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COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL
SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE GLP
Juazeiro 2010
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COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL
SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE GLP Douglas Emanuel Nascimento de Oliveira Julliana Melo Pinheiro de Araújo Profª. MSc. Sylvia Paes Farias de Omena
Juazeiro 2010
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SISTEMA PREDIAL DE GÁS
Tem como objetivo a alimentação de fogões domésticos e aquecedores de água e, mais raramente, algum outro equipamento que por ventura o necessite.
Duas formas de fornecimento:
Trazido por caminhões que abastecem as centrais que contem recipientes transportáveis ou estacionários – GLP; Através de redes de distribuição pública – Gás Natural.
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Gás obtido da destilação do petróleo;
Mais utilizado no país – poucas cidades dispõem de gás combustível canalizado nas ruas.
Composição:
Maior parte Propano (C3H8) e Butano (C4H10); Mínimas porcentagens de Etano, Metano e Pentano; Produtos insaturados: Propeno e Buteno.
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Vantagens:
Menor diâmetro das tubulações – distribuição nos pontos de consumo a altas pressões;
Alto poder calorífico e elevado rendimento 1kgf de GLP tem uma potência calorífica a 2kgf de carvão de lenha, 1,4kgf de querosene, 2,4 a 3m³ de gás de rua, 14KWh;
Ausência de subprodutos de queima (sólidos ou corrosivos);
Possui baixo limite de inflamabilidade. 5
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Legislação:
NBR 13932/1997 – Instalações internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – Projeto e Execução; NBR 13523/1995 – Central predial de Gás Liquefeito de Petróleo; NBR 14024/1997 – Centrais prediais e industriais de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – Sistema de abastecimento a granel; NBR 13103/1994 – Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam gás combustível; NBR 14570/2000 – Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP – Projeto e execução.
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Tipos de Distribuição:
Recipientes transportáveis: “Botijões“ de 2kg – utilização direta (lampiões e fogareiros); “Botijões” de 5kg e 13kg – uso de regulador e mangueira; Cilindros de 45kg e 90kg – para maior consumo.
Figura 1: Recipientes transportáveis – GLP Fonte: GARRIDO (2009) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Tipos de Distribuição:
Figura 2: Recipientes estacionários – GLP Fonte: GARRIDO (2009)
Recipientes estacionários: Destinado para grandes consumidores. Reservatórios de 180kg até 4.000kg – abastecidos por veículos específicos para esse fim. 8
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Tipos de Distribuição:
Vantagens do Recipiente estacionário: Ocupa cerca de 50% do espaço necessário para armazenar a mesma quantidade em recipientes transportáveis;
9 Figura 3: Planta baixa da central de gás Fonte: GARRIDO (2009) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Tipos de Distribuição:
Vantagens do Recipiente estacionário: Presença do mostrador de nível (volume), indicando com precisão o nível de gás – facilidade de controlar a recarga.
Figura 4: Medidor de volume Fonte: GARRIDO (2009) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Tipos de Distribuição:
Vantagens do Recipiente estacionário:
Tempo gasto para reabastecimento menor, não havendo necessidade de trocar os cilindros vazios da casa de gás;
Figura 5: Reabastecimento de recipientes Fonte: GARRIDO (2009)
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Tipos de Distribuição:
Vantagens do Recipiente estacionário:
Maior segurança, risco de vazamento reduzido;
Evita a perda do resíduo de GLP remanescente nos cilindros;
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GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Pressão de utilização:
Varia de acordo com o tipo de armazenamento: Reservatório transportável – pressões de 350 a 1050kPa
Na saída do reservatório é reduzida para 105kPa pelo regulador de alta pressão, e após isso, é reduzida novamente para 2,8kPa pelo regulador de baixa pressão para ser usada nos aparelhos (pode-se ocorrer em uma única etapa na saída);
Reservatório estacionário – pressões de 700 a 1050kPa
Obriga utilização de medidas especiais de segurança, tanto na instalação quanto na operação.
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Residência de porte pequeno e médio:
Um botijão de 13kgf (além de outro como reserva) alimentando o fogão e o aquecedor da cozinha;
Outro botijão de 13kgf com reserva no aquecedor do banheiro;
Colocados externamente a casa;
Não há rede interna de distribuição de gás (as ligações em tubo de cobre recozido vão da válvula do botijão ao aparelho).
