Transcript
Sociologia da Edtlca~ao Alberw Tosi Rodrigues Colc~ao [0 que voce preciSJ sJber sabre ...] COOI\DENA<;:AO
Paulo Ghiralclelli Jr. e Nadja Herman Esta cole~ao C ul11a iniciativa do GT-Filosofia da Educa~ao da r\nped na gcsr;io de Paulo Ghiralddli
I~evisi1o
Jr. c Nadja Herlll"l\
de proVa5
Sociologia
Paulo Telles Ferreira Andrb
Carv;11ho
da Educa<;ao
Projcw grdfico c diagrama~ao Maria G,1bricla Delgado
Ca/Ja Rodrigo
Murtinho
Alberto
T osi Rodrigues
CIP-BRASIL.Cataloga~~\o·na.fontc Sindicato
Nacionai
(jos Ediwres de Livros, RJ
R611s Rodrigues,
Albeno
Tosi
Sociologia da Educa,ao Janeiro: DP&A, 2004, 5. eeL
/ Alberto
Tosi Rodrigues.
- Rio de
. - (0 que voc~ precisa saber sobre)
14 x 21
CI11
160 p.
Inc1ui bibliogrnfia
ISBN: 85- 7490-289-6
C00370.19 CDU37.015.'1
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G
DP&A. edi1:ora.
PASTA N°
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TEXTO N:;
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FLS. Y
.Jr."
II
CAPiTULO
-~
I·
Sociedade, educac;ao e vida moral
,. I
I I
i
I,
J
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"f
I :
I i .,
'i, j
I
...•.. -. ~.,
I
I
.;
I
N Ukl
P..\UI.Ii'Jlll)
III SLUS S/\~lI\/\S,
l11abndro
do 1110rro, Chico
sirn, vive no crime atriblli
e
e
sua condi~ao
principio,
preso
qualquer
J:',
trans(Llrl11au".
Geraldo
Vandrc
faz a hora, Somos
outra
Qual
em outra
cb 11111recado
nao espera
!~
nos que fazemos
"
I
ver <1sociedade
1
deterl11ina<;ao
,
indivfduo
I I
[
Diante
II
do campo
-l ';
l
coletiva ~'
indivfduos.
era,
nao ern
pessoZl, mas "0 sistema"
com semido
que nao a
sabe
0 que, Zlfinal, 0 "sistema" ;1
COI11pretensoes existente
nos
nossa l11argem de m;lllobra)
liberdacle)
esfor~os, entre,
elos funcbclores cientflk;IS
c!a sociologia
a clificukbde
de Ui11 bdo,
el11 licbr
a possibiliclacle
C0l110 Ul11a estru tu 1'<1COI11poeler de coer~ao ;lgente
cientffico
de dernarclr
p:lra CSr:1 nm'a
ern dcmonstr:ll' aIm;l Busc\v:\m
e, de ourro,
ell' e ell'
a de vcr
0
cri;lelor e trans(orl11<1c[or cia vida coletiva.
da necessidacle
com
1l1'0stO: "quem
a horZl) Ou a hora j<'i vem rnarcZlela,
sobre as <1~oes inelividuais
como
se ernpenh;1ram
r
i! -i1
cia nossa
COI11essa tens5a
I
porcrn,
Chico
CIl1t;;:lo, hem 111{\isconhecicb,
Zlfazer em nossa viela) Qual 0 wmanho
C0l110 c1isciplina
I
j J
:I
IIIll
acontecer".
