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Solos

Trabalho de solos

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    December 2018
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ÍNdice 1.Introdução 2 2.Minerais 3 2.1.Origem dos Minerais 3 2.2.Nomenclatura dos Minerais 4 2.3.Organização Interna 4 2.4.Polimorfismo 7 2.5.Identificação dos Minerais 7 2.6.Classificação sistemática dos minerais 9 2.6.1.Classificação química 9 2.6.2.Classificação quanto à coloração 9 2.6.3.Classificação quanto à densidade 10 2.6.4.Classificação segundo a gênese e tipo de ocorrência do mineral 10 2.6.5.Classificação dos silicatos 10 2.7.Deposito de minerais 11 2.7.1.Extração e utilização de minérios 12 3.Rochas 12 3.1.Classificação genética das rochas 13 3.1.1.Rochas ígneas 14 3.1.2.Magma 15 3.1.3.Nomenclatura das rochas ígneas 16 3.1.4.A variedade das rochas ígneas 17 3.1.5.Quanto à cristalinidade 17 3.1.6.Quanto ao tipo de feldspato presente 18 3.1.7.Quanto ao tamanho 18 3.1.8.Quanto ao tipo de estrutura 18 3.1.9.Quanto ao índice de cor 19 3.1.10.Algumas características macroscópicas 19 3.1.11.Rochas intrusivas 19 3.1.12.Corpos intrusivos maiores e menores 20 3.1.13.Utilização das rochas ígneas (granito e basalto) 20 3.2.Rochas metamórficas 21 3.2.1.Metamorfismo 21 3.2.2.Fatores principais condicionantes do metamorfismo 22 3.2.3.Tipos de metamorfismo 22 3.2.4.Metamorfismo hidrotermal 23 3.2.5.Metamorfismo de impacto 23 3.2.6.Classificação das rochas metamórficas 24 3.2.7.Propriedade típica das rochas metamórficas 24 3.2.8.Classificação prática 24 3.2.9.Utilização das rochas metamórficas (mármore) 25 3.3.Rochas sedimentares 25 3.3.1.Processos e produtos diagenéticos 26 3.3.2.Componentes de rochas sedimentares 28 3.3.3.Classificação das rochas sedimentares 29 3.3.4.Classificação geral 29 3.3.5.Utilização das rochas sedimentares (calcário) 30 4. referências bibliograficas 31 1.Introdução Minerais e produtos derivados de minerais figuram amplamente no crescimento de nossa cultura tecnológica atual, desde o silix da idade da pedra até os minérios de urânio do cientista atômico do presente. Substancias e produtos minerais são indispensáveis ao bem-estar, à saúde e ao padrão de vida do homem moderno, sendo os recursos naturais de uma nação o bem mais valioso e guardados ciosamente. Em vista da secular dependência do homem, relativamente aos minerais para suas armas, seu conforto, seu ornamento e muitas vezes para suas necessidades prementes, é surpreendente que muitas pessoas tenham somente uma vaga idéia sobre a natureza dos minerais e fiquem alheias à existência de uma ciência sistemática a eles concernente. Entretanto, quem quer que tenha escalado uma montanha, caminhado por uma praia ou trabalhado em um jardim, viu minerais em sua ocorrência natural. As rochas de uma montanha, a areia de uma praia e o solo no jardim são formados totalmente, ou em grande parte, de minerais. Todos os materiais comuns usados em uma construção moderna tais como aço, o cimento, o tijolo, o vidro e o reboco tiveram suas origem em minerais. 2.Minerais Em geral, podemos relacionar a respeito dos minerais como sendo os materiais de que as rochas da crosta são feitas e, como tais, os minerais constituem a ligação mais importante e tangível com a historia do nosso planeta. Tendo em vista que uma das metas da mineralogia é a elucidação dos aspectos físicos, químicos e históricos da crosta terrestre, o termo mineral e o estudo da mineralogia limitam-se aos minerais de ocorrência natural. Assim, o aço, o cimento e o vidro não são considerados minerais por si, pois foram elaborados pelo homem. Talvez a limitação mais importante e significativa imposta à definição de um mineral é que ele deva ser um elemento ou composto químico. Esta restrição origina-se da imagem consistente da estrutura de um sólido cristalino como sendo uma estrutura de átomos, íons, ou grupos de átomos estendidos indefinidamente, disposta em configurações geométricas regulares. Um tal sólido necessariamente deve obedecer às leis das proporções múltiplas definidas, e ser como um, todo eletricamente neutro, aonde, deve ter uma composição que possa ser expressa por uma formula química. 