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Residência de porte pequeno e médio:
Figura 6: Instalação de botijões de GLP em uma casa Fonte: MACINTYRE (1996) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Residência de grande porte:
Vários pontos de consumo (cozinha, banheiros, área de serviço, etc); Pode-se usar cilindros ou botijões de 13kgf (bateria de quatro, funcionando dois em paralelo e ficando os outros de reserva);
Figura 7: Bateria de cilindros de 45kgf em cabine Fonte: MACINTYRE (1996) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Residência de grande porte:
Vários pontos de consumo (cozinha, banheiros, área de serviço, etc); Pode-se usar cilindros ou botijões de 13kgf (bateria de quatro, funcionando dois em paralelo e ficando os outros de reserva); Distribuição feita sob média pressão, necessitando de reguladores de segundo estágio antes de cada aparelho;
17 Figura 8: Regulador de segundo estágio Fonte: MACINTYRE (1996) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Residência de grande porte:
Figura 9: Esquema básico de instalação com botijões em paralelo Fonte: MACINTYRE (1996)
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Residência de grande porte:
19 Figura 10: Distribuição de GLP em residência de grande porte. Fonte: MACINTYRE (1996) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Prédio de apartamentos: Instalação individual:
Cada apartamento utiliza um botijão individual de 13kgf; É permitida a instalação de botijão de 13kgf em locais com contato direto com o exterior; Desvantagem: Vai e vem dos botijões pela área de serviço do edifício.
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Prédio de apartamentos: Instalação coletiva:
Armazena-se em bateria de cilindros de 45 ou 90kgf cada, ou tanque de capacidade equivalente, devendo sempre haver reserva; Tabela 1: Número de cilindros em função da potência requerida Fonte: MACINTYRE (1996) Quantidade e tipo
Capacidade
Capacidade de vaporização
Diâmetro
de recipiente
total (kgf)
kgf/h
Btu/h
kcal/h
do barrilete
4 x 45
180
2.10
100000
25200
3/4"
6 x 45
270
2.62
125000
31500
3/4"
8 x 45 ou 4 x 90
360
4.20
200000
50400
3/4"
10 x 45
450
5.25
250000
63000
3/4"
12 x 45
540
6.30
300000
75600
3/4"
16 x 45 ou 8 x 90
720
8.40
400000
100800
3/4"
10 x 90
900
10.40
500000
126000
3/4"
12 x 90
1080
12.60
600000
600000
3/4"
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Prédio de apartamentos: Instalação coletiva:
Colocados na área externa, não podendo ser localizados em varandas, alpendres ou pequenos galpões (se necessário pode-se enterrar o tanque), afastados 3m de qualquer material de fácil combustão e o espaço deve ser suficiente para que dois homens carreguem os cilindros do caminhão a cabine com acesso desimpedido e fácil; Do barrilete partem uma ou mais tubulações que em cada pavimento dão ramificações para cada apartamento; Os medidores dos apartamentos são localizados no térreo juntos, ou nos respectivos pavimentos em local de fácil acesso. 22
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GLP – INSTALAÇÃO
Modalidades de instalações:
Prédio de apartamentos: Instalação coletiva:
23 Figura 11: Esquema de instalação coletiva em apartamentos Fonte: MACINTYRE (1996) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – INSTALAÇÃO
24 Figura 12: Esquema de instalação coletiva em apartamentos Fonte: GARRIDO (2009) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – DEFINIÇÕES
Algumas definições importantes segundo a NBR 13932/1997:
Abrigo de medidores: Construção destinada à proteção de um ou mais medidores com seus complementos;
Central de gás: Área devidamente delimitada que contém os recipientes transportáveis ou estacionários e acessórios, destinados ao armazenamento de GLP para consumo da própria instalação;
Fator de simultaneidade (F): Coeficiente de minoração, expresso em porcentagem, aplicado a potência computada para obtenção da potência adotada;
Perda de carga: Perda de pressão do gás devido ao atrito ou obstrução em tubos, válvulas, conexões, reguladores e queimadores; 25
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GLP – DEFINIÇÕES
Algumas definições importantes segundo a NBR 13932/1997:
Potência adotada (A): Potência utilizada no dimensionamento do trecho em questão;
Potência computada (C): Somatório das potências máximas dos aparelhos de utilização de gás, que potencialmente podem ser instalados a jusante do trecho;
