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UNIJORGE – CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
CENTRO POLITÉCNICO
ENGENHARIA DA PRODUÇÃO
ADRIANO PEREIRA da silva
[email protected]
Projeto integrador
Sistema de BombeaMENTO
SALVADOR
2010
UNIJORGE – CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
CENTRO POLITÉCNICO
ENGENHARIA DA PRODUÇÃO
Projeto integrador
Sistema de BombeaMENTO
Relatório do Projeto Integrador,
apresentado para aprovação do 4º semestre
do curso de Engenharia de Produção,
matutino, do Centro Universitário Jorge
Amado, sob orientação do Prof. Rodrigo
Ferreira.
SALVADOR
2010
RESUMO
Sabendo do valor que a água proporciona nos tempos atuais, é de
fundamental importância a elaboração de sistemas hidráulicos para seu maior
aproveitamento. Tal trabalho apresenta à construção de um mini-sistema de
bombeamento, para simulação da captação da água da chuva, onde seria
aproveitada de forma não-potável em instalações residenciais. A partir
dessa metodologia, são apresentadas características em seu procedimento,
como a estimativa da potência que a bomba trabalha, até o tipo de regime de
escoamento que é proporcionado pela tubulação construída, sendo definidos
através de métodos e equações relacionadas.
Palavras chave: sistemas hidráulicos, mini-sistema de bombeamento,
captação, instalações residenciais, potência, bomba e regime de escoamento.
ABSTRACT
Knowing the value it provides water in modern times, is of fundamental
importance to development of hydraulic systems for its greater utilization.
This paper presents the construction of a mini-pump system to simulate the
capture of rainwater, which would be used in a non-potable residential
installation. Based on this methodology, the characteristic in its
procedure, as the estimate of the power that the pump works, even the type
of flow regime that is provided by the pipeline built, was defined by
methods and related equations.
Keywords: hydraulic systems, mini-pump system, capture, residential
facilities, power, pump and flow regime.
SUMÁRIO
1. OBJETIVO GERAL 4
2. OBJETIVO ESPECÍFICO 4
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA 4
4. APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS 5
5. SISTEMAS DE UTLIZAÇÃO DA ÁGUA 5
6. BOMBAS 6
7. POTÊNCIA 7
8. NÚMERO DE REYNOLDS 8
9. NATUREZA DO ESCOAMENTO 9
10. PERDA DE CARGA 9
11. PERDAS DE CARGA DISTRIBUÍDA OU FRICÇÃO 10
12. RESISTÊNCIAS EXTERNAS 10
13. RESISTÊNCIAS INTERNAS 10
14. EQUAÇÕES DE DARCY OU FANNING 10
15. PERDAS DE CARGA LOCALIZADA 11
16. EXPRESSÃO GERAL DAS PERDAS LOCALIZADAS 11
17. ANÁLISE ECONÔMICA 12
18. MATERIAL UTILIZADO / CUSTO DO PROJETO 13
19. PROTÓTIPO DESENVOLVIDO 14
20. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 14
21. ANÁLISE DOS DADOS EXPERIMENTAIS 15
22. CÁLCULO DE POTÊNCIA 15
23. DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE REYNOLDS 16
24. MEMORIAL DO CÁLCULO 16
25. CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
26. REFERÊNCIAS 18
27. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um mini-sistema de bombeamento de forma eficaz, e de menor
custo possível em sua construção, trazendo todos os materiais diversos ao
longo do sistema, constituído também dos cálculos necessários.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Aplicar os conceitos necessários de um mini-sistema de bombeamento
através da elaboração em um projeto residual, tendo como finalidade o
aproveitamento da água proveniente das chuvas, trazendo consigo seus
benefícios e aspectos referentes à instalação e projeto.
INTRODUÇÃO TEÓRICA
Tendo a necessidade de adotar sistemas para aproveitar águas, que
originalmente não teria nenhuma utilidade prática, ações operacionais são
desenvolvidas para a diminuição da mesma em ambientes residuais. Desta
maneira, em todas as edificações, a água proveniente da chuva, que
certamente seria desperdiçada pela rede pública, resulta em economia,
contribuindo também para solucionar problemas relacionados com a escassez
de recursos hídricos, respeitando os usos e cuidados em seu manejo.
