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Seis Idéias Para Uma Casa Ecológica

É um trabalho sobre alguns tipos de casa auto-sustentáveis...

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Casa Ecológica Sol e vento Segredos da casa auto-suficiente Captação e reaproveitamento de Energia A falta de interesse dos compradores por itens que reduzam o impacto ao meio ambiente é a principal justificativa das construtoras. "No caso das edificações comerciais, esses itens já representam valor agregado, e várias empresas até exigem certificação", diz Joaquim Rondon, gestor sócio-ambiental da construtora JHSF, responsável pelo Parque Cidade Jardim, na zona sul, cujas torres comerciais contarão com uma série de recursos para receber o selo verde. A tecnologia para captar energia eólica, solar térmica e fotovoltaica está disponível no mercado brasileiro. Entenda como funciona cada uma, os prós e os contras e veja o que dizem os especialistas. Módulos fotovoltaicos, coletores solares e turbinas eólicas são alguns dos equipamentos que provêm energia sem poluir. Bem-vindo ao mundo das energias alternativas. Limpas e renováveis, elas se utilizam de fontes teoricamente infinitas, como o sol e o vento, e são geradas sem deixar resíduos e sem causar grandes impactos no ambiente. Por meio delas, acendem-se lâmpadas, ligam-se eletrodomésticos e aquece-se toda a água usada na casa. Para as regiões em que os ventos e dias claros não são constantes, uma combinação dessas energias constitui uma saída inteligente. Contudo, apesar dos avanços nas tecnologias, esses equipamentos ainda representam um investimento muito alto para o consumidor. Mesmo que a economia na conta de luz compense o custo dos aparelhos, o alto preço assusta muita gente. "Deixamos de aproveitar muita energia solar e de outras fontes renováveis por falta de políticas de incentivo do governo", fala Francisco Vecchia, professor e pesquisador da Escola de Engenharia da Universidade de São Carlos (UFSCar). Energia Eólica Vento em popa O equipamento eólico consiste em uma torre, aerogeradores ou turbinas, painel de controle e um conjunto de baterias. Existem vários tipos de aerogeradores e isso dificulta a regulamentação do mercado. O modelo mais usado em casas é o de três pás, que possui um rápido movimento rotatório. Os ventos acionam o aerogerador, que está acoplado a um gerador elétrico instalado dentro da torre. Este transforma a energia cinética do vento em energia elétrica. Ela segue em corrente contínua (azul) para o painel de controle e fica armazenada em baterias. Antes de ser usada, é transformada pelo inversor em corrente alternada (vermelho Nesse caso, o equipamento gera energia a partir da força dos ventos, matéria-prima limpa e de custo zero. Em locais não abastecidos pela rede elétrica, como as cidades ribeirinhas, esse tem sido um investimento mais econômico e ecológico do que geradores elétricos movidos a diesel. Ventos fracos, entretanto, não conseguem movimentar as turbinas. Por isso, o primeiro passo é conhecer sua força: eles devem soprar a uma velocidade média acima de 6 m/s (a medição pode ser feita pelas empresas que vendem o equipamento ou por meio de um anemômetro portátil). Além disso, as torres eólicas devem estar longe de montanhas, matas fechadas ou prédios. "Apesar de ser mais barato que o sistema fotovoltaico, o eólico pode exigir uma complementação da rede elétrica ou de outras fontes de energia por causa da inconstância dos ventos", diz a engenheira Eliane Amaral Fadigas, do departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Embora o Brasil tenha potencial eólico, com destaque para as regiões litorâneas e os pampas gaúchos, essa fonte de energia ainda está para ser reconhecida. Isso já acontece na Alemanha, Dinamarca, Inglaterra e nos Estados Unidos, onde o governo incentiva a construção de usinas eólicas particulares. "Aqui, essa tecnologia tem sido mais viável em áreas afastadas, com pequenas demandas de energia", diz Fadigas. Serviço Altercoop (Cabo Frio, RJ) - Kit completo com capacidade para gerar 500 watts (turbina, inversor, baterias, controlador e torre de 6 m): R$ 7,6 mil. Enersud (São Gonçalo, RJ) - Turbina e controlador para gerar de 250 a 1000 watts: de R$ 1,8 mil a R$ 4,9 mil, sem acessórios (o sistema completo, com baterias, inversor e torre, dobra esse preço). Pesquisas apontam outros sistemas e fontes de energia Hidrogênio - Abundante na natureza, produz eletricidade por meio de células de combustível. Energia geotérmica - Obtida com o calor das rochas do interior da Terra, que emerge nas fontes termais