Potência nominal do aparelho de utilização de gás: Quantidade de calor contida no combustível consumido na unidade de tempo, pelo aparelho de utilização de gás, com todos os queimadores acesos e devidamente regulados, indicada pelo fabricante do aparelho;
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GLP – DEFINIÇÕES
Algumas definições importantes segundo a NBR 13932/1997:
Prumada: Tubulação vertical, parte constituinte da rede interna ou externa, que conduz o gás por um ou mais pavimentos;
Rede de alimentação: Trecho da instalação predial situado entre a central de gás e o regulador de primeiro estágio ou estágio único;
Rede Primária: Trecho da instalação situado entre o regulador de primeiro estágio e o regulador de segundo estágio;
Rede Secundária: Trecho situado entre o regulador de segundo estágio e os aparelhos de utilização;
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GLP – DEFINIÇÕES
Figura 9: Esquema básico de instalação com botijões em paralelo Fonte: MACINTYRE (1996)
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GLP – DEFINIÇÕES
Algumas definições importantes segundo a NBR 13932/1997:
Regulador de primeiro estágio: Dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes de sua entrada na rede primária, para um valor de no máximo 150 kPa;
Regulador de segundo estágio: Dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes de sua entrada na rede secundária, para um valor adequado ao funcionamento do aparelho de utilização de gás abaixo de 5 kPa.
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GLP – MATERIAIS
Alguns materiais recomendados pela NBR 13932/1997:
Para tubulações: Aço – no mínimo classe média; Preto ou galvanizado – no mínimo classe normal; Cobre rígido sem costura – e>ou=0,8mm para BP e classe A ou I para MP.
Conexões: Ferro fundido maleável preto ou galvanizado; Cobre ou bronze para acoplamento dos tubos de cobre; Aço forjado.
Mangueiras: PVC ou material sintético compatível.
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GLP – RECOMENDAÇÕES
Algumas recomendações 13932/1997:
importantes
segundo
a
NBR
Toda tubulação de gás aparente deve ser pintada de amarelo;
31 Figura 10: Tubulações - Gás Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – RECOMENDAÇÕES
Algumas recomendações 13932/1997:
importantes
segundo
a
NBR
As pressões máximas admitidas para a condução de GLP são: 150 kPa nas redes primárias; 5 kPa nas redes secundárias. Os registros, válvulas e reguladores de pressão devem ser instalados de maneira a permitir fácil conservação e substituição.
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GLP – RECOMENDAÇÕES
Algumas recomendações importantes segundo a NBR 13932/ 1997:
Tubulação Estanque; Não pode passar no interior de dutos de lixo, ar-condicionado e águas pluviais; reservatórios de água; poços de elevadores; compartimentos de equipamento elétrico; compartimentos destinados a dormitórios; poços de ventilação capazes de confinar o gás proveniente de vazamento; todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado; Aparente:
afastamento mínimo de 0,30 m de condutores de eletricidade, se forem protegidos por conduíte, e 0,50 m nos casos contrários; afastamento das demais tubulações para manutenção nas mesmas; afastamento no mínimo de 2 m de pára-raios e seus pontos de aterramento, e em caso de superposição de tubulação, a tubulação de GLP deve ficar abaixo das outras tubulações. Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – RECOMENDAÇÕES
Exemplo de fachada da CG:
Figura 13: Fachada de uma central de gás Fonte: GARRIDO (2009) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – RECOMENDAÇÕES
Algumas recomendações importantes segundo a NBR 13523/ 1995:
Central de gás:
Afastamento das edificações ou divisa de propriedade que possa ser edificada.
Figura 14: Afastamento mínimo estabelecido em norma Fonte: GARRIDO (2009) Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – RECOMENDAÇÕES
Algumas recomendações importantes segundo a NBR 13523/ 1995:
Central de gás:
Afastamento das edificações ou divisa de propriedade que possa ser edificada, numa distância igual ou superior: Tabela 2: Recipientes transportáveis Fonte: NBR 13523/1995
Tabela 3: Recipientes estacionários Fonte: NBR 13523/1995
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GLP – RECOMENDAÇÕES
Algumas recomendações importantes segundo a NBR 13523/ 1995:
Central de gás:
Afastamentos especiais:
De fontes de ignição: >ou= 3m;
Depósito de materiais inflamáveis: >ou= 6m;
Depósito de hidrogênio: >ou=15m.