Seu funcionamento é realizado a partir da água da chuva coletada por
calhas de residências, sendo armazenada em um reservatório no térreo ou no
subsolo. Se for necessário, é instalado um equipamento para sua filtração.
Posteriormente é instalado um sistema de recalque, através de uma bomba
interligada ao encanamento, com o intuito de enviar a água para as
torneiras. Sobretudo, devem-se tomar algumas precauções referentes à
higienização, pois os telhados possuem uma grande concentração de
impurezas, principalmente em tempos onde há uma diminuição do índice
pluviométrico. Como opção, é possível instalar um sistema de filtragem
mecânica no reservatório, tendo que este passar por uma manutenção
periódica de limpeza e conservação.
Para a construção do reservatório com captação da água da chuva é
preciso um sistema de bombeamento, onde um projeto de engenharia consiga
trazer segurança, evitando possíveis acidentes, alem de não comprometer a
saúde. Com o intuito de estabelecer critérios para minimizar acidentes a
associação brasileira de normas técnicas (ABNT), normatizou o manejo da
captação em ambientes urbanos. Conforme a norma ABNT 15527:2007, a
utilização da água da chuva, só poderá ser aproveitava para fins não-
potáveis, desse modo, não deverá ser usada para beber, banho, lavagem e
cozimento de alimentos. [1]
2. APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
Existem diferentes tipos de sistemas para o aproveitamento da água
pluvial, podendo ser classificada com relação ao seu nível de tratamento,
caracterizada por: uso não-potável direto, uso não-potável tratado, ou uso
potável. A utilização da água para o uso não-potável direto é comum em
países europeus, onde utilizam pequenos tonéis, adaptando-os a condutores
verticais das residências, usando para o armazenamento da água da chuva não-
tratada.
Por conta do elevado potencial da contaminação de microorganismos,
essa água é restrita apenas para irrigação e lavagem de pisos, carros, etc.
O uso não-potável tratado em edificações pode ser utilizado na irrigação,
lavagem de roupa, limpeza externa e nas descargas sanitárias. A utilização
desse tipo de sistema para uso não-potável tratado vem se tornando uma
solução simples para a redução do consumo domestico de água potável. Por
outro lado, para o uso potável requer um alto nível de tratamento, pois
necessita também um acompanhamento constante através de uma unidade de
controle, baseando-se num sistema onde é cortado o abastecimento da água da
chuva, ou alertando o usuário caso esteja ocorrendo algum tipo de problema.
Mesmo o sistema de aproveitamento das águas pluviais potáveis exigirem um
investimento inicial alto, seu potencial de economia é bastante elevado.
[2]
2.1 SISTEMAS DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA
A utilização da água proveniente das chuvas é em geral, realizada por
um sistema para fins não potáveis, como irrigação, lavagem, limpeza e
descarga sanitária. Seguindo esta metodologia o sistema de aproveitamento
em edificações pode reduzir efetivamente o consumo de água potável.
Aspectos que compõe os diferentes sistemas de tratamento, como as
fontes alternativas de água vêm ganhando aceitação no Brasil, pois sua
fácil adaptação em residências e uma diminuição do consumo doméstico da
rede de distribuição consistem numa diminuição considerável na economia da
população.
Seu procedimento consiste na capitação através uma rede coletora de
tubulações, usando em seu transporte um sistema interligado para tratamento
e retenção. Com relação ao tipo de tratamento para utilização domestica,
seja feita de forma biológica, química ou física, varia de acordo com o
estado inicial e final da qualidade desejada. Após seu tratamento, a água é
conduzida para um reservatório de retenção, cujo dimensionamento é
relacionado com o tempo para armazenamento e da sua oferta e demanda.
Utilizando uma bomba para elevação, e posteriormente feita a distribuição,
conectado à rede de água potável da concessionária, caso haja necessidade
de uma alimentação de água potável é, sem que haja conexões cruzadas com a
rede de água potável, transporta para pontos de usos não-potáveis.
No Brasil, existe uma deficiência em relação à normatização e
diretrizes para definições dos parâmetros de instalação hidráulica de tais
sistemas, porém soluções encontradas internacionalmente apontam a
necessidade da diferenciação das tubulações para não-potável,
caracterizando-as pela cor ou ilustrações [2].
