Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Sanidade

sanidade na caprinocultura

   EMBED


Share

Transcript

Sanidade Higienize as instalações A higiene é um conjunto de medidas visando preservar a saúde dos animais, sendo constituído de limpeza e desinfecção. A limpeza das instalações deverá ser realizada diariamente ou, pelo, menos a cada dois dias.A desinfecção deve ser feita a cada 30 dias no sistema intensivo, e a cada 60 dias no sistema semi-intensivo. - Faça a limpeza do curral de chão batido. - Limpe o curral usando rodo de madeira. - Varra o curral com vassoura. RETIRE AS FEZES DO CURRAL: -A retirada de fezes pode ser feita com carro de mão, balde ou outro recipiente disponível. - Coloque as fezes em esterqueira.Quando não houver esterqueira, as fezes devem depositadas em local cercado, para evitar contaminação dos animais.Faça a limpeza do piso ripado. - Raspe com espátula as fezes. - Limpe o piso ripado com vassoura. - As fezes acumuladas abaixo do piso ripado devem ser retiradas periodicamente e levadas paraa esterqueira ou para um local cercado. A DESINFECÇÃO DAS INSTALAÇÕES: A desinfecção consiste na aplicação de produtos químicos para diminuir as chances de ocorrência de doenças.Para desinfetar devem ser utilizados produtos à base de iodo, amônia quaternária, hipoclorito de sódio (água sanitária) ou cresol.   - Prepare a solução para desinfecção da instalação. a) Prepare solução de iodo - Coloque 20 litros de água em um balde. - Meça 200 ml de tintura de iodo a 10%. - Coloque 200 ml de tintura de iodo no balde. - Misture a solução utilizando um agitador de madeira. b) Prepare a solução de hipoclorito de sódio. - Coloque20 litros de água em um balde. - Meça 200 ml de hipoclorito de sódio a 10%. - Coloque 200 ml de hipoclorito de sódio no balde. - Misture a solução. c) Prepare a solução de cresol. - Coloque20 litros de água em um balde. - Meça 20 ml de creolina - Coloque 20 ml de creolina no balde - Misture a solução. d) Prepare solução de amônia quaternária A recomendação do fabricante deve ser seguida. DESINFETE AS INSTALAÇÕES PULVERIZANDO COM SOLUÇÃO: A desinfecção das instalações deve ser feita com uma das soluções citadas anteriormente. Precaução: Na pulverização da solução desinfetante o operador deve utilizar o equipamento de proteção individual (EPI) ou, pelo menos, luvas, botas e máscara para prevenir intoxicações. a) Reúna o material. Pulverizador costal, balde com a solução, máscara, luvas, botas, pano) b) Coloque a solução no pulverizador. Precaução: Quando, ao colocar a solução ocorrem respingos ou vazamentos na parte externa do pulverizador, deve-se enxugá-lo com um pano para evitar contato da solução com a pele do operador, previnindo-se intoxicações. c) Pulverize as paredes, as cercas e o piso das instalações. DESINFETE AS INSTALAÇÕES UTILIZANDO VASSOURA DE FOGO: A vassoura de fogo é um equipamento também conhecido com lança-chamas, que, ligado a um botijão de gás, funciona como um maçarico. A " vassoura " deve ser passada na instalação uma vez por semana no sistema intensivo, e a cada trinta dias no sistema semi-intensivo. Precaução: 1 - nos materiais combustíveis ( madeira, plástico, fios) o lança-chamas deve ser passado rapidamente para evitar queima. 2 - O registro do botijão dese ser fechado ao final de cada operação.     