Transcript
Fase folicular
as células gonadotrópicas da adeno-hipófise secretam LH e FSH em resposta à estimulação pulsátil de GnRH. O LH e o FSH circulantes promovem o crescimento e a maturação dos folículos ovarianos. Os folículos em desenvolvimento secretam quantidades crescentes de estrógeno.
Fase lútea
Durante a segunda metade do ciclo, o corpo lúteo secreta tanto estrógeno quanto progesterona. A progesterona induz uma alteração do endométrio, que passa de sua fase proliferativa para a fase secretora. Se não houver fertilização nem implantação de um blastocisto dentro de 14 dias após a ovulação, o corpo lúteo sofre involução, a secreção de estrógeno e de progesterona declina, ocorre menstruação, e um novo ciclo começa.
Ruptura do eixo hipotalâmico-hipofisário–reprodução
Produzindo diversos distúrbios subjacentes que podem levar à infertilidade.
Crescimento inapropriado de tecido dependente de estrógeno ou dependente de testosterona
Podendo levar ao desenvolvimento de câncer de mama ou câncer de próstata, bem como a distúrbios benignos, porém clinicamente importantes, como endometriose ou hiperplasia endometrial.
Diminuição da secreção de estrógeno
Como a que ocorre na menopausa, ou a secreção diminuída de andrógeno, conforme observado em alguns homens idosos, estão associadas a diversas conseqüências indesejáveis para a saúde.
FARMACOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ-UFPI
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE-CCS
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA
DISCIPLINA: FARMACODINÂMICA
PROF(a): MARIA DO SOCORRO CORDEIRO
Alexandre Xavier de L. da Silva
Lívia Queiroz de Sousa
Mifepristona
Efeitos adversos
Raros – relacionados com o antagonismo – administração em dose única
Sangramento vaginal excessivo - relacionado com o aborto subseqüente.
Mifepristona + Misoprostol
Estimula as contrações uterinas
95% efetivos no término da gravidez inicial
Náuseas e vômitos.
HORMÔNIOS E ANÁLOGOS HORMONAIS:
CONTRACEPÇÃO
3° parte
HORMÔNIOS E ANÁLOGOS HORMONAIS:
CONTRACEPÇÃO
Duas classes de contraceptivos orais amplamente utilizados:
Associações de estrógeno/progestina
Contracepção com progestina
Contracepção de Emergência (da Manhã Seguinte)
Contracepção Masculina
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Associação - maneira mais potente conhecida de suprimir a secreção de GnRH, de LH e de FSH
Suprime o desenvolvimento folicular inibe a ovulação.
Inibe a gravidez por vários mecanismos secundários, incluindo alterações:
No peristaltismo das tubas
Na receptividade endometrial
Na secreção de muco cervical
Esses mecanismos, em combinação, explicam a eficácia de >99% da contracepção oral de combinação.
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
O Estrógeno utilizado consiste em:
Etinil estradiol
Mestranol
Anticoncepcionais com predomínio de estrógeno: risco de câncer endometrial
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
A progestina ideal:
possuir apenas atividade nos receptores de progesterona;
As progestinas atualmente disponíveis também exibem alguma reatividade cruzada androgênica.
Norgestrel e o levonorgestrel - apresentam maior atividade androgênica
Noretindrona e o acetato de noretindrona - atividade androgênica mais baixa.
Mifepristona
Inibe a ação da progesterona
Resulta em deterioração e morte da decídua
A falta de nutrição proveniente da decídua leva a morte do blastocisto se desprende do útero
O blastocisto não secreta hCG corpo lúteo involui determina a redução da síntese e secreção de progesterona.
Antagonistas dos Receptores de Progesterona
Mifepristona (RU-486)
Ligação competitiva ao receptor de progesterona
Indução de aborto no 1º trimestre
Misoprostol – análogo de prostaglandina
Asoprisnil
Inibe o crescimento dos tecidos derivados do endométrio e do miométrio
Não causa aborto
Estudos preliminares – tratamento da endometriose
leiomiomas uterinos
Antagonistas dos Receptores de Andrógenos
Inibem competitivamente a ligação dos andrógenos endógenos ao receptor de andrógeno.