3 BOMBAS
Tendo como conseqüência da crescente evolução de sistemas
alternativos, representada pela importância da irrigação e a demanda por
água onde verifica-se sua escassez proveniente das distâncias consideráveis
de eixos urbanos para distribuidoras, torna-se imprescindível a utilização
de bombas hidráulicas num projeto tanto de irrigação como de abastecimento
em determinada região, ou residência, com conhecimento necessário das
partes fundamentais de seu funcionamento, proporcionando um fornecimento
com maior rapidez e eficiência.
Tais bombas são maquinas de fluxo, onde possui principal função o
fornecimento de energia para a água, a fim de recalque através da conversão
de energia mecânica de seu rotor proveniente de um motor a combustão ou de
um motor elétrico. Desta maneira, bombas hidráulicas são referidas como
maquinas hidráulicas geradoras [3].
3.1 POTÊNCIA
Denomina-se de potência motriz (também chamada de potência do conjunto
motor-bomba) a potência fornecida pelo motor para que a bomba eleve uma
vazão Q a uma altura H. Nestes termos temos:
Pb= γ.Q.H Eq. (1)
η
Onde,
Pb = potência em Kgm/s,
γ = peso específico do líquido.
Q = vazão em m3/s,
H = altura total de elevação
η = rendimento total (hb.hm ).
O H é o cálculo da energia necessária para promover a eficiente circulação
do fluido, considerando-se todo o percurso e seus acidentes. Dada pela
equação:
H = P2 – P1 + Z2 – Z1 + V²2– V²1 + h Eq. (2)
γ 2g
Composto por P1 e P2, sendo as pressões nos reservatórios,
Z1 e Z2 as cotas de saída e entrada do fluido respectivamente,
V1 e V2 as velocidades de saída e entrada do fluido respectivamente,
e h a perda de carga durante a transferência do fluido pela tubulação.
Se quisermos expressar em cavalos-vapor - CV (unidade alemã)
Pb = γ.Q.H Eq. (3)
75.η
ou em horse-power - HP (unidade inglesa)
Pb = γ.Q.H Eq. (4)
76. η
Embora sendo 1CV ~ 0,986HP, esta diferença não é tão significativa,
pois a folga final dada ao motor e o arredondamento para valores comerciais
de potência praticamente anulam a preocupação de se trabalhar com CV ou HP
[7].
4 NUMERO DE REYNOLDS
Todo líquido oferece uma determinada resistência ao escoamento. Um
fenômeno de inércia-viscosidade, onde é caracterizado pelo número de
Reynolds (Re), sendo expressa pela relação entre as forças de inércia e de
atrito (chamadas forças de cisalhamento) atuando durante o processo de
escoamento.
Re = d. v Eq. (5)
ע
Apresentando como resultado um número adimensional relacionando cada
termo da equação:
d = dimensão linear, característica do dispositivo onde ocorre o processo
de escoamento (diâmetro interno da tubulação). [m]
v = velocidade média na seção onde se escolheu a dimensão d [m.s-1]
ע = coeficiente de viscosidade cinemática [m².s-1]
A grande importância do número de Reynolds é que a partir de sua
análise, onde é possível estabelecer outras aplicações como determinar a
lei de analogia entre dois escoamentos, caracterizar a natureza do
escoamento, além de calcular o coeficiente de perda de carga.
Quando os dispositivos de escoamento forem semelhantes, o regime do
escoamento será o mesmo sempre que o número de Reynolds for o mesmo. [4]
4.2 NATUREZA DO ESCOAMENTO
Existem dois tipos de escoamento permanente, podendo ser laminar ou
turbulento, sendo o escoamento laminar ou regime laminar, em um tubo
cilíndrico, as velocidades das partículas dadas numa seção de escoamento
num formato parabólico, e a velocidade máxima se verifica para o ponto no
eixo do tubo. A velocidade máxima da corrente é cerca de 1,5 a 2 vezes a
velocidade média. Vale ressaltar que a velocidade das partículas é
praticamente nula. Este tipo de sistema ocorre em tubos capilares, nos
"labirintos" das bombas, etc.
No escoamento turbulento, devido à natureza do movimento das
partículas em que ocorrem deslocamentos transversais, produz-se uma
distribuição mais uniforme das velocidades. Sendo que as velocidades
aumentam muito rapidamente a partir do encanamento até uma distância
relativamente de seu eixo.
