-se com recurso em segunda instância, ou seja, no segundo grau de jurisdição, no juízo "ad quem", e aguarda-se pelo acórdão (colegiado – três juízes). Em segunda instância, o processo estará em fase recursal, numa competência derivada. A jurisdição é una, e é exercida e todo território nacional, não há pluralidade, e portanto, nem juridisções. Princípios investidura: somente quem está investido de poder, tem outorgado os poderes do Estado para exercer a jurisdição (magistrados – que só adquire vitaliciedade depois de dois anos da posse). aderência ao território: abrange o principio da territorialidade, e portanto, atua dentro dos limites da soberania do estado. indelegabilidade: os órgãos estatais (J – E – L ), não podem delegar seus poderes nem na vertical (outros órgãos ) nem na vertical. 02.04.09 JUIZ 1- Garantias – art. 95, CF 2- Poderes: - administrativos (polícia) arts. 445/446 do CPC - jurisdicional: - meios ordinatórios/ instrutórios: - fins: decisórios/executivos 3- Responsabilidade- art. 133, CPC Art. 133 - Responderá por perdas e danos o juiz, quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Parágrafo único - Reputar-se-ão verificadas as hipóteses previstas no nº II só depois que a parte, por intermédio do escrivão, requerer ao juiz que determine a providência e este não Ihe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias. O juiz não tem apenas poder e garantias, como também responsabilidades. O pode judiciário foi criado para solucionar lides. No entanto, em caráter excepcional, no âmbito exclusivamente civil, o estado dentro do poder jurisdicional, também será invocado mesmo que não haja lide. JURISDIÇÃO ( Contenciosa: contém lide – litigiosa. - Lide - Partes - Sentença c/ mérito - Função Jurisdicional ( Voluntária (graciosa ou Administrativa): Graça= Favor a sociedade. - Interesse (ex. em se separar.) - Interessados - Homologação - Função Administrativa Ex: O casal separou-se de maneira contenciosa (litigiosa) ou voluntária (consensual – não há lide e mesmo assim é invocado o Poder Judiciário)? Art. 1º - A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. Será que a característica IMUTAVEL da jurisdição é aplicada à jurisdição voluntária? PROVA ( total: 8,0 14.05.09 2º B I M E S T R E Evolução Histórica do D. Processual I- LEGISLATIVA 1. Decreto de 1823 – Ordenação Filipinas e legislação extravagante: a) Processo Civil – Livro III Prevalecia o princípio dispositivo. b) Processo Penal – Livro IV Contemplavam as práticas desumanas ao cumprimento de uma pena. Ex. tortura. Características já repugnadas na sociedade da época. Diante dessas condutas, a CF de 1824 determinou que fosse elaborado um código criminal, que tivesse a abolição das penas cruéis. 2. Constituição de 1824 3. Código Criminal do Império – 16.12.1830 4. Código de Processo Criminal – 1832 Adotou um sistema misto: inquisitivo + acusatório. Era um sistema bem mais liberal que aquele adotado pelas organizações filipinas. Até essa data, não temos nada (Brasileiros) no campo processual civil. 5. Regulamento 737, de 25.11.1850 Veio para disciplinar o processo comercial, pois viu-se a necessidade por conta das atividades que estavam sendo praticadas (comercial), que tinha em vista mineração, café. Por conta disso, houve necessidade de regular um processo que fosse pertinente à essas práticas de exploração de minérios, etc. É um grande marco porque é a primeira vez que se foge do campo criminal. 6. Consolidação das Leis do processo Civil Resolução Imperial de 28.12.1876 Ainda não temos uma legislação, mas é o primeiro impulso. Havia as ordenações no campo processual civil, mas leis espaças começaram a surgir no campo processual civil. Essas leis extravagantes foram consolidadas, juntadas. Não houve uma consolidação pura, e sim, uma atualização do ente legislativo. Por conta desse regulamento, tivemos o próximo decreto. 7. Decreto 763 de 16.09.1890 Estendeu todas as normas processuais destinadas ao processo comercial, aplicadas pelo regulamento 737 para o Direito Processual Civil. 8. Decreto 848, de 11.10.1890 9. Constituição de 1891 Foi um momento de retrocesso legislativo processual. Houve distribuição de competência para legislar. União e Estado legislava sobre processo. Havia um Código de Processo Federal, e cada Estado teria que legislar a respeito do processo local. Resultou em apenas dos estados da Bahia e SP que legislavam processualmente adotando as regras mastras do Código Processual Federal, e trazendo para o regime estadual. Os demais estados não legislavam, apenas adotavam o CPF em seu estado. Não deu certo. 10. Constituição de 1934 A competência de legislar em matéria processual voltou como era antes: à União. O 763 valia para o campo processual civil. 11. Código de Processo Civil de 1939 Primeiro CPC, baseado no sistema austríaco que foi revogado em 1973. 