e áreas vulcânicas. Metano - Produzido por restos de matéria orgânica de diversas origens, como bagaço de cana e lixo doméstico. De acordo com Sabetai Calderoni, especialista ambiental e autor do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo (Ed. Humanitas), "se a parte orgânica de todo o lixo domiciliar brasileiro fosse utilizada para produzir energia elétrica, poderíamos implantar usinas termelétricas com potência significativa". Força dos oceanos - Gera energia a partir das diferenças de altura das marés. Energia solar térmica A água quente usada na cozinha e nos banheiros responde pelo maior consumo elétrico em casa. Por isso, os coletores solares, implantados geralmente no telhado, conseguem uma economia imediata na conta de luz. Mas cada caso requer um estudo. "Se uma árvore faz sombra no coletor, sua potência diminui. É preciso uma análise detalhada da região, da inclinação do telhado, da média de consumo da família, e só então avaliar se o investimento compensa", diz Oscar Terada, pesquisador na área de energia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). O ideal é que o sistema seja previsto no projeto, mas numa casa pronta a instalação ocorre sem grandes reformas hidráulicas, desde que a construção já tenha aquecimento central. "Os coletores solares permitem mais economia no consumo elétrico do que as placas fotovoltaicas ou turbinas eólicas", acredita Terada. Serviço Em média, para aquecer um boiler de 500 litros com cinco coletores de 1 m2, gastam-se de R$ 2,5 mil a R$ 3,4 mil (sem acessórios hidráulicos). Quem fornece: Heliotek (Barueri, SP) Soletrol (São Paulo) Transen (Birigüi, SP) Energia solar fotovoltaica Ideal para regiões em que a rede elétrica não chega e onde o sol não cansa de brilhar, esse sistema transforma a luminosidade em energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas (módulos à base de cristais nos quais a incidência de raios solares causa uma reação de elétrons, que gera corrente elétrica). Uma limitação desse sistema é a inconstância, já que a produção varia de acordo com a luminosidade e com a quantidade armazenada nas baterias. Em dias um pouco encobertos, por exemplo, a produção atinge até 60% do rendimento, enquanto em dias nublados poderá cair a menos de 10%. Se a casa já estiver ligada à rede elétrica pública, dá para adaptar e combinar os sistemas. "O retorno depende muito de onde e como será utilizada a energia", diz o engenheiro eletricista Airton Dudzevich. As placas duram em média 20 anos. Água quentinha O aquecimento solar de água se baseia na transmissão de calor. Dois itens fundamentais compõem o sistema: o reservatório térmico (boiler) e o coletor solar (placas). Dentro da placa coletora existem pequenos tubos em forma de zigue-zague por onde a água circula bem devagar. Depois de aquecida, ela segue para o boiler (reservatório de alumínio por fora e de cobre ou aço inox por dentro), que mantém a água quente. Serviço O módulo para gerar 100 watts custa em média R$ 3 mil. Além disso, há o resto do sistema (suporte metálico, controlador de carga, baterias, inversor e fiação de cobre), que é calculado em função da quantidade de energia que se quer captar, e varia de R$ 200 a R$ 50 mil. Quem fornece: Iem (Porto Alegre) Suprinter (São Paulo) Melhor de dois Regiões onde o vento não é constante o ano inteiro e o sol não aparece todos os dias pedem um sistema híbrido, que combina energia solar e eólica. Para dimensioná-lo, realiza-se uma análise detalhada. "São muitos os fatores em jogo, desde o perfil da família até as variações geográficas e climáticas da região", diz Ronald Thomé, da empresa Energia Pura, de Paraty, RJ. Para iluminar uma casa que usa três lâmpadas tipo PL, cada uma de 9 watts, acesas quatro horas por dia, o custo de instalação do sistema fica em torno de R$ 1,5 mil. Acrescentando mais uma lâmpada e uma televisão também por quatro horas de uso, o custo sobe para R$ 3,5 mil. Se adicionarmos a esse conjunto uma geladeira, o investimento pode chegar a R$ 20 mil, pois o compressor do aparelho funciona em média 12 horas por dia, exigindo mais placas fotovoltaicas e mais baterias. E fez-se a eletricidade Três conjuntos formam o sistema fotovoltaico: geração, armazenamento e consumo. A geração ocorre com a captação dos raios solares. A corrente contínua resultante pode ser de 12 ou 24 volts (azul). Depois de absorvida, essa energia passa por um controlador de carga (espécie de cérebro que regula a tensão da bateria) e segue para as baterias, onde fica armazenada. Finalmente, passa por um inversor, que converte a corrente contínua em alternada