Mesmo no encanamento turbulento, junto às paredes, ocorre um filme
laminar, cuja espessura é muito pequena e inversamente proporcional ao
número de Reynolds. Esse regime que ocorre nos encanamentos de água e
máquinas hidráulicas.
No regime laminar, o número de Reynolds é inferior a 2320, e o valor
2320 é chamado de "Reynolds Crítico". Já o regime turbulento se caracteriza
pelo valor superior a 4000. Entre esses dois limites temos que considerar o
regime crítico, onde o escoamento pode ser tanto laminar como turbulento
[4].
5 PERDA DE CARGA
A perda de carga em uma tubulação, é referente a energia perdida pela
água em seu deslocamento, sendo perdida a partir de atritos entre a água e
as paredes da tubulação, devido à rugosidade da mesma.
Dessa forma, ao projetar qualquer tipo de sistemas de bombeamento é
importante considerar dois tipos de perda de energia, são perdas de cargas
distribuídas, que são relativas às perdas do longo de uma tubulação, sendo
função do comprimento, material e diâmetro. Outro tipo de perdas de carga é
referente as localizadas, onde são proporcionadas por componentes da
tubulação, com exceção da própria tubulação [3].
5.1 PERDAS DE CARGA DISTRIBUÍDA OU FRICÇÃO
O escoamento de um determinado fluido, em tubulações, provoca uma
perda de energia, onde é consumida para vencer as resistências que opõe ao
seu escoamento. Tais resistências são provocadas pelo atrito do fluido
pelas paredes, assim como as mudanças de direção e da resistência interna
do próprio fluido, sendo esta última proporcionada pela sua viscosidade.
Essa energia geralmente é dissipada em forma de calor.
A perda de carga por fricção pode ser classificada como resistências
externa e como resistências internas [6].
5.1.1 RESISTÊNCIAS EXTERNAS
São resultantes do atrito do fluido contra as paredes da tubulação,
da mudança de direção e retardamento da circulação. Sendo essas
resistências externas tão maiores quanto maior for à velocidade do fluido e
menor diâmetro da tubulação [6].
5.1.2 RESISTÊNCIAS INTERNAS
São resultantes da viscosidade do fluido e serão tanto maiores, em
relação à tubulação e o escoamento, quanto maior for a viscosidade do
fluido e a velocidade de circulação [6].
5.1.2.1 EQUAÇÕES DE DARCY OU FANNING
Foi comprovado que o coeficiente de atrito, f, varia em função do
número de Reynolds e da rugosidade relativa da tubulação. Sabendo-se que a
perda de carga em uma tubulação, é função do coeficiente de atrito, da
relação L/D e da carga de velocidade V²/2g, assim, se obtém a equação de
perda de carga.
hL = f.L.V² Eq (7)
D 2g
5.2 PERDAS DE CARGA LOCALIZADA
Em instalações onde se utiliza transporte de água por meio de pressão,
seja realizada em qualquer porte, são constituídas por tubulações em
sequências, com eixo retilíneo, podendo ser unidas por diferentes tipos de
acessórios, com válvulas, curvas, derivações, conexões de qualquer tipo e
possivelmente com uma máquina hidráulica, podendo ser uma bomba. Sua
análise sistêmica é constituída da mais variada, podendo ser desde uma
linha única em uma instalação de bombeamento até uma rede de distribuição
em uma instalação predial ou sistema de irrigação. Em trechos retilíneos,
de diâmetro constante e mesmo material, a perda de carga unitária é
constante, desde que o seu regime seja permanente.
Havendo a presença de cada material necessário para operação do
sistema, interferindo para que haja alterações de módulo e direção da
velocidade média, e consequentemente modificações na pressão. Assim,
contribui para o aumento da turbulência, produzindo perdas de carga,
agregando-se às perdas distribuídas, devido ao atrito, ao longo dos trechos
retilíneos das tubulações. Estas perdas recebem o nome de perdas de carga
localizadas ou singulares.
Na maioria dos componentes das instalações hidráulicas, acessórios ou
conexões não existe nenhum tratamento analítico especifico para o cálculo
da perda de carga proporcionada. Tratando-se de um campo experimental,
causada por fatores variados e difícil quantificação.
Qualquer tipo de acessório conectado à tubulação proporciona uma
alteração na uniformidade do escoamento e, apesar da denominação perda de
carga localizada, a interferência do acessório sobre a linha de energia se
faz perceber em trechos tanto no inicio como no final de sua localização.
