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Faculdades Integradas do Vale do Ribeira – FIVR
Química Experimental
Professor: Germano Luiz Ferrari Busato
Período: noturno Semestre: Primeiro
Grupo: Alexandre, Ana, Bruna, Camila, Felipe C.
Experimento realizado em: 04 / 05 / 2010 e 13 / 05 / 2010
Técnicas de Pesagem e Filtragem
O objetivo do experimento será a manipulação de equipamentos de
pesagem e filtragem.
Introdução:
As técnicas empregadas nesse procedimento experimental consistem
na utilização de técnicas de pesagem e filtragem de substancias química, as
quais devem ser realizadas com equipamentos adequados. O experimento a ser
realizado será o uso dessas técnicas nas substancias enxofre e ácido
benzóico. Soluções, em química, são misturas homogêneas de duas ou mais
substâncias. Geralmente, a substância presente em maior quantidade recebe o
nome de solvente, e a de menor quantidade se chama soluto. Ao se aumentar a
quantidade de soluto em uma solução, sobe o ponto de ebulição e desce o
ponto de solidificação. A solubilidade de uma substancia é a quantidade de
um soluto que é possível dissolver num determinado solvente. A solubilidade
de uma substancia também depende da temperatura que for aquecida à solução.
Equipamentos de Pesagem
Balança Analítica
É de uso mais restrito, especialmente na determinação de massas em
análises químicas de determinação da quantidade absoluta ou relativa de um
ou mais constituintes de uma amostra, usualmente apresentam o prato para
colocação de amostras protegido por portinholas de vidro corrediças, pois
leves ou até imperceptíveis correntes de ar podem levar instabilidade ao
valor lido, ou até induzir a um grande erro de leitura. Devido à
necessidade de extrema precisão das medidas efetuadas, estas devem ter
salas específicas para sua manipulação, com condições ambientais
controladas (temperatura, umidade,...), bem como observadas as condições da
rede elétrica de fornecer voltagem dentro dos limites de tolerância
especificados no manual de cada modelo.
É utilizada, na maioria das análises químicas, para se obter massas
com alta exatidão. Balanças semi-analíticas são também usadas para medidas
nas quais a necessidade de resultados confiáveis não é crítica.
Precauções ao se usar uma balança analítica
Por ser um instrumento delicado que deve ser manipulado com extremo
cuidado, algumas regras devem ser seguidas para se trabalhar uma balança
analítica, independentemente de sua marca ou modelo.
a. Centrar o peso no prato da melhor forma possível.
b. Proteger a balança contra corrosão. Objetos a serem colocados no
prato devem se limitar a metais não-reativos, plásticos não-
reativos e materiais vítrios.
c. Precauções especiais devem ser tomadas ao se pesar líquidos.
d. Manter a balança limpíssima. Uma escova de pelo de camelo é útil
para a remoção de material derrubado ou poeira.
e. Sempre esperar que um objeto quente volte à temperatura ambiente
antes de pesá-lo.
f. Usar luvas ou papéis para segurar objetos secos, não transferindo
assim a eles a umidade das mãos.
Fontes de Erro em Pesagem
Correção para Flutuação - Um erro de flutuação afetará os dados se a
densidade do objeto sendo pesado diferir significativamente das densidades
dos padrões. Este erro tem sua origem na diferença da força de flutuação
exercida pelo meio (ar) sobre o objeto e sobre os pesos. A correção para a
flutuação é feita pela equação:
W1 = W2 + W2 [(dar / dobjeto ) - (dar / dpesos )] (Equação 1 )
Onde W1 é a massa corrigida do objeto, W2 é a massa dos pesos padrões,
dobjeto é a densidade do objeto, dpesos é a densidade dos pesos e dar é a
densidade do ar deslocado por eles dar é igual a 0,0012 g cm-3.
Note que o erro é menor que 0,1% para objetos que têm densidade de
pelo menos 2 g cm-3. Portanto, raramente é necessário aplicar correção de
massa para sólidos. O mesmo não acontece para sólidos de baixa densidade,
líquidos ou gases, para os quais os efeitos de flutuação são significativos
e a correção deve ser feita.