Através desse mecanismo, os antagonistas dos receptores bloqueiam a ação da testosterona e da diidrotestosterona sobre seus tecidos-alvo.
flutamida e a espironolactona
Tratamento do câncer de próstata
Tratamento da hiperplasia prostática benigna
Antagonista dos receptores de aldosterona
Atividade antagonista significativa no receptor de andrógenos
Moduladores Seletivos do Receptor de Estrógeno (MSRE)
Inibem os efeitos estrogênicos em alguns tecidos
Promovem efeitos estrogênicos em outros
A base da seletividade tecidual – mecanismo
Dois subtipos de receptores de estrógeno (ERA e ERB)
A capacidade do receptor de estrógeno de interagir com outros co-fatores da transcrição depende da estrutura do ligante que está ligado ao receptor
Uso clínico atual: tamoxifeno, o raloxifeno e o lomifeno.
Tamoxifeno
Antagonista dos receptores de estrógeno no tecido mamário
Agonista parcial no endométrio e no osso
Único MSRE atualmente aprovado para uso no tratamento e na prevenção do câncer de mama
Tratamento paliativo no câncer de mama metastático
Terapia adjuvante após nodulectomia
Seus efeitos farmacodinâmicos resultam em inibição do crescimento do câncer de mama dependente de estrógeno, mas também na estimulação do crescimento endometrial.
Tamoxifeno
Aumento de 4 a 6x na incidência de cancêr endometrial
Administrado por um período que não deve ultrapassar 5 anos minimizar o risco.
Fármaco não-esteróide administrado por via oral
Raloxifeno
Atividade agonista no receptor de estrógeno no osso
Atividade antagonista tanto no tecido mamário quanto no tecido endometrial
Em comparação com Tamoxifeno:
Prevenção de menor número de casos de cancêr de mama
nº de casos de hiperplasia endometrial, câncer endometrial, cataratas e trombose venosa profunda.
Clomifeno
Antagonista do receptor de estrógeno hipotálamo e na adeno-hipófise resulta em alívio da inibição de retroalimentação negativa imposta pelo estrógeno endógeno
Agonista parcial nos ovários.
Estimula a ovulação em mulheres com amenorréia e outros distúrbios ovulatórios
Efeito adverso:
Capacidade de induzir o crescimento de múltiplos folículos resultando em do tamanho do ovário.
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Etinodiol, norgestimato, gestodeno e desogestrel — 3ª geração
exibem reatividade cruzada ainda menor com os receptores de andrógeno.
Drospirenona – atividade antiandrogênica
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Disponíveis em três sistemas de liberação:
Anel vaginal
Adesivos transdérmicos
Comprimidos orais.
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Anel vaginal
cilindro de silicone (etinil estradiol + etonogestrel)
O anel é aplicado na vagina
Permanece por 21 dias. A seguir, é removido
7 dias depois, coloca-se um novo anel
Durante os 7 dias após a remoção do anel vaginal, pode ocorrer menstruação
HORMÔNIOS E ANÁLOGOS HORMONAIS:
REPOSIÇÃO
Estrógenos e Progestinas
Indicações: - supressão das ondas de calor
- tratamento da atrofiados tecidos urogenitais (ressecamento da vagina)
Andrógenos
Terapia efetiva: Hipogonadismo
Pesquisa de campo: fármacos da reprodução em Teresina-PI
Para a elaboração do relatório realizou-se uma pesquisa de campo na Farmácia de Manipulação "Galeno", Farmácia Comercial "Big Ben" e Hospital de Urgência de Teresina-HUT, nos quais foram entrevistados profissionais (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) que tem contanto com prescrição, dispensação/manipulação e administração de fármacos ligados à reprodução humana.
Na entrevista, procurou-se saber os tipos de drogas mais prescritas, dispensadas ou manipuladas, a finalidade do medicamento, bem como informações complementares e efeitos colaterais decorrentes do tratamento. Após este, procedimento, buscou-se obter na literatura consultada a correlação com os dados colhidos na pesquisa.
Pesquisa de campo: fármacos da reprodução em Teresina-PI
Para a elaboração deste relatório, realizou-se uma pesquisa de campo na Farmácia de Manipulação "Galeno", Farmácia Comercial "Big Ben" e Hospital de Urgência de Teresina-HUT, nos quais foram entrevistados profissionais (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) que tem contanto com prescrição, dispensação/manipulação e administração de fármacos ligados à reprodução humana.
