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Segurança Na Construção Civil

estudo de caso no aeroporto de conquista

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A SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTUDO DE CASO Autor: Santos, P introdução A construção é um dos ramos mais antigos do mundo. Desde que o homem vivia em cavernas até os dias de hoje, a indústria da construção civil passou por um grande processo de transformação, seja na área de projetos, de equipamentos seja na área pessoal. Sabe-se que a construção civil é um dos setores que mais emprega operários. Em paralelo ao número elevado das vagas de trabalho, devido ao surgimento de inúmeras obras, surge a realidade de acidentes no trabalho, o que faz aparecer números não orgulhosos a qualquer setor de produção. Em contrapartida, o canteiro de obras na Construção Civil constitui um ambiente propicio a acidentes devido aos riscos em que seus trabalhadores podem estar expostos. Uma vez que, não se observa uma fiscalização apropriada e eficiente no setor, de forma a inibir e controlar os acidentes e as doenças ocupacionais. Na maioria das vezes, as ações limitam-se a inspecionar as dimensões dos terrenos, os recuos e a metragem das edificações. A legislação brasileira possui diversas Normas Regulamentadoras (NR's) relativas à segurança e saúde do trabalhador. Algumas específicas para a construção civil, outras que servem para todos os setores de atividades. Devem ser seguidas por empresas públicas e privadas, servindo de guia para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. No ramo das indústrias, a construção civil se difere das demais, pois depende quase que exclusivamente da mão-de-obra humana. Este fato deveria contribuir para uma melhor gestão de segurança nos canteiros de obras, porém é um dos setores industriais com maior índice de acidentes. Os equipamentos de proteção individual (EPIs) são itens importantes de segurança do trabalho, e, na indústria da construção civil tem seu uso banalizado, muitas vezes por falta de vontade das partes envolvidas (prestadores de serviço e colaboradores) e conhecimento das normas e legislação. Nos dias de hoje, a atenção aos quesitos de segurança em uma obra deixou de ser um diferencial para se tornar um pré-requisito de competitividade e que precisa ser observado e monitorado em todas as etapas. Observa-se que muitas empreiteiras e/ou contratantes de mão de obra dão pouco ou nenhum valor ao investimento, além do desconhecimento da complexidade que envolve a escolha dos EPIs. A busca constante pelo aprimoramento das técnicas construtivas, visando à redução dos custos e maior lucro para as empresas, tem como consequência o aumento no índice de acidentes de trabalho. A saúde e a integridade física do trabalhador tendem a ficar em segundo plano, podendo ocasionar perdas de ordem econômica, social e familiar, além do risco de morte. É sabido que, o aumento da demanda pelos serviços, assim como, a alta competitividade e a necessidade de produzir de forma a elevar os padrões de qualidade tornou a gestão da segurança algo essencial. Diante disto, questiona-se como quais os fatores afetam a segurança do trabalho no canteiro de obras da construção civil do novo aeroporto na cidade de Vitória da Conquista – Bahia? A hipótese é que fatores relacionados às condições de trabalho, aceitação, educação e conscientização da importância do uso por parte dos operários da indústria da construção civil dos equipamentos de segurança individuais e coletivos A qualidade e ergonomia desses equipamentos como fatores de conscientização e aceitação do uso, fundamentais para a segurança e o bom desempenho das funções dos trabalhadores, além do treinamento e as instruções corretas de uso, a ausência de estabilidade no emprego dos profissionais que atuam no setor da construção civil. Em muitos casos, o tempo de duração do serviço corresponde à duração da execução da obra, gerando alta rotatividade dos funcionários de uma obra para outra, dificultando a adaptação, capacitação e treinamento destes, contribuindo para elevação nos índices de AT interferem na manutenção da segurança do trabalho. O contexto do trabalho tem por objetivo geral verificar as condições de trabalho no canteiro de obra da construção do novo aeroporto na cidade de Vitória da Conquista – Bahia. Já os objetivos específicos são: identificar quais são os principais motivos que levam os trabalhadores da construção civil a negligenciar o uso de equipamentos de proteção individual no contexto da obra durante a execução das atividades; os aspectos legais e custos, bem como analisar os equipamentos de segurança em relação ao trabalhador e as