A densidade de pesos usados em balanças de prato único e na calibração
de balanças eletrônicas varia de 7,8 a 8,4 g cm-3, dependendo do
fabricante. O uso de 8 g cm-3 é adequado muitas vezes. Necessita-se de
grande exatidão, as especificações da balança devem ser consultadas para
obtenção dos dados de densidade.
Efeitos de temperatura - O ato de se pesar um objeto cuja temperatura
seja diferente de seu ambiente provoca um erro significativo na medida. Não
deixar tempo suficiente para que um objeto aquecido volte à temperatura
ambiente é a principal fonte deste problema. Erros devidos a diferenças em
temperatura têm duas origens. Primeiro, as correntes de convecção dentro da
caixa da balança exercem efeitos de flutuação no prato e no objeto.
Segundo, ar quente trapeado num frasco fechado pesa menos que o mesmo
volume a temperatura mais baixa. Ambos os efeitos provocam uma menor massa
aparente do objeto. Este erro pode ser de até 10 a 15 mg para um cadinho de
porcelana, por exemplo. Portanto, objetos aquecidos devem sempre ser
resfriados a temperatura ambiente, antes de serem pesados.
Outras fontes de erros - Um objeto de vidro ou de porcelana adquirirá
ocasionalmente uma carga estática suficiente para provocar erros de
pesagem. Este problema é particularmente sério quando a umidade relativa do
ambiente é baixa. Freqüentemente, após um curto período, ocorre descarga
espontânea. Uma fonte de eletricidade de baixa intensidade (como por
exemplo, uma escova) na caixa da balança é suficiente para fornecer íons e
liberar a carga estática.
A exatidão da escala óptica de uma balança de prato único deve ser
verificada regularmente, principalmente após condições de pesagem com
capacidade máxima da balança. Um peso padrão de 100 mg é usado para isso.
O equipamento e manipulações associadas com pesagem
A massa de muitos sólidos altera-se com a umidade, devido às suas
tendências a absorver quantidades pesáveis de umidade. Este efeito é
especialmente pronunciado quando uma grande área superficial está exposta,
como no caso de um reagente ou uma amostra finamente dividida. Portanto, o
primeiro passo numa análise típica envolve a secagem da amostra de modo que
os resultados não sejam afetados pela umidade da atmosfera ambiente.
Uma amostra, um precipitado ou um frasco de pesagem é trazido à massa
constante através de um ciclo que envolve o aquecimento (geralmente por uma
hora ou mais) a uma temperatura apropriada, resfriamento e pesagem. Este
ciclo é repetido quantas vezes for necessário para se obter massas
sucessivas que sejam concordantes até 0,2 ou 0,3 mg. Estabelecendo-se a
massa constante, tem-se segurança de que os processos químicos ou físicos
que ocorram durante o aquecimento (ou ignição) se completem.
Observação: O uso comum das balanças popularizou um erro sobre o qual
todos devem ter consciência referente a distinção entre massa e peso. É
importante entender as definições destas duas grandezas:
Massa - Medida da matéria contida em determinada região do espaço, e
portanto constante em qualquer parte do planeta ou fora dele.
Peso - Força com que qualquer massa é atraída para o centro de
qualquer planeta, é variável com a posição na superfície do planeta e com a
distância a este, sendo também influenciável por fatores como magnetismo,
velocidade, etc.
Solubilidade
A solubilidade é a propriedade que as substâncias têm de se
dissolverem espontaneamente numa outra substância denominada de solvente.
A quantidade de substância que se dissolve em determinada quantidade de
solvente varia muito de substância para substância. O álcool, por exemplo,
possui solubilidade infinita em água, pois água e álcool se misturam em
qualquer proporção. Grande parte as substâncias, por sua vez, possui
solubilidade limitada, ou são insolúveis.