12. Código de Processo Penal – Decreto-lei nº 3869 de 03.10.1941 Época da 2º guerra mundial e vigora até hoje. 13. Código de Processo Civil 1973 Projeto de Alfredo D. ministro da justiça na época, código que vige até hoje. Houve inúmeras mudanças e reformas, mas ainda é vigente. 14. Constituição Federal de 1988 Reforça o aspecto processual consagrou o principio da publicidade, a motivação das decisões. *Emenda 45 que encaixa o princípio da celeridade processual, que aos olhos da Carmella é dispensável, desnecessário, pois sabemos que o princípio pode estar implícito. Estudando os CPC, verifica- se que o tempo inteiro é contemplado a celeridade. Veio num momento em que a sociedade proclama uma justiça mais rápida, até porque justiça tardia não é justa. II- DOUTRINÁRIA A ciência processual não foi reconhecida como 'ciência' logo de início, pois não possuía métodos próprios. O processo era encarado como uma situação subalterna ao direito material. A conotação de ciência iniciou-se com os estudiosos da Alemanha. 1. Europa -Windscheid e Muther – 1856/58 "actio romana" Desenvolveram a introdução da actio romana. A partir desses estudos surgiu Bullow. -Bullow – 1868 Efetivamente desenvolveu o estudo a respeito da autonomia dessa ciência, demonstrando as características e critérios desenvolvidos em torno dessa ciência. A autonomia da ciência do DP começou a se proliferar. 2. Brasil Anos 40 – método científico na ciência processual Trazidos por um professor italiano da Universidade de Milão: Enrico Tullio Liebman, foi o precursor do Direito Processual do Brasil e na década de 40 veio ao Brasil e trouxe essa corrente discutida na Europa, e fundou a disciplina de Direito Processual na faculdade de Direito de São Francisco. Idolatrava essa disciplina. Por vezes, levava estudantes à sua casa e difundia essa escola, e o hoje o Direito Processual possui essa autonomia. Todas as suas obras foram traduzidas. Foi importante para o intercâmbio cultural no campo processual das escolas São Francisco X Milão. Hoje quem representa o Brasil é o Dinamarco e Grinowver. 18.05.09 Funções Essenciais à Justiça 1. Ministério Público Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O MP surgiu da necessidade do Estado, que sempre teve a obrigação "jus puniendi", de punir aqueles que pratiquem atos que prejudique a harmonia social. Para isso criou o MP, com a função de perseguir a punição no âmbito penal. Depois da CF/88 com a constituição cidadã sua competência se alastrou, protegendo o interesse de toda a sociedade, não somente a função de propositura da ação penal publica. Hoje sua competência é mais abrangente. É um órgão estatal, é autônomo hierarquicamente, administrativamente e financeiramente (não é absoluta, pois depende da apresentação de planejamento orçamentário, aprovação e a remessa dessa verba), portanto, não está vinculado a nenhum dos três poderes, embora atue dentro do poder judiciário. Atua como parte, tem legitimidade nas ações, ora exerce a função (quando a lei determinar) como fiscal das leis. Art. 81 - O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei, cabendo-lhe,no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes. Art. 82 - Compete ao Ministério Público intervir: I - nas causas em que há interesses de incapazes; necessariamente o MP será intimado a intervir. II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, (condição – mudança de nome, de estado civil...) pátrio poder (poder familiar), tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade; III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte 40. Art. 83 - Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público: I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade. MP atua ou como parte, ou como fiscal ("custos legis") da lei. Quando a lei determina que tem que ser fiscal, necessariamente ele tem que ser intimado, sob pena de nulidade processual. O juiz fica vinculado a manifestação do MP ? A nulidade processual se dá por não intimação do MP¸ e não, não manifestação (principio da instrumentalidade das formas). (Art.128, CF) Federal Órgãos Estadual Art. 128. (*) O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. § 1.º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2.º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. § 3.º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Senado Federal - Constituição Federal de 1988 § 4.º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. § 5.º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa; c) irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, 153, § 2.