medidas de conscientização que podem ser adotadas para o melhor desempenho do equipamento e operário como um todo. A Segurança no Trabalho deve ser abordada como investimento, e não como despesa, para empresa, uma vez que a prevenção de acidentes de trabalho (AT) reduz despesas, pois evita gastos com acidentes envolvendo funcionários, patrimônio, máquinas e equipamentos, além de indenizações por acidente podendo representar perdas consideráveis (DRAGONI, 2005). O estudo a ser realizado permite a avaliação do grau de importância da organização da construção, das sequências lógicas de tarefas, da implantação de medidas de segurança, da disposição de materiais no canteiro de obras, bem como alertar aos profissionais sobre a importância da questão de estudo. Mesmo sabendo da importância de orçamentos, programação e cronogramas de toda a edificação, planejamento de concretagens, e outros serviços, busca- se avaliar as condições e o ambiente de trabalho em escala maior, assim contribuindo para a organização da construção e para resultados mais satisfatórios quanto ao número de ocorrências de acidentes, doenças e mortes no trabalho. Análogo às questões técnicas, existe também a preocupação social e humana dos trabalhadores da área da Construção Civil, subsetor edificações, tão distanciados da necessitada atenção que merecem. Tem-se a intenção de alertar colegas, futuros profissionais, da importância e da necessidade de colocar em prática conhecimentos científicos, técnicos e artifícios que incentivem a presença de organização e responsabilidade e, principalmente, a consciência humana referente aos trabalhadores. Ainda, chamar a atenção de empresários e profissionais da área para a importância do estudo e para que se desperte o interesse do próprio trabalhador à preservação da vida. referencial teórico A construção civil possui caraterísticas especificas que definem seu gerenciamento como complexidade do processo, fragmentação ou terceirização das etapas, mão de obra pouco qualificada ou com baixo nível de escolaridade, assim como pressão no cumprimento do cronograma. No entanto, nas últimas décadas, houve uma progressiva evolução na forma de produção e gerenciamento da construção civil no Brasil. Essas mudanças foram motivadas, principalmente, pela introdução de novos materiais e sistemas construtivos, racionalização do projeto e novas técnicas gerenciais. E resultaram em formas de gestão baseadas na qualidade (SUMIDA, 2005). Através de Levantamentos de Riscos Ambientais e de Acidentes, avaliação qualitativa do ambiente e das condições de trabalho e avaliações quantitativas para comprovação do controle de exposição ou a inexistência dos riscos identificados na fase de antecipação (FIOCRUZ, 2002). Os acidentes de trabalho constituem o principal evento mórbido entre os trabalhadores brasileiros no exercício do seu ofício. A morte de indivíduos causada por acidentes de trabalho, em plena fase produtiva de suas vidas, traz corrosivas repercussões para a qualidade de vida de suas famílias e, por extensão, para a economia brasileira (GONÇALVES, 2006). Para acidente de trabalho, pode-se encontrar o conceito legal e o conceito técnico, segundo a previdência social, entre outros conceitos de diversos autores, porém eles possuem um mesmo fundamento, é uma ação não programada que pode causar desde um simples afastamento até o óbito do trabalhador. Os acidentes são causados pelos atos inseguros ou pelas condições inadequadas. Aqueles são as ações indevidas ou inadequadas cometidas pelos empregados, podendo gerar acidentes, enquanto as condições inadequadas são aqueles presentes no ambiente de trabalho que podem vir a causar um acidente, podendo estar ligada direta ou indiretamente ao trabalhador, ou seja, é uma situação em que o ambiente pode proporcionar riscos de acidentes do trabalho, ao meio ambiente e equipamentos durante o desenvolvimento das atividades. (DINIZ, 2005). De acordo com Vieira (2005), o conceito de acidente do trabalho pode ser abordado tanto na esfera legal como técnica: Na esfera legal, o acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, ou a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doenças, que cause a morte ou perda, ou redução permanente ou temporária da capacidade de trabalho. Integra o conceito de acidente o ato lesivo à saúde física e mental, o nexo causal entre este e o trabalho, além da redução da capacidade laborativa. A lesão é caracterizada pelo dano físico-anatômico, ou mesmo psíquica. A perturbação funcional implica dano fisiológico ou psíquico nem sempre aparente, relacionada com órgãos ou funções específicas. Já a doença se caracteriza pelo estado mórbido de perturbação da