Coeficiente de solubilidade
O coeficiente de solubilidade é a quantidade de soluto necessária
para saturar uma quantidade padrão de solvente a uma determinada
temperatura.
O coeficiente de solubilidade geralmente é expresso em gramas por 100
gramas ou 1000 gramas de solvente. Quando o coeficiente de solubilidade é
muito pequeno, como do AgCl, diz-se que a substância é insolúvel. Quando o
soluto e o solvente são líquidos e não se dissolvem entre si, diz-se que os
mesmos são imiscíveis. Quando o coeficiente de solubilidade é muito
pequeno, como do AgCl, diz-se que a substância é insolúvel. Quando o soluto
e o solvente são líquidos e não se dissolvem entre si diz-se que os mesmos
são imiscíveis.
"Substânc"Coeficiente de "
"ia "solubilidade g por 100g"
" "de água a 20º C "
"NaCl "36 "
"Br "64 "
"KNO3 "31,6 "
"CaSO4 "0,2 "
"AgCl "0,0014 "
Regra de solubilidade
Tabela de solubilidade de compostos inorgânicos em água:
"Compostos "Solubilidade"Observações "
"Óxidos de metais "a "Reagem com água e "
"alcalinos e " "formam bases "
"alcalino-terrosos " " "
"Óxidos de não-metais"a "Reagem com água e "
" " "formam ácidos "
"Óxidos de outros "Insolúveis "a "
"elementos " " "
"Ácidos "Solúveis "a "
"Bases de metais "Solúveis "É também solúvel o "
"alcalinos " "NH4OH "
"Bases de metais "Parcialmente"a "
"alcalinos-terrosos "Solúveis " "
"Bases de outros "Insolúveis "a "
"metais " " "
"Sais: Nitratos, "Solúveis "a "
"Cloratos, Acetatos " " "
"Sais: Cloretos, "Solúveis "São insolúveis: Ag, Cu,"
"Brometos, Iodetos " "Hg(2+)2, Pb(2+), HgI2 e"
" " "BiI3 "
"Sais: Sulfatos "Solúveis "São insolúveis: Ca(2+),"
" " "Sr(2+), Ba(2+) e Pb(2+)"
"Sais: Sulfetos "Insolúveis "São solúveis os "
" " "sulfetos de metais "
" " "alcalinos e NH(+)4 "
"Outros ânions "Insolúveis "São solúveis os sais de"
" " "metais alcalinos e "
" " "NH(+)4 "
As substâncias inorgânicas (sais, ácidos e bases) se dissolvem em
água. As substâncias orgânicas não se dissolvem em água, com exceção dos
sais, ácidos e álcoois. As substâncias orgânicas, porém, se dissolvem em
solventes orgânicos, tais como gasolina, tetracloreto de carbono, benzeno,
etc. Considerando a polaridade das substâncias, pode-se notar que as
substâncias com polaridades semelhantes se dissolvem entre si e as
substâncias com polaridades diferentes não se dissolvem entre si. Com base
nesse fato, pode-se concluir que:
- "Uma substância tende a se dissolver em solventes quimicamente
semelhantes a ela."
Levando em consideração o aspecto da polaridade das substâncias, pode-se
dizer:
- "Uma substância polar se dissolve num solvente polar; uma substância
apolar se dissolve num solvente apolar."
Curvas de solubilidade
Normalmente a solubilidade de uma substância varia com a temperatura.
O gráfico que representa a solubilidade de uma substância em função da
temperatura é denominado de curva de solubilidade.
Existem três tipos de curvas :
- Curvas Ascendentes: representam as substâncias cujo coeficiente de
solubilidade aumenta com a temperatura. São substâncias que se
dissolvem com a absorção de calor, isto é, a dissolução é endotérmica.
- Curvas Descendentes: representam as substâncias cujo coeficiente de
solubilidade diminui com o aumento de temperatura. São substâncias que
se dissolvem com liberação de calor, isto é, a dissolução é
exotérmica.