2.1.Origem dos Minerais A origem de um mineral está condicionada aos "ingredientes químicos" e às condições físicas reinantes no seu ambiente de formação. Assim sendo, minerais originados no interior da terra são geralmente diferentes daquele formados na sua superfície. Um mineral pode ser formado, por exemplo, a partir de uma solução, de material em estado de fusão ou vapor. O processo de cristalização tem inicio com a formação de um núcleo, um diminuto cristal que funciona como uma semente, no qual o material vai aderindo, com o conseqüente crescimento do cristal. O estado cristalino pode ser conseguido pela passagem da matéria do estado físico amorfo para o estado cristalino, num ambiente geologicamente quente. Isto ocorre na cristalização do magma (material rochoso fundido). 2.2.Nomenclatura dos Minerais A nomenclatura dos minerais é controlada pela comissão de novos minerais e novos nomes de minerais (CNMNM) da associação mineralógica internacional (IMA) os nomes dos novos minerais, deve ter a terminação "ita" (usamos "ito" para denomina rochas). Minerais conhecidos dês de épocas remotas e aqueles de uso já consagrado podem não respeitar as regras. 2.3.Organização Interna Os minerais possuem um arranjo interno tridimensional. Os átomos constituintes, encontram-se distribuídos ordenadamente formando uma rede tridimensional (o reticulo cristalino). Essa organização interna e regida por duas propriedades químicas, são ela: Habito cristalino: é a forma geométrica externa natural do mineral. Clivagem: é a quebra sistemática da massa mineral em planos preestabelecidos que reúnem as ligações químicas mais fracas oferecidas pela estrutura do mineral. Os cristais perfeitos na natureza são raros e constituem as jóias do reino mineral. Os minerais, em geral, se apresentam como massas irregulares. A cristalinidade pode ser reconhecida de outras formas, por meio de propriedades ópticas, por exemplo: Simetria cristalográfica: e a repetição das notórias estruturais formados de átomos, íons ou molécula. Cristalografia: estuda a origem, desenvolvimento e classificação dos cristais naturais (minerais que exibem forma externa geométrica). A existência, ou não de simetria, e o grau da mesma, é usada para o sistema de classificação de minerais. Existem na natureza apenas 32 graus de simetria, agrupados de acordo com a similaridade de seus elementos de simetria, em sete sistemas cristalinos, do mais simétrico ao menos simétrico: Figura 1: sistemas cristalinos 4 Polimorfismo É a propriedade segundo a qual um composto químico pode cristalizar-se em diferentes retículos espaciais. Minerais polimorfos são aqueles que tem essencialmente a mesma composição química, mas estruturas cristalinas diferentes, o que se reflete em suas propriedades físicas e morfológicas diferenciadas. Minerais isomórficos são os que possuem estrutura semelhante, mas composição química diferente ou variável dentro de determinados limites. 2.5.Identificação dos Minerais Os minerais mais comuns podem, muitas vezes, serem identificados simplesmente com a observação de suas propriedades físicas morfológicas. Utilizamos para fim de identificação rápida dos minerais seguintes propriedades: Hábito cristalino: é a forma geométrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos minerais e reflete a sua estrutura cristalina. Transparência: quanto à transparência os minerais podem ser classificados como transparentes, semitransparentes, translúcidos, semitranslúcidos e opacos. Brilho: é a quantidade de luz refletida pela superfície de um material. O brilho pode ser: metálico, adamantino, vítreo, perlácio, resinoso, sedoso etc., e pode exibir diferentes graus de intensidades, como: resplandecente, brilhante, cintilante, brilho fraco e fosco. Cor: a cor é o caráter importante, ela depende da observação seletiva da luz por ela transmitida ou refletida. São fundamentais as seguintes cores: branco, cinza, preto, azul, verde, amarelo, vermelho e castanho. Traço: propriedade de deixar traço sobre uma superfície despolida de porcelana dura. Baseia-se na cor do pó do mineral. Dureza: a dureza e a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado. Para classificá-lo utiliza-se a escala de Hohs que varia de 1 a10, em ordem crescente de dureza. Na falta deste, pode ser usado um padrão secundário. Tabela 1 Escala de Hohs e padrão secundário "Mineral padrão "Dureza "Padrão secundário " "Talco "1 " " "Gipsita "2 "unha (2,5) " "Calcita "3 "alfinete (3,5) " "Fluorita "4 " " "Apatita "5 "lâmina de aço (5-5,5) " "Ortoclàsio "6 " " "Quartzo "7 "porcelana (~7) " "Topázio "8 " " "Coríndon "9 " " "Diamante "10 " " Fratura: há minerais