de 110 ou 220 volts (vermelho). *Seis idéias para uma casa ecológica Casa com conceitos da arquitetura verde, em Sorocaba, no interior paulista lar verde lar 6 idéias para uma casa ecológica A primeira vista, a casa abaixo parece comum, mas no Brasil existem ainda poucas como ela. Trata-se de uma construção que obedece aos preceitos da nova arquitetura verde. Seu objetivo é causar o mínimo possível de prejuízos ao meio ambiente Por Monica Weinberg Revista Veja - 06/06/2007 É um conceito do século XXI, a era do aquecimento global, em que a questão ambiental deixou de estar circunscrita às rodas de ecologistas para ocupar as pranchetas de arquitetos em países da Europa e nos Estados Unidos - e preocupar gente como a matemática paulista Cecília Bugan. Ela e o marido gastaram 40% do orçamento destinado à obra de sua casa em Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, para fazê-la segundo o figurino ecologicamente correto - até os tijolos lá seguem o padrão verde. Especialistas ouvidos por VEJA avaliaram em detalhes seis das medidas adotadas nesse caso.Eles afirmam que nem sempre é preciso gastar muito para aplicar em casa soluções mais amigáveis ao meio ambiente - em alguns casos, uma decisão ecológica pode até representar economia ao bolso. 1. TIJOLO DE SOLO-CIMENTO Por que é ecológico: seca ao sol - sem precisar ir ao forno a lenha. Numa casa como a de Cecília, a opção por esse tipo de tijolo poupou a queima de sessenta árvores Quanto custa*: 380 reais (1 000 tijolos), o dobro do preço da versão comum Comentário dos especialistas: vale a pena investir no tijolo ecológico. Como dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra 2. MADEIRA COM CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM Por que é ecológica: vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar o solo nem o ambiente de onde foi retirada Quanto custa*: 2 500 reais (o ipê, por metro cúbico) - 15% mais cara do que a mesma madeira sem a certificação Comentário dos especialistas: circula a idéia de que a madeira ecológica tem melhor qualidade, mas não é verdade. Sua única diferença para as outras está no processo de extração 3. SISTEMA DE ENERGIA SOLAR PARA AQUECER A ÁGUA Por que é ecológico: com essa "miniusina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica Quanto custa*: 5 000 reais Comentário dos especialistas: com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico 4. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA Por que é ecológico: numa região chuvosa, como Sorocaba, a metade da água necessária à família vem desse sistema Quanto custa*: 2 500 reais (para uma casa de 100 metros quadrados) Comentário dos especialistas: compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um item mais escasso - e caro 5. ESTAÇÃO DOMÉSTICA DE TRATAMENTO DE ESGOTO Por que é ecológica: permite reaproveitar a água para tarefas do dia-a-dia, como a limpeza da casa (como não fica 100% limpa, deve-se evitar usá-la no banho ou para beber) Quanto custa*: 6 000 reais Comentário dos especialistas: na comparação com o sistema de captação de água da chuva, é mais caro e de uso mais restrito - se for escolher entre os dois, fique com o outro 6. LÂMPADA FLUORESCENTE Por que é ecológica: consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais Quanto custa*: 15 reais (a de 20 watts) - seis vezes mais do que as lâmpadas comuns Comentário dos especialistas: compensa por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais - e ainda poupar energia A PALAVRA DE QUEM TESTOU A matemática Cecília Bugan conta dois segredos de sua casa ecológica. Fala ainda sobre dois de seus sonhos de consumo "verdes" - eles ficaram de fora do projeto original por serem caros demais. O que funcionou em Sorocaba - As telhas à base de embalagens de leite recicladas (do tipo Tetra Pak). São ainda 10% mais baratas do que as de tijolo comum. Cecília faz apenas uma ressalva: como o acabamento é mais "grosseiro", melhor fazer uso dessa alternativa apenas para o forro do telhado - Uma gigantesca paineira encravada no meio do terreno. Durante o verão, sua sombra proporciona à sala temperatura mais amena Extravagancias que ficaram de fora  - Painéis de energia solar do tipo "fotovoltaico", capazes de abastecer a casa inteira de luz. Custariam 17 000 reais, no caso de Cecília - Cano de propileno, um plástico mais leve cuja fórmula leva menos petróleo. Sai por 14 reais (com capacidade para 20 ml), o dobro do preço do cano comum *Preços médios  A primeira vista, a casa acima parece comum, mas no Brasil existem ainda poucas como ela. Trata-se de uma construção