DZlta c10s primeiros
I
:,
de
rna!andro,
ell' sohrevivcricia
pela socieclZlcle em que vivemc)s? obriga
c
0 Cdtirno verso eliz tudo: "Zl culpa c da sociecbde
marginalidade. 0
I r;ljcI (')ri;\
Pa\dinho,
falhZl de car~t(;r.
nao [he deixZlL1 outrZl oportunicbele que
;\
N:l C<1I1~;'ill,ele
a wela hora.
a uma
tao bom como
V I( 11.:\ 11:IIT:1
11:\
Briw.
pr6pria, com
\1111
esl':\\U l'n')l'ril/ elentro
discil1lin:1 :lCad":'micl,
:1 exislcnci:\ acima issu
e (or;l delirnit:lr
plena
al.~:llns
lie urna \'iela
clas 111el1(CS
GOS
(;III1I'U
de
\1111
investiga<.;:ao que estivesse lidava com a mente qualquer. ponto
Outros
do indivfcluo) ou de Olltra cicncia
pensaram
de partida
embora
fora cla al<.;:aclacla psicologia
tambem
human3
em tratar a a<.;:50individual
para 0 entendimento
da realidade
fugissell1 do "psicologismo",
(que ja como 0 social
colocaram
e,
a enfase
nao no peso da coletividadc sobre os homens, m;!s n3 C<1p:Kicbde dos homens e1e (orjar a socicdade a partir de S'U:1Srcla<.;:0cs uns f' com os outros. E provavel mUl'ldb"s;cial
que todos
tivessem
cada indivicluo,
criado sobrevive
influenciando
Como
biografia
pensar
dos homens?
ao tempo de vida de
os modos de vida das gera<.;:oes
a hist6ria Como
humanJ
escrever
sem resgat<1r a
uma
biografia
considerar
a sociedade
e 0 inomento
hist6rico
biografado
viveu? Portanto,
a sociedade
faz 0 homcm
nredida'em
'que 0 homem
problema enfase.
em cletrimento
faz a sociedade. da outra
sem
em que
0
na mesma
Prcferir uma parte do
e apenas
uma quest50
de
influenciaclo
pelo cientificismo
pela biologia,
c extrem:1mc.1le
uma clelimita<;:ao clara clo objeto frances Emile Durkheim
essa cnfasc e importante
J ecluca<.;:ao. Ou,
XIX, com
e do metodo
cla sociologia,
existcnciJ de um "reino socizd", que sui;l distinto clo vegetal. Nao por coincidcnci:l, cle "reino
moral".
processariam
justamente
por ;lmbientes coletivos.
a
do miner;ll e
ele Ch:lI1L\\',\ eSle rcino soci:d, reino
mCH;l! seria
os "fenomenos
constituidos
0
lug;H
ou pelos
Toda vida social se d5, p;lr:! Durk.heim,
Entender coletivo
algo evidente achava
que esta dimens:lo
de fato exisw,
sej::l real e cletennin:lnte por si mesmo,
Durkheim.
par:l deteetar
e nao e t::neb
a soci61ogo
esses estados
qlle tal meio
na vich das pessoas, e
0
coletivos. com
p:lr:l qU:llquer
Para :I
tanto,
sociologicos.
nravidade b
mesm;1 postura dos demais
num estaclo de espirito
ou a da inercia
qllestiona-bs,
um,
ele deveria
dos fisicos, qufmicos ou bi61og~)s em seus bbor::ltllri,)s.
coloc:lndo-se
e
nao
l'mico cientistZl preparaclo
da sociologia
ecluca<.;:50 que poclemos cleduzir de seus escritos
"ic\cais"
meios ffsicos estao par:l os org;:mismos \'ivos.
autores
de
se
nesse "meio
cientisLas,
a concep<:;ao
vczcs,
inclivic\uais assim como os
consicleral'nos
pelo menos,
:\S
onde
morais", e seria composto
pcbs ·"idcias"
moral", que esta P;lW as conscicncias
0
em sua obra a
quando
a concep<.;:50 que cacla um dos principais sobre
clo scculo prcocllp;ldo
(1858-1917) vislumbrou
enfrentar Sll:l :1ventura intelcctual
No entanto, tinha
criam 0
em que vivem - de onde mais de viria? - e ao
mesmo tt:'h1ri.oesse mundo seguintes.
raz50. Os homens
Fortemente principalmente
semclhante
ao
Se a lei Ja
sao leis cb n;1tureZZl - n:-\o se pocle
nao se pode muJ,i-Ias,
e s6 nos resta conhece-las
pClra melhor viver -, do mesmo modo a socicdaclc, a vicla colctiv:l, Durkheim e Eclucar dos
OIIlOS
e preparar
0
pensamento
e conservar?
sociol6gico
all revolucionar?