Na entrevista, procurou-se saber os tipos de drogas mais prescritas, dispensadas ou manipuladas, a finalidade do medicamento, os principais esquemas de tratamento, bem como informações complementares e efeitos colaterais decorrentes do tratamento. Após este, procedimento, buscou-se obter na literatura consultada a correlação com os dados colhidos na pesquisa.
Farmácia de Manipulação
Fármacos para reposição hormonal , Contraceptivos e Antineoplásicos (mesmo todos sendo muito manipulados, na maioria são fármacos para reposição hormonal)
Propionato de Testosterona
Estrogênios conjugados
Medroxiprogesterona
Estradiol
Flutamida
Finasterida
Farmácia comercial
Fármacos para reposição hormonal , Contraceptivos e Antineoplásicos (os de maior saída são os contraceptivos orais, e em menor número os de reposição hormonal)
Levonorgestrel
Etnilestradiol
Medroxiprogesterona
Finasterida
Propionato de Testosterona
Cipionato de Testosterona
Contracepção Masculina
Administração concomitante de um andrógeno e de uma progestina suprime de modo mais completo a liberação de gonadotropinas supressão da espermatogênese
Enantato de Testosterona (via parenteral) + Levonorgestrel (via oral diariamente)
Undecanoato de testosterona (via parenteral) + acetato de medroxiprogesterona injetável.
Efeitos Adversos: Acne, ganho de peso, policitemia e aumento do tamanho da próstata.
Contracepção Masculina
Suprimir de modo reversível a produção endógena de espermatozóides, gerando um estado de azoospermia (ausência de espermatozóides no ejaculado), sem suprimir a libido ou a função erétil.
Como produto final do eixo hipotalâmico-hipofisário– gônada, a testosterona suprime significativamente a liberação de gonadotropinas. Os níveis circulantes reduzidos de LH e de FSH são incapazes de estimular a função das células de Sertoli, resultando em diminuição da espermatogênese.
Contracepção Masculina
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Anticoncepcional transdérmico
Etinil estradiol + norelgestromina
Trocado semanalmente durante 3 semanas
4ª semana: não utilizado – pode ocorrer menstruação
Anticoncepcionais Orais
Administração durante 21 dias
seguidos de 7 dias de pílulas placebo remove a estimulação hormonal exógena
Esquemas hormonais monofásico, bifásico ou trifásico.
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Efeitos Adversos:
Leves
Náuseas, mastalgia, sangramento inesperado e edema
Alterações nas proteínas séricas
Cefaléia discreta e transitória
Ausência do sangramento após suspensão
Moderados
Sangramento inesperado
Ganho de peso
Aumento da pigmentação cutânea
Infecções vaginais são mais comuns e difíceis de tratar
Amenorréia em algumas pacientes
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
Graves
Distúrbios vasculares
Doença tromboembólica venosa, infarto do miocárdio, doença vascular cerebral
Distúrbios GI
Depressão
Câncer
Contra-indicações:
Pacientes com tromboflebite, fenômenos tromboembólicos e distúrbios vasculares
Tratamento de sangramento vaginal de causa desconhecida
Pacientes com neoplasias estrogênio-dependentes
Contracepção somente com Progestinas
Norgestrel
Noretindrona
As progestinas alteram a freqüência dos pulsos de GnRH e diminuem a responsividade da adeno-hipófise ao GnRH
Formas injetáveis e implantes
acetato de medroxiprogesterona - pode ser administrado por via parenteral a cada 3 meses:
104mg inj. Subcutânea
150mg I.V
Contracepção de Emergência (da Manhã Seguinte)
Levonorgestrel – mais eficaz, menos efeitos adversos
Oral 0,75 mg
Repetido dentro de 12h
Potente progestina capaz de bloquear o surto de LH, interrompendo a ovulação normal, e de produzir alterações endometriais que impedem a implantação.
Antagonistas dos Receptores
Inibidores da Aromatase
Usos Clínicos:
Tratamento do câncer de mama metastático
Prevenção de recidivas em cânceres primariamente tratados com cirurgia e radioterapia.
Efeitos adversos:
Fraturas osteoporóticas em mulheres supressão profunda na ação dos estrógenos (regulador da densidade óssea).
Estudos clínicos recentes sugerem que os inibidores da aromatase são mais efetivos do que os antagonistas dos receptores de estrógeno, como o tamoxifeno, no tratamento do câncer de mama.