Aberturas (ralos, poços, canaletas): >ou= 1,5m 37
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Objetivos do dimensionamento:
Manter a pressão nos pontos de utilização tão próxima quanto possível da pressão nominal;
Garantir a pressão necessária levando-se em conta a perda de carga.
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Aferir a potência computada a ser instalada no trecho considerado, através do somatório das potências nominais dos aparelhos; Tabela 4: Potência nominal dos aparelhos Fonte: NBR 13932/1997
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Encontrar o fator de simultaneidade (F) em função da potência computada através do gráfico ou das fórmulas do anexo D da NBR13932/1997:
Gráfico: Restrito a unidades residenciais.
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GLP – DIMENSIONAMENTO
41 Figura 15: Gráfico para determinação do fator de simultaneidade Fonte: NBR 13932/1997 Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Encontrar o fator de simultaneidade (F) em função da potência computada através do gráfico ou das fórmulas do anexo D da NBR13932/1997:
Fórmulas para cálculo do fator de simultaneidade em kcal/min:
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Encontrar o fator de simultaneidade (F) em função da potência computada através do gráfico ou das fórmulas do anexo D da NBR13932/1997:
Fórmulas para cálculo do fator de simultaneidade em kW:
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Encontrar a potência adotada (A), multiplicando-se o fator de simultaneidade (F) pela potência computada (C): A = FxC Onde:
A é a potência adotada em Kcal/h; F é o fator de simultaneidade (adimensional) ; C é a potência computada em Kcal/h.
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Determina-se a vazão de gás (Q), dividindo-se a potência adotada pelo poder calorífico inferior do gás (PCI), conforme a fórmula a seguir: Q = A/PCI Onde:
Q = Vazão de gás em m³/h A = potência adotada; PCI = 24000 kcal/m³
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Exemplo 1 - a) Determine a vazão em cada trecho da instalação.
Figura 16: Exemplo 1 Fonte: NBR 13932/1997
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Exemplo 1 - a) Determina a vazão em cada trecho da instalação. Tabela 5: Exemplo 1 - a
AB
31700
Potência calculada (kcal/min) 528,33
BB'
11000
183,33
100
11000
0,46
BC
20700
345,00
100
20700
0,86
CC'
14700
245,00
100
14700
0,61
CD
6000
100,00
100
6000
0,25
Trecho
Potência calculada (kcal/h)
Fator de simultaneidade (%) 91,6
Potência adotada (kcal/h) 29032
Vazão (m³/h) 1,21
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Condições limites: Pressões iniciais máximas:
150 kPa nas redes primárias; 5 kPa nas redes secundárias.
Perda de carga máxima nas redes primárias de 15 kPa;
Pressão mínima no ponto de utilização de 2,6 kPa;
Diâmetro nominal mínimo de (1/2’’).
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Com os valores da potência adotada, escolhe-se o diâmetro mínimo (1/2”) calcula-se o comprimento total do trecho escolhe-se um material entra-se nas tabelas do Anexo E da NBR 13932/1997 e verifica-se se os dados estão corretos; Tabela 6: Potência adotada em kcal/h para tubos de cobre – Classe I Fonte: NBR 13932/1997
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Exemplo 1 - b) Determina o provável diâmetro para cada trecho da tubulação.
Figura 16: Exemplo 1 Fonte: NBR 13932/1997 Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Exemplo 1 - b) Determina o provável diâmetro para cada trecho da tubulação. Tabela 7: Exemplo 1 - b
Potência adotada Comprimento (kcal/h) dos tubos (m)
Comprimento Comprimento equivalente Φ (mm) total (m) (m)
29032
6,00
2,40
8,40
19,80
11000
0,72
4,50
5,22
13,00
20700
2,00
2,30
4,30
13,00
14700
3,00
4,50
7,50
13,00
6000
4,40
5,60
10,00
13,00
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Para o cálculo do dimensionamento são sugeridas as seguintes fórmulas (NBR 13932/1997): Onde: PAabs é a pressão absoluta inicial na saída do regulador de primeiro estágio (kPa); PBabs é a pressão absoluta inicial na entrada do regulador de segundo estágio (kPa); PA é a pressão inicial na saída do regulador de segundo estágio ou estágio único (kPa); PBabs é a pressão na entrada do aparelho (kPa); dg é a densidade relativa do gás (1,8); L é o comprimento equivalente total (m); Q é a vazão do gás em m³/h; D é o diâmetro interno em mm.