º, I; II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei. 21.05.09 FUNÇÕES ESSENCIAIS A JUSTIÇA Advogado: art. 133, CF O advogado tem sua profissão é regulamentado pela lei 8.906/94 Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) -postulação perante o poder judiciário; II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. -advocacia preventiva (consultoria, assistência...) O advogado preventivo, ou consultivo, deve possuir confiança recíproca entre o cliente e o advogado. Na advocacia privativa, pode haver uma sociedade de advogados(escritório), ser empregada com registro na CLT, ou prestadora de serviços. Os advogados recebem como contraprestação de seus serviços honorários sucumbenciais (são devidos pela parte vencida, ela está sujeita a reembolsar todas as despesas, assim como os honorários, que serão arbitrados pelo juiz num percentual de 10% a 20%) e convencionais(contratuais). O advogado está sujeito à ética profissional, e a inobservância das mesmas, ocasionará censura, suspensão, exclusão e multa. A advocacia pode ser exercida de forma pública, é a advocacia dirigida a um ente estatal: procuradorias do estado, município, união... Ao lado da advocacia, está a DEFENSORIA PUBLICA. Elas defendem os interesses do cidadão sem condições financeiras de ter um advogado. Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5.º, LXXIV. Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. § 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. § 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. § 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. § 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. § 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. § 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei. Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), § 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. § 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste. Defensorias Publicas art. 134, CF 25.05.09 ORGAOS AUXILIARES DA JUSTIÇA 1. Auxiliares permanentes, pois sempre farão parte do órgão judiciário a) Escrivão Art. 141 - Incumbe ao escrivão: I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício; II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária; III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo; (linguagem escrita por símbolos, visando uma maior agilidade) IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto: a) quando tenham de subir à conclusão do juiz; b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo; V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo (certidão de objeto – da ação - e em que pé se encontra), observado o disposto no art. 155. (Art. 155 - Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos...) a) Oficial de Justiça ("meirinho") Art. 143 - Incumbe ao oficial de justiça: auxiliar permanente com fé publica, ele que exerce e cumpre as diligências e atos externos. ("longa manus" do juiz, pois o representa fora do cartório) I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas; II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido; IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem. V - efetuar avaliações. b) Distribuidores Art. 251 - Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz ou mais de um escrivão. Nas comarcas em que há mais de uma vara faz-se necessária a distribuição, para que não haja direcionamento e garantir a imparcialidade. c) Contador Elaborar cálculos aritméticos. d) Partidor – art. 1022, CPC Art. 1.022 - Cumprido o disposto no art. 1.017, § 3º, o juiz facultará às partes que, no prazo comum de 10 (dez) dias, formulem o pedido de quinhão; em seguida proferirá, no prazo de 10 ( dez) dias, o despacho de deliberação da partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário. Quando o individuo morre com bens, esses bens chamam-se montimor. A capacidade jurídica encerra-se juntamente com a o encerramento da personalidade jurídica. Esse "montimor" ao ser partilhado pode ser feito de uma forma homogênea, acordado. Porém, pode sofrer resistência entre seus herdeiros e sucessores, que possuem direito cada um a uma parte. Cada parte do herdeiro chama-se quinhão. Se não há harmonia entre os herdeiros, precisarão da ajuda de um técnico: o partidor. e) Depositário Público – art. 148 – CPC São galpões públicos onde ficam guardados os bens penhorados. Sua responsabilidade encerra-se somente com determinação judicial. 2. Eventuais atuam quando surgir necessidade. Encargo Judicial A. Perito – art. 145 do CPC Art. 145 - Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421. § 1º - Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código. § 2º - Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. § 3º - Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz. É um técnico das mais diversas especialidades. Ex. Ação de erro médico necessita de perícia técnica médica. Assistentes técnicos podem ser nomeados pelas partes. B. AVALIADOR Entende de uma matéria específica para chegar a um valor. Quem avalia a marca "Coca-Cola" ? C. ARBITRADOR – ART. 956 do CPC Art. 956 - Em qualquer dos casos do artigo anterior, o juiz, antes de proferir a sentença definitiva, nomeará dois arbitradores e um agrimensor para levantarem o traçado da linha demarcada. Comum em ações demarcatórias (terras). Ex. Há necessidade de demarcar a terra, início e fim, aí surge o arbitrador. D. INTÉRPRETE – ART. 151 do CPC Art. 151 - O juiz nomeará intérprete toda vez