Inibidores da Aromatase
Utilizada para inibir o crescimento de tumores dependentes de estrógeno (câncer de mama).
Anastrozol
Letrozol Inibidores competitivos da aromatase
Exemestano
Formestano ligação covalente à aromatase.
Conversão periférica da testosterona
1- A testosterona circula no plasma ligada à globulina de ligação de hormônios sexuais (SHBG) e/ou à albumina
2- A testosterona livre difunde-se através da membrana plasmática das células para o citosol.
3- Nos tecidos-alvo, a enzima 5-redutase converte a testosterona em diidrotestosterona, que possui atividade androgênica aumentada em comparação com a testosterona.
4- A diidrotestosterona liga-se com alta afinidade ao receptor de andrógeno, formando um complexo que é transportado até o núcleo.
5- Os homodímeros de diidrotestosterona e receptor de andrógeno dão início à transcrição dos genes dependentes de testosterona.
Hierarquia de hormônios
GnRH
LH e do FSH.
Estrogênio e progesterona
Sistema hormonal feminino
HIPOTÁLAMO
ADENOHIPÓFISE
OVÁRIOS
Um eixo hipotalâmico-hipofisário–gonadal comum regula a síntese dos hormônios sexuais. O hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH) encontra-se no topo dessa hierarquia de três níveis.
Hierarquia hormonal
GnRH
Sistema hormonal masculino
HIPOTÁLAMO
ADENOHIPÓFISE
TESTÍCULOS
Células de Sertoli
Células de Leydig
Testosterona
Estrógenos
FSH e LH
Dependendo da fase do ciclo menstrual, da concentração de estrógeno no plasma e da taxa de aumento da concentração plasmática de estrógeno, este hormônio também pode estimular a liberação hipofisária de gonadotropinas (por exemplo, por ocasião da ovulação).
Eixo hipotalâmico-hipofisário–reprodução.
O hipotálamo secreta o (GnRH) no sistema porta hipotalâmico-hipofisário (padrão pulsátil)
Estimula cél. gonadotrópicas da adeno-hipófise a sintetizar e liberar o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH).
FSH e LH (gonadotropinas) promovem a síntese ovariana e testicular de estrógeno e testosterona, respectivamente. O estrógeno e a testosterona inibem a liberação do GnRH, do LH e do FSH.
No homem, a ligação do hormônio luteinizante (LH) ao receptor de LH (LH-R) ativa a síntese de testosterona nas células de Leydig. A seguir, testosterona difunde-se nas células de Sertoli adjacentes, onde a ligação do hormônio folículo-estimulante (FSH) a seu receptor (FSH-R) aumenta os níveis da proteína de ligação de andrógenos (ABP).
A ABP estabiliza as concentrações elevadas de testosterona que, juntamente com outras proteínas induzidas pelo FSH e sintetizadas nas células de Sertoli, promovem a espermatogênese do epitélio germinativo adjacente
Na mulher, o LH atua de modo análogo, promovendo a síntese de andrógeno (androstenediona) nas células da teca. A seguir, o andrógeno difunde-se nas células da granulosa adjacentes, onde (após conversão da androstenediona em testosterona; a aromatase converte a testosterona em estrógeno.
O FSH aumenta a atividade da aromatase nas células da granulosa, promovendo a conversão do andrógeno em estrógeno. Observe que a diidrotestosterona não é um substrato da aromatase.
AÇÃO E METABOLISMO HORMONAIS
Embora existam receptores separados de progesterona, de andrógenos e de estrógenos, não há uma seletividade completa quanto à ação, em virtude da estreita semelhança estrutural entre os hormônios.
Por exemplo, a associação do estrógeno com o receptor de estrógeno induz a dimerização de dois complexos de estrógeno-receptor de estrógeno, e o dímero liga-se, em seguida, a elementos de resposta aos estrógenos (ERE) em regiões promotoras do DNA. Essa ligação aos ERE aumenta ou inibe a transcrição de genes específicos (produz os efeitos fisiológicos do hormônio).
Uma vez no interior da célula, o ligante hormonal liga-se a seu receptor intracelular específico, que sofre dimerização subseqüente.
AÇÃO E METABOLISMO HORMONAIS
As Progestinas, os andrógenos e os estrógenos são hormônios que se ligam a uma superfamília relacionada de receptores hormonais nucleares;
Uma vez sintetizados, esses hormônios difundem-se no plasma, onde se ligam firmemente a proteínas carreadoras, como a globulina de ligação dos hormônios sexuais (SHBG) e albumina.