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Incluir a perda de pressão ∆P devida ao peso da coluna de GLP nos trechos verticais: ∆P = 1,318*(10-2)*H*(dg -1) Onde:
∆P é a perda de pressão em kPa; H é a altura do trecho vertical em m; dg é a densidade relativa do gás.
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GLP – DIMENSIONAMENTO
Etapas do dimensionamento:
Exemplo 1 - c) Verifique se as pressões nos pontos de utilização e a perda de carga atendem os parâmetros de norma.
Figura 16: Exemplo 1 Fonte: NBR 13932/1997
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GLP – DIMENSIONAMENTO Etapas do dimensionamento: Exemplo 1 - c) Verifique se as pressões nos pontos de utilização e a perda de carga atendem os parâmetros de norma.
Trecho Potência calculada Potência calculada (kcal/h) (kcal/min) 528,33 AB 31700
Fator de simultaneidade (%)
Potência adotada (kcal/h)
Vazão (m³/h)
91,6
29032
1,21
BB'
11000
183,33
100
11000
0,46
BC
20700
345,00
100
20700
0,86
CC'
14700
245,00
100
14700
0,61
CD
6000
100,00
100
6000
0,25
Comprimento dos tubos (m)
Comprimento equivalente (m)
Comprimento total (m)
Φ (mm)
Pressão Pressão final ∆P (kPa) inicial (kPa) (kPa)
6,00
2,40
8,40
19,80
2,80
2,773
0,027
0,72
4,50
5,22
13,00
2,773
2,743
0,030
2,00
2,30
4,30
13,00
2,773
2,715
0,057
3,00
4,50
7,50
13,00
2,715
2,693
0,022
4,40
5,60
10,00
13,00
2,715
2,697
0,018
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Tabela 8: Exemplo 1 - c
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PROJETO
Para o projeto, além da legislação, deve-se atentar a outros fatores:
Análise de risco (identificação, quantificação e avaliação dos riscos); Princípios e práticas de gerenciamento; Nível de segurança empregado; Procedimentos de emergência; Economia.
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GLP – DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
Recomendações da NBR 13932/1997
Indispensáveis contra sobrepressão acidental e rompimento dos reguladores de pressão.
Reguladores de pressão devem ser providos de: Dispositivo (válvula) de bloqueio automático para fechamento rápido por sobrepressão. Dispositivo de bloqueio automático incorporado ao próprio regulador de pressão com características semelhantes ao dispositivo já citado; Opcionalmente, válvula de alívio, ajustada para operar com sobrepressões, na pressão de saída, desde que verificadas condições de instalação adequadas. 57
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GLP – DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
Recomendações da NBR 13932/1997
Os dispositivos de alívio de pressão: No exterior das edificações, o ponto de descarga de gás desses dispositivos deve estar distante, horizontal e verticalmente, mais de 1 m de qualquer abertura da edificação; Quando os reguladores forem instalados no interior, a descarga deve se fazer para o exterior, em um local ventilado; em um ponto distante, horizontal e verticalmente, mais de 1 m de qualquer abertura da edificação.
Primeiro Estágio: descarga dos dispositivos de alívio de pressão em um ponto afastado mais de 3 m da fachada do edifício, em local amplamente ventilado e afastado de ralos e esgotos.
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Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF
REFERÊNCIAS
[1] ABNT (1997). NBR 13932 – Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Projeto e execução. ABNT, Rio de Janeiro, RJ. 26 páginas. [2] ABNT (1995). NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo. ABNT, Rio de Janeiro, RJ. 07 páginas. [3] MACINTYRE, Archbald Joseph. Instalações Hidráulicas: Prediais e Industriais. 3ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. [4] CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. [5] Apostila de Sistemas Prediais de distribuição de gás combustível – Instalação Predial II – Professora Elaine Garrido - UFRJ 59 Instalações Hidráulicas Prediais 2010.2 - UNIVASF