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Segurança na construção civil

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, Etec - ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL BARTOLOMEU BUENO DA SILVA – ANHANGUERA Cristina Lucia da Silva Edivaldo Manoel Vicente Mendes de Morais Luiz Carlos da Silva Pedro Henrique Sampaio Oliveira William Freitas ÍNDICE DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL – TRABALHO EM ALTURA Santana de Parnaíba – SP Dezembro - 2013 Cristina Lucia da Silva Edivaldo Manoel Vicente Mendes de Morais Luiz Carlos da Silva Pedro Henrique Sampaio Oliveira William Freitas ÍNDICE DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL – TRABALHO EM ALTURA Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado na Escola Técnica Estadual Bartolomeu Bueno da Silva – Anhanguera como requisito parcial à obtenção do grau em Segurança do Trabalho. Professora Orientadora: Luciana Madureira Domingues Santana de Parnaíba – SP Dezembro - 2013 Folha de Aprovação Conceito: ________ Índice de acidentes na construção civil – Trabalho em Altura Banca examinadora: Professor (a) ___________________________________ Assinatura _____________________________________ Professor (a) ____________________________________ Assinatura______________________________________ Professor (a) ____________________________________ Assinatura_______________________________________ Santana de Parnaíba – SP Dezembro - 2013 Dedicatória A realização de um sonho depende de dedicação, perseverança e muita fé. Acredite que você é capaz de conquistar e, mesmo em meio às lutas, ser um vencedor. Dedico este trabalho a meus pais, pois, sem eles, a minha formação profissional não teria sido concretizada, pois em todo tempo estiveram comigo. Agradecimento A Deus, pois por muitas vezes querendo para e deixar os objetivos, mim deu forças para hoje vivenciar a alegria de formar. Agradeço a todos que de uma forma direta ou indireta colaboraram para com este trabalho, em especial aos professores da Etec Bartolomeu Bueno da Silva pelo empenho e dicação. Mensagem Nunca deixe de acreditar nos seus sonhos e buscar seus objetivos, pois no caminho é certo que obstáculos surgirão e você irá superá-los com o desejo de vencer. Deus não fez superheróis no mundo dos mortais, mas Ele lhe fez capaz de vencer e conquistar o impossível. Índice de acidentes na construção civil Resumo O Brasil está na lista dos países que mais ocorre acidentes na construção civil, tendo em vista esta afirmação pelo Ministério do Trabalho, as fontes de estudos e pesquisas tomados por base foram as Normas Regulamentadoras 2013, a consulta de bibliografia, a opinião de pessoas ligadas à função, e a internet. Os índices são apresentados por setor de trabalho, o que possibilita uma melhor ação no que diz respeito a prevenção dos acidentes nas fases da obra. Portanto, as atividades no trabalho em altura é o foco principal do estudo aqui apresentado. As orientações que recomendamos neste trabalho têm como base as Normas técnicas e Normas Regulamentadoras (NR.) E associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com foco em prevenção de acidente em atividades na construção civil trabalho em altura, pois cada vez mais vem aumentando o grande índice de acidentes relacionado as atividades neste setor. Onde é negligenciado por parte do empregador: treinamento de habilitação do trabalhador, capacitação e a implantação de Normas regulamentadoras obrigatórias pertinentes as atividades executadas no trabalho em altura. Muitos acidenteis que acontecem com o colaborador se deve a não utilização dos EPI’s (Equipamento de Proteção Individual), ou se utiliza mas não corretamente, e quando não colabora com as implementações das normas legais pelo empregador. Além de estes motivos serem umas das principais causas dos acidentes, há também outros fatores que implicam bastante no aumento das ocorrências de acidentes de atividades em alturas como, por exemplo: falta de manutenção preventiva periódica dos equipamentos de seguranças, EPI e EPC (equipamento de proteção coletiva). Trabalhos executados em situações de riscos em Intempéries (chuvas, ventos e relâmpagos). _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 7 Palavras-chave Índice de Acidentes, Construção civil, Obras e Trabalho em altura. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 8 Accident rate in construction work at height Abstract Brazil is the list of countries that most accidents occur in construction, in view of this statement by the Ministry of Labour, the sources of studies and surveys were taken based on the regulations concerning 2013 , to consult the bibliography , the opinion of people connected function , and the internet . The indices are presented by sector of employment, enabling a better action regarding the prevention of accidents in the construction phases. Therefore, an activity in work at height is the main focus of the study presented here. The guidelines recommend that in this work are based on the Technical Standards and Regulatory Standards (Nr) and Brazilian Technical Standards (ABNT) association. With a focus on accident prevention activities in the construction work at height, as more comes increasing the great number of accidents related activities this sector. Where is overlooked by the employer: Enabling the worker, training and implanting of mandatory regulatory standards relevant activities performed in working at height training. Many accidents That happen to the employee should not use of PPE’s (Personal Protective Equipment), or is used but not properly, and when not working with the implementations of legal norms by the employer. Besides these reasons are a major cause of accidents, there are also other factors that give rise to quite the increase of occurrences of accidents activities at heights such as: lack of periodic preventive maintenance of security equipment, PPE and EPC (collective protection equipment). Work performed in situations of risk in weather (rain, wind and lightning). Keywords Index Accidents, Building, Construction and Working at height. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 9 FOLHA DE ERRATA _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 10 Lista de Figuras, Quadros e Tabelas Figura 1 – Acidente....................................................................................................29 Figura 2 – Treinamento de trabalho em Altura..........................................................33 Figura 3 – Cinto paraquedista em v ........................................................................37 Figura 4 – Cinto paraquedista ..................................................................................37 Figura 5 – Talabarte de Segurança Tipo Regulável modelo 1 ................................37 Figura 6 – Talabarte de Segurança Tipo Regulável modelo 2 .................................38 Figura 7 –. Talabarte em Y ............................................ ........................................38 Figura 8 – Talabarte Tipo Y Com Absorvedor De Energia.......................................38 Figura 9 – Dispositivo Trava Quedas........................................................................39 Figura 10 – Mosquetão.............................................................................................39 Figura 11 –. Dicas Protegildo....................................................................................40 Figura 12 – Gruas.....................................................................................................43 Figura 13 – Elevadores de Passageiros...................................................................47 Figura 14 – Elevação de bateriais............................................................................48 Figura 15 – Torres de Elevadores............................................................................50 Figura 15 –Ilustrações em desenho 1......................................................................53 Figura 15 – Ilustrações em desenho 2.....................................................................54 Quadro 1 –. Histórico de Segurança do Trabalho no Brasil.....................................34 _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 11 Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 14 1- PERGUNTA DE PESQUISA .............................................................................................................. 15 2- HIPÓTESE ....................................................................................................................................... 15 3- OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 15 3.1- Objetivo Geral ............................................................................................................................ 15 3.2- Objetivos Específicos.................................................................................................................. 15 3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 16 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................. 17 4.1. ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO CIVIL ......... 17 4.2. BRASIL - DISTRITO FEDERAL TEM ALTO ÍNDICE DE ACIDENTES DE TRABALHO.......................... 17 4.3. ACIDENTES RELACIONADOS COM A MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL. .. 19 4.4. PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................... 20 4.5. ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL. .......................................................................................... 22 5. METODOLOGIA.................................................................................................................................. 24 6.DESENVOLVIMENTO........................................................................................................................... 25 6.1. CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................................................................................... 