que sofrem fraturas mais ou menos irregulares que podem ser características: Conchoidal em concavidades mais ou menos profundas. Igual ou plana quando a superfície embora apresente pequenas elevações e depressões. Desigual ou irregular com superfície de fratura irregular. Densidade relativa: é o número que indica quantas vezes certo volume do mineral é mais pesado que o volume da água (à 4º c). A densidade relativa da maioria dos minerais formadores de rocha oscila entre 2,5 e 3,3.Alguns contendo elementos de alto peso atômico apresentam densidade superior a 4.A determinação precisa deste valor é feita utilizando-se uma balança especial. Clivagem: constitui planos de quebra com regularidade que podem ser perfeitos, boa ou imperfeita a maioria dos minerais, além de mostra superfícies de fratura, apresenta uma ou mais superfícies de clivagem, nomeadas segundo sua orientação com referencia a face de sólidos geométricos. Geminação: é a propriedade de certos cristais de aparecer intercrescidos de maneira regular.A geminação pode ser simples ou múltipla, sendo o tipo de geminação, uma propriedade diagnostica do mineral. Propriedade elétrica: e magnética: muitos minerais são maus condutores de eletricidade; exceçõe desta regra se deve a ligações atômicas totalmente metálicas e parcialmente metálicas. A orientação dos minerais magnéticos nas rochas ígneas e importante no estudo poliomagnetismo terrestre. 2.6.Classificação sistemática dos minerais O estudo sistemático dos minerais fica facilitado quando se usam critérios que permitam agrupa-los em conjuntos com características similares. Alguns critérios usados para classificar os minerais: 2.6.1.Classificação química Neste caso os minerais estão arranjados de acordo com as suas composições químicas, resultando nos grupos: elementos nativos, sulfetos, sulfossais, óxidos etc. 2.6.2.Classificação quanto à coloração Quanto à coloração os minerais classificam-se em: Minerais máficos ou fêmicos, aqueles que possuem cores escuras por conterem ferro, magnésio, titânio, manganês etc., a exemplo da olivina, piroxênios, anfibólios etc., e Minerais félsicos ou siálicos, os que são incolores ou brancos, compostos à base de sílica e/ou alumina, tais como quartzo, feldspato, zeólita etc. 2.6.3.Classificação quanto à densidade Leves: são aqueles que bóiam no bromofórmio por terem densidade menor que esse composto químico (2,89). Pesados: são os que possuem densidade superior a 2,89, portanto afundam no bromofórmio. 2.6.4.Classificação segundo a gênese e tipo de ocorrência do mineral Esta maneira de agrupar os minerais, baseando-se no modo de formação e tipo de ocorrência. Os minerais são classificados em magmáticos, metamórficos, sublimados, pneumatolíticos, hidrotermais e/ou formados a partir de soluções quentes ou frias. 2.6.5.Classificação dos silicatos Os silicatos constituem a classe de maior importância, representando cerca de 25% dos minerais conhecidos e quase 40% dos minerais comuns. Os silicatos constituem cerca de 95% do volume da crosta terrestre, dos quais cerca de 59,5% são representados por feldspatos, 16,8% por anfibólios e piroxênios, 12% por quartzo e 3,8% pelas micas, os outros minerais (silicatos e não silicatos) perfazendo o volume de aproximadamente 7,9%. Dessa maneira, a grande maioria das rochas é formada por silicatos, sendo raras as rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares que não possuem como minerais essenciais silicatos. Assim sendo, é impossível classificar rochas sem possuir uma boa base de mineralogia dos silicatos. Os silicatos são subdivididos de acordo com o grau de polimerização dos tetraedros SiO44- e conseqüentemente pela razão Si:O dos anions: Tetraedro isolados (nesossilicatos) – Si:O = 1:4 Duplas de tetraedros (sorossilicatos) – Si:O = 2:7 Anéis de tetraedros (ciclossilicatos) – Si:O = 1.3 Cadeia de tetraedros (inossilicatos) Cadeias simples de tetraedeos – Si:O = 1:3 Cadeias dupla de tetraedros - Si:O = 1:4 Folhas de tetraedros (filossilicatos) - Si:O = 2:5 Estrutura tridimensionais (tectossilicatos) - Si:O = 1:2 Feldspatos: a) potássicos b) plagioclásios 2.7.Deposito de minerais Os depósitos minerais são concentrações de minerais na crosta da terra, que podem ser explorados economicamente (os que não podem ser explorados economicamente denominam-se ocorrência ou "localitus"). A nomenclatura desses depósitos minerais segue o nome do elemento, ou do mineral principal, extraído do deposito, exemplo: (deposito de magnetita, de argila). Particularmente, no caso de depósitos de minerais, o mineral extraído constitui na maioria das vezes, apenas uma parte muito pequena da massa total. Os depósitos minerais são somente partes de unidades rochosas maiores, eles representam, portanto, corpos geológicos cuja origem forma composição e tipo são determinados por condições e relações geológicas. 