saúde física ou mental, com sintomas específicos em cada caso. Seus custos para a empresa são difíceis de ser calculado, já que não envolve somente variáveis externas, mas envolve também o 'medo' que o acidente causa nos demais trabalhadores, causando queda de produtividade, tempo perdido para treinamento de outro profissional exercer a atividade que estava sendo desempenhada, a volta do acidentado ao trabalho que na maioria das vezes retorna receoso, com diminuição da produtividade, entre outros fatores. Historicamente, as causas dos acidentes de trabalho têm sido entendidas como as circunstâncias ou os fatores que, se removidos a tempo, teriam evitado a ocorrência do infortúnio laboral. Por décadas, as causas acidentárias têm sido agrupadas em duas categorias básicas: Condições inseguras e atos inseguros. Certamente, tal agrupamento possui relevância para fins didáticos, posto que muito simplista e, portanto, insuficiente para a efetiva compreensão da problemática (RAGASSON 2002). Inúmeros são os casos de acidentes na construção civil, a maioria deles acontece em decorrência das situações de risco a que são colocados os trabalhadores. Dentre os fatores de risco a que estão expostos, como exposição a materiais e produtos que podem causar danos à saúde ou potencialmente levar a acidentes como: exposição a poeiras, solventes, tintas e colas, ruído e vibrações; riscos de acidentes por choque elétrico, contato com produtos químicos, queda de materiais e/ou pessoas, soterramento; risco de incêndio; esforços excessivos; posturas desfavoráveis; excesso de jornada, entre outros De acordo com Antônio Castro Diniz (2005), a prevenção dos acidentes deve ser realizada através de medidas gerais de comportamento, eliminação de condições inseguras e treinamento dos empregados, devendo o uso dos EPI's ser obrigatório, havendo fiscalização em todas as atividades, sendo os empregados treinados quanto ao seu uso correto. As tarefas devem ser previamente avaliadas, os riscos e os padrões de trabalho identificados e todos devem ser responsáveis pela segurança e prevenção dos acidentes. O uso dos Equipamentos de Proteção Individual encontra-se previsto nas Leis de Consolidação do Trabalho (CLT) e regulamentado pela Norma Regulamentadora (NR) 6 do Ministério do Trabalho e Emprego, sendo o mesmo, segundo a legislação vigente, obrigatório. A disposição destes equipamentos deve ser fornecida pelo empregador que também tem a obrigação de fiscalizar o uso por parte de seus empregados e de promover ações que conscientizem os seus trabalhadores da importância do uso dos EPI's quando estes se recusam a usar. As normas brasileiras de segurança na construção tratam de medidas preventivas para evitar ou reduzir os riscos de forma ampla. Para Saurinet al (1999) atualmente, a principal norma internacional que aborda a segurança sob um enfoque sistêmico é a norma OSHA 1800 I - Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. A Lei Federal nº 3214/78, com última alteração pela portaria nº 292 de 2011, define EPI como "(...) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho". Para Montenegro, Santana (2012) o trabalhador será mais receptível ao EPI quanto mais confortável e de seu agrado. Para isso, os equipamentos devem ser práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção, ser fortes e duradouros. Os equipamentos utilizados podem ser separados por partes do corpo, conforme norma regulamentadora 06 (NR 6) estabelece ficando a empresa responsável por fornecer aos trabalhadores, como medida complementar de segurança individual. Proteção para a cabeça são os capacetes de proteção tipo aba frontal, aba total ou aba frontal com viseira. Para a proteção dos olhos uso de óculos de segurança incolor ou tonalidade escura. Já a proteção auditiva requer o protetor auditivo tipo concha ou tipo inserção (plug). Na proteção respiratória temos o respirador purificador de ar descartável e com filtro. A proteção dos membros superiores é feita por luvas de proteção em raspa, vaqueta ou em borracha. Os membros inferiores são protegidos por calçados de proteção tipo botina de couro ou bota de borracha (cano longo). Para a proteção contra queda com diferença de nível há cinto de segurança tipo paraquedista, talabarte de segurança tipo regulável, tipo Y com absorvedor de energia e dispositivo trava quedas. As vestimentas de segurança são os blusões e calça em tecido impermeável (Equipamento de Proteção Individual, 2012). Devido a quantidade de equipamentos e os diferentes ambientes de uso, há uma necessidade grande de avaliação do EPI utilizado pelos trabalhadores, para que se possa protegê-lo sem perder na produtividade. O equipamento de proteção