que o repute necessário para: I - analisar documento de entendimento duvidoso, redigido em língua estrangeira; II - verter em português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional; III - traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos, que não puderem transmitir a sua vontade por escrito. Especialista em idiomas, e na linguagem "surdo e mudo". Se o juiz for fluente no idioma, por exemplo, precisará do intérprete. E. DEPOSITÁRIO PARTICULAR – ART. 666 do CPC Art. 666. Os bens penhorados serão preferencialmente depositados: I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de que o Estado-Membro da União possua mais de metade do capital social integralizado; ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito; II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos; III - em mãos de depositário particular, os demais bens. § 1º Com a expressa anuência do exeqüente ou nos casos de difícil remoção, os bens poderão ser depositados em poder do executado. § 2º As jóias, pedras e objetos preciosos deverão ser depositados com registro do valor estimado de resgate. § 3º A prisão de depositário judicial infiel será decretada no próprio processo, independentemente de ação de depósito. F. INVENTARIANTE Representante do Espólio. Extravagantes Correio, imprensa oficial, polícia militar, IML.. ORGANIZAÇÃO JUDUCIÁRIA Normas: a. De atuação da justiça Disciplinam o exercício da jurisdição, da ação e da exceção pelos sujeitos do processo; dita as formas de procedimento e sobre o relacionamento entre os sujeitos. b. De administração da justiça Estabelece normas sobre a constituição dos órgãos encarregados do exercício da jurisidição (lei orgânica – lei de organização) Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Justiça Federal Comum: Estadual Eleitoral Especiais Militar Trabalhista São especiais em razão da especificidade da matéria. STF Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: Significa que além do STF ter competência derivada ou recursal, pode ter competência originária. Ex. ADI, tem efeito 'erga omnes', por ser inconstitucional perante toda a sociedade. a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; a matéria é levada em consideração. b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice- Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; a pessoa é levada em consideração. II - julgar, em recurso ordinário: (grau recursal, competência derivada ou recursal) a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados PROVA DIA 22.06 MATÉRIA DE JURISDIÇÃO ATÉ VESPERA DA PROVA. 04.06.09 ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA STJ – ARTS. 104 E 105 CF Matéria infra-constitucional; - 22 Ministros nomeados pelo presidente da Républica - 35<65 - Justiça Comum Estadual (art. 125, CF) Federal (art. 106 e 110, CF) Trabalho - Justiça Especial Eleitoral Militar - Justiça Federal Originariamente: crime praticado por um juiz federal o TRF julga. Juiz federal (TRF julgar em grau de recurso as causas que vierem dos juízos federais Ações em que a União é parte legítima. O juiz do TRF é chamado juiz federal. Justiça Estadual Cada Estado terá sua Justiça. O estado de SP está formado pelos Juízes Estaduais ( TJ, distribuído conforme a lei orgânica. O juiz do TJ é chamado desembargador. No estado de SP há um órgão especial, e três seções. Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. 1. Tribunal de Justiça do ESP a. Órgão especial – 25 desembargadores (juiz do TJ) Presidente TJ; Corregedor Geral de Justiça; Vice-Presidente; Decano (mais antigo na carreira); Presidente das 3 seções; Seções: Direito Privado – 36 Câmaras Direito Público – 19 Câmaras Direito Penal – 14 Câmaras Cada Câmara é composta por 05 desembargadores. Os presidentes das seções não julgam. 2. 1º Grau - Divisão: + de 200 comarcas (Comarca = foro em quem tem competência o juiz de 1º grau) Pode corresponder ao território de um ou mais municípios. Cada Comarca = 1 ou + juízos (varas, ofícios judiciários) Cada juiz é responsável pelo juízo de seu oficio e cartório (mesmo que quem administre o cartório seja o escrivão). -Comarca: classificação em entrâncias Entrância inicial, intermediária e final. A final é a que está mais próxima à capital. "Câmara = divisão do tribunal " "Juíz = membro da magistratura " "Instância = é grau de jurisdição " "Foro= comarca " "Comarca = divisão territorial " "Juízo = é o que esta sob a responsabilidade do " "juiz (vara e oficio) " "Entrância = classificação das comarcas " "Fórum = prédio " a. capital/ SP – foro central + 15 foros regionais b. interior 08.06.09 Justiças Especiais a. Do trabalho b. Militar c. Eleitoral É considerada uma justiça especial, pois trata de uma matéria específica: trabalho, seja coletivo ou individual. O STJ não atua nessa justiça, somente na justiça comum. Já o STF, sim. Quem dá a estrutura dessa máquina é a CF. Art. 111. (*) São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho (Leis Orgânicas)