Apenas a fração não ligada é capaz de difundir-se nas células e de ligar-se a um receptor intracelular.
Síntese de Progestinas, Andrógenos e Estrógenos.
Apesar das diferenças existentes nos perfis hormonais dos homens e das mulheres, tanto os andrógenos quanto os estrógenos estão sob o controle das gonadotropinas adeno-hipofisárias, o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH), e são regulados, em última análise, pela liberação hipotalâmica do hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH).
INTRODUÇÃO
Diversas doenças são tratadas farmacologicamente através de modificação da atividade dos hormônios da reprodução, incluindo desde infertilidade e endometriose até câncer de mama e de próstata.
INTRODUÇÃO
SÍNTESE DE PROGESTINAS, ANDRÓGENOS E
ESTRÓGENOS
Estreita interligação na síntese de Progestinas, andrógenos e estrógenos.
Os três grupos consistem em hormônios esteróides que derivam do metabolismo do colesterol.
Progesterona (precursor comum da síntese de testosterona e de estrógeno e em certo número de derivados da progesterona sinteticamente alterados
O 17-estradiol é o (estrógeno de ocorrência
natural mais potente) a estrona e o estriol (menos
Potentes)
Incluem a desidroepiandrosterona (DHEA), a androstenediona,
a testosterona e a diidrotestosterona (DHT); entre os andrógenos,
PROGESTINAS
ANDRÓGENOS
ESTRÓGENOS
Classificação das Progestinas
Estrogênios
INTEGRAÇÃO DO CONTROLE ENDÓCRINO: O CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual é dividido em:
INTEGRAÇÃO DO CONTROLE ENDÓCRINO: O CICLO MENSTRUAL
FISIOPATOLOGIA
Inibidores da Síntese
Agonistas e Antagonistas do GnRH
libera
Hipotálamo
Agonistas e Antagonistas do GnRH
Administração contínua de GnRH suprime a atividade dos gonadotróficos hipofisários, em lugar de estimulá-la.
Supressão do eixo hipotalâmico-hipofisário-gônada através da administração contínua:
Agonista do GnRH (leuprolida, gosserrelina ou nafarrelina)
ou
Antagonista do receptor de GnRH (cetrorrelix ou ganirrelix)
Agonista do GnRH
Tratamento de tumores dependentes de hormônios (câncer de próstata, câncer de mama)
Inibidores da 5α-Redutase
5α-redutase do tipo II:
Expressa nas células epiteliais da próstata
Converte a testosterona em diidrotestosterona
Lembrar :
A diidrotestosterona liga-se ao receptor de andrógeno com maior afinidade do que a testosterona.
As células da próstata dependem da estimulação androgênica.
Administração de inibidor da redutase diminui a velocidade de crescimento do tec. prostático.
Inibidores da 5α-Redutase
Finasterida
Inibidor seletivo da 5-redutase do tipo II
Hiperplasia prostática benigna: melhora os sintomas de redução do fluxo urinário.
Ressecção transuretral da próstata (RTUP): alternativa potencial
Constitui o tratamento cirúrgico comum para a hiperplasia prostática sintomática.
1 ano de tratamento:
Redução de até 25% no tamanho da próstata
Efeitos adversos
Diminuição da libido e disfunção erétil.
INIBIDORES DOS HORMÔNIOS GONADAIS
Inibidores da Síntese
Agonistas e Antagonistas do GnRH
Inibidores da 5α-Redutase
Inibidores da Aromatase
Antagonistas dos Receptores
Moduladores Seletivos do Receptor de Estrógeno
Antagonistas dos Receptores de Andrógenos
Antagonistas dos Receptores de Progesterona
Moduladores da Atividade Gonadotrópica da adeno-hipófise
Antagonistas Específicos da Ação Hormonal Periférica
Hormônios Sexuais – Terapia de Reposição
CLASSES E AGENTES FARMACOLÓGICOS
2° parte
SECREÇÃO DIMINUÍDA DE ESTRÓGENOS
OU ANDRÓGENOS
Os efeitos da produção diminuída dos hormônios sexuais variam, dependendo da idade do paciente por ocasião do aparecimento dos sintomas
HIPOGONADISMO
MENOPAUSA
CRESCIMENTO INAPROPRIADO DE TECIDOS
DEPENDENTES DE HORMÔNIO
A síndrome do ovário policístico (SOPC)
É uma síndrome complexa, caracterizada por anovulação e níveis plasmáticos elevados de androgênio. A SOPC é um problema comum, que acomete 3 a 5% das mulheres em idade fértil.