- Curvas com Inflexões: representam as substâncias que sofrem
modificações em sua estrutura com a variação da temperatura. O sulfato
de sódio, por exemplo, até a temperatura de 32,4ºC apresenta em sua
estrutura dez moléculas de água, em temperatura acima de 32,4ºC o
sulfato de sódio perde suas moléculas de "água de cristalização" e a
curva de solubilidade sofre uma inflexão.
Recristalização
A recristalização é um método de purificação de compostos orgânicos
que são sólidos a temperatura ambiente. O princípio deste método consiste
em dissolver o sólido em um solvente quente e logo esfriar lentamente. Na
baixa temperatura, o material dissolvido tem menor solubilidade, ocorrendo
o crescimento de cristais. Se o processo for lento ocorre a formação de
cristais então chamamos de cristalização, se for rápida chamamos de
precipitação. O crescimento lento dos cristais, camada por camada, produz
um produto puro, assim as impurezas ficam na solução. Quando o esfriamento
é rápido as impurezas são arrastadas junto com o precipitado, produzindo um
produto impuro.
O primeiro problema em uma cristalização é escolher um solvente no
qual o material a ser cristalizado mostre o comportamento da solubilidade
desejado. No caso ideal, o material deve ser moderadamente solúvel a
temperatura ambiente e ainda quase completamente solúvel no ponto de
ebulição do solvente escolhido e praticamente insolúvel a baixas
temperaturas; ou seja, um bom solvente para recristalização deve dissolver
grande quantidade da substância em temperatura elevada e pequenas
quantidades em temperaturas mais baixas. O solvente deve dissolver as
impurezas mesmo a frio ou, então, não dissolvê-las mesmo a quente. Às
vezes, uma mistura de dois solventes é mais conveniente. Isto é feito
quando um dos solventes dissolve bem a substância a frio e o outro não,
mesmo a quente. A técnica consiste em aquecer o material a purificar como
melhor solvente até a ebulição da solução da solução, e adicionar
lentamente o pior solvente, até aparecer uma ligeira turvação. Adiciona-se,
então, pequena quantidade do melhor solvente, de modo a obter uma solução
límpida e quente. Geralmente adicionou-se também uma dada quantidade de
carvão ativado, para que impurezas resinosas e "coloridas" sejam extraídas.
Substâncias Químicas
Enxofre
Do latim sulphur é um elemento químico de símbolo S.
É um não-metal insípido e inodoro, facilmente reconhecido na forma de
cristais amarelos que ocorrem em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou
mesmo em sua forma pura (especialmente em regiões vulcânicas). O enxofre é
um elemento químico essencial para todos os organismos vivos, sendo
constituinte importante de muitos aminoácidos. É utilizado em
fertilizantes, além de ser constituinte da pólvora, de medicamentos
laxantes, de palitos de fósforos e de inseticidas.
Possui coloração amarela, mole, frágil, leve, desprende um odor
característico de ovo podre ao misturar-se com o hidrogênio, e arde com
chama azulada formando dióxido de enxofre. É insolúvel em água,
parcialmente solúvel em álcool etílico, porém se dissolve em dissulfeto de
carbono. É multivalente e apresenta como estados de oxidação mais comuns os
valores -2, +2, +4 e +6.
Características Gerais
"Classe, Série Química "Não-metal, representativo "
" "(calcogênio) "
"Número Atômico "16 "
"Grupo, Período, Bloco "16 (VI), 3, p "
"Massa Atômica "32,065u "
"Configuração Eletrônica "[Ne] 3s² 3p4 "
"Eletronegatividade "2,58 "
"(Pauling) " "
O enxofre pode existir em diversas formas alotrópicas, o que pode ser
explicado pela grande energia da ligação SS, de 265 kJ mol1, que só é
inferior às energias das ligações CC e HH. Por exemplo, é possível
sintetizar anéis de enxofre de seis até vinte átomos de S. Esses alótropos
existem ainda em diversas estruturas cristalinas, como o enxofre alfa (α),
beta (β) e gama (γ).