Fonte: SUDENE, SENAR   Sanidade Piolho (Pediculose) As criações de caprinos e ovinos que não possuem as condições higiênicas satisfatórias, geralmente apresentam-se infestadas por piolhos. Existem dois tipos de piolhos: mastigador (Malófago) e sugador (Anoplura). Os piolhos ocorrem durante todos os meses do ano, porém, com maior intensidade na época seca. A presença dos piolhos em um rebanho pode ser facilmente detectada pelo exame dos pêlos dos animais, preferencialmente, na linha dorso lombar e na garupa. No entanto, os piolhos podem se localizar em outras regiões do animal, causando coceira e irritação da pele, inquietação e emagrecimento, podendo levar os animais à morte. Os piolhos podem ser controlados mediante pulverização ou banho dos animais com produtos a base de piretróides (produtos de baixa toxicidade). Também pode ser utilizada uma calda a base de Melão-de-São-Caetano. Essa calda deve ser bem forte, podendo ser obtida a partir de um quilo de folhas verdes de Melão-de-São-Caetano para cada 10 litros de água. As folhas devem ser maceradas ou trituradas e misturadas à água. Após esse processo, a mistura deve ser filtrada (coada) com pano e utilizada para banhar os animais. Quando da aplicação de produto químico para controle dos piolhos, os seguintes cuidados devem ser tomados: Aplicar o produto de preferência pela manhã. Misturar o produto com água, de acordo com a recomendação do fabricante. Repetir o tratamento após dez dias. Para evitar a ocorrência de piolhos nos caprinos, devem ser realizadas inspeções periódicas do rebanho, para detectar a possível ocorrência do parasita. Além disso, deve-se evitar a entrada de animais com piolhos na propriedade.   Sanidade Urolitíase (Cálculos) Denomina-se urolitíase, o processo patológico desenvolvido através da formação de concreções ou cálculos do trato urinário. Etimologicamente, "Lithos" do grego quer dizer "pedra", por denominação popular "pedra na urina" (Alvarenga 1985). Os cálculos ou urólitos são de estrutura sólida e sua constituição básica é formada por minerais. Tem grande importância clínica nos caprinos quando se alojam principalmente nos ureteres, flexura sigmóide ou apêndice vermiforme, obstruindo a saída da urina, por isso denominada "Urolitíase Obstrutiva" (Silva 1997), com muita freqüência nesta espécie. Em princípio, a formação dos cálculos não constitui em si uma doença, ocorre em ambos os sexos, porém, apenas nos machos (devido à anatomia do sistema urinário: uretra longa, estreita e sinuosa) ocorre à obstrução, constituindo assim o problema. As maiores freqüências são em animais mantidos em confinamento, embora animais a pasto possam ser acometidos. Os fatores etiológicos envolvidos na formação dos cálculos são complexos e multifatoriais. São descritos fatores geográficos ambientais, sazonais associados ao confinamento, ao uso de dietas concentradas e desbalanceadas, a castração, a restrição e a qualidade da água, a deficiência de vitaminas A, a fatores hormonais e doenças infecciosas do aparelho urinário( Silva 1997;Alvarenga 1996:Unanian et al 1985 ). Fatores esses, que individuais ou combinando seus efeitos, principalmente quando em desequilíbrio, são responsáveis pelo aparecimento, desenvolvimento e recidiva do urólito. REVISÃO DE LITERATURA COMPOSIÇÃO QUÍMICA: Nos caprinos a composição da maioria dos cálculos estão constituídos por fosfato amoníaco magnesiano, fosfato de cálcio ou magnésio e oxalatos (Silva & Silva). MECANISMO ENVOLVIDO NA FORMAÇÃO: Animais a pasto também podem ser acometidos, quando consomem plantas com alto teor de oxalatos ou sílica (Blood & Radostits 1991). Em condições de pastagens secas, cálculos de sílica são comumente formados. Cálculos de calcita podem ser formados a parti de dieta rica em cálcio, como o trevo subterrâneo. Extremidades de beterraba pode formar cálculos de oxalados. (Fraser 1991) FORMAÇÃO A NÍVEL DE SUPLEMENTAÇÃO: Muito pouco se sabe das necessidades minerais dos caprinos a nível do nosso país, alem de não se conhecer a qualidade da água, do solo e das pastagens através de analises químicas. Uma relação cálcio e fósforo na dieta de dois para um e três para um, é considerada balanceada, porém o desbalanceamento entre esta relação é comum em animais confinados que recebem excesso de concentrado que também é rico em proteínas