Edllcar
e tirar
a venc\a
ou impedir que 0 excesso de luz nos deixe cegos? Edllc;lr
sociologica.
E 'comecemos
senhores, logo
continua senclo um dos mais influentes e cia soc'iologia cia ecluca<;:50. ~,
pOl'
os formuladores acjuelc
pensadores
que precisam
que
da foi c
da sociologi::l
independentes
ser conhecidas.
leis cIa gravicbde
Sua pretensao
c
d:l vonwde
A ([sica ne\\'toni:ln:l
c cb inerci:l
na visao c\e Durkhcim,
pma a vida? Se for :lssim, para qU:l1 vicla?
Com a palavra, ess.es inquietos teoria
cleve ter suas leis pr6prias,
clescobrir apresent;1r
dos corpos. :IS
0
compreendia
as
;1 sociologia,
leis ,b vicb soci:1!.
a sociologia
positiva. como um estuclo met6c1ico. Scgllindo portanto,
Cabe
humana,
clescobriu
como
lima cicnCla
os mc(\)(los certos,
soci610go poclera c1escobrir ;1S leis sociZlis. Durkheim "lei" (lei cientffica,
nestc c:lso) como umZl "reb;ao
,
"
;.:./'
necessaria",
como a clescoberta
e apresentacl·ltl ,IL-
na luta pcb sobre\'ivC:ncia
preservar
de
da comretie:?io
P:ISS:111l :\ glli:tr-sc'
intlivitilltlS
0 lugar ell' onde sao
:1S regr;1S. r\ tcnc!cncia
de oncle se olhar
enquanto
a comp,lrtilhar
mesmos
ao
no seio de uma cllitura
todos sao rigid;1mente
normas,
Os
a ebs
h5 forte diferencia<;ao
o conflito, decorrcl1te
de gera<;ao pard gera<;ao numa
de grupo,
diferenciada,
quando
m;1ilH pdr;1 a
mais imperativos,
transmitidos
pouco
ct? mesmas
compartilhados
dar
conformc
cli(erentes
possibilitam 0 surgimcnto da liberchc!e moc!erna. SCl numa socieclacle complex<1 e elilcrcnci;lLh c que se turn:1 posslvcl
conte,
das regras estabelecidas e ha uma margem interpreta<;ao pessoal ou grupal clessas rcgrdS. os meios morais,
Quando,
um cnfraquecimenco
nas sociedades
Hcam mais (r;lc1s. Pnde-se
intcrpreta<;6es
extrcmamente
c, em dccorrcncia,
maior de tiberdade,
regras gerais Hcam relativiiadas,
E
ao qllal se vincub
complexa em que nasccm.