2.7.1.Extração e utilização de minérios O conjunto de operações que são realizadas visando à retirada do minério a partir do deposito mineral denomina-se lava. O depósito mineral em lava é denominado mina, e esta designação continua sendo aplicada mesmo que a extração tenha sido suspensa. A lava pode ser executada de modo bastante simples, por meio de atividades manuais, ou até por meios altamente mecanizados e em larga escala, como ocorre nas grandes minerações de minérios de ferro na mina Cauê em Itabira-MG. O garimpo também constitui a jazida mineral em lava e para extração de suas substancias úteis não foram realizados estudos prévios da jazida. Costumeiramente, os métodos extrativos utilizados são rudimentares. Apesar disso os garimpos podem responder por uma parcela significativa da produção de certos bens minerais, tais como esmeraldas, topázio, minerais litiníferos, ouro e diamantes. Alem de uso como gemas e pedras ornamentais, os minerais têm importância na técnica de construção com armação de ferro e na industria. 3.Rochas Por definição as rochas são produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais. Diferente dos sedimentos, por exemplo, areia de praia, as rochas têm os seus cristais ou grãos constituintes muito bem unidos. Dependendo do processo de formação, a força de ligação dos grãos varia, resultando em rochas "duras" e rochas "brandas". Chama se estrutura de rochas em seu aspecto geral externo que pode ser maciço, com cavidade, orientada ou não e etc. A textura se revela por meio da observação mais detalhada do tamanho forma e relacionamento entre os cristais de grãos constituintes da rocha. Outra informação importante nos estudos das rochas e a determinação dos seus minerais constituintes. Na agregação mineralógica constituinte das rochas, reconhecemos os minerais essenciais e minerais acessórios. Os essenciais estão sempre presentes e são os mais abundantes numa determinada rocha, suas proporções determinam o nome dado à rocha. Os acessórios podem ou não estar presente, sem que isso modifique a classificação da rocha em questão. Quando aos minerais agregados pertencem à mesma espécie mineralógica, a rocha será considerada monominerálicas (calcário, mármore e quartzito) . Quando forem de espécies diferentes, ela será pluriminerálicas (gnaisse, gábio e granito). 3.1.Classificação genética das rochas Classificar as rochas significa usar critérios que permitam agrupa-las segundo características semelhantes. Uma das principais classificações é a genética, em que as rochas são agrupadas de acordo com o seu modo de formação na natureza. Sobre esse aspecto, as rochas se dividem em três grandes grupos: Rochas ígneas ou magmáticas. Rochas metamórfica. Rochas sedimentares. Figura 2: ciclo genético das rochas 3.1.1.Rochas ígneas São rochas formadas a altas temperaturas, a partir da material mineral fundido em grandes profundidades e que, às vezes, extravasa a superfície do planeta através dos vulcões. As rochas magmáticas (ígneas) extrusivas ou vulcânica são todas aquelas que originárias do magma consolidaram a superfície da terra, em contato com a atmosfera. Figura 3: formas de corpos rochosos originados por magma ascendente 3.1.2.Magma O magma e um fluído natural muito quente predominantemente constituído por uma fusão de silicatos, mostrando proporções variadas de água, elementos voláteis ou cristais em processo de crescimento. A composição química essencial dos magmas é, em termos de óxidos, algo situado dentro das proporções: Tabela 2 Composição química do magma em termos de óxidos "SiO3 "30-80% " "Al2O3 "3-25% " "FeO-Fe2O3 "0-13% " "MgO "0-25% " "CaO "0-16% " "Na2O "0-11% " "K2O "0-10% " Temperatura do magma: As temperas medidas em corridas de lava são da ordem de 900°c a 1150°c. De modo geral, considera-se que existem dois tipos de magmas primários: Os magmas graníticos Os magmas basálticos As características das rochas vão depender das condições de resfriamento assim tem-se que: Rochas plutônicas são olocristalinas, de textura faneritica grossa, devido ao lento resfriamento. Rochas hipobissais podem ser olocristalinas ao conter componentes vitreos em geral são porfiriticas ou faneriticas finas. Rochas vulcânicas ou extrusivas tendem a ser vitreas ou afaneriticas, devido ao resfriamento rápido, podem ser porfiriticas. 