que obedece aos preceitos da nova arquitetura verde. Seu objetivo é causar o mínimo possível de prejuízos ao meio ambiente É um conceito do século XXI, a era do aquecimento global, em que a questão ambiental deixou de estar circunscrita às rodas de ecologistas para ocupar as pranchetas de arquitetos em países da Europa e nos Estados Unidos - e preocupar gente como a matemática paulista Cecília Bugan. Ela e o marido gastaram 40% do orçamento destinado à obra de sua casa em Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, para fazê-la segundo o figurino ecologicamente correto - até os tijolos lá seguem o padrão verde. Especialistas ouvidos por VEJA avaliaram em detalhes seis das medidas adotadas nesse caso.Eles afirmam que nem sempre é preciso gastar muito para aplicar em casa soluções mais amigáveis ao meio ambiente - em alguns casos, uma decisão ecológica pode até representar economia ao bolso. 1. TIJOLO DE SOLO-CIMENTO Por que é ecológico: seca ao sol - sem precisar ir ao forno a lenha. Numa casa como a de Cecília, a opção por esse tipo de tijolo poupou a queima de sessenta árvores Quanto custa*: 380 reais (1 000 tijolos), o dobro do preço da versão comum Comentário dos especialistas: vale a pena investir no tijolo ecológico. Como dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra 2. MADEIRA COM CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM Por que é ecológica: vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar o solo nem o ambiente de onde foi retirada Quanto custa*: 2 500 reais (o ipê, por metro cúbico) - 15% mais cara do que a mesma madeira sem a certificação Comentário dos especialistas: circula a idéia de que a madeira ecológica tem melhor qualidade, mas não é verdade. Sua única diferença para as outras está no processo de extração 3. SISTEMA DE ENERGIA SOLAR PARA AQUECER A ÁGUA Por que é ecológico: com essa "miniusina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica Quanto custa*: 5 000 reais Comentário dos especialistas: com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico 4. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA Por que é ecológico: numa região chuvosa, como Sorocaba, a metade da água necessária à família vem desse sistema Quanto custa*: 2 500 reais (para uma casa de 100 metros quadrados) Comentário dos especialistas: compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um item mais escasso - e caro 5. ESTAÇÃO DOMÉSTICA DE TRATAMENTO DE ESGOTO Por que é ecológica: permite reaproveitar a água para tarefas do dia-a-dia, como a limpeza da casa (como não fica 100% limpa, deve-se evitar usá-la no banho ou para beber) Quanto custa*: 6 000 reais Comentário dos especialistas: na comparação com o sistema de captação de água da chuva, é mais caro e de uso mais restrito - se for escolher entre os dois, fique com o outro 6. LÂMPADA FLUORESCENTE Por que é ecológica: consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais Quanto custa*: 15 reais (a de 20 watts) - seis vezes mais do que as lâmpadas comuns Comentário dos especialistas: compensa por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais - e ainda poupar energia A PALAVRA DE QUEM TESTOU A matemática Cecília Bugan conta dois segredos de sua casa ecológica. Fala ainda sobre dois de seus sonhos de consumo "verdes" - eles ficaram de fora do projeto original por serem caros demais. O que funcionou em Sorocaba - As telhas à base de embalagens de leite recicladas (do tipo Tetra Pak). São ainda 10% mais baratas do que as de tijolo comum. Cecília faz apenas uma ressalva: como o acabamento é mais "grosseiro", melhor fazer uso dessa alternativa apenas para o forro do telhado - Uma gigantesca paineira encravada no meio do terreno. Durante o verão, sua sombra proporciona à sala temperatura mais amena Extravagancias que ficaram de fora  - Painéis de energia solar do tipo "fotovoltaico", capazes de abastecer a casa inteira de luz. Custariam 17 000 reais, no caso de Cecília - Cano de propileno, um plástico mais leve cuja fórmula leva menos petróleo. Sai por 14 reais (com capacidade para 20 ml), o dobro do preço do cano comum *Preços médios  É um conceito do século XXI, a era do aquecimento global, em que a questão ambiental deixou de estar circunscrita às rodas de ecologistas para ocupar as pranchetas de arquitetos em países da Europa e nos Estados Unidos - e preocupar gente como a matemática paulista Cecília Bugan. Ela e o marido gastaram 40% do orçamento destinado à obra de sua casa em Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, para fazê-la segundo o figurino ecologicamente correto - até os tijolos lá seguem o padrão verde. Especialistas ouvidos por VEJA avaliaram em detalhes seis das medidas adotadas nesse caso.Eles afirmam que nem sempre é preciso gastar muito para aplicar em casa soluções mais amigáveis ao meio ambiente - em alguns casos, uma decisão ecológica pode até representar economia ao bolso. 