porquc
os indivlduos
c :lqUi!O. N:lo. ELl C l"<1mbcma expressao ela existcnciZl de di(c:rentes (orm~ls de propriecbde no seio de lImZlcbcb sociedadc num e!Zldotempo historico .. As reb<;0es cle propried8e1e, par SUZlvez, di:em respeito 80S tipos dc rclas;oes sociais preclominantes nllm:< sociechde a partir elos tipos de proprieclade \·igentes. Do ponto de_~~i:s.t~nd.~ _l\'hrx,. ebs il~~plicZlm .nlll~U .scpara<;CiobJ~i<;.8:CI~[1S.()Sin~.tr.~IIi1Cn tos o~~m\2i(!.s.u~i!i:~L.los pZlrZl0 trZlbalho, tr8h:J!ho, de outro.--'Isso . - . de um _bdo, .. _. -e 0 proprio ..... 2ig~litka quc.nO.l'rllCCSSO de clivisao do tr:lb:llho.ncnuempre ..os hc~~ns.9..u'::J?'?.ssuem ~")s.m~~:~l:~~~,lre~di~.'l.!·._C2 tr.~'.aU~~~~.0~1II-\am e_llel::...~ell~pl:e()~.CJt~e_t:.'·.Zllxdh<1lnpo.sSL1CI1l esscs meios, As rebs;6cs ele propriecl:1dl.:, portZlnto, s:\o ;\ base liaS c1csiguakLldcs soci um:1 educaC;:~
p;lr;\ \\lchl'l',
lev;! em
de ;lgir, 0 compUrL;\mel1('o tlos CHIITOS,
isso que fa: ele sua ;1~50 um;l ;1~50 suCi;ll. Mas n:lO so: ek ;1 relacilln;u-se
t;tmbcm
inslitucion;lli:;lcl;lS,
cum
;IS norm;lS
que (em inllu('nci;\
c
soei;lis s\lbre sell
essas normas inf/ucnciw1! () cwir elo inelill/clLlo l1a mcs))w medicla em quc Scl() rc.\lilcaclo elo ogir dn5 /)):~/Jrios inclivicll£OS llO fango clo tcm/JO, melhor
cli:endo,
QueI' en tender como isso (uneiona) distingue
os conceitos
simpliEicar bastantc
dos atores sao intcrpretados
a<;6es propria mente ditas; embora certos elementos (a estrutura\=ao
daqucla
movidos
clos sujeitos com rela~50 aos outros.
Para Weber, os comportamentos
c
;1
lIlIlIilJs de () !IIHIIClil
seria um g['ancle erro pens;1I' que Durkheim
consolicbcl;ts,
do ponto
clo que seja a
c
obrigaclo
t;. ":..
a um entendimento
e as institui~6cs
consielera~;lO, no mumenlo
dos
de vista da sociologia. Oaf chegamos
;\ dl'{'cl'lllin;,d'ls
um agir de homens
Cluer. N;lo c n;llh
cia a<;ao,
outros sujeitos e dos obstc\culos que todos en(rentClm para leva I' suas a\=oes atc as ultimas
re(crcm
pdo contr{]rio, C 0 homel11 que ;1Cha que u inclividuo ;l,ge como
/)s/qllico,
cxclusivClmente
C 0 comportamento
que acha
nao estamos
a\=50 c social se n50 se referir 30 comportamcnto
e nenhuma
sem exce~50, ou eros.
de um comport;1I11ento
cia sociologia
5C
agir em socieclaele. A t;1I'ef;) cia sociologia
e a
para que se possa que
falainos
que
de modo que ele se tome um agir compreensivel,
rcalizaria
daquilo
da SOciclbde, n1;1Sj10rque para elc ()
Estaclo, capit;1lismo ou Igrej;l, j1;tra SII;l s()ci\)]()gi:J, rcdllLem-se
social raetonal com reb<;50 a fins (aquele
racional)
em dClrimento
categori:lS
possfveis.
em que 0 inclivfduo
0 a!cance,
a racionaliJade
individual iSla
indivic/zLO conscicui 0 Itnico [JOrcac/or dc IOI1 com/J()l'Cml1cnco /Jroviclo c/e senticlo, ele incenci01lClliclclCie. Em conseCjL'lcnci;l, conccitos COli1(),
a realiclacle sc cl/Jroxima
quanto
c
n50 porque ele prefira 0 inclivfcluo, nem mlJii:1 mcnnS;l j1sico!ogi:l
malS puros S:10os 111;1 is r;lcionais,
no sen'tido de adequ,a~50 entre meios e fins,
4u.
de Weher
ele "conllll1iclade"
e "socicclacle".
a c1eEini~:io do nosso autor, que
s6 para que possamos
en tender
cabcc;:a de \V'eber, liga ;10 indivfduo.