3.1.3.Nomenclatura das rochas ígneas A nomenclatura destas rochas é definida, com base nas suas composições mineralógicas e nas suas texturas. Segundo a IUGS, as rochas são subdivididas em vulcânicas, quando apresentam textura afanítica ou vítrea, e intrusivas, quando for fanerítica de qualquer granulação.O nome da rocha é definido pela proporção observada entre seus constituintes minerais majoritários, ou pela proporção entre constituintes minerais inferida através de critérios variados, quando os minerais individuais não forem visíveis. Rochas ultramórficas, com mais de 90% de minerais máficos são consideradas à parte, e constituem dois grandes grupos: Peridotitos: rochas constituintes do manto da terra. Piroxênitos: ocorre em corpos máficos-ultramóficas estratiformes. Rochas não ultramóficas podem ser classificadas pela proporção que apresentam entre seus constituintes felicos: feldspatos alcalinos, plagioclásio, quartzo e feldspatóid 3.1.4.A variedade das rochas ígneas A variedade composicional das rochas ígneas é conseqüência natural da variedade composicional dos magmas a partir dos quais se consolidaram. Há tipos de rochas ígneas mais comuns, que ocorrem em volume significativo, como constituintes fundamentais da crosta, granitos e basálticas são as mais representativas. Outros tipos são mais raros, ocorrendo em sítios geológicos particulares e em volumes reduzidos, como é o caso das carbonatitos. A composição química de uma determinada rocha reflete-se nas espécies minerais constituintes e na proporção entre as distintas fases minerais, Um dos parâmetros fundamentais para caracterização de rochas ígneas e o teor de sílica. Segundo este parâmetro as rochas podem ser subdivididas em acidas, com teor de sílica superior a 66%, intermediaria, com teor de sílica entre 66% a 52%, básicas, com teor de sílica entre 52% e 45% e ultrabásica, quando o teor de sílica e inferior a 45%. 3.1.5.Quanto à cristalinidade Cristalina: quando a maior parte dos minerais é formada por cristais. Exemplo: granito Vítreo-cristalina: parte dos minerais é formada por cristais e o restante por minerais vítreos, isto é a forma não cristalina. Exemplo: basalto, andesito e riolito. Vítrea: a maior parte e formada por minerais da forma de vida. Exemplo: pedra panice. 3.1.6.Quanto ao tipo de feldspato presente Sódica (Na) quando o mineral for de cor esbranquiçada. Exemplo: granito. Potássica (K) quando o mineral for de cor rósea. Exemplo: alguns granitos. 3.1.7.Quanto ao tamanho Afanítica: quando a maior porcentagem é invisível a olho nu. Exemplo: basalto, violito e andesito. Sub-afanítica: a maior parte dos minerais e visíveis a olho nu. Exemplo: dialásio. Fanerítica: quando os constituintes minerais têm dimensões que permitem individualizar-los a olho nu. Exemplo: gabio e granito. Textura vítria: constituída predominantemente de vidro vulcânico. Textura porfirítica: cristais que sobressaem na mistura por apresentar dimensões superiores às dos demais constituintes. 3.1.8.Quanto ao tipo de estrutura Maciça: quando a rocha não apresenta vazios na amostra. Exemplo: granito e alguns basaltos. Vesicular: quando a rocha apresenta vazios na amostra. Exemplo: basalto. Amigolaloidal: quando a rocha apresenta vazios preenchidos parcialmente por minerais secundários. Púmices: quando a rocha apresenta vazios produzidos por escape de gases, com uma estrutura esponjosa (celular, onde os septos entre os vazios são de material vítreo delgado). Disjunção coluna: padrão de fraturamento que gera prismas colunares Estrutura lamelar ou linear 3.1.9.Quanto ao índice de cor Félsicas: minerais escuros menores que 30%. Mesótipas: minerais escuros entre 30-60%. Móficas: minerais escuros entre 60-90%. Ultramóficas: minerais escuros maior que 90%. 