25 6.2 RESPONSABILIDADES................................................................................................................... 26 6.3 CAUSAS E CONSEQUÊNCIA DE ACIDENTES EM ALTURA ............................................................. 28 6.4. TRABALHOS EM ALTURA ............................................................................................................ 30 6.5. RESPONSABILIDADES.................................................................................................................. 32 6.5.1 Cabe ao empregador – NR 35 ....................................................................................... 32 6.5.2 Cabe aos Trabalhadores ................................................................................................. 32 6.6. PRINCIPAIS ÁREAS ONDE OCORREM OS ACIDENTES ................................................................. 33 6.7 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO EM ALTURA ............................................................................ 33 6.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 35 6.8.1. Equipamentos de Proteção Individual .......................................................................... 35 6.9. EPI´S MAIS UTILIZADOS NOS TRABALHOS EM ALTURA ...................................... 37 6.10. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA .......................................................... 40 6.11. MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS.................................................. 43 6.11.1 Gruas ................................................................................................................................ 43 6.11.2. Elevadores de Cremalheira ......................................................................................... 47 _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 12 6.11.3. Elevadores de Passageiros ......................................................................................... 48 6.11.4. Elevadores de Transporte de Materiais ..................................................................... 50 6.11.5 Torres de Elevadores .................................................................................................... 51 7. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................................... 53 7.1. TÉCNICAS DE PREVENÇÃO DE QUEDAS ...................................................................................... 53 7.2. PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEDAS ................................................................................................ 54 7.3. OPERAÇÕES E PREVENÇOES ....................................................................................................... 55 7. RESULTADOS OBTIDOS ...................................................................................................................... 57 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................... 58 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 60 10. GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................... 64 _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 13 1. INTRODUÇÃO Conforme dispõe o art. 19 da lei nº 8.213/91, “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Devido ao grande crescimento de acidentes com mortes na construção civil em que vários textos relacionados foram pesquisados, percebe-se a importância de desenvolver este trabalho para entender as causas e motivos do grande índice de acidentes crescerem a cada dia. Para que possamos com dados técnicos e estudos criar algumas ideias que ajudem a diminuir as estatísticas de acidentes e ser mais efetivos nas fiscalizações rotineiras dando mais atenção na prevenção com mais vigor e ênfase nas normas regulamentares onde estaremos sempre nos orientando e desenvolvendo novas técnicas de segurança que possa solucionar ou amenizar estes acidentes que além de causar prejuízo para o governo na previdência em termos econômico e os acidentes que além de afastar os operários acabam com vidas de pessoas que precisam de uma boa orientação e de profissionais que realmente ajam com compromisso e seriedade na segurança em atividades em primeiro lugar. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 14 1- PERGUNTA DE PESQUISA Quais as principais causas de acidentes de trabalho na construção civil? 2- HIPÓTESE A falta de orientação por parte do empregador causa acidentes é uma das principais caudas dos acidentes de trabalho em altura na construção civil. 3- OBJETIVOS 3.1- Objetivo Geral Entender as principais causas de acidentes de trabalho em altura na indústria da construção civil e quais os setores da obra com maior índice e promover ações para gerar melhorias nas atividades da construção civil objetivando o compromisso com o desenvolvimento, saúde e segurança no trabalhado. 3.2- Objetivos Específicos  Entender de que forma a empresa trabalha  Quais os trabalhadores mais vitimados  Frequência em que os acidentes ocorrem  Quais setores O índice de acidentes é direcionado a grande massa de empregadores da construção civil, para que possam desenvolver métodos seguros e eficazes nas atividades, como também para que técnicos de segurança possam fazer uso de suas atribuições legais. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 15 3. JUSTIFICATIVA Em nível mundial o trabalhador da construção civil tem três vezes mais probabilidades de sofrer acidentes mortais e duas vezes mais probabilidade de sofrer ferimentos que os trabalhadores de outras áreas. Cerca de 98% das empresas da construção civil são micro ou pequenas empresas, considerando aquelas que empregam até 99 trabalhadores consequentemente, as PME (Pequenas e Micro Empresas) são as mais afetadas com os índices (FACTS, 2010) Segundo o anuário estatístico do Ministério da Previdência Social divulgado em 2012 a indústria da construção civil apresentou um aumento, passando de 60.415 em 2011, para 62.874 em 2012. Estes dados podem não ser um espelho da realidade, pois muitos acidentes não são considerados para fins de estatísticas, porque estão registrados de forma genérica, por exemplo, como acidentes de trânsito. As estatísticas continuam demonstrando a necessidade de ampliação do número de auditores fiscais do Trabalho, para atuar na prevenção de acidentes, exigindo o cumprimento das Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde no Trabalho. Mediante as estatísticas é possível perceber que o Brasil lidera o ranking em acidentes na indústria da construção civil, em comparação as demais áreas de risco. Vale salientar que nem todos os casos são comunicados pelos empregadores aos órgãos competentes. Esse número de mortes poderia ser ainda maior, pois são dados apenas de trabalhadores com carteira assinada deixando de fora mais de 40 % dos informais. Tendo em vista o cenário apresentado, este trabalho é importante porque visa entender as causas dos acidentes, com foco principal das atividades em trabalho em altura, onde a maioria dos acidentes é fatal. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 16 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1. ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Com base nos problemas enfrentados pelos trabalhadores na área da construção civil, entende-se que a muitos problemas enfrentados por eles no quesito do ambiente de trabalho, função exercida e o comportamento de cada indivíduo que pode afetar o seu desempenho e sua vida. Os problemas variam desde a exposição ao tempo, fadiga, e até mesmo funções que os fazem ter problemas ergonômicos. O (Estudo de Caso Na Área da Construção Civil) se refere a uma empresa, onde se analisa a qualidade de vida e bem estar dos trabalhadores, observando de modo geral o processo de trabalho e identificar formas melhores de gerenciamento, com uma correção na organização. As áreas estudadas são de partes da organização, ambiente e comportamentais. Um questionamento feito com uma parte dos trabalhadores de uma empresa resultará em opiniões dadas pelos próprios trabalhadores, para uma melhor qualidade de vida e na organização. Este questionário foi usado em pratica, e os resultados mostram que os colaboradores da empresa estão mais satisfeitos, mas não de um modo geral em relação à qualidade de vida de cada um. Em maioria tivemos resultados benéficos para os trabalhadores, sendo a maioria relacionada a elementos ambientais, comportamentais e organizacionais. Com isto pode se dizer que os trabalhadores tiveram melhorias significativas a ponto de terem mais autoestima, e consequentemente uma melhor produtividade e o bem estar no ambiente de trabalho. (ELISA GIRARDI, 2002). 