0
fie
Entao vej;l como \Veber
inelivfduo
agir que se basei;l nas cxpectativ;ls dm outros,
c detalhada,
esta Vi8 de m;1o cluph que, n(\ as estruturas
SOCi;1ise estas
die, basic;1l11enec, que u (/gir cm ((mll/nidwl"
compOrt;lmcntu
Eu vou
C ;Ique!c
que ,emos com reLlClO ;Hl
Se tli:el11o,-;"hom-eli;I" ;1ll l'nC~)Jltr;lr
determinada
pessoa e pOl'que esperamos
dia" tambem. imprcvislvel
Sc 0 comportamento
que cia responda
"bom-
oriental' seu comporramento estc ;lto.
dos outros fossc totalmente
para 'n6s, seria diffeil viver. a agir em comunidacle
explica-se
pela existe,pcia
probabilidade
objetiva
de uma maior
de que tais expectativas
sejam
Pois bem. A lei profbe e voce evit;l elesobeclecc-la
ou menor
sofrer as consequcncias.
fundamcmadas
melhor
(algo que Weber chama de "julzo dc possibilicbdc objetiva"), Quando agimos racion::llmcntc, CSper~111l0S que os GU'u'os t;\lnbcm ajam as~im, para que possamos de lCvarmos nossos objetivos
calcular
ser afJenas
cbmunidade
com rela~ao
aos fins do atar.
emotivo,
i-rraciona!.
compart~r-se
de um determinado
se basciam
e
de
usados dc modo
c
em comunidade
nos regulamentos
voce nao vai matar
sociais
sua mae, nao apenas
voce gosta deb,
mas pOl'que tenho
que os assassinos
s50 conden::ldos
no qual as ex!)cctativas
vigentes,
Eu acredito
porque
certeza
0
atores
inclivieluais,
que
cIe que voce sabe legal
universo
estiver
expcctativas
c
como
rccfprocas"
Quando
cm socicclaclc,
um;1 cspccis:: de
e em conscqlicncia J
isso ocorrc
J
e inteligfvel
\X!eber diz que existe
cia norma n5.o sc baseia apcl1Zl.S Qu,1nto
mais
e1issclllinada
eles,
mclhor
fUl1damcntachs
ser5.o as
de uns com rclaC;;lo ;l0 comport;lll1el1to apenas
a ConVen~cl() - onde
medi;lnte
relac;5.o aos infratores regulamento
pcbs
a convic<;5.o de cad a um ell' quc as rcgras
para
a eliferenc;a entre
garantido
sabc que se for
agindo
social arganizado
recfprocas.
s50 obrigaloriCls
porque
port;lnto,
uma arc/em social. Mas a valicbdc
Esta
imagino ,que
e presos pelo sistcma
de expectativas
expectativas
tudos ubedeccIl1
foge ou se escol1de, est,') se
funcionam
torn am
nas
c
que
0., ()lams
que tem pOl' base as regras.
"condensac;5.o
socialmcnte
modo.
bta,
elisso
J
111m/lie
que 11<1 sucicehde quando
porranto,
J
de um
geralmente
As regras
inclivfeluo calcula
0
t;lmhcl1l
os rcgulamcntos,
sera puniclo.
para nao
rcgrm, cle cst;', ;lf~il1d()cm SOCiClhdc.
criminoso,
conformc
com um dlculo
de que os outros tambcm
um agir em comunidade
proprio
capturado,
]a 0 agir em sociedade e um conceito mais especffico. 0 agir em sociedade
lei. a
ele acordo
na expectativa
agir
com base na expectativa
se, comporrem
a
0 agir em
ainda, de que se comportem
Em resumo:
(IS
n50
de que os outros se comporrem
au,
Mas qU;lndo
b;1SC :1;1S regr;ls
Sc:.l;ll1l1/()
(lgC:Ill
oriemando
peso a cerros valores e cren~as,
nlodo regular, na media dos comporramentos para aqucla situa~ao.
reais
essa racionalidade
tan~bem pode se fundamentar
que os outros deem determinado ou en,tao na expectativa
igl{{(/mCll1C
J
acima,
agir com
Veja hcm; n:io estou dizendo
ate 0 fim, E assim como no caso
dos tipos'-d'e a~ao comentados precisa
as possibilidades
de tal modo que voce nao pratique
- e
c garanticla
uma "elcs;lprova<;Jio 0
Dirciw
dus outros.
c
rcgubmcnto
0
social"
com
- em que a v;llidade
pOl' Ulll aparato
cocrcitivo
do
e punitivo.