1. TIJOLO DE SOLO-CIMENTO Por que é ecológico: seca ao sol - sem precisar ir ao forno a lenha. Numa casa como a de Cecília, a opção por esse tipo de tijolo poupou a queima de sessenta árvores Quanto custa*: 380 reais (1 000 tijolos), o dobro do preço da versão comum Comentário dos especialistas: vale a pena investir no tijolo ecológico. Como dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra 2. MADEIRA COM CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM Por que é ecológica: vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar o solo nem o ambiente de onde foi retirada Quanto custa*: 2 500 reais (o ipê, por metro cúbico) - 15% mais cara do que a mesma madeira sem a certificação Comentário dos especialistas: circula a idéia de que a madeira ecológica tem melhor qualidade, mas não é verdade. Sua única diferença para as outras está no processo de extração 3. SISTEMA DE ENERGIA SOLAR PARA AQUECER A ÁGUA Por que é ecológico: com essa "miniusina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica Quanto custa*: 5 000 reais Comentário dos especialistas: com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico 4. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA Por que é ecológico: numa região chuvosa, como Sorocaba, a metade da água necessária à família vem desse sistema Quanto custa*: 2 500 reais (para uma casa de 100 metros quadrados) Comentário dos especialistas: compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um item mais escasso - e caro 5. ESTAÇÃO DOMÉSTICA DE TRATAMENTO DE ESGOTO Por que é ecológica: permite reaproveitar a água para tarefas do dia-a-dia, como a limpeza da casa (como não fica 100% limpa, deve-se evitar usá-la no banho ou para beber) Quanto custa*: 6 000 reais Comentário dos especialistas: na comparação com o sistema de captação de água da chuva, é mais caro e de uso mais restrito - se for escolher entre os dois, fique com o outro 6. LÂMPADA FLUORESCENTE Por que é ecológica: consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais Quanto custa*: 15 reais (a de 20 watts) - seis vezes mais do que as lâmpadas comuns Comentário dos especialistas: compensa por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais - e ainda poupar energia A PALAVRA DE QUEM TESTOU A matemática Cecília Bugan conta dois segredos de sua casa ecológica. Fala ainda sobre dois de seus sonhos de consumo "verdes" - eles ficaram de fora do projeto original por serem caros demais. O que funcionou em Sorocaba - As telhas à base de embalagens de leite recicladas (do tipo Tetra Pak). São ainda 10% mais baratas do que as de tijolo comum. Cecília faz apenas uma ressalva: como o acabamento é mais "grosseiro", melhor fazer uso dessa alternativa apenas para o forro do telhado - Uma gigantesca paineira encravada no meio do terreno. Durante o verão, sua sombra proporciona à sala temperatura mais amena Extravagancias que ficaram de fora  - Painéis de energia solar do tipo "fotovoltaico", capazes de abastecer a casa inteira de luz. Custariam 17 000 reais, no caso de Cecília - Cano de propileno, um plástico mais leve cuja fórmula leva menos petróleo. Sai por 14 reais (com capacidade para 20 ml), o dobro do preço do cano comum Moradas Sustentáveis seu lugar Moradas Sustentáveis Em meio à cinzenta paisagem de São Paulo, surgem algumas construções afinadas aos princípios da sustentabilidade. São prédios e casas que consomem menos água e energia elétrica, trazem qualidade de vida aos moradores e diminuem os prejuízos ambientais para as gerações futuras Michele Silva Revista Arquitetura & Construção - 02/2009 Para viver em harmonia com a natureza, não basta reciclar o lixo e fechar a torneira na hora de escovar os dentes. As construções de casas e prédios sustentáveis também têm papel fundamental no palco de um planeta que queremos: viver com uma qualidade de vida mais saudável. Em São Paulo, por enquanto, esse cenário ainda não é dos mais animadores. Principalmente no segmento das edifi cações residenciais. Mas, há sinais de que tudo caminha para mudar. Pelo menos, as construtoras estão de olho em projetos que contemplem equipamentos redutores do consumo de água e de energia, entre outros itens. "É uma tendência que cresce conforme as pessoas ficam mais conscientes da importância de morar num espaço que contribua para reduzir o impacto ambiental", diz Alberto Du Plessis, vice-presidente de Tecnologia e Relações de Mercado do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Alguns condomínios residenciais já rezam a mesma cartilha dos prédios comerciais, na questão da sustentabilidade.  