4.2. BRASIL - DISTRITO FEDERAL TEM ALTO ÍNDICE DE ACIDENTES DE TRABALHO A construção civil lidera o ranking das áreas de risco. Estatísticas da previdência publicadas em 2010 mostraram que pelo menos um trabalhador é _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 17 vitimado em Brasília, ocorreram 8.341 casos em 2010, incluindo doenças adquiridas na execução dos serviços e outras lesões relacionadas ao trajeto para a empresa. Acidentes com mortes geralmente ocorrem por fatores, que vão desde as condições inadequadas, uso de EPI´s inadequados e descumprimento das normas (CORREIO DO BRASIL, 2012) O Ministério da Previdência 2012 registra mais de uma morte por dia incluindo todos os canteiros de obras espalhados pelo Brasil. São Paulo também não fica de fora do alto índice tendo a mesma quantidade de mortes por dia em canteiros de obras. O ramo da construção civil é o que mais mata de acordo com o sindicato do setor econômico, esse número de mortes poderia ser ainda maior, pois são dados apenas de trabalhadores com carteira assinada deixando de fora mais de 40% dos informais. Segundo Curado, em entrevista para o G1 Portal de Notícias da Globo, 2012, devido ao número alarmante de mortes, o governo precisa adotar ações urgentes para reverter esse quadro. Uma delas seria investir na inclusão, nas escolas, de disciplinas que ensinem as crianças a evitar acidentes. Já para o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, 2012, na mesma entrevista para o G1, Portal de notícias da Globo, os investimentos na construção e no mobiliário causaram impacto também nos acidentes e mortes verificadas no setor, devido a despreparação da mão de obra. Destaca que as empresas investem na segurança e que os acidentes chamam a atenção por causa da gravidade e do interesse da imprensa. Esse número pode ser reduzido desde que as normas de segurança sejam respeitadas. Antônio de Sousa Ramalho (2012), presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), não exitou em falar em meio a entrevista para o G1 que, no Estado de São Paulo quase todo dia obras são interditadas por irregularidade . Ramalho ressalta que o país dispõe de boas normas de segurança que, se respeitadas, poderiam reduzir os acidentes e mortes nos canteiros. Para que isso aconteça, diz ele, seria necessário aumentar a fiscalização. “Não deveria existir acidente. Quando acontece, é por falta de prevenção e cuidado”, diz Ramalho. “Aqui em São Paulo, paramos obras quase todo dia por desrespeito às normas de segurança”, completou. O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Brasília Valdir Pereira da Silva concorda que os acidentes são resultado de falha no cumprimento _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 18 de normas de segurança. E diz que a situação só vai mudar com conscientização de trabalhadores, além de fiscalização e repreensão, inclusive com multas altas contra as empresas, que são as responsáveis pelo cumprimento das regras. “A empresa é a responsável pela aplicação das normas e tem que fiscalizar e cobrar dos seus trabalhadores o cumprimento delas. Jogar a culpa nos funcionários quando ocorre o acidente, ou alegar que eles acontecem por conta da baixa escolaridade, é uma visão simplista e injusta”, diz Silva. (G1, 2012) 4.3. ACIDENTES RELACIONADOS COM A MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL. Em toda construção civil, a necessidade de movimentação de cargas de forma manual, por ser um ambiente com obstáculos, e em certos casos apenas com acesso de pessoas, devendo este ambiente, ser adequado o suficiente para que o trabalhador consiga de forma mais segura se movimentar e cumprir com seus deveres (Rui Pedro Labrincha Azevedo, 2010). O tema esta relacionado a uma observação frequente, sobre as causas e motivos destes acidentes. Um dos setores com maior número de acidentes mortais, com foco a queda em altura. A importância por quedas em altura seja pelo seu índice, consequências e gravidade, não pode ser ignoradas também quedas ao mesmo nível, que pode trazer danos significativos aos trabalhadores. De acordo com a literatura, estes acidentes estão relacionados a escorregamentos, tropeços em obstáculos ou estruturas na obra, tendo piora em um ambiente de trabalho desorganizado (Azevedo, 2010). O transporte de objetos de peso e dimensões consideráveis é uma função frequente em varias atividades, dificultando a movimentação e o equilíbrio postural do trabalhador e a sua capacidade de percepção de riscos, levando a quedas, apesar destas funções em obras serem pequenas partes de ocorrências. A tese pretende compreender a contribuição do movimento de cargas a quedas no ambiente de trabalho. Foi desenvolvido, com base na revisão bibliográfica de modelos anteriores de causas de acidentes na construção, entrevistas a quarenta e quatro especialistas ligados ao setor Em ultimo lugar, foi feito a simulação _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 19 laboratorial de casos com recurso aos trabalhadores da construção. (Rui Pedro Labrincha Azevedo, 2010). As Entrevistas permitiram validar o modelo e compreender cada uma das variáveis de acidentes em obra e manter a simulação laboratorial de casos, e também evidencia a idade, força muscular, capacidades cognitivas, motivação, formação percepção de risco, características do objeto, utilização de estruturas temporárias, tarefas e supervisão das mesmas, o plano de construção e segurança, características do local de trabalho com elevada importância na ocorrência de acidentes, durante a realização de operações de transporte manual de cargas. A simulação de casos mostra o desempenho de tarefas, envolvendo a movimentação manual de objetos, o que permitiu compreender a contribuição destas tarefas aos acidentes em obra. A análise estatística dos dados obtidos sugere alterações na função do trabalhador e transposição de obstáculos, potenciando a probabilidade de ocorrência de acidentes. Este estudo confronta conhecimentos associados à engenharia, segurança, ergonomia e biomecânica, colocando evidencia a necessidade de multidisciplinariedade na resolução de problemas relacionados à segurança de trabalhadores, com vista à optimização de resultados (Pedro Labrincha Azevedo, 2010). Com isto preservar vidas que por simples erros organizacionais, poderiam ser perdidas, trazendo um melhor conforto e eficiência aos trabalhadores. 4.4. PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL Em nível mundial, os trabalhadores da construção civil têm três vezes mais probabilidades de sofrer acidentes mortais e duas vezes mais probabilidades de sofrer ferimentos que os trabalhadores de outras áreas. Os custos destes acidentes são enormes, tanto para o indivíduo, como para as empresas e também para a sociedade. Cerca de 98% das empresas de construção civil são micro ou pequenas empresas, considerando aquelas que empregam até 99 trabalhadores, _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 20 Consequentemente, as PME são as mais afetadas pelos acidentes na construção civil. (FACTS, 2010) Tendo em vista a exposição diária de cada trabalhador, a empresa deverá cumprir com as normas pertinentes a saúde e segurança do trabalho como também implantar medidas de aplicação das mesmas. A parte de segurança está basicamente relacionada a fatores importantes, como o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), pois, contendo as devidas especificações, treinamentos mediante o recebimento de cópias de procedimentos e operações a serem realizados no local de trabalho. Outro sim, a sinalização de segurança e ou saúde são importantes neste setor econômico, todos os riscos e tipos de perigos existentes no local devem está bem sinalizados. No Brasil, a Norma Regulamentadora NR-18, 2013, do Ministério do Trabalho e Emprego que trata das condições e meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção - PCMAT estabelece, entre os seus diversos itens, diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Quanto à movimentação e transporte de materiais e pessoas, os equipamentos de transporte vertical de cargas devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado. A NR-11 – que alude sobre transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais estabelece os requisitos de segurança observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem, e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Está determinado também na NR-18 que todo canteiro de obras deve haver áreas de vivências mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza, e que sejam equipadas com instalações sanitárias; vestiário; alojamento; local de refeições; cozinha, quando houver preparo de refeições; lavanderia; área de lazer; ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. A prevenção prévia por meio de análise de risco no local é imprescindível, pois pode ser facilmente aplicada no objetivo de impedir ocorrências de acidentes. Através deste estudo ou análise poderá ser desenvolvida uma ideologia de segurança no que diz respeito à redução de exposição do perigo. Todos os perigos _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 21 devem ser identificados. Os resultados da análise ajudarão a tomar medidas de boas práticas adequadas. Além da avaliação global dos riscos é necessário efetuar um acompanhamento constante e proceder a inspeções regulares (FACTS, 2010). 4.5. ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL. A construção civil não ocupa mais o primeiro lugar entre os setores econômicos de maiores índice de acidentes no Brasil, porém fica em segundo lugar perdendo para o setor rural. Mesmo com os esforços do governo para tentar diminuir os acidentes, com a atenção nas três esferas que são: Revisão nas normas de segurança, Entidades de classe e Registro de ocorrências. Mesmo assim acidentes vêm crescendo de forma assustadora no setor da construção civil. (DALMORO, 2010) De acordo com as estatísticas do engenheiro e consultor do Ministério Público do trabalho (MPT), Sérgio Antônio, 2010, o número de acidentes de trabalho cresceu entre 2004 a 2006 passando de 465.700 para 503.890. Dados referentes à construção civil em porcentagem são o mesmo 6,2%. E em 2005 com 5,8% tendo em vista uma diminuição significativa. Deve-se considerar o crescimento da atividade produtiva do setor de construção civil como uma área de constate movimento em conjunto com o crescimento do País e sua economia. Alguns fatores de acidentes que mais ocorre na construção civil no mundo todo são: trabalhos em alturas e quedas de materiais sobre os operários. Em segundo lugar: choques elétricos e em terceiro e ultimo soterramentos. Muitos destes acidentes poderiam ser evitados com os equipamentos de segurança obrigatórios respectivos da função, porem muitos negligencia como no caso de um carpinteiro, que trabalhava em uma obra em Brasília onde a tábua que servia de piso não suportou o peso do funcionário, cedeu na queda o funcionário quebrou uma perna ao montar um andaime na altura de dois metros, e o pior de tudo é que o mesmo fez parte da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). O carpinteiro relata que recentemente perdeu um companheiro que caiu do sétimo andar de um prédio, devido ao equipamento de segurança ter se rompido no cabo _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 22 da cadeirinha. Domingues desabafa e que está muito difícil trabalhar nas obras, pela questão da maioria dos empregadores não fornecerem os equipamentos de segurança nas atividades de risco e nas atividades que são necessários o uso dos EPI`s. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 23 5. METODOLOGIA O trabalho apresentado foi desenvolvido com base em pesquisas realizadas em entrevistas, leitura de textos e pesquisas na internet. O conteúdo apresentado foi elaborado de forma que atenda as necessidades de cada empresa da construção civil ou frente de trabalho, objetivando a promoção de saúde e segurança no ambiente de trabalho. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 24 6.DESENVOLVIMENTO 6.1. CONSTRUÇÃO CIVIL Construção civil é o termo que engloba a confecção de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infra-estruturas, onde participam arquitectos e engenheiros civis em colaboração com técnicos. (WIKIPEDIA, 2013) A Indústria da Construção Civil é uma das que apresenta as piores condições de segurança e um dos maiores índices de acidentes a nível mundial. O Brasil não difere dos índices mundiais, tendo um dos maiores números de acidentes de trabalho ocorrendo na construção civil. Com o crescimento das atividades ligadas a esta indústria, e com o novo programa desenvolvido pelo governo federal, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), observa-se um acréscimo das atividades e número de trabalhadores ligados à construção, aumentando e muito os números de obras em todo o Brasil, e desta forma, a elevação proporcional do risco de acidentes. Portanto, é imprescindível o cumprimento das normas regulamentadoras, tanto por parte dos contratantes quanto dos contratados. É de fundamental importância o aprimoramento e melhoria dos mecanismos já existentes voltados para a Saúde e Segurança do trabalhador, a fim de proporcionar melhorias e segurança na execução de suas atividades. Em todo tipo de atividade, a mão-de-obra é fundamental, na construção civil não é diferente, pois apresenta em seu histórico uma necessidade de contratação de funcionários qualificados e treinados para realizar os serviços que vão desde os mais simples como, recolhimento de ferramentas, até os mais complexos, como escavações, concretagem, trabalho em altura entre outros. Porém nem sempre isso acontece, o que acaba comprometendo a qualidade dos serviços e aumentando o risco de acidentes. “A alta no investimento na construção civil nos últimos anos – no setor imobiliário e em infraestrutura – teve impacto também nos acidentes e mortes verificadas no setor. O país não estava preparado com profissionais qualificados para o trabalho, esse fator acaba contribuindo para que acidentes venham ocorrer com mais facilidade” (ISHIKAWA,2012). _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 25 Segundo dados da Previdência, em todo o país, 438 trabalhadores da construção civil morreram em acidentes de trabalho em 2010. O setor foi o terceiro que mais matou. E os números podem ser ainda maiores – o próprio governo os considera subestimados, já que só levam em conta funcionários com carteira assinada e deixam os informais de fora. Na construção civil, os informais são cerca de 40% da mão de obra, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) (G1 ECONOMIA, 2012). O setor da construção civil é aquele que apresenta um maior risco de ocorrência de acidentes, sendo que todos os anos morrem mais de 13.000 pessoas. No Brasil, a atividade econômica citada também lidera as estatísticas de acidentes de trabalho na maioria das regiões. Em nível mundial, os trabalhadores da construção civil têm três vezes mais probabilidades de sofrer acidentes mortais e duas vezes mais probabilidades de sofrer ferimentos que os trabalhadores de outras áreas, isso se dar pelo fato dos diversos níveis das obras apresentarem diferentes riscos em suas etapas. (FACTS, 2012). Algumas regiões do Brasil se destacam com maior concentração de acidentes na construção civil, isso apresentado em números. 6.2 RESPONSABILIDADES Quaisquer indivíduos como supervisores de projeto, empregadores e trabalhadores por conta própria, todos têm o dever de implantar medidas de segurança em todo o estabelecimento que admitir alguém em regime de emprego objetivando assim a promoção à saúde, higiene e segurança dos trabalhadores. No Brasil, a Norma Regulamentadora NR-18 (2012) do Ministério do Trabalho e Emprego que trata das condições e meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção – PCMAT (Programa de Condições e Maio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) estabelece, entre os seus diversos itens, diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 26 Construção. Prescrições dadas pela NR-18 devem ser observadas com muita atenção, pois algumas realizações de tarefas em canteiros de obras só poderão ser executadas por pessoas legalmente habilitadas. Está determinado também na NR-18 que todo canteiro de obras deve contar com a presença de áreas de vivência mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza, e que sejam equipadas com instalações sanitárias; vestiário; alojamento; local de refeições; cozinha, quando houver preparo de refeições; lavanderia; área de lazer; ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. Exigências das Normas Regulamentadoras devem ser cumpridas sem prejuízo da eficácia da mesma, outro sim, além de aplicar, a empresa está incumbida de zelar pelo cumprimento das Normas Regulamentadoras cobrando e orientando cada trabalhador sobre a importância em atendê-las. O item 6.3 da diz que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência. Vale salientar que o primeiro passo após identificar os riscos é buscar formas de eliminá-lo. No entanto, além de disponibilizar os EPI´s ao trabalhador quando não for possível eliminar o risco, a empresa deve treiná-lo para o uso correto dos EPI´s objetivando a diminuição dos efeitos nocivos a sua saúde, como também informar os riscos existentes em seu espaço de trabalho. O empregado deve obedecer às regras de segurança imposta pela empresa. O fato do trabalhador está com o EPI não significa afirmar que ele está livre de ser vitimado por um acidente. Com entendimento obtido em estudo, principalmente em sindicatos da classe, é possível afirmar que a falta de uso de EPI não é a principal causa dos acidentes, claro, há preocupação quanto ao uso correto dos EPI´s, mas, _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 27 vários fatores de diferentes setores da atividade contribuem para que o acidente ocorra. 6.3 CAUSAS E CONSEQUÊNCIA DE ACIDENTES EM ALTURA As lesões por queda costumam ser graves. Quebra de pernas, braços e bacias chegam a ser comuns. Em alguns casos, o acidente pode levar a morte, não pela altura, mas pelo modo como o trabalhador chega ao solo. O grande crescimento da construção civil no Brasil é questionado pelas autoridades politicas pelo fato do aumento do numero de acidentes de trabalho e mortes de operários, quedas ocasionadas por trabalhos em altura é uma das principais causas. Este problema esta preocupando entidades como auditor do trabalho, gestores públicos e especialistas da justiça do trabalho, como também profissionais da segurança no trabalho, isso em virtude da rapidez e gravidade que esses dados aumentam na construção. (SENADO FEDRAL, 2013) Segundo Sebastião Geraldo de Oliveira 2013, desembargador representante do Tribunal Superior do Trabalho, a cada dia no ano de 2011, em média, 50 trabalhadores foi afastado do trabalho por invalidez permanente e até mesmo óbito, os quais foram vitimas de acidentes de trabalho, e também invalidez temporária de outros trabalhadores. Esses números poderiam ser muito maiores, pois as ocorrências com os trabalhadores informais não são registradas. Diversos fatores podem gerar acidentes, no canteiro de obras os trabalhadores sofrem pressão para a redução do tempo da construção tendo em vista um tempo determinada para a conclusão da mesma. Para que tenhamos um entendimento mais sólido, em 1995, um metro quadrado era concluído em 42 horas, atualmente a demanda e a pressão dos empregadores exigem que se execute esse mesmo processo em 36 horas, a falta de cultura de prevenção, e um ritmo de trabalho cada vez mais denso, tenso e intenso. Oque agrava mais os problemas, é a improvisação presente na construção civil, observado em varias regiões do país, sejam estas obras, moradias ou edifícios comerciais. (OLIVEIRA,2013). _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 28 Os principais acidentes graves relacionados à trabalhos em altura são os ocasionados por desabamento, queda e choque elétrico, estes acontecimentos ocorrem principalmente pela falta de treinamento, condições e normas de segurança irregulares a serem seguidas no canteiro de obra. (SENADO, 2013) Figura 1 Fonte: http://sesmtrnce.blogspot.com.br Acidentes não são inevitáveis, porém não surgem por acaso; eles têm causas, portanto podem ser prevenidas. Estas provêm de fatores pessoais ou mecânicos, capaz de provocar prejuízo associados ao patrimônio, uma vez que o ambiente de trabalho é permeado de riscos. Assim, após uma APR (Análise Preliminar de Riscos) permite que sejam adotadas medidas preventivas visando evitar a ocorrência das possíveis perdas. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 29 As lesões por queda costumam ser graves. Quebra de pernas, braços e bacias chegam a ser comuns. Em alguns casos, o acidente pode levar a morte, não pela altura, mas pelo modo como o trabalhador chega ao solo. Um acidente nunca acontece por uma única causa, mas por diversas, que passam despercebidas ou não são vistas como riscos, até que uma última precede o ato imediato gerador do acidente. No entanto, podem-se dividir em: Fatores humanos e materiais.  Fatores humanos - Situações de risco criadas pelo próprio homem, como: Incapacidade para o trabalho de ordem física ou mental, falta de conhecimento ou inexperiência, falta de motivação, stress, descumprimento das normas, dentre outras.  Fatores materiais – Questões técnicas e físicas perigosa, meio ambiente natural e defeito de equipamentos. 