Múltiplas etiologias e todas elas resultam em secreção aumentada de andrógeno e supressão dos ciclos ovulatórios normais. O aumento da secreção de andrógeno resulta em masculinização;
CRESCIMENTO INAPROPRIADO DE TECIDOS
DEPENDENTES DE HORMÔNIO
A síndrome do ovário policístico (SOPC)
Tratadas com um contraceptivo de estrógeno-progestina para suprimir a produção ovariana de testosterona
Antiandrogênico, como a Espironolactona para suprimir os efeitos masculinizantes dos níveis elevados de testosterona.
CRESCIMENTO INAPROPRIADO DE TECIDOS
DEPENDENTES DE HORMÔNIO
O crescimento do tecido mamário depende de muitos hormônios, incluindo:
fatores de crescimento semelhantes à insulina.
Estrógeno
progesterona
prolactina
andrógenos
Muitos cânceres de mama (mas nem todos) expressam o receptor de estrógeno (ER), e o crescimento desses cânceres é freqüentemente estimulado por níveis endógenos de estrógeno e inibido por antiestrogênicos.
CRESCIMENTO INAPROPRIADO DE TECIDOS
DEPENDENTES DE HORMÔNIO
um antagonista do receptor de estrógeno (como o Fulvestranto, ou um modulador seletivo dos receptores de estrógeno, como o Tamoxifeno; )
Quando se constata que um carcinoma de mama expressa o ER,
é comum administrar:
ou um inibidor da síntese de estrógeno (inibidores da aromatase, como anastrozol, letrozol, exemestano ou formestano) para diminuir a velocidade de crescimento do tumor.
CRESCIMENTO INAPROPRIADO DE TECIDOS
DEPENDENTES DE HORMÔNIO
São utilizadas estratégias de inibição enzimática (finasterida)
e de antagonismo do receptor (flutamida) para o tratamento
hiperplasia prostática benigna e o câncer de próstata metastático
(distúrbios de perda da regulação do crescimento do tecido prostático)
O crescimento da próstata depende de andrógeno, exige a conversão local da testosterona em diidrotestosterona nas células estromais da próstata; (mediada pela isoforma tipo II da 5-redutase)
Referências Bibliográficas
GOLAN, D. E, ARMSTRONG, A. W, ARMSTRONG, E. J, TASHJIAN, A. H. Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia, 2ª edição, Editora: Guanabara Koogan (Grupo GEN), Rio de Janeiro, RJ, 2009
KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10° ed. RIO DE JANEIRO: Guanabara Koogan , 2007.
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as células gonadotrópicas da adeno-hipófise secretam LH e FSH em resposta à estimulação pulsátil de GnRH. O LH e o FSH circulantes promovem o crescimento e a maturação dos folículos ovarianos. Os folículos em desenvolvimento secretam quantidades crescentes de estrógeno.
Fase folicular
Durante a segunda metade do ciclo, o corpo lúteo secreta tanto estrógeno quanto progesterona. A progesterona induz uma alteração do endométrio, que passa de sua fase proliferativa para a fase secretora. Se não houver fertilização nem implantação de um blastocisto dentro de 14 dias após a ovulação, o corpo lúteo sofre involução, a secreção de estrógeno e de progesterona declina, ocorre menstruação, e um novo ciclo começa.
Fase lútea
Produzindo diversos distúrbios subjacentes que podem levar à infertilidade.
Ruptura do eixo hipotalâmico-hipofisário–reprodução
Podendo levar ao desenvolvimento de câncer de mama ou câncer de próstata, bem como a distúrbios benignos, porém clinicamente importantes, como endometriose ou hiperplasia endometrial.
Crescimento inapropriado de tecido dependente de estrógeno ou dependente de testosterona
Como a que ocorre na menopausa, ou a secreção diminuída de andrógeno, conforme observado em alguns homens idosos, estão associadas a diversas conseqüências indesejáveis para a saúde.
Diminuição da secreção de estrógeno