10 ITENS EM QUE PRESTAR ATENÇÃO Menos de 20% dos empreendimentos que aguardam a certifi cação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a mais importante para construções sustentáveis, é residencial. A falta de interesse dos compradores por itens que reduzam o impacto ao meio ambiente é a principal justifi cativa das construtoras. "No caso das edificações comerciais, esses itens já representam valor agregado, e várias empresas até exigem certificação", diz Joaquim Rondon, gestor sócio-ambiental da construtora JHSF, responsável pelo Parque Cidade Jardim, na zona sul, cujas torres comerciais contarão com uma série de recursos para receber o selo verde. 1 Placas captadoras de energia solar para aquecimento de água e iluminação. 2 Telhado ecológico. Coberto com vegetação, permite maior conforto térmico ao reduzir a necessidade de ar condicionado. 3 Medidor individual de água, gás e energia. 4 Aquecimento de água a gás. 5 Reúso da água do chuveiro para irrigação do jardim e válvula com controle de água na descarga da bacia sanitária. 6 Nas áreas comuns, sensores de presença que ativam a iluminação e lâmpadas econômicas (como as fluorescentes). 7 Motores de alta performance para os elevadores. 8 Lixeiras para coleta seletiva (metal, papel, plástico, material orgânico). 9 Sistema de captação e aproveitamento da água da chuva. 10 Área verde preservada no empreendimento. MANUTENÇÃO EM CONTA Enquanto as construções ecológicas residenciais caminham a passos lentos, os prédios comerciais disparam na frente quando se trata de sustentabilidade. Estas edificações costumam contar com elevadores que consomem até 40% menos energia elétrica, vidros isotérmicos para otimizar a iluminação natural sem elevar a temperatura no interior dos espaços e área verde compatível com o tamanho do empreendimento, entre outros recursos. Existem cerca de 90 prédios ecológicos no Brasil, grande parte na cidade de São Paulo, segundo Nelson Kawakami, diretor-executivo do GBC Brasil (Green Building Council), órgão que concede os certificados verdes LEED. Destes, aproximadamente, 80% são comerciais. A justificativa da quantidade ser maior do que as construções residenciais se refere à economia com a manutenção. Como as construtoras de edificações comerciais, geralmente, são as responsáveis pela administração do empreendimento, elas priorizam na obra itens que reduzam o gasto mensal durante o uso. A taxa de condomínio cai até 30%. E por que essa lógica não é aplicada às moradias? "Porque é preciso mudar o comportamento dos consumidores, e isso leva tempo", afirma Nelson. O preço dos imóveis também pode ser um ponto que assuste. Mas se engana quem pensa que são muito mais caros. "Custam, em média, 5% mais que os prédios comuns, porém o imóvel sofre grande valorização depois de pronto", acrescenta Nelson. Não custa tanto ficar de bem com a natureza. EXEMPLOS DE SUCESSO Primeira construção no Brasil a obter o LEED, em 2007, o prédio onde funciona a agência do banco Real, na Granja Viana, em São Paulo, foi construído com cimento de resíduos de fornos siderúrgicos, britas recicladas, tintas sem solventes e madeira certificada. Além disso, a agência conta com sistemas de reutilização de água e captação de energia solar. A nova sede do laboratório Delboni Auriemo, na zona norte, obteve certificação em 2008. A construção utilizou materiais reciclados e certificados, implantou programas para redução do consumo de água e energia e de reciclagem de lixo. Em meio à cinzenta paisagem de São Paulo, surgem algumas construções afinadas aos princípios da sustentabilidade. São prédios e casas que consomem menos água e energia elétrica, trazem qualidade de vida aos moradores e diminuem os prejuízos ambientais para as gerações futuras Para viver em harmonia com a natureza, não basta reciclar o lixo e fechar a torneira na hora de escovar os dentes. As construções de casas e prédios sustentáveis também têm papel fundamental no palco de um planeta que queremos: viver com uma qualidade de vida mais saudável. Em São Paulo, por enquanto, esse cenário ainda não é dos mais animadores. Principalmente no segmento das edifi cações residenciais. Mas, há sinais de que tudo caminha para mudar. Pelo menos, as construtoras estão de olho em projetos que contemplem equipamentos redutores do consumo de água e de energia, entre outros itens. "É uma tendência que cresce conforme as pessoas ficam mais conscientes da importância de morar num espaço que contribua para reduzir o impacto ambiental", diz Alberto Du Plessis, vice-presidente de Tecnologia e Relações de Mercado do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Alguns condomínios residenciais já rezam a mesma cartilha dos prédios comerciais, na questão da sustentabilidade.  