6.4. TRABALHOS EM ALTURA Os acidentes causados pelo trabalho em altura podem levar a sequelas graves e permanentes e até mesmo levar a morte. Em todo o Amazonas, as quedas por elevadas alturas são responsáveis por até 30% de profissionais afastados. Segundo dados da Superintendência do Trabalho e Emprego do Amazonas (SRTEAM), o maior índice do problema acontece no setor de construção civil. Considerando que trabalho em altura é qualquer tipo de atividade que o trabalhador atue acima do nível do solo, a NR-35 dispõe de medidas específicas para esses tipos de trabalhos. É obrigatório o uso de EPI`s básicos e todas as proteções coletivas possíveis. O maior índice dos acidentes ainda é no segmento de construção civil De acorde com a NR-35, trabalho em altura é toda atividade executada acima de 2,00m (dois metros) do nível inferior onde haja risco de queda. Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis. Publicada no DOU (Diário Oficial da União), desta terça-feira (27/03), a Portaria n° 313, do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que aprova a Norma _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 30 Regulamentadora n.º 35 (NR-35), sobre Trabalho em Altura, e cria a CNTT (Comissão Nacional Tripartite Temática) da NR-35, com o objetivo de acompanhar a implantação da nova regulamentação. Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. A ideia de criar a NR 35 surgiu após a realização do “1º Fórum Internacional de Trabalho em Altura”, em setembro de 2010, em São Paulo, promovido pela FNE (Fundação Nacional dos Engenheiros) em parceria com o SEESP (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo) a Ideal Work e o MTE. Preocupada com essa questão, a federação solicitou ao Ministério do Trabalho a criação de um grupo tripartite para elaboração de uma norma específica para trabalho em altura. A publicação da NR-35 foi comemorada por José Manoel Teixeira, diretor do SEESP e representante da FNE no grupo tripartite da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), instituída pela SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) do MTE. A Norma Regulamentadora nº 35, que trata sobre trabalho em altura e define os requisitos e medidas de proteção para os trabalhadores que atuam nessas condições. A NR-35 foi publicada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em março desse ano e tinha um prazo de 6 meses para que as empresas pudessem se adaptar às suas exigências. “Na norma estão descritos e regulamentados o planejamento, a organização e a execução das tarefas de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente”, explica o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Para Marinho, a NR 35 preenche uma lacuna, pois as medidas de proteção contra queda de altura eram previstas apenas em normas específicas de segmentos econômicos, como a construção e a indústria naval. “Com a nova Norma, as obrigações agora alcançam todas as empresas, incluindo diversos setores industriais e segmentos como o de telecomunicações e energia elétrica, que utilizam trabalho em altura”, avalia (MARINHO LIMA, 2012). A principal obrigação do empregador prevista na NR 35 é de implementar em sua empresa a gestão do trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a adoção de medidas técnicas para evitar a ocorrência ou minimizar _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 31 as consequências das quedas de altura. Essa gestão envolve, além das medidas técnicas, como a análise de risco da atividade, a implementação de um programa de capacitação. Já por parte dos trabalhadores, a principal obrigação é de colaborar com o empregador na aplicação dessas medidas. 6.5. RESPONSABILIDADES 6.5.1 Cabe ao empregador – NR 35  Adotar medidas estabelecidas pela norma vigente  Garantir a realização de analise de riscos, pertinentes a trabalho em altura.  Desenvolver procedimento operacional para atividades rotineiras.  Avaliar condições do local de trabalho, planejar e implementar ações de segurança.  Acompanhar e fiscalizar o cumprimento das medidas de proteção  Informar aos trabalhadores sobre o risco ao qual estão expostos e adotar medidas de controle.  Garantir que o trabalho em altura só se inicie depois que adotadas as medidas de proteção.  Suspender as atividades em condições de riscos não previstos, ou seja, fenômenos da natureza.  Estabelecer sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalhos em altura.  Supervisionar os trabalhos em altura que será definida pela a AR, de acordo com as peculiaridades do serviço.  Organizar e arquivar toda documentação prevista nesta norma. 6.5.2 Cabe aos Trabalhadores  Cumprir as disposições legais e os procedimentos expedidos pelo empregador. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 32  Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma.  Interromper as atividades sempre que constatar situações de risco grave iminente à vida ou de outras pessoas, comunicando ao seu superior hierárquico a fim de que sejam tomadas medidas cabíveis. 6.6. PRINCIPAIS ÁREAS ONDE OCORREM OS ACIDENTES Acidentes fatais por queda de atura ocorrem principalmente em:  Obras da construção civil;  Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;  Serviços de manutenção em telhados;  Pontes rolantes;  Montagem de estruturas diversas;  Serviços em ônibus e caminhões;  Depósitos de materiais;  Serviços em linha de transmissão e postes elétricos;  Trabalhos de manutenção em torres;  Serviços diversos em locais com aberturas em pisos e paredes sem proteção. 6.7 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO EM ALTURA Durante vários anos os serviços executados em estruturas elevadas eram realizados com o cinturão de segurança abdominal e toda a movimentação era feita sem um ponto de conexão, isto é, o trabalhador só teria segurança quando estivesse amarrado à estrutura, estando susceptível a quedas. Este tipo de equipamento, devido a sua constituição não permitia que fossem adotados novos procedimentos quanto à escalada, movimentação e resgate dos trabalhadores. Com a preocupação constante em relação à segurança dos trabalhadores, a legislação atual exigiu a aplicação de um novo sistema de _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 33 segurança para trabalhos em estruturas elevadas que possibilitam outros métodos de escalada, movimentação e resgate. Figura 2 Fonte: http://treinandos.com.br A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum momento, nas movimentações durante a execução das tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado da estrutura. Considerando que este processo é altamente dinâmico, a busca de novas soluções e tecnologia deve ser uma constante meta a ser atingida para que a técnica e os procedimentos adotados não fiquem ultrapassados. Considerando que na indústria da construção civil os trabalhos em altura são realizados com grande frequência, é imprescindível a capacitação de profissionais para a execução dessas atividades. Portanto, todo trabalho em altura deve ser executado por profissional capacitado e treinado com curso teórico e prático, obedecendo a carga horário mínima de oito horas. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 34 O risco de queda existe em vários ramos de atividades, devemos intervir nestas situações de risco regularizando o processo e tornando os trabalhos mais seguros. Devem-se tomar medidas preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de queda visando à segurança dos trabalhadores e terceiros. Ao longo dos anos as leis e normas foram sendo revisadas e outras criadas, vejamos um breve histórico no quadro abaixo. Quadro 1 - Histórico de Segurança do Trabalho no Brasil 1760 – 1860 Revolução Industrial 1919 Lei 3.724 1943 Criação do MT Criação da CLT Criação da CIPA 1977 - 1978 2012 Lei 6.914/1977 , NRS. Portaria 3.214, de 1978 Criação da Nr – 35 Portaria. SIT 313 de 23 de março de 2013 Início da produção com uso de máquinas, acompanhado pelos riscos de acidentes aos trabalhadores. Lei sobre acidente para proteger trabalhador Organização e cumprimento das Leis e normas trabalhistas: Direitos /Trabalhadores Ação do Governo, empregadores e empregados, visando minimização de acidentes. Estabelece requisitos mínimos e medidas de proteção para trabalho em altura. Fonte: Manual de Segurança do Trabalho – Editora DCL. 6.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 6.8.1. Equipamentos de Proteção Individual O uso de EPI tem como finalidade proteger o trabalhador de acidentes e doenças no âmbito do trabalho. Deve proteger cabeça, ouvido, olhos, braços, pernas _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 35 e pés. Dispor o EPI para o trabalhador não é o suficiente, não quer dizer que ele esteja protegido, ele precisar receber orientações quanto à importância do uso e forma correta de usá-lo. EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A NR-06 determina que a empresa deve a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação. Cabe também aos empregados usar os EPI´s, assim como os demais meios destinados à sua segurança. Considera-se Equipamento de Proteção Individual. Todos os equipamentos de proteção individual, só podem ser utilizados se possuírem impresso no produto o número de CA (Certificado de Aprovação) fornecido pelo Ministério do Trabalho. Esse documento garante a sua qualidade e dispõe informações sobre o mesmo _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 36 6.9. EPI´S MAIS UTILIZADOS NOS TRABALHOS EM ALTURA Figura – 3 Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista Fonte: http://www.fundacentro.gov.br É um equipamento de proteção ajustável de acordo com o biótipo do trabalhador, proporciona a sustentação e facilita o trabalho, afixado sobre as coxas, cintura, peito e ombros, e que permite a fixação do talabarte á argola das costas, peito, ombros ou cintura, utilizado para trabalhos em atividades com mais 2,00 metros de altura, onde haja risco de queda. O cinturão de segurança tipo para-quedista fornece segurança quanto a possíveis quedas e, posição de trabalho ergonômico. É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a correta distribuição da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte. Este tipo de equipamento é utilizado em:  Manutenção em telhados (telhas, rufos, chaminés, exaustores etc.);  Troca de telhas;  Pintura, limpeza, lavagem e serviços de alvenaria nas fachadas e estruturas;  Instalação e manutenção elétrica;  Manutenção de redes hidráulicas aéreas. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 37 Figura – 4 Talabarte de Segurança Tipo Regulável Fonte: http://www.fundacentro.gov.br Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda no posicionamento nos trabalhos em altura, sendo utilizado em conjunto com cinturão de segurança tipo 38ara-quedista. O equipamento é regulável permitindo, que seu comprimento seja ajustado, não podendo exceder o limite máximo de 2,00 m (dois metros). Este tipo de equipamento é utilizado para fazer a conexão no cinto de segurança. No entanto, não é recomendável o uso deste, devido à possibilidade de quedas quando necessário realizar movimentos de subida ou descida de escadas, andaimes dentre outros. Figura 5 - Talabarte De Segurança Tipo Y Com Absorvedor De Energia Fonte: http://www.fundacentro.gov.br Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda na movimentação no trabalho em altura. Deve ser conectado ao cinto de segurança. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 38 Figura 6 - Dispositivo Trava Quedas Fonte: http://www.fundacentro.gov.br É um dispositivo de segurança utilizado para proteção do empregado contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança tipo pára-quedista. Figura 7 - Mosquetão Fonte: http://www.fundacentro.gov.br É um dispositivo de segurança de alta resistência com capacidade para suportar forças de 22kN no mínimo. Tem a função de prover elos e também funciona _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 39 como uma polia com atrito. Para contar com a máxima resistência do equipamento, deve-se dar atenção ao uso e a manutenção. A resistência do mosquetão varia com o sentido de tração, sendo mais resistente pelas extremidades do que pelas laterais. Não deve sofrer torções, por isso deve ser instalado corretamente, prevendo-se a forma como será solicitado sob tensão ou dentro de um sistema que deterá uma queda. 6.10. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA A NR – 18 descreve a obrigatoriedade da instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais. Figura 8 Fonte: http://1.bp.blogspot.com As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente. Quando utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 40 metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas. É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje. A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé deve atender aos seguintes requisitos: a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário; b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros); c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura. Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé direito acima do nível do terreno. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma estiver concluído. Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes, essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. Cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 41 Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas, ainda, plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente à instalação da plataforma principal de proteção. Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. A tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas e instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas, só podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída. Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção. As plataformas de proteção devem ser construídas de maneira resistente e mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura. Trabalhos em altura devem ser bem avaliados antes de iniciar sua execução, podendo até estudar possibilidades de realiza-los no solo. Quando não forem possíveis essas medidas além de dispor EPI´s adequados para os envolvidos outros dispositivos como EPC`s devem ser instalados objetivando a segurança dos trabalhadores. EPC´s mais usados em trabalhos em altura  Rede de proteção e guarda-corpo de rede;  Plataforma provisória e bandeja de proteção;  Trava-queda e cabo de aço guia;  Guarda-corpo;  Pranchas anti-derrapantes;  Cadeira suspensa;  Andaime suspenso; _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 42  Elevadores de pessoal;  Cabo de aço guia; 6.11. MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS 6.11.1 Gruas No dia 27 de novembro de 13 ocorreu um acidente no estado de São Paulo nas obras do estádio de futebol Arena Corinthians, 2 trabalhadores foram vitimados a construção em Itaquera já estava sendo investigada e que pelo menos 50 irregularidades já haviam sido observadas, segundo o Ministério Público. O MP interditou a obra por pelo menos 30 dias. Figura 9 Fonte: http://3.bp.blogspot.com De acordo com a Defesa Civil, pode ter ocorrido um erro de procedimento durante o içamento do módulo que cedeu. “Pode ter relação com um erro de manobra do guindaste ou por causa do peso da estrutura que estava sendo içada”. (Jair Paca) coordenador da Defesa Civil. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 43 Atualmente o volume de obras na construção civil vem aumentando significativamente, com a demanda por moradias impondo um forte ritmo de produção das construtoras com a verticalização das habitações nas grandes metrópoles. Com isso, tem-se exigido cada vez mais o uso de equipamentos eficientes e capazes de atender aos curtos prazos impostos à execução das obras. Nesse contexto são necessários equipamentos que façam transporte vertical e transporte horizontal para movimentação de grandes cargas. O guindaste de torre, mais conhecido como grua, é um equipamento composto desses dois movimentos (vertical e horizontal), permite aumento de produtividade. Existem guindastes de torre com lança horizontal que dispõem de formas de movimentações específicas, classificadas em fixas ou estacionárias; ascensionais e móveis sobre trilhos. As gruas auto-montantes são montadas e desmontadas em único movimento. Sua altura pode chegar a 30m e sua lança a 50m de cumprimento. Sua montagem e desmontagem são realizadas por sistema hidráulico que possibilita mais segurança e menos manutenção. A principal vantagem dessas gruas é sua versatilidade, pois, pode ser facilmente movida devido ao seu conjunto de rodas pneumáticas. No entanto sua aplicação se define uma significativa redução o tempo e custo de montagem e desmontagem, além de fornecerem ótimas soluções onde não se podem inserir máquinas mais pesadas que promovam soluções em altura e condições adversas. A ponta da lança e o cabo de aço de levantamento da carga devem ficar, o mínimo, a 3m (três metros) de qualquer obstáculo e ter afastamento da rede elétrica que atenda à orientação a concessionária local. Para distanciamentos inferiores a 3m (três metros), a interferência deverá ser objeto de análise técnica, por profissional habilitado, dentro do plano de cargas. A área de cobertura da grua, bem como interferências com áreas além do limite da obra, deverá estar previstas no plano de cargas respectivo. É proibida a utilização de gruas para o transporte de pessoas. O posicionamento da primeira ancoragem, bem como o intervalo entre ancoragens posteriores, deve seguir as especificações do fabricante, fornecedor ou empresa responsável pela montagem do equipamento, mantendo disponível no local as especificações atinentes aos esforços atuantes na estrutura da ancoragem e do _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 44 edifício. Antes da entrega ou liberação para início de trabalho com utilização de grua, deve ser elaborado um Termo de Entrega Técnica prevendo a verificação operacional e de segurança, bem como o teste de carga, respeitando-se os parâmetros indicados pelo fabricante. A operação da grua deve se desenvolver de conformidade com as recomendações do fabricante. Toda grua deve ser operada através de cabine acoplada à parte giratória do equipamento exceto em caso de gruas automontantes ou de projetos específicos ou de operação assistida. É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que exponham os trabalhadores a risco. A grua deve dispor de dispositivo automático com alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos superiores a 42 Km/h. Deve ser interrompida a operação com a grua quando da ocorrência de ventos com velocidade superior a 42 km/h. Somente poderá ocorrer trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42 km/h mediante operação assistida. Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas quando da ocorrência de ventos com velocidade superior a 72 Km/h. A estrutura da grua deve estar devidamente aterrada de acordo com a NBR 5410 e procedimentos da NBR 5419. Para operações de telescopagem, montagem e desmontagem de gruas ascensionais, o sistema hidráulico deverá ser operado fora da torre. As gruas ascensionais só poderão ser utilizadas quando suas escadas de sustentação dispuserem de sistema de fixação ou quadro guia que garantam seu paralelismo. Não é permitida a presença de pessoas no interior da torre de grua durante o acionamento do sistema hidráulico. É proibida a utilização da grua para arrastar peças, içar cargas inclinadas ou em diagonal ou potencialmente ancoradas como desforma de elementos prémoldados. Nesse caso, o içamento por grua só deve ser iniciado quando as partes estiverem totalmente desprendidas de qualquer ponto da estrutura ou do solo. É proibida a utilização de travas de segurança para bloqueio de movimentação da lança quando a grua não estiver em funcionamento. Para casos especiais deverá ser apresentado projeto específico dentro das _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 45 recomendações do fabricante com respectiva ART – Anotação de Responsabilidade Técnica. A grua deve, obrigatoriamente, dispor dos seguintes itens de segurança: a) Limitador de momento máximo; b) Limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação; c) Limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades; d) Limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão; e) Alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como de acionamento automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando; f) Placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, conforme especificado pelo fabricante; g) Luz de obstáculo (lâmpada piloto); h) Trava de segurança no gancho do moitão; i) Cabos guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e contralança; j) Limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico; k) Anemômetro; l) Dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço; m) Proteção contra a incidência de raios solares para a cabine do operador; n) Limitador de curso para o movimento de translação de gruas instaladas sobre trilhos; o) Guarda corpo, corrimão e rodapé nas transposições de superfície; p) Escadas fixas; q) Limitadores de curso para o movimento da lança – item obrigatório para gruas de lança móvel ou retrátil. Para movimentação vertical na torre da grua é obrigatório o uso de dispositivo trava quedas. As áreas de carga ou descarga devem ser isoladas somente sendo permitido o acesso às mesmas ao pessoal envolvido na operação. Toda empresa fornecedora, locadora ou de manutenção de gruas deve ser registrada no CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, para prestar tais serviços técnicos. Quanto à implantação, instalação, manutenção e _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 46 retirada de gruas deve ser supervisionada por engenheiro legalmente habilitado com vínculo à respectiva empresa e, para tais serviços, deve ser emitida ART - Anotação de Responsabilidade Técnica. Todo dispositivo auxiliar de içamento (caixas, garfos, dispositivos mecânicos e outros), independentemente da forma de contratação ou de fornecimento, deve atender aos seguintes requisitos: a) Dispor de maneira clara, quanto aos dados do fabricante e do responsável, quando aplicável; b) Ser inspecionado pelo sinaleiro ou amarrador de cargas, antes de entrar em uso; c) Dispor de projeto elaborado por profissional legalmente, mediante emissão de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – com especificação do dispositivo e descrição das características mecânicas básicas do equipamento. Toda grua que não dispuser de identificação do fabricante, não possuir fabricante ou importador estabelecido ou, ainda, que já tenha mais de 20 (vinte) anos da data de sua fabricação, deverá possuir laudo estrutural e operacional quanto à integridade estrutural e eletromecânica, bem como, atender às exigências descritas nesta norma, Responsabilidade Este laudo deverá inclusive Técnica ser – com emissão por revalidado de engenheiro no máximo ART - Anotação legalmente a cada 2 de habilitado. (dois) anos. Não é permitida a colocação de placas de publicidade na estrutura da grua, salvo quando especificado pelo fabricante do equipamento. A implantação e a operacionalização de equipamentos de guindar devem estar previstas em um documento denominado “Plano de Cargas” que deverá conter, no mínimo, as informações constantes do Anexo III da NR -18 “PLANO DE CARGAS PARA GRUAS”. 6.11.2. Elevadores de Cremalheira 1. Os elevadores de cremalheira para transporte de pessoas e materiais deverão obedecer as especificações do fabricante para montagem, operação, manutenção e desmontagem, e estar sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 2. Os manuais de orientação do fabricante deverão estar à disposição, no canteiro de obra. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 47 6.11.3. Elevadores de Passageiros Nos edifícios em construção com 12 (doze) ou mais pavimentos, ou altura equivalente é obrigatório a instalação de, pelo menos, um elevador de passageiros, devendo o seu percurso alcançar toda a extensão vertical da obra. O elevador de passageiros deve ser instalado, ainda, a partir da execução da 7ª laje dos edifícios em construção com 08 (oito) ou mais pavimentos, ou altura equivalente, cujo canteiro possua, pelo menos, 30 (trinta) trabalhadores. Fica proibido o transporte simultâneo de carga e passageiros no elevador de passageiros. Quando ocorrer o transporte de carga o comando do elevador deve ser externo. Figura 10 Fonte: http://2.bp.blogspot.com Em caso de utilização de elevador de passageiros para transporte de cargas ou materiais, não simultâneo, deverá haver sinalização por meio de cartazes em seu interior, onde conste de forma visível, os seguintes dizeres, ou outros que traduzam a mesma mensagem: "É permitido o uso deste elevador para transporte de material, desde que não realizado simultâneo com o transporte de pessoas". _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 48 Quando o elevador de passageiros for utilizado para o transporte de cargas e materiais, não simultaneamente, e for o único da obra, será instalado a partir do pavimento térreo. O transporte de passageiros terá prioridade sobre o de carga ou de materiais. O elevador de passageiros deve dispor de: a) interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio automático eletromecânico; b) sistema de frenagem automática que atue com efetividade em qualquer situação tendente a ocasionar a queda livre de cabina; c) sistema de segurança eletromecânico situado a 2,00m (dois metros) abaixo da viga superior da torre, ou outro sistema que impeça o choque da cabina com esta viga; d) interruptor de corrente, para que se movimente apenas com as portas fechadas; e) cabina metálica com porta; f) freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corrente que quando acionado desligue o motor. O elevador de passageiros deve ter um livro de inspeção, no qual o operador anotará, diariamente, as condições de funcionamento e de manutenção do mesmo. Este livro deve ser visto e assinado, semanalmente, pelo responsável pela obra. A cabina do elevador automático de passageiros deve ter iluminação e ventilação natural ou artificial durante o uso e indicação do número máximo de passageiros e peso máximo equivalente (kg). _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 49 6.11.4. Elevadores de Transporte de Materiais É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais. Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material, contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas. O posto de trabalho do guincheiro deve ser isolado, dispor de proteção segura contra queda de materiais, e os assentos utilizados devem atender ao disposto na NR-17Ergonomia. Figura 11 Fonte: http://3.bp.blogspot.com Os elevadores de materiais devem dispor de: a) Sistema de frenagem automática que atue com efetividade em qualquer situação tendente a ocasionar a queda livre da cabina. b) sistema de segurança eletromecânica no limite superior, instalado a 2,00m (dois metros) abaixo da viga superior da torre; c) sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio do motor; d) interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis fechados. Quando houver irregularidades no elevador de materiais quanto ao funcionamento e manutenção do mesmo, estas serão anotadas pelo operador em livro próprio e comunicadas, por escrito, ao responsável da obra. O elevador deve contar com dispositivo de tração na subida e descida, de _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 50 modo a impedir a descida da cabina em queda livre (banguela). Os elevadores de materiais devem ser dotados de botão, em cada pavimento, para acionar lâmpada ou campainha junto ao guincheiro, a fim de garantir comunicação única. Os elevadores de materiais devem ser providos, nas laterais, de painéis fixos de contenção com altura em torno de 1,00m (um metro) e, nas demais faces, de portas ou painéis removíveis. Os elevadores de materiais devem ser dotados de cobertura fixa, basculável ou removível. 6.11.5 Torres de Elevadores As torres de elevadores devem ser dimensionadas em função das cargas a que estarão sujeitas. Na utilização de torres de madeira devem ser atendidas as seguintes exigências adicionais: a) permanência, na obra, do projeto e da Anotação de Responsabilidade Técnica b) a (ART) madeira de deve projeto ser de e boa execução qualidade da e torre; tratada. As torres devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores qualificados. Figura 12 Fonte: http://3.bp.blogspot.com _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 51 As torres devem estar afastadas das redes elétricas ou estas isoladas conforme normas específicas da concessionária local. As torres devem ser montadas o mais próximo possível da edificação. A base onde se instala a torre e o guincho deve ser única, de concreto, nivelada e rígida. Os elementos estruturais (laterais e contraventos) componentes da torre devem estar em perfeito estado, sem deformações que possam comprometer sua estabilidade. As torres para elevadores de caçamba devem ser dotadas de dispositivos que mantenham a caçamba em equilíbrio. Os parafusos de pressão dos painéis devem ser apertados e os contraventos contrapinados. O estaiamento ou fixação das torres à estrutura da edificação deve ser a cada laje ou pavimento. A distância entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada, deve ser de 4,00m (quatro metros). As torres devem ter os montantes posteriores estaiados a cada 6,00m (seis metros) por meio de cabo de aço; quando a estrutura for tubular ou rígida, a fixação por meio de cabo de aço é dispensável. O trecho da torre acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos montantes posteriores, para evitar o tombamento da torre no sentido contrário à edificação. As torres montadas externamente às construções devem ser estaiadas através dos montantes posteriores a torre e o guincho do elevador devem ser aterrados eletricamente. Todos os acessos de entrada à torre do elevador deve ser instalada uma barreira que tenha, no mínimo 1,80m (um metro e oitenta centímetros) de altura, impedindo que pessoas exponham alguma parte de seu corpo no interior da mesma. A torre do elevador deve ser dotada de proteção e sinalização, de forma a proibir a circulação de trabalhadores através da mesma. Devem ter suas faces revestidas com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes. Nos elevadores de materiais, onde a cabina for fechada por painéis fixos de, no mínimo 2 (dois) metros de altura, e dotada de um único acesso , o entelamento da torre é dispensável. As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem ser equipadas com dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 52 (cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento. As rampas de acesso à torre de elevador devem: a) ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé; b) ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas; c) ser fixadas à estrutura do prédio e da torre; d) não ter inclinação descendente no sentido da torre. Deve haver altura livre de no mínimo 2,00m (dois metros) sobre a rampa. 