Se voce se vestir com um,1 roupa Il1uiro fma de mOlla pocle ser J
vigente.
Alem de pouco afetivo, praticar
irracional.
No agir em sociedaelc,
por este tipo de expectativa que tais regulamentos objetivo
uma menor vizinhanc;a,
de
14
sielo fcitos justamente
ajam segundo
nao de outra m::lneira. Se'voce
que tenha
::llcm do indivfeluo oriemar-se
baseada nos regulamentos,
tenham
de que os homcqs
este ato seria bastante
que
c
porque
sup6e-se
est;:\
CClIlvcllciCJ7wclo
moela. Mas diantc
com
0
suas c1etermina~6es,
e
homem praticar scxo com
anos,' nao 'apen::ls podera
elificuldade
ser m::llvisro na
mas pode se~. preso, pOl'que foi feim uma lei para
um banqueiro
namorada
um determin;lc!o
cia elcclarac;ao
voce nao pode escolhcr cbro):
de arranjar
al1ld
ou n;lmorado
J
tipo dc roup,! da
do imposto
dc renda,
se qucr p;lgar ou n;lO Cl mcnos quc seja
ou Ulll grande
eillpreiteiro
e more no Brasil.
voce est;:\ obrigac/o ;l p;lg;lr porqllC ;l lei ;lssilll J
0
para roelos e, sc voce e1escumprir,· saGe que cst;) sujeiro corresponelentes.
e
dcterillina :IS
sanc;6es
~-IC: . ~.. ~ ..:"t-!
'.
Assim,
em
considera~ao entendidas
de
seus
a existencia
objetivos
ou como imposi~.6es
social
pocle
e [evando
das norm as - sejam
como' a condensa~ao
(c9nven~5oo) o;;ltor
busca
em
cssas normas
de cxpectativas
reciprocas
mediante
(direito)
deliberadamente
san~ao
fazer
parte
fin;. .
"orgaos
Os proprios
11
(If
,os
ins,
II
associa~a·o."Com
os
mcmbros H
de uma
da associa<;:ao estipulam ))
estatucos
isso, cada
C levada
propria com
conduta. sauna
frieiras
meninas
que nadam
confia
-
c e coa~ao
os J
n
ua
que os demais
cujos
se
e esta
na oricnta<;:ao de sua
"fins"
horrorosas
nao-observancia
0
ou culpada
a suspensJo pock
dos
pOl' contaminar
gerais
pl~namente
desenvolvida,
na medida isso
com co,1~oes mlitua
com fins, dcfinida
e de 6rgaos
proprios,
Weber
pcb
quando
social efemera,
os s6cios a associa<;ao permanece,
em que as regras e os orgaos permane~am.
ocone,
diz que
as associa~6es
Quando
humanas
se
institucionalizam. Sao instit,ui<;6es sociais, pOl' exemplo, as farmas de comunidade
religiosa as quais chamamos
n~ais estruturais costumamos
da vida 'politica
chamaI' Esta~o.
escolher
sail' a qualquel'
subjetivamcntc
a
::wment;:-t.
este Cluadro normarivo
Clue a
com sauna e piscina voce pocle
momento,
nfio freqiiencar.
venclcr seu titulo
S6 esta suhmeticlo
de s6cio
;'s re,c:ras na
medie/;J em que optou pOl' scr sclcio. Porcm, no (aso d;1 ;Issocia~;lo .' de codas, que C
polfticd mais abrangente diferences.
A durabilidacle
0
Estaclo, as coisas S<10
clcsSJ assacidS;,10 dtr;wcs cbs gcra~6es
de indivfcluos c
.....'_"
.. __.._.