e outros elementos minerais (Ribero 1997). O desequilíbrio nutricional, na elaboração das reações, principalmente quanto aos teores de cálcio, fósforo e magnésio, são apontados como uma das principais causas de promoção de urólito. (Silva & Silva 1987) Rações peletizadas podem estar envolvidas com o estímulo a formação de calculo, devido a pouca salivação, aumentando a excreção de fósforo na urina (Silva 1997). No entanto, os que apresentaram estas incidências apresentavam desbalanceamento (Blood & Radotits). Os cálculos urinários mais freqüentes e mais importantes são formados pela sedimentação de fósforo na bexiga, sendo a hiperfostatúria um dos predisponentes, que é causada por dietas ricas em grãos e podre em fibras (Garcia et al 1996). EFEITO DO FATOR CASTRAÇÃO: Nos animais castrados jovens, há um agravamento da situação devido o pouco desenvolvimento dos processos uretrais que são influenciadas pela testosterona produzida nos testículos (Santa Rosa 1996). A maior susceptibilidade dos animais castrados jovens é evidente sendo que a influencia esta relacionada ao pequeno diâmetro uretral (Unainan et al 1985). EFEITO DO FATOR ÁGUA: A ingestão de água restrita ou perda desta pela respiração ou sudoração implica inicialmente no aumento da concentração urinária, precipitando cristais insolúveis ou supersaturando as substâncias nela contidas (Santa Rosa 1996). A ingestão de água alcalina esta envolvida com a doença, por influenciar em meio alcalina a estabilidade dos colóides urinários (Silva 1997). FATORES DA DEFICÊNCIA DA VITAMINA A: As hipovitaminoses A são colocadas como precursora da formação de cálculos, por facilitar a queratinização do epitélio do sistema urinário, descamando as células que vão servir de núcleo aos sais precipitados. Trabalhos citam a produção experimental de cálculos em herbívoros com avitaminose A (Alvarenga 1985). EFEITO DO FATOR HORMONAL: Hormônios do crescimento (Silva 1997) e hormônios sexuais masculinos (Santa Rosa 1997) são também apontados como fatores responsáveis pela formação de urólito, sendo os dois relacionados ao desenvolvimento do pênis, da uretra e do processo uretral (Santa Rosa 1996). DOENÇAS INFECCIOSAS: A ocorrência de processos inflamatórios das vias urinarias favorece o aparecimento de cálculos: 1-As medidas que alteram o PH da urina 2- Formando compostos salinos insolúveis 3- Produzindo colóides estranhos à urina (pus e sangue ) 4- Precipitando alguns sais através de bactérias, proporcionando o núcleo matriz para a gênese do calculo (Alvarenga 1985). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora o desequilíbrio cálcio e fósforo na ração com o aumento da concentração de fósforo seja considerada a causa mais freqüente dos cálculos em caprinos, mas não a única, pois este trabalho está demonstrando outras causas predisponentes que na rotina do trabalho de campo passa despercebida por alguns técnicos, dificultando a eliminação ou controle do problema. Determina as causas e a composição química dos cálculos é de extrema importância para investigar os fatores que levaram a formação dos mesmos. Apesar da urolitíase ser estudada no mundo inteiro, e há muitos anos, não se vê registros de avanços muito significativos, inclusive na definição de um controle mais efetivos com normas definidas, diminuindo assim a freqüência da doença que tantos prejuízos trazem a caprinocultura, principalmente a mantida em confinamento, com o registro de tantos óbitos de reprodutores de alta qualidade que sem duvida farão falta ao avanço genético de desenvolvimento dessa espécie. Fonte: Dr. Joselito Araújo Barbosa - Médico veterinário   Sanidade Pneumonia Geralmente secundária, pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, vermes e corpos estranhos; provoca febre, inapetência prostração, respiração difícil (membros anteriores abertos). A doença pode ser evitada se os animais forem mantidos em locais secos, sem correntes de ar, especialmente após a tosquia ou banhos terapêuticos.   