[5]
5.2.1 EXPRESSÃO GERAL DAS PERDAS LOCALIZADAS
De modo geral, as perdas de carga localizadas, para cada acessório,
podem ser expressas pela equação:
Δh = KV² Eq.
(9)
2.g
onde K é um coeficiente adimensional, variando a partir da geometria da
conexão, do número de Reynolds, da rugosidade da parede e, em alguns casos,
das condições do escoamento, como por exemplo, em uma distribuição de vazão
em uma ramificação. V é uma velocidade média de referência, que varia de
acordo com as peças de diâmetro diferente, tomando como velocidade média na
seção de menor diâmetro.
Em geral, o coeficiente K determinado experimentalmente para valores
do numero de Reynolds suficientemente elevados, para maiores que 105, torna-
se independente deste, assumindo em situações práticas um valor constante
retirado de tabelas e gráficos.
É recomendado observar que os valores do coeficiente K, possuem alguns
tipos de singularidade, devendo ser entendidos como valores médios, uma vez
que sua determinação experimental é afetada por diversos fatores. Para uma
determinada conexão de certo diâmetro, a perda de carga depende do tipo de
acabamento interno da conexão, de ângulos ou condições da instalação. [5]
6 ANÁLISE ECONÔMICA
O estudo de caso para avaliar a implantação de sistemas
de captação da água de chuva como alternativa de abastecimento, para fins
não potáveis, teve como propósito avaliar a viabilidade econômica em
condomínios horizontais.
A análise em estudo possui uma área de aproximadamente 2500 m2 e está
localizado no litoral sul da cidade, bairro em expansão, podendo encontrar
outros condomínios de padrão econômico variado, implantados ou em
construção. Tendo 2000 condomínios já existentes, com dois tipos de modelos
para a captação da água, sendo que o modelo apresentando com apenas um
reservatório possui 60 m² de espaço, já o modelo que utiliza dois
reservatórios, possui 80 m² de área residencial. Sabe-se que o custo do
sistema esta em volta de 600 e 400 respectivamente.
Procura-se uma análise econômica, representada por um modelo
matemático, que estabeleça uma minimização do custo dos sistemas.
Através de técnicas como a modelagem matemática para analisar
situações como essa, a Pesquisa Operacional dá condições para construir
sistemas as alternativas possíveis. Este problema consiste na minimização
do custo das residências para captação da água, logo o modelo matemático é
representado por:
Min Z = 600x1 + 400x2
A Função objetivo dada acima representa o valor financeiro mínimo das
residências através das variáveis x1 e x2, sendo estes os modelos
residenciais.
x1 + x2 2000
60x1 + 80x2 2500
Essas duas restrições são referentes à quantidade de residências já
construídas, e o espaço onde se encontram respectivamente, sendo esta
última correspondente ao terreno que cada uma ocupa.
x1, x2 0
Tal restrição acima indica a não negatividade do problema,
considerando apenas valores positivos.
7 MATERIAL UTILIZADO / CUSTO DO PROJETO
"Quantidade "Material "Valor Financeiro "
" " "(R$) "
"1 "Confecção do modelo residencial "30,00 "
"1 "Massa Epóxi Durepox (50 g) "2,35 "
"1 "Adesivo PVC (17 g) "1,75 "
"2 "Caixa orgânica tampa/trava "23,00 "
"4 l "Água "__ "
"5 "Fixa fio "__ "
" "Total "57,10 "
8 PROTÓTIPO DESENVOLVIDO
9 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Na montagem do protótipo, foram conectadas duas mangueiras em
recipientes plásticos distintos, onde simula os reservatórios de captação
da água da chuva e o de abastecimento da casa. Após conectamos um bomba de
esguicho de pára-brisa de carro de 12 V no reservatório de captação, que
irá transferir o fluido do reservatório de captação para o de
abastecimento.
Com o sistema todo montado e conectado, adicionamos o fluido (água) no
reservatório de captação, logo após cronometramos o escoamento de 2 litros
de fluido com a bomba ligada a 12 V, onde obtemos um tempo de 70 segundos.
Com os respectivos valores adquiridos podemos realizar os cálculos.
10 ANÁLISE DOS DADOS EXPERIMENTAIS
Foram realizados dois cálculos para o projeto. Um para a potência da
bomba utilizada, e o regime de escoamento, caracterizado pelo Número de
Reynolds.