Esses compostos, mesmo possuindo a mesma fórmula molecular,
apresentam propriedades significativamente diferentes. Por exemplo, no que
tange a solubilidade:
O composto α é insolúvel em água, ligeiramente solúvel em álcool,
tolueno, benzeno, éter e amônia líquida e solúvel em bissulfeto de carbono
e tetracloreto de carbono. Já o composto β é insolúvel em água,
ligeiramente solúvel em éter e álcool e solúvel em bissulfeto de carbono,
tetracloreto de carbono e benzeno e o composto γ é insolúvel em água e
bissulfeto de carbono.
"Propriedade/ Forma "Alfa "Beta "Gama "
"Cor "Amarela "Amarela "Amarela "
" " "pálida "Pálida "
"Cristalização "Otorrômbica"Monocíclica "Amorfa "
"Densidade Relativa "2,07 "1,96 "1,92 "
"(20ºC) " " " "
"Ponto de Fusão (°C) "112,8 "118,75 – "120 "
" " "119,3 " "
"Ponto de Ebulição "444,6 "444,6 "444,6 "
"(°C) " " " "
Aplicações
O enxofre é usado em múltiplos processos industriais como, por
exemplo, na produção de ácido sulfúrico para baterias, fabricação de
pólvora e vulcanização da borracha. O enxofre também tem usos como
fungicida e na manufactura de fosfatos fertilizantes. Os sulfitos são
usados para branquear o papel e como conservantes em bebidas alcoólicas. O
tiossulfato de sódio é utilizado em fotografia como fixador já que dissolve
o brometo de prata; e o sulfato de magnésio (sal Epsom) tem usos diversos
como laxante, esfoliante ou suplemento nutritivo para plantas e na produção
de sulfureto de hidrogénio (ácido sulfídrico). O enxofre, após ser oxidado
num forno formando o gás sulfito, é utilizado na clarificação do caldo de
cana-de-açúcar, numa das etapas para obtenção do açúcar refinado.
Ácido Benzóico
O ácido benzóico, C6H5C(O)OH, é um composto aromático classificado
como ácido carboxílico (ou especificamente, ácido monocarboxílico). Este
ácido fraco e seus sais são usados como conservante de alimentos e ocorre
naturalmente em certas plantas.
Seu anel aromático é similar ao do benzeno e é o mais simples ácido
carboxílico aromático. Apresenta-se como um sólido cristalino incolor.
O ácido benzóico é um importante precursor para a síntese de muitas
outras substâncias orgânicas. Entre os derivados do ácido benzóico se
encontram o ácido salicílico e o ácido 2-acetilsalicílico (ou o-
acetilsalicílico), também conhecido como aspirina.
Fórmula molecular: C7H6O2 ou C6H5C(O)OH
Massa molecular: 122 u
Produção
Preparações industriais
Ácido benzóico é produzido comercialmente por oxidação parcial do
tolueno com oxigênio. O processo é catalisado por naftalenatos de cobalto
ou manganês. O processo usa matérias primas baratas, resultando em alto
rendimento, e é considerado ambientalmente adequado ("verde").
Também é produzido a partir do benzeno, reagindo com o cloreto de
metanoíla, tendo como catalisadores o cloreto de alumínio ou o cloreto de
cobre (I), primeiramente produzindo aldeído benzóico (benzaldeído):
C6H6 + Cl-COH (catalisadores: Al2Cl6 / Cu2Cl2 ) C6H5-CHO + HCl
Depois, procedendo-se a oxidação do aldeído benzóico e chegando-se ao
ácido benzóico:
C6H5-CHO + 3 [ O ] C6H5COOH + H2O
Síntese laboratorial
O ácido benzóico é barato e facilmente disponível, de modo que a
síntese em laboratório de ácido benzóico é praticada principalmente por seu
valor pedagógico. É uma preparação comum de graduação em química.