Sanidade Manejo de ordenha: ponto importante para obtenção de leite de cabra de qualidade Manejo de ordenha: ponto importante para obtenção de leite de cabra de qualidadeA ordenha, principalmente para os animais destinados à exploração leiteira, é um processo de suma importância tanto do ponto de vista fisiológico quanto no que tange o aspecto econômico. Ao analisarmos o aspecto fisiológico, observamos que é através da extração do leite que se obtém uma melhor performance do aparelho mamário uma vez que, com a retirada do leite, as células secretoras estão aptas para iniciar novamente o processo de secreção e, desta forma, haverá uma manutenção da integridade celular, bem como uma secreção hormonal harmoniosa. Do ponto do vista econômico, a ordenha demanda aproximadamente 60-80% de mão-de-obra necessária nos serviços de estábulo, tornando-se, assim, indispensável à maximização de sua eficiência para obtenção de um rendimento adequado na exploração leiteira. Sendo assim, um correto manejo de ordenha torna-se indispensável a fim de prevenir ou controlar uma das principais doenças de rebanhos leiteiros caprinos, a mastite. Medidas básicas de higiene no momento da ordenha, como também uma seqüência de ações corretas com relação ao modo de ordenhar já seriam suficientes para que casos de mastite, tanto de ordem clínica como subclínica, fossem amenizados. Um protocolo também bastante utilizado e que pode auxiliar no controle da mastite é chamado linha ou seqüência de ordenha, no qual a ordenha inicia-se pelos animais de primeira lactação, depois, cabras adultas que não estão manifestando sinais de mastite, a seguir fêmeas que apresentaram mastite, mas já foram tratados e não apresentaram sintomas e finalmente, animais em tratamento, do caso menos grave para o mais grave, sendo desprezado o leite obtido desta última categoria animal . Estabelecida a linha de ordenha, faz-se necessário o uso de um conjunto de práticas, tais como: teste da caneca telada ou de fundo preto; limpeza correta dos tetos e se necessário o uso de água corrente de baixa pressão; solução desinfetante iodadas a 0,25 a 1% ou à base de Hipoclorito de sódio a 1 : 1000 para a pré e pós desinfecção dos tetos; a secagem dos tetos com toalhas de papel. O teste da caneca telada ou de fundo preto, é um teste onde os primeiros jatos de leite são colocados em uma caneca de fundo escuro e observados a presença de grumos ou pus que poderá ser um indicativo de mastite clínica, esse teste também tem importância, pois ao tocar nos tetos do animal, a pessoa estará ajudando a estimular a descida do leite. Outro aspecto importante é que ao retirar os primeiros jatos de leite, remove-se uma grande carga microbiana que encontra-se acumulada na ponta do teto. Uma outra prática é a limpeza correta dos tetos com água corrente de baixa pressão ou solução desinfetante iodada seguido da secagem dos tetos do animal com toalhas de papel, lembrando que o uso da água corrente só deve acontecer em caso de extrema necessidade como quando os animais chegam à sala de ordenha sujos de esterco ou barro. Concluído a parte de higienização do úbere do animal segue-se então para a etapa da colocação correta das teteiras, e quando faz-se o uso de ordenha mecânica devem ser colocadas no mínimo entre 30 segundos a 1 minuto após a retirada dos primeiros jatos para que o pico do hormônio ocitocina, um dos responsáveis pela liberação do leite, seja totalmente aproveitado. Outro ponto importante com relação ao manejo da teteiras é que estas devem ser colocadas permitindo-se a menor entrada de ar possível, o que pode ser obtido abrindo-se o registro de vácuo somente quando