3.1.10.Algumas características macroscópicas São em geral duras; Os cristais se dispõem por justaposição; Não apresentam estruturas segundo faixas ou camadas; São maciças, quebram se de forma irregular; Apresentam uma textura cristalina vítrea ou vesicular; Não apresentam fosseis Apresentam alto teor em feldspatos 3.1.11.Rochas intrusivas Se o magma gerado em profundidade se consolidar no interior da crosta, teremos a formação de rochas plutônicas ou intrusivas. Dependendo da profundidade na qual o magma se cristaliza, os corpos rochosos gerados podem ser classificados em: abissais (se a cristalização ocorrer em grandes profundidades) e hipobissais (se cristalizarem em níveis mais rasos da crosta). De modo geral, todos os corpos intrusivos são denominados "plutons" e podem ser distinguidos de acordo com seu tamanho em relação com as rochas encaixantes da crosta. 3.1.12.Corpos intrusivos maiores e menores Os corpos intrusivos menores são representados pelos diques e sills (ou soleiras), que tem formas tabulares, pelos lacólitos, em forma de cogumelo e pelos necks vulcânicos. Diques: são formados quando o magma invade as rochas encaixantes através de fraturas ou falhas. Sills: são corpos intrusivos tabulares que se alojam com altitude horizontal. Se formam em níveis rasos da crosta, próximos a superfície onde a pressão exercida pelas rochas sobrepostas e relativamente "pequena". Lacólitos: são corpos ígneos que arqueiam as camadas de rochas subjacentes para obter espaço para seu alojamento. Necks vulcânicos: são corpos intrusivos discordantes e formados pela consolidação do magma dentro de chaminés vulcânicas (os condutos por onde o magma sobe e chega à superfície através dos vulcões). Os corpos intrusivos maiores são formados por batólitos e stockes. Batólitos: possuem forma irregular e maior dimensão. Como se cristalizam em profundidades, é graças à erosão que hoje podem ser observadas na superfície. Stocke: São partes de batólitos parcialmente erodidos, que com um processo mais intenso de erosão passou a ser totalmente expostos. 3.1.13.Utilização das rochas ígneas (granito e basalto) Granito: Usam-se os granitos como pedra de construção e material ornamental e, por causa da presença de quartzo, o granito e uma rocha resistente e durável. Devido à presença de percentagem elevada de feldspatos, os granitos podem ser trabalhados com facilidade ao longo de planos definidos. As variedades cinzentas são usadas como guias e como pedras para pavimentação e arremates marginais; utilizam-se as variedades coloridas para construção, pisos e esculturas. Como os granitos se distribuem por áreas extensas e exibem cores e composição que variam de lugar para lugar, há uma multidão de nomes diferentes para variedades diferentes. Sob o ponto de vista científico, os granitos definem-se de acordo com o mineral acidental (acessório) predominante (por exemplo, homblenda granito, moscovita-biotita granito). Comercialmente falando, o granito é referido de acordo com sua cor ou lugar de ocorrência. Basalto: é uma rocha efusiva de granulação fina, com pequenas cavidades de bolhas arredondadas, cor cinzento-escura, negro-acinzentada a azul escara. O basalto é compacto e dificilmente se quebra. Utiliza-se como cascalho de estrada e para apoiar os trilhos de trem, nas construções sob a água e como pequenos ladrilhos. Devido á finura de sua granulação, não e indicado como paralelepípedo, pois não e abrasivo e pelo desgaste vai sendo polido tornando-se multo derrapante em dias chuvosos. 3.2.Rochas metamórficas As rochas metamórficas resultam da transformação de uma rocha pré- existente no estado sólido. 3.2.1.Metamorfismo É o conjunto de processos pelos qual uma determinada rocha é transformada, através de reações que se processam no estado sólido, em outra rocha, com características distintas daquelas que ela apresentava antes da atuação do metamorfismo. As rochas metamórficas, em outros períodos geológicos passados, foram ígneas ou sedimentares. Hoje como o próprio nome diz apresentam-se estruturalmente modificadas. Com efeito, de grandes pressões e altas temperaturas alteraram a estrutura e textura de muitas rochas no interior da terra, originando, assim as rochas metamórficas. 3.2.2.Fatores principais condicionantes do metamorfismo Natureza do protólito Temperatura Pressão (litostática e dirigida) Presença de fluídos Tempo de duração dos processos 3.2.3.Tipos de metamorfismo Metamorfismo regional ou dinamotermal. Desenvolve-se em região externa e alcança níveis profundos da crosta, relacionados geralmente a cinturões orogênicos nos limites de placas convergentes. E responsável pela formação da grande maioria das rochas metamórficas da crosta da terra e está associada a expressivos volumes de rochas graníticas. As rochas metamórficas resultantes (ardósia, filitos, gnaisses, anfibolitos etc.) apresentam geralmente estrutura foliada. Tabela 3 Grau de metamorfismo regional Metamorfismo cataclástico ou dinâmico. Desenvolvem-se em faixas longas e estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisolhamento, onde pressões, dirigidas de grande intensidade causam movimentação e rupturas na crosta. Provocam transformações na textura e estrutura, como microbandamento ou laminações. 