Para todas as sínteses, ácido benzóico pode ser purificado por
recristalização da água devido à sua alta solubilidade em água quente e
baixa solubilidade em água fria. O não uso de solventes orgânicos para a
recristalização torna esta experiência particularmente segura. Outros
solventes de recristalização possíveis incluem ácido acético (anidro ou em
solução aquosa), benzeno, éter de petróleo, e mistura de etanol e água.
"Propriedades "
"Fórmula molecular "C6H5COOH "
"Massa molar "122.12 g/mol "
"Aparência "Cor Cristalina "
"Densidade "1,27 g·cm-3 "
"Ponto de fusão "122,1 °C "
"Ponto de ebulição "250 °C "
"Solubilidade em água "Solúvel (água "
" "quente) "
" "3.4 g/l (25 °C) "
"Solubilidade em metanol, "Solúvel "
"éter dietílico " "
"Acidez (pKa) "4.21 "
Equipamentos Experimentais: Reagentes:
- Becker
- Água destilada
- Erlenmeyer - Ácido Benzóico
- Vidro de Relógio - Enxofre
- Proveta
- Termômetro
- Bastão de Vidro
- Funil Simples
- Bico de Bunsen
- Tripé de Ferro
Procedimento Experimental:
Após verificação de que todos os alunos portavam os EPI(s), adequados
aos procedimentos exigidos pelo experimento e repassado todo o seqüencial
experimental, foi dado início aos trabalhos.
Procedimento Realizado em 13/05
Parte 1
Pesamos 0,5022g de Ácido Benzóico em uma Balança Analítica, em
seguida o adicionamos em um Béquer contendo 10mL de Água Destilada já pré-
aquecida. Levamos a mistura até o bico de Bunsen e com a utilização do
tripé a aquecemos até atingir o 70°C. Retiramos do tripé, agitamos a
mistura e observamos.
Preparamos um sistema de filtragem simples (com funil, papel de
filtro e erlenmeyer), em seguida filtramos a mistura e deixamos resfria-la.
Após esse processo levamos até a estufa sob temperatura de
aproximadamente 105°C, e deixamos permanecer por cerca de 8 minutos. Após
essa secagem pesamos e avaliamos seu rendimento.
Parte 2
Pesamos 0,5015g de Enxofre em uma Balança Analítica, em seguida o
adicionamos em um Béquer contendo 10mL de Água Destilada já pré-aquecida.
Levamos a mistura até o bico de Bunsen e com a utilização do tripé a
aquecemos até atingir o 70°C. Retiramos do tripé, agitamos a mistura e
observamos.
Preparamos um sistema de filtragem simples (com funil, papel de
filtro e erlenmeyer), em seguida filtramos a mistura e deixamos resfria-la.
Após esse processo levamos até a estufa sob temperatura de
aproximadamente 105°C, e deixamos permanecer por cerca de 8 minutos. Após
essa secagem pesamos e avaliamos seu rendimento
Resultados e Discussões:
Parte 1
Após o aquecimento do Ácido Benzóico notamos que o ácido solubilizou-
se em contato com a água destilada aquecida, formando inicialmente uma
camada sobrenadante, e que a aparência adquirida assemelhava-se a de um
silicone.
Em seguida efetuamos a filtragem do mesmo em temperatura ambiente
(resfriado) e posteriormente levamos o resíduo sólido para secar mufla
("estufa"). Após a secagem verificamos que ocorreu o inicio da
recristalização do acido benzóico que passou a assumir a forma de
"agulhas", (indicando a sua recristalização).
"Massa Inicial "Massa Final "Perda de massa "Perda de massa "
" " "(g) "em % "
" " " "(aproximado) "
"0,5022g "0,3940g "0,1082 "21,54 "
Parte 2
Após o aquecimento do Enxofre o resultado obtido foi a não
solubilização quando em contato com a água destilada aquecida. O enxofre
permaneceu com as características iniciais demonstrando a formação de uma
película que impediu o contato do próprio material ou de outros (vareta de
vidro e o termômetro, por exemplo) com a água destilada.