. _
polftica
e dos aparatos
privadas,
a educa<;ao
"qualidade Weber,
pr6prios deixa
as grandes
paulatinamente
da posi<;ao do homem
este,
e0
sentido
corpora<;6es
pr6prio
de ter como
na vida" - e note-se do terIno
de status - e torna-se cs.1JcciaUzado com 0 objetivo de tornar
base dos sistemas
pretenSl)eS cle monopolizar cargos soci:1l e economie;,mente vanto[IlIU
a de
Z'lS(ormas
o desenvolvimento
do diplom;'lIniversit5rio das eseolas e1eeomcreio e engenharia, e 0 clamor universal pcb eria<;:ao dos eertifieados edueacionais em tc;>dosos campos levam a forma<;:ao de uma camada privileglada nos eserit6rios e reparti<;:6es. Esses certificaelos ap6iam as , pretensoes de seus portadores de intermatrimonios com bmfli~lSnotc'iveis (nos escrit6rios comerciais as pessoas esperam naturalmel1te a prefercncia em rcla<;:50 a filha do chqfe), as pretensoes de serem admiticlos em cfrclllos que segllem "e6c1igos de homa", pretensoes de remunera<;:50 "respeit5vcl" em vez da renlunera<;:fio pdo trabalho realizaclo, pretensoes de progresso garanticlo ~.c1e pensoes na vclhice e, aeima de wclo,
Z'l!)(~d'1!.!O!.!i::1 do cultivo •.•••
trZ'ldicionais
'-'
e
;1
!iedarrorria b b
c Z'lSrZ'lci,mZ'lis-lcg~lis de dominas;:io,
as for111as prc-capitZ'llistZ'ls
3 mcra
stClttLs.
entre
..:>
C pZ'lrZ'l\X!cbcl' ~) 111eS111~1 difcren~Z'l que existe e <1Scapit<1listas
do
entre entre
de econ0111i,1.
Mal'x via no CZ'lpitZ'llis1110,1 escraviZ;lC;:lO du sel' hUl11zll1o por I11cio cia aliena<;5.o de r0111per com imposta
pcb
desenvolver para
racionaliZ<1~::io 0
talento
a obten~::io
incxol'6vel, [l'eina111cnto,
do trZ'lb<1lho, c nt'~'rt~\.: :;:;:-:":~:LL_•.,~;,..._•...:::~:c...._._.,~k>.i"-._' :·.:...~_·~~2.~.::s--s::.:::.:.~·.~~..:-..:. .:..:.....i.-.:..~c::.:·;.~...:::~.: •..::.;" ...~~:_ ..:_.:.-.._~._..':.._-; . ;.-"-~.,;--.:.~ ..... 0'
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I,
libc'ral, achavam
do ponto
de vista da
do ponto
que n50.
ao contra rio, de
I
desdc
capitalismo (IR9l-1917)
it;-tli;-tno Antt1l1io Gr~msci
um livro em vida. No entanto,
a juventudc
deixou
como
durante fascista
nunc\
legaclo
varios
v~1rios cadernos
artigos
em
Deixou tambcm,
de not~ls manuscritas
perfodo em que csteve p'reso, sob a guarcla do Estado
0
a
italiano,
epoca
cle Mussolini.
Conhecic!os
de atualizar
como
de inspira<;5.o marxista,
cle modo a
as ca1'acterfsticas
'Capitalismo
avan<;ado da primei1'a metaclc clo scculo XX. Seus inovadores
concep<;6es
de Marx referiam~se
as de Lenin, atrasadas
v5.o no senticlo
e com capitalismo
de clemonstrar
a sociedades
0 revolucionario
emopcias
russo,
de
que as
do sCCltlO XIX e
a sociecbdes
Sua primeira
agrarias,
mas tambem
clubes,
no mcrcado,
distin<;ao polftica
~ntre leste e oeste., Ele entende o Estado,
as estruturas
importante
politicas,
Deb, apenas
E:
concentram
modo
de lutar
a tal podcr pelo poder
concentraclo
todo 0 poder sem clpaciclacle
no Estaclo.
em tal situa<;5.o e investir
Estac!oo No casu dos con)unis~as,
tentar
c
0 unico contra
0
uma revolu<;5.o armada,
que desalojasse
os poc!ei-osos e dessc
isso que Lenin
fez na Rg'volu<;5.o Russa de 1917. Por Ocidcnte,
0
poder aos operarios.