3.2.4.Metamorfismo hidrotermal Resulta da percolação de água quente ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas. Ocorrem frequentemente nas bordas de intrusões graníticas, em áreas de vulcanismo basáltico submarinos e em campos de geotermais, sendo um importante processo de depósitos minerais. 3.2.5.Metamorfismo de impacto De extensão reduzida na crosta terrestre desenvolvem-se em locais submetidos do impacto de grandes meteoritos. A energia de impacto e dissipado na forma de ondas de choque, que fraturam e deslocam as rochas formando crateras de impacto, e de calor, que vaporiza os meteoritos e funde as rochas. 3.2.6.Classificação das rochas metamórficas Tabela 4 Classificação das rochas metamórficas "Tipos "Pressão "Temperatura "Taxa de "Pressão "Rochas " " " " "formação "dos " " " " " " "fluidos " " "Termal ou"baixa "alta "baixa "variável "homeles ou " "contato " " " " "cormibianito " "Dinâmico "variável"variável "alta "alta "metonitos ou " " " " " " "calaclasitos " "Regional "alta "alta "variável "variável "xistos, " " " " " " "quartizitos, " " " " " " "gnaisses. " "Hidroterm"variável"alta "baixa "alta "Escomitos " "al " " " " " " 3.2.7.Propriedade típica das rochas metamórficas 1) São holocristalinas 2) Possuem cristais grandes 3) Exibem brilho sedoso (mica) 4) Exibem foliação paralela, xistosidade 5) Não há vazios, são muito compactas 6) Não há fósseis 7) Intemperizadas mostram formas e relevos suaves 3.2.8.Classificação prática Quanto à estrutura: Gnáissica: a maior parte dos minerais e quase sempre visível a olho nu. Os minerais ocorrem em faixas paralelas, alternadas de minerais claros e escuros, os quais não se destacam facilmente. Exemplo: mármore. Xistosa: a maior parte dos minerais e invisíveis a olho nu e existem faixas paralelas de minerais. Exemplo: xistos, ardósia,quartizito. Quanto à textura: Grano Blástica: quando os minerais são visíveis a olho nu. Exemplo: gnaisse, xistos e mármore. Lepidoblástica: quando os minerais são invisíveis a olho nu, mas há xistosidade. Exemplo: ardósia, quartzito e filito. 3.2.9.Utilização das rochas metamórficas (mármore) Os mármores diferem muito na cor, na textura e nos constituintes minerais. E por esse motivo que, para a classificação lógica, se necessita de conhecimento minucioso e experiência. Os mármores cristalinos podem ser trabalhados facilmente por causa de sua textura granular. Eles são usados para revestimento, como placas, tampos de mesa, ornamentos e monumentos. Todos os mármores cristalinos podem ser polidos facilmente. Contudo, expostos á atmosfera, em pouco tempo perdem seu polimento, tornando-se ásperos e de cores mais claras. Seus usos, assim como os dos calcários, em regiões industriais, em nossos dias, é um assunto seriamente questionável, uma vez que todas as rochas carbonatadas são atacadas pelos ácidos e pela fumaça. 3.3.Rochas sedimentares A superfície da terra sofre continua ação dos agentes erosivos que vão desgastando as rochas e transportando as em detritos ou partículas de vários tamanhos chamados sedimentos. A disposição desses sedimentos origina bacias sedimentares. Uma vez depositado, o material sedimentar sofre um conjunto de transformações (químicas e físicas), em resposta a essas novas condições, recebendo o nome diagênese. A diagênese começa no final da deposição e prossegui indefinidamente, não importando qual o grau de consolidação que o deposito sedimentar tenha atingido. Figura 4: formação das rochas sedimentares 3.3.1.Processos e produtos diagenéticos A diagênese e caracterizada por um conjunto de processos e por seus respectivos produtos. Os processos mais conhecidos são: Compactação: a compactação diagenêtica pode apresentar-se sob dois aspectos: químico ou mecânico. A compactação química engloba a dissolução de minerais sob pressão. Já a compactação mecânica não engloba processos químicos, mas sim aspectos físicos, como mudança no empacotamento