Em seguida efetuamos a filtragem do mesmo em temperatura ambiente
(resfriado) e posteriormente levamos o resíduo sólido para secar mufla
("estufa"). Após a secagem verificamos que o enxofre adquiriu a mesma
forma inicial ( a forma de antes do aquecimento), a forma de pó.
"Massa Inicial "Massa Final "Perda de massa "Perda de massa "
" " "(g) "em % "
" " " "(aproximado) "
"0,5015g "0,5384g " + 0,0369 "+ 7,35 "
Observação: Importante salientar que no quadro referente aos rendimentos
apresentado nos experimentos está descontado o valor do papel onde
permaneceu o resíduo sólido de cada elemento, no entanto, registramos o
valor referente ao papel (seco) que foi de 0,8506 g.
Conclusão:
Na primeira parte do experimento o Ácido Benzóico se solubiliza
facilmente com a água destilada em temperatura elevada e sofre
recristalização após a secagem na estufa pelo fato de ser uma
característica própria, como descrito na Introdução deste Relatório.
Na segunda parte do experimento o Enxofre não se solubiliza com a
água e forma uma película impedindo o contato do bastão de vidro com a água
destilada, pois em pesquisa posterior constatamos que tal evento ocorreu,
pois o elemento água é constituído por moléculas polares, enquanto o
enxofre é formado por moléculas apolares, portanto para que houvesse a
solubilização do enxofre seria necessário colocá-lo em contato com outro
produto de moléculas apolares, como por exemplo, a acetona. Uma outra
possibilidade é expor o enxofre a uma temperatura acima de 120 ºC, segundo
o Professor de Química Experimental da turma, Prof.º Germano. O grupo expôs
o enxofre a uma temperatura de 100º C e observou que algumas partículas
começaram a se desprender tornando-se mais densas e repousando no fundo do
Becker, o que de certa forma confirma o que foi dito pelo Prof.º Germano,
no entanto, o grupo não deixou que o enxofre ultrapassasse essa temperatura
por motivos de segurança, já que não sabíamos se o Becker suportaria,
evitando dessa forma eventuais danos ao material e risco aos membros.
Ainda no experimento com o Enxofre a etapa referente à pesagem, o
grupo verificou que não houve perda de massa, e sim um acréscimo da mesma,
fato atribuído ao tempo de permanência na mufla, que não foi o suficiente
para secagem total do papel contendo o resíduo.
Os experimentos foram realizados de maneira articulada, utilizando os
equipamentos necessários de segurança e com amplo empenho dos membros do
grupo, de modo que tais itens conduziram ao manuseio correto dos materiais
e resultados satisfatórios.
Em termos de equipamentos utilizados o que nos conferiu maior atenção
foi à balança devido a sua precisão, lembrando sempre de deixá-la fechada
evitando-se assim variação quanto à massa.
O grupo contou com auxílio do professor da turma e um "assistente",
sendo que o primeiro além de prestar as devidas orientações fomentou novas
dúvidas que por sua vez geraram novas fontes de pesquisas posteriores,
facultando assim ao grupo a possibilidade ampliarem a compreensão a cerca
do experimento e da construção de novos conhecimentos.
Como os resultados descritos contemplam uma segunda realização, muitos
equívocos foram descartados, otimizando os resultados alcançados pelo
experimento.
Bibliografia:
http://www.ufpa.br/quimicanalitica/sbalancas.htm 11/05 13:32
http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/balanca_analitica.htm 11/05 13:38
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofre 10/05/10 13:44
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_benzoico 11/05 13:28
http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/produtos/acido_be.html
10/05 13:29
http://www.setrem.com.br/ti/trabalhos/quimica/solucoes.htm 25/05
11:33
http://www.tabela.oxigenio.com/nao_metais/elemento_quimico_enxofre.htm
25/05 11:34
Recristalização, Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição – Universidade Federal
de Goiás – Instituto de Química – Laboratório de Preparações; Eli Silveira
Alves Junior, Bruna Ferreira Silva, Larissa Carvalho Silva – Abril/2009