Foi
C()IlH)
nos partidos,
0
sucied:Jdcs
ILlS
cst;l em muitos lugarcs
mcsmo
,10
cst:) nas empresas,
na cultura,
nos
nas conccp<;C1CS
percep<;50
permitc
;) Gramsci
umJ
vis:io bem mais
c p1'ecisa cb luta politica no c:lpiLalismo contcmpor:ll1eo.
ele C capaz cle concluir de insurrei<;50
lJrcciso
WJW
que, p~ra obter poder, as classes
::l politica
nao poclem fazcr um;) politica
ou de luta golpista
rcvolw;clo
aos que pretendem
110
revolucionar
e a sociedacle
contra
0
Estaclo.
cotidiwlO. E esta liC;50 nilo sc limita
E uma
a socicclacle.
em ge1'al. A politica
liC;ilo sobre
tem que ser feita
l1a
socicdaclc, cleve 1'eferir-sc a todos os esp,lC;0S de pocler disponiveis. A luta politica
o lugar
aqueles paises ond~
onde a sociedaele civil e fraca, pouco organizada, de contrapor-se
e entre Oriente
de uma distin<;50 geografica
por Oriente
forte e
que as pessoas veicuhm.
nilo pocle limitar-se
for<;a fisica ou de puro
pouco desenvolvido.
E nao se trata apenas
intcrno
dc
0 Estaclo e a sociedacle
S(l,
coer<;ao, domina<;ao, e Ocidente.
!:s[;ldu,
IlU
Ele CStc1diluiclo entre
ou grupos politicos revolucion{lrios
;adequa-Io conceitos
das sociedadcs
r;\ tudu
CUIlCClll
Est:) no governo,
de mundo
das ideias de Gramsci esta em sua capaciclade
0 pensamento
a
s50 as sociedades
com um mercado
tcmpo.
mo1'te e 1'cp1'esentam, ate hoje, uma Fonte de 1'd1ex50 filos Ofica , sociol6gica e poIftica fmpar.
esses esc1'itos fo1'am publicados
politicJS institucionais
Essas
civil. Nao esta num lug"r
Esta
f'.- imp'01'tancia
paises em que a socieclade
social.
niais avan<;aclo,
mais atrasadas.
cocrente
do carccrc,
da vida
n;\o se
puder
apos sua
. Cadcrnos
aquelcs
e mCdtipla, vital, org:lI1izada e tem concli<;6es
com umJ vich politic;) plur~1. Ness;)s cOllcliC;C1CS, cic nota quc
sua militfll1cia polftica
pcri6d}5=_?~, de particlos poIfticos e na imprensa. e isso C 0 mais ~mportante,
entende
civil tem estrutura,
de dividir com 0 Estaclo e as estruturas
Gramsci e a reforma intelectual e moral
Ii,:
i
e Mannheim,
Gramsci,
administ1'a<;5.o
I'I!
i
indcfinidamcnte?
do marxismo,
democracia
Ji
i
as estruturas
onde
apena:; a uma lutZl cle pura
pocler economico.
0 Estaclo c for<;a,
mas a sociedacle C 0 espac;.o clo conscnso, e
os homens
conflitJm
seus interesses
lJCrslwsclo. Nao bastZl fo1'<;J, portanto.
E
conscicncia
clisputar
sociedac!e
das pessoas. ocidental,
G1'amsci, "ganhar
moclerna, a batalha
Sc e t5.o importZlnte sociedacle,
Quem
quiser complexa,
a apropria<;ao
econ6mica priv