10.1 CÁLCULO DE POTÊNCIA
O cálculo da potência é efetuado através da equação (1). Sendo γ o
peso especifico da água, caracterizado por: γ = ρ.g, onde a densidade (γ) é
de 1000 kg/m3, e a força da gravidade (g) de 9,81 m/s2. Portanto γ = 1000
kg/m3. 9,81 m/s2 = 9810 N/m3.
A vazão (Q) proporcionada pela bomba é expressa por Q = V/t, onde o
volume (V) trabalhado é de 2 l, que equivale à 2x10-3 m3. Já tempo (t)
gasto para transportar essa quantidade foi de 70 s. Assim: V = 2x10-3 m3 /
70 s = 2,85x10-5m3/s.
A altura total de elevação (H) dada pela equação (2) possui pressões
P1 e P2 iguais, assim como as velocidades da água, tanto de saída como de
entrada dos reservatórios. Dessa forma, cancelamos os dois termos da
equação onde eles aparecem.
Z1 é a cota onde há sucção e recalque da bomba no reservatório de
captação, e Z2 a cota referente ao armazenamento, sendo eles de 0,01m e
0,35m respectivamente.
O último termo da equação de potência é dito como perda de carga,
sendo ela classificada como perda de carga distribuída, com valor obtido
pela equação (7). Tendo um fator de atrito (f) do PVC igual a 0,0233, um
comprimento (L), referente a mangueira, de 0,64 m e um diâmetro (D) com
5X10-4 m. A velocidade (v) foi encontrada a partir da vazão, onde Q = v.a,
equivalente à v = Q/a, sendo "a" à área da seção reta da mangueira. Tal
como:
v = 2,85x10-5 m3/s / 3,14.6,25x10-6m2 = 1,4 m/s
Substituindo na equação encontramos:
H = 0,35 m – 0,01 m + 0,30
H = 0,64 m
O rendimento da bomba é obtido de forma estimada, tendo valor de 75%.
Com os valores já encontrados para cada termo, substitui-se na equação
de potência. Assim:
P = 9810 N/m3.2,85x10-5 m3/s.0,65 m
0,75
P = 24,23 Kgm/s
10.2 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE REYNOLDS
Para determinar o regime de escoamento do fluido proporcionado pela
tubulação, é efetuado o cálculo do Número de Reynolds, através da equação
(6).
Sendo a velocidade e diâmetro já obtidos anteriormente no calculo de
potência, sendo 1,4 m/s e 0,005 m respectivamente.
O coeficiente de viscosidade cinética do fluido é dado como 1,01x10-6
m/s2.
Substituindo na equação, obtemos:
Re = 1,4 m/s.0,005 m
1,01x10-6 m/s2
Re = 6930,69
Tal valor é considerado como um regime como turbulento.
11 MEMORIAL DO CÁLCULO
γ (N/m3) "Q (m3/s) "Δh "H (m) "η "P (Kgm/s) "Re " "9810 "2,85x10-5 "0,30
"0,64 "75% "24,23 "6930,69 " "
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseados nas características apresentadas a partir do procedimento
funcional do protótipo podemos analisar quantitativamente e
qualitativamente os métodos e aplicações que um sistema de bombeamento pode
ter a sua grande utilidade e aproveitamento no cotidiano.
As aplicações são representados através das instalações residenciais
visando sempre a redução de custos. Uma das principais formas para que isso
ocorra é o reaproveitamento da água das chuvas que são usadas apenas de
forma não-potavel, ou seja, não são utilizados para o consumo humano. Estes
tipos de sistemas são bastante comum e viável para família de baixa renda.
13 REFERÊNCIAS
[1] Disponível em:
Acesso em: 28 de Set. 2010
[2] Disponível em:
Acesso em: 28 de Set. 2010
[3] Acesso em:
Acesso em: 28 de Set de 2010
[7] Acesso em:
Acesso em 30 de Set de 2010
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[4] MACINTYRE, Archibald Joseph. Bombas e instalações de bombeamento. 2.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. p. 67-68, 639-641
[5] PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4ª ed. São Paulo: Edgard
Blücher Ltda, 1998. p.75,76 -
[6] LIMA, Léo da Rocha. Elementos Básicos de Engenharia Química.
ed. Macgraw-hill, 1974. p. 243-246