10 ITENS EM QUE PRESTAR ATENÇÃO Menos de 20% dos empreendimentos que aguardam a certifi cação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a mais importante para construções sustentáveis, é residencial. A falta de interesse dos compradores por itens que reduzam o impacto ao meio ambiente é a principal justifi cativa das construtoras. "No caso das edificações comerciais, esses itens já representam valor agregado, e várias empresas até exigem certificação", diz Joaquim Rondon, gestor sócio-ambiental da construtora JHSF, responsável pelo Parque Cidade Jardim, na zona sul, cujas torres comerciais contarão com uma série de recursos para receber o selo verde. 1 Placas captadoras de energia solar para aquecimento de água e iluminação. 2 Telhado ecológico. Coberto com vegetação, permite maior conforto térmico ao reduzir a necessidade de ar condicionado. 3 Medidor individual de água, gás e energia. 4 Aquecimento de água a gás. 5 Reúso da água do chuveiro para irrigação do jardim e válvula com controle de água na descarga da bacia sanitária. 6 Nas áreas comuns, sensores de presença que ativam a iluminação e lâmpadas econômicas (como as fluorescentes). 7 Motores de alta performance para os elevadores. 8 Lixeiras para coleta seletiva (metal, papel, plástico, material orgânico). 9 Sistema de captação e aproveitamento da água da chuva. 10 Área verde preservada no empreendimento. MANUTENÇÃO EM CONTA Enquanto as construções ecológicas residenciais caminham a passos lentos, os prédios comerciais disparam na frente quando se trata de sustentabilidade. Estas edificações costumam contar com elevadores que consomem até 40% menos energia elétrica, vidros isotérmicos para otimizar a iluminação natural sem elevar a temperatura no interior dos espaços e área verde compatível com o tamanho do empreendimento, entre outros recursos. Existem cerca de 90 prédios ecológicos no Brasil, grande parte na cidade de São Paulo, segundo Nelson Kawakami, diretor-executivo do GBC Brasil (Green Building Council), órgão que concede os certificados verdes LEED. Destes, aproximadamente, 80% são comerciais. A justificativa da quantidade ser maior do que as construções residenciais se refere à economia com a manutenção. Como as construtoras de edificações comerciais, geralmente, são as responsáveis pela administração do empreendimento, elas priorizam na obra itens que reduzam o gasto mensal durante o uso. A taxa de condomínio cai até 30%. E por que essa lógica não é aplicada às moradias? "Porque é preciso mudar o comportamento dos consumidores, e isso leva tempo", afirma Nelson. O preço dos imóveis também pode ser um ponto que assuste. Mas se engana quem pensa que são muito mais caros. "Custam, em média, 5% mais que os prédios comuns, porém o imóvel sofre grande valorização depois de pronto", acrescenta Nelson. Não custa tanto ficar de bem com a natureza. EXEMPLOS DE SUCESSO Primeira construção no Brasil a obter o LEED, em 2007, o prédio onde funciona a agência do banco Real, na Granja Viana, em São Paulo, foi construído com cimento de resíduos de fornos siderúrgicos, britas recicladas, tintas sem solventes e madeira certificada. Além disso, a agência conta com sistemas de reutilização de água e captação de energia solar. A nova sede do laboratório Delboni Auriemo, na zona norte, obteve certificação em 2008. A construção utilizou materiais reciclados e certificados, implantou programas para redução do consumo de água e energia e de reciclagem de lixo. Para viver em harmonia com a natureza, não basta reciclar o lixo e fechar a torneira na hora de escovar os dentes. As construções de casas e prédios sustentáveis também têm papel fundamental no palco de um planeta que queremos: viver com uma qualidade de vida mais saudável. Em São Paulo, por enquanto, esse cenário ainda não é dos mais animadores. Principalmente no segmento das edifi cações residenciais. Mas, há sinais de que tudo caminha para mudar. Pelo menos, as construtoras estão de olho em projetos que contemplem equipamentos redutores do consumo de água e de energia, entre outros itens. "É uma tendência que cresce conforme as pessoas ficam mais conscientes da importância de morar num espaço que contribua para reduzir o impacto ambiental", diz Alberto Du Plessis, vice-presidente de Tecnologia e Relações de Mercado do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Alguns condomínios residenciais já rezam a mesma cartilha dos prédios comerciais, na questão da sustentabilidade.  " "É o caso do loteamento do condomínio Gênesis " " "2, da incorporadora Y. Takaoka, em Santana do " " "Parnaíba, que adota energia solar para aquecer" " "piscinas, tem estação própria de tratamento de" " "esgoto e preserva a mata nativa. É ali que o " " "engenheiro Maurício de Castro instalou sua " " "casa. Toda ecológica. " " "Na casa do engenheiro Maurício de Castro, " " "panos de vidro captam a luz natural. Há " " "sistema de aquecimento de água com energia " " "solar. " " "Em todos os banheiros, a válvula de descarga " " "tem sistema dual para 3 ou 6 litros, o que " " "pode diminuir em até 40% o consumo de água. " " "Na cozinha, os resíduos de alimentos são " " "triturados, diminuindo o lixo orgânico e " " "gerando economia no armazenamento e no uso de" " "materiais de limpeza. " " "No residencial da Ecoesfera, a coleta do " " "lixo é seletiva e a venda dos resíduos gera " " "receita adicional para abater os custos com " " "o condomínio, que tem apartamentos de 47 a " " "207 m2. " 10 ITENS EM QUE PRESTAR ATENÇÃO Menos de 20% dos empreendimentos que aguardam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a mais importante para construções sustentáveis, é residencial. Fontes: *Mônica Weinberg Revista Veja - 06/06/2007 Casa Ecológica Sol e vento Segredos da casa auto-suficiente *Michele Silva Revista Arquitetura & Construção - 02/2009 Alunos: Warlly martins Liege Walter Marcus Vinícius Natália Prado Vanderlene Braga Prof: Júlio Fontenelle Lar verde Lar 1 Placas captadoras de energia solar para aquecimento de água e iluminação. 2 Telhado ecológico. Coberto com vegetação, permite maior conforto térmico ao reduzir a necessidade de ar condicionado. 3 Medidor individual de água, gás e energia. 4 Aquecimento de água a gás. 5 Reúso da água do chuveiro para irrigação do jardim e válvula com controle de água na descarga da bacia sanitária. 6 Nas áreas comuns, sensores de presença que ativam a iluminação e lâmpadas econômicas (como as fluorescentes). 7 Motores de alta performance para os elevadores. 8 Lixeiras para coleta seletiva (metal, papel, plástico, material orgânico). 9 Sistema de captação e aproveitamento da água da chuva. 10 Área verde preservada no empreendimento. MANUTENÇÃO EM CONTA Enquanto as construções ecológicas residenciais caminham a passos lentos, os prédios comerciais disparam na frente quando se trata de sustentabilidade. Estas edificações costumam contar com elevadores que consomem até 40% menos energia elétrica, vidros isotérmicos para otimizar a iluminação natural sem elevar a temperatura no interior dos espaços e área verde compatível com o tamanho do empreendimento, entre outros recursos. Existem cerca de 90 prédios ecológicos no Brasil, grande parte na cidade de São Paulo, segundo Nelson Kawakami, diretor-executivo do GBC Brasil (Green Building Council), órgão que concede os certificados verdes LEED. Destes, aproximadamente, 80% são comerciais. A justificativa da quantidade ser maior do que as construções residenciais se refere à economia com a manutenção. Como as construtoras de edificações comerciais, geralmente, são as responsáveis pela administração do empreendimento, elas priorizam na obra itens que reduzam o gasto mensal durante o uso. A taxa de condomínio cai até 30%. E por que essa lógica não é aplicada às moradias? "Porque é preciso mudar o comportamento dos consumidores, e isso leva tempo", afirma Nelson. O preço dos imóveis também pode ser um ponto que assuste. Mas se engana quem pensa que são muito mais caros. "Custam, em média, 5% mais que os prédios comuns, porém o imóvel sofre grande valorização depois de pronto", acrescenta Nelson. Não custa tanto ficar de bem com a natureza. EXEMPLOS DE SUCESSO Primeira construção no Brasil a obter o LEED, em 2007, o prédio onde funciona a agência do banco Real, na Granja Viana, em São Paulo, foi construído com cimento de resíduos de fornos siderúrgicos, britas recicladas, tintas sem solventes e madeira certificada. Além disso, a agência conta com sistemas de reutilização de água e captação de energia solar. A nova sede do laboratório Delboni Auriemo, na zona norte, obteve certificação em 2008. A construção utilizou materiais reciclados e certificados, implantou programas para redução do consumo de água e energia e de reciclagem de lixo.