intergranular e a deformação ou quebra de grãos individuais. Figura 5: compactação diagenêtica Dissolução: tem como fator principal o efeito ou não de pressão. Se houver ausência de pressão, ocorre somente a percolação de fluidos no material depositado, podendo ocorrer reações químicas entre a solução e os minerais depositados. Quando ocorre dissolução sob pressão, também chamada de compactação química, podem ocorrer vários tipos de feições, as quais dependem da escala do material analisado. Em escala granulométrica, conforme aumenta o grau de soterramento, os grãos passam a ter contatos pontuais, planares, côncavo-convexos e suturados. A geração de poros ocorre devido à dissolução e fragmentação dos agregados sedimentares durante a diagênese, constituindo uma feição muito importante para o acúmulo de óleo e gás. Figura 6: Contatos entre os grãos devido à diagênese Cimentação: é a precipitação química dos minerais a partir de íons em solução na água intersticial. Quanto à forma, composição química os cimentos mais comum em rochas sedimentares são os silicosos, carbonáticos, feníticos, fenosos e os aluminossilicáticos. A precipitação química do crescimento depende da sua insolubilidade no ambiente geoquímico intersticial. A cimentação pode ocorrer apenas localmente, formando os nódulos. Recristalização gliagenética: processo, sob condições de soterramento, ocorrendo mudanças na mineralogia e na textura cristalina do material sedimentar. Dois exemplos são comuns. O primeiro é a transformação de aragonita em calcita, ambos compostos por carbonato de cálcio, porém de estruturas cristalinas distintas. Neste caso, também chamado de neomorfismo, há mudanças apenas no retículo cristalino, sendo mantida a composição original. O segundo é a mudança na composição química, denominada substituição, na qual ocorre a troca da calcita ou aragonita por sílica. 3.3.2.Componentes de rochas sedimentares Os processos diagenéticos modificam as texturas e a mineralogia dos grãos, alteram a forma e a taxa de porosidade e cria novos componentes mineralógicos sob a forma de cimentos. Uma rocha sedimentar pode ser dividida em dois grupos de componentes os que já existiam na deposição (deposicionais/primários) e os e os surgidos durante a diagênese (diagenéticos/secundários). Os componentes deposicionais de um agregado são três: arcabouço, a matriz e a porosidade primária. Arcabouço: corresponde à fração clástica principal e às frações mais grossas que esta. O material clástico mais fino compõe a matriz. A porosidade primaria refere-se ao volume, à geometria e à distribuição de poros que o agregado sedimentar tinha no momento da deposição. Componentes diagenêticos são dois: cimento e porosidade secundaria. A diagenêse é capaz de criar poros, através da dissolução, ou fechar poros, através de cimentação. A porosidade secundária resulta da interação química do arcabouço e da matriz em contato com a água intersticial, favorecida ou não pelas condições diagenéticas de temperatura e pressão. 3.3.3.Classificação das rochas sedimentares Tabela 5 Classificação das rochas sedimentares 3.3.4.Classificação geral A classificação mais abrangente das rochas sedimentares é a que divide em alóctones terrigenos, alóctones alobioquímico e autóctones. Estes nomes relacionam-se à ocorrência ou não de transporte mecânico é a origem dos grãos fora ou dentro da bacia sedimentar, trata-se de uma classificação genética. 3.3.5.Utilização das rochas sedimentares (calcário) Os calcários recebem nome de acordo com os organismos que contém (calcários numulíticos), a região de onde procedem (calcário de Leitha), sua estrutura (calcários oolíticos), a mistura que contém (calcários ferríferos), a estratificação (calcários em placas) e a época geológica em que se formaram (calcário triássico). Os calcários estão amplamente difundidos e formam grandes cadeias montanhosas. É utilizado na indústria (na fabricação de açúcar e elaboração do salitre, para a obtenção da soda e gelo; é acrescentado para a fundição de minerais de ferro, para a construção (cimento, cal "queimada", é a matéria-prima para a fabricação de morteiro). Na agricultura e amplamente utilizado para a correção de solos ácidos. 4. referências bibliograficas Schumann, Walter. Rochas e Minerais. ISBN: 85 – 215 0209-5 ed. Rio de Janeiro. Ao livro Técnico S.A. Texeira, Wilson. Decifrando a Terra. ISBN:85 – 86283-22-8 São Paulo. Oficina de Texto. 2000.