individual (EPI), um dos itens de segurança do trabalho, tem seu uso banalizado por falta de conhecimento das normas e legislações. Poucos percebem a complexidade que envolve a escolha e o uso correto do EPI, assim sendo, ocasionam problemas de aceitação por parte dos trabalhadores e gastos desnecessários às empresas. A qualidade e ergonomia desses equipamentos também são fundamentais para o bom desempenho das funções dos trabalhadores, além das instruções corretas de uso. Segundo Zocchio (1980), "Segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas aplicadas para prevenir acidentes nas atividades das empresas. Indispensável à consecução plena de qualquer trabalho, essas medidas têm por finalidade evitar a criação de condições inseguras e corrigi-las quando existentes nos locais ou meios de trabalho, bem como preparar as pessoas para a prática de prevenção de acidentes". Fica a cargo do empregador passar as instruções dos riscos e a necessidade de proteção, treinando seus empregados, conscientizando-os dos riscos existentes e disponibilizando EPI's para uso e cuidados na realização de suas atividades. Comprometendo-se com a sua saúde e segurança. Qualquer empresa deve investir em segurança, aumentando o grau de conscientização dos empregados. Fazer treinamento de segurança melhora o relacionamento entre eles. O fato de nunca ter acontecido acidente não significa que nunca vai acontecer. A conscientização e o treinamento em segurança do trabalho são fatores importantes na empresa, onde capacitam os empregados a desempenhar de suas funções no que diz respeito aos riscos inerentes a cada processo, além de destacar a importância de seguir os procedimentos de trabalho sem "queimar etapas" e sem se expor aos riscos. Os treinamentos são utilizados para padronizar procedimentos, corrigir desvios e, com isso, prevenir os acidentes de trabalho. Desenvolvimento da pesquisa Para elaboração deste trabalho foi feito uma pesquisa qualitativa, de abordagem indutiva, através da pesquisa por observação participante, paralelamente a pesquisa bibliográfica. "A observação apresenta como principal vantagem, em relação as demais técnicas de que os fatos são percebidos diretamente, sem qualquer intermediação." (GIL, 208, P.103) A pesquisa foi realizada no aeroporto de Vitoria da Conquista, na Avenida Paraná, bairro patagônia, coordenadas xxxx O novo aeroporto de Vitória da Conquista será construído a 22 quilômetros do atual, com investimentos iniciais de 60 milhões de reais e terá 45 metros de largura e 2.100 metros de extensão. O canteiro de obra foi instalado na área aeroportuária sendo base de apoio para gerenciar a implantação do novo aeroporto de Vitória da Conquista-Bahia, que será executada no prazo de 18 meses, e assim sendo, sua instalação deve compreende a colocação de abrigos provisórios de alvenaria. Estes abrigos compreendem os seguintes módulos: escritórios, almoxarifado, laboratórios, refeitório, vestiário, sanitários e demais módulos de apoio, bem como as instalações provisórias de água, energia elétrica e esgoto obedecerão às normas brasileiras. A instalação do canteiro foi realizada juntamente à execução de uma cerca de arame farpado que delimitou o terreno. Para busca de dados foram realizadas 08 visitas ao canteiro de obras, no período de janeiro a fevereiro de 2015, onde foram observados os sujeitos, neste caso os trabalhadores envolvidos diretamente com a obra, engenheiros e pessoal administrativo que trabalham nas instalações; o cenário, ou seja, o canteiro de obra, com olhar para as condições de trabalho, no que diz respeito à segurança dos trabalhadores e o comportamento social, o que realmente ocorre acerca do uso de equipamento e técnicas de segurança com vista aos motivos que levam os trabalhadores da construção civil a negligenciar o uso de equipamentos de proteção individual no contexto da obra durante a execução das atividade. Neste período, observou-se que são fornecidos pela empresa administradora equipamentos proteção individual, conforme determina a lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 que instituiu as Normas de Segurança no Trabalho, conforme figuras 1 e 2 abaixo: Figura 1 – Funcionários com EPI's em atividade Fonte: Arquivo pessoal "Equipamentos de proteção individual – EPI'S, conforme norma regulamentadora 06 (NR 6); (...) estabelece que a empresa fornecerá aos trabalhadores, como medida complementar de segurança individual." (BRASIL, 1977) Calçado fechado de couro resistente para proteção dos pés do trabalhador com solado antiderrapante; Botas impermeáveis somente para trabalhos de lançamentos de concreto ou em terrenos encharcados; luvas adequadas ao serviço a ser executado (raspa de couro para trabalhos grosseiros e de borracha para aplicação de massas); cinto de segurança do tipo paraquedista, para trabalhos em alturas superiores a 2m (dois metros ); protetor facial ou óculos de proteção e abafador de ruído para os trabalhos com serra circular; capacete de segurança nas seguintes cores: branco: administração e comando; verde: carpinteiros; vermelho: eletricistas e encanadores; amarelo: armadores; azul: servente; marrom: pedreiros; laranja: visitantes; óculos e protetores faciais com filtros de luz para os soldadores; óculos de segurança contra impactos, para trabalhos com esmeril e apicoamento de concreto; óculos de segurança contra poeiras e respingos, para serviços de lixamento de concreto, pinturas e outros; outros equipamentos de proteção individual adequados a riscos específicos, como exemplo: capas impermeáveis, para chuvas; luvas com enchimento de borracha especial, para vibrações de marteletes; perneira, mangote e avental de raspa, para trabalhos com solda. Figura 2 – Funcionários com EPI's em atividade Fonte: Arquivo pessoal Apesar disto, foi possível observar que alguns funcionários não utilizam os equipamentos de proteção individual, conforme figura 3. Inúmeros são os casos de acidentes na construção civil, a maioria deles acontece em decorrência das situações de risco a que são colocados os trabalhadores (COSTA, 2001). Figura 3 – Funcionários com EPI's em atividade Fonte: Arquivo pessoal "Equipamento de Proteção Coletiva, diz respeito ao coletivo, quando há risco de acidente ou doença relacionada ao trabalho, a empresa deve providenciar EPC, visando eliminar o risco no ambiente de trabalho." (BRASIL, 1977) Estes são os EPC's mínimos a serem utilizados durante a construção : plataformas de proteção; guarda-corpo; proteção de aberturas no piso; proteção de escavações; proteção de pontas de vergalhões; corda de segurança; tela de proteção; proteções de partes móveis de máquinas e equipamentos; proteções para terceiros (passeios e logradouros); proteção de entrada da obra; passarelas; rampas; escadas de mão; barreiras de proteção (ex: tapumes de proteção isolando toda a área da obra e evitando a entrada de outras pessoas e seus riscos. Quanto ao uso de equipamentos coletivos foi observado que a fornce todos os equipamentos necessários, no entanto não há instrução continuada sobre a importância deste. Um ambiente que propicie acidentes traz prejuízos para ambos os lados, tempo perdido pela vítima; diminuição da produtividade ao substituir-se o acidentado e ao incorporá-lo à atividade após um período de interrupções da produção; danos materiais; atrasos; investigações do acidente; e gastos judiciais para a empresa acarreta custos, atrasos e perdas para o trabalho além da perda financeira, pode levar a sequelas permanentes e dificuldades para retornar ao mercado de trabalho. Para evitar acidentes no trabalho, é necessário desenvolver ações em função dos riscos levantados durante o planejamento dando-se prioridade às condições de trabalho que por experiência de obras similares. Através disto é necessário implantar programas de segurança e saúde no trabalho que visam a antecipação, avaliação e o controle de acidentes de trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, além de ofertar treinamentos de seus operários e educação em saúde. considerações finais Este estudo buscou verificar as condições de trabalho no canteiro de obra da construção do novo aeroporto na cidade de Vitória da Conquista – Bahia. Já os objetivos específicos são: identificar quais são os principais motivos que levam os trabalhadores da construção civil a negligenciar o uso de equipamentos de proteção individual no contexto da obra durante a execução das atividades; os aspectos legais e custos, bem como analisar os equipamentos de segurança em relação ao trabalhador e as medidas de conscientização que podem ser adotadas para o melhor desempenho do equipamento e operário como um todo. Apesar de o setor esbarrar em características que podem dificultar a execução das normas, como rotatividade, baixo grau de instrução entre outros, a qualificação seria a melhor medida neste momento, uma vez que o setor para cada fase da obra exige um determinado conhecimento e atenção. O uso de equipamento também deve ser monitorado e orientado, uma vez que muitos trabalhadores em virtude da necessidade em conseguir a vaga ou galgar posição melhor omitem o despreparo em utilizar algum tipo de equipamento prejudicando a segurança. O relacionamento interpessoal do engenheiro civil com seus subordinados também é essencial, trabalhadores que sentem confiança em seu superior trabalham melhor e com mais atenção. referências