7. DESENVOLVIMENTO 7.1. TÉCNICAS DE PREVENÇÃO DE QUEDAS A prevenção de quedas de altura deve atender a uma sequência, para os diferentes graus de prevenção de quedas e observado também suas variáveis e possibilidades de eliminar os riscos.  Redução do tempo de exposição ao risco: transferir o que for possível a fim de que o serviço possa ser executado no Solo, eliminado o risco. - ex.: peças pré-montadas.  Impedir a queda: eliminar o risco através da concepção e organização do trabalho na obra. - ex.: colocação de Guarda-corpo.  Limitar a queda: se a queda for impossível, deve-se recorrer a proteções que a limitem. - ex.: redes de proteção.  Proteção individual: se não for possível a adoção de medidas que reduzam o tempo de exposição, impeçam ou limitem a queda de pessoas, deve-se recorrer a equipamentos de proteção individual. - ex.: cinto de segurança. Alguns fatores influenciam nas escolhas das técnicas a serem adotadas, pois, a partir de princípio a visão do grau de segurança é observado, ou seja, o profissional saberá realmente o que fazer para que o trabalho seja realizado com segurança. Os fatores podem variar desde o tempo de exposição, número de pessoas envolvidas, repetitividade do serviço, custo x benefício, produtividade dos trabalhadores, espaço físico e interferência. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 53 7.2. PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEDAS Na construção civil a maioria dos acidentes graves ligados a quedas em altura acontecem devido a montagens industriais, porém, desde essas montagens até a conclusão da obra, são realizados trabalhos em altura praticamente todos os dias, fator que aumenta e muito a exposição ao risco. Perda do equilíbrio do Falta de proteção trabalhador à beira do espaço sem proteção. Figura 13 Fonte: http://www.saudeetrabalho.com.br Figura 14 Fonte: http://www.saudeetrabalho.com.br _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 54 Falha de uma instalação ou de Método inadequado um dispositivo de proteção. Figura: 15 Fonte: http://www.saudeetrabalho.com.br Contato com rede elétrica Figura 16 Fonte: http://www.saudeetrabalho.com.br Trabalhador com prloblemas de saúde Figura: 17 Fonte: http://www.saudeetrabalho.com.br Figura 18 Fonte: http://www.saudeetrabalho.com.br 7.3. OPERAÇÕES E PREVENÇOES  Montagem de estruturas metálicas e da cobertura: trabalhos no plano horizontal. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 55 Epc’s recomendados: rede de proteção, cabo de aço guia, trava quedas retrátil, pranchas anti-derrapantes.  Montagem de estruturas metálicas e de fechamento lateral: Trabalho no plano vertical. Epc’s recomendados: rede de proteção, cabo de aço guia, trava queda retrátil.  Montagem de andaime e acesso em altura por andaime. Epc’s recomendados: trava-quedas retrátil.  Operações de forma, armação, concretagem e desforma de Lajes. Epc’s recomendados: rede de proteção, cabo guia, guarda corpo e plataforma provisória.  Montagem de tubulações hidráulicas, elétricas e pneumáticas. Epc’s recomendados: cabo de aço guia, trava-quedas retrátil e plataforma provisória.  Montagem de chaminés. Epc’s recomendados: pranchas antiderrapantes, plataforma. Provisória, cabo de aço guia, trava-quedas retrátil.  Montagem de dutos de ventilação. Epc’s recomendados: cabo de aço guia, trava-quedas retrátil, plataforma provisória.  Montagem de máquinas e equipamentos. Epc’s recomendados: cabo de aço guia, trava-quedas e guardacorpo.  Montagem de monovia e ponte rolante. Epc’s recomendados: cabo de aço guia, trava-quedas retrátil.  Pintura de estruturas e telhados. Epc’s recomendados: cabo de aço guia, trava-quedas retrátil, plataforma rovisória. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 56 7. RESULTADOS OBTIDOS Na indústria da construção civil há diversas atividades e procedimentos de trabalho em altura tais como, montagem e desmontagem de gruas, operação de guindastes, operação de elevadores, montagens de torres de elevadores. No entanto estes trabalhos devem ser executados por profissionais habilitados e capacitados de acordo com a NR - 35 e normas técnicas. Quando as atividades em alturas são executadas de forma arbitrária e sem a utilização dos EPI´s corretamente, além de ocasionar acidentes graves muitos trabalhadores são instruídos de maneira incorreta e induzidos constantemente a trabalhar em situações de risco, que podem leva-lo a um acidente fatal. Muitos causadores de acidentes estão relacionados à falta de EPC´s, métodos inadequados na execução das tarefas, falhas nos equipamentos e descumprimento de normas. Por isso é de suma importância que a prevenção de acidentes deve ser implantada de forma regulamentada e com procedimentos corretos de acordo com os riscos encontrados no ambiente de trabalho seja por EPI, EPC, DDS ou por meios de sistemas audiovisuais, pois é preciso conscientizar o trabalhador dos riscos que ele esta exposto, evitar as situações de risco, e procedimentos incorretos ou impróprios que podem ocasionar graves acidentes e consequências irreversíveis nos trabalhos em altura na construção civil. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 57 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho procurou-se apresentar os problemas e as medidas prevencionistas adotadas para diminuir a incidência de acidentes nos trabalhos em altura. Os comentários aqui apresentados no que se refere à NR - Normas Regulamentadoras, principalmente relativas aos acidentes e os elementos utilizados para a proteção do trabalhador visam apenas apresentar uma linha de pensamento e à interpretação técnica e legal do tema apresentado. Considera-se que a saúde e segurança do trabalhador devem ser tratados como prioridade por todos, envolvendo trabalhadores e setores de todas as dimensões da empresa, promover um esforço com vista à introdução e consolidação de prevenção dos riscos profissionais, onde efetivamente as condições do trabalho são determinantes para o nível de acidentes e para doenças profissionais adquiridas, tendo um impacto direto nas capacidades profissionais, física e psicológicas do trabalhador e consequentemente na produtividade da própria empresa. A implementação das medidas de segurança é uma responsabilidade de todos os envolvidos, sempre que um trabalho em altura seja desenvolvido o homem tem que estar sempre em segurança, por isso é elaborado todo um planejamento e análise de risco para que o trabalhador se dê de maneira segura, verificando fase a fase. Também é necessário efetuar um acompanhamento constante e inspeções regulares. Também se deve levar em consideração que os custos de um acidente são enormes, tanto para o indivíduo como para a empresa e para a sociedade, assim aplicando medidas eficácias para evitar que acidentes de trabalho ocorram, minimizando-se todo e qualquer problema social financeiro, fazendo com que todos os envolvidos estejam satisfeitos. É necessário dar prioridade à medidas que eliminem ou reduzem os perigos, que proporcionem uma proteção através de EPI’s e EPC’s, consolidando-se uma _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 58 tarefa executada e bem sucedida onde todos os envolvidos fizeram a execução da mesma e tudo ocorreu em conformidade com aquilo que estava previsto. Pode-se notar que o setor prevencionista Brasileiro ganhou uma nova NR de extrema importância para tratar de serviços executados em ambientes de altura, mediante as estatísticas já não era possível permanecer de mãos atadas, vendo a ocorrência diária de mortes ocasionadas por quedas de altura, principalmente as originadas na indústria da construção civil. Portanto a NR - 35, elaborada por trabalhadores, empresários e governo vem justamente estabelecer controle preventivo para a segurança das pessoas e seus postos de trabalho. A NR35 é essencial, pois define as obrigações e responsabilidades do empregador e do trabalhador minimizando o número de acidentes durante as inspeções consideradas de alto risco, além disso, evitando um grande e atual problema, que é a falta de profissional qualificado e certificado no mercado. Deve-se considerar que tudo que é gasto com segurança do trabalhador não pode ser considerado uma despesa, e sim investimento, afinal prevenção é primordial quando se trata de vidas. Nenhum gasto se compara a perca de uma vida e a destruição de uma família. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 59 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALAFIN, Lara. Senado Federal, Portal das Notícias, 2013. Número de acidentes de trabalho na construção civil preocupa especialistas.. Disponível em: Acesso em: 02 maio. 2013. ALEXANDRE, F. Construção Civil e os Acidentes com Instalações Elétricas. 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PAC - Programa de Aceleração de Crescimento SINTRACON - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil CNTT - Comissão Nacional Tripartite Temática SEESP – Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo FNE – Federação Nacional dos Engenheiros CA - Certificado de Aprovação SRTE-AM - Superintendência do Trabalho e Emprego do Amazonas. _______________________________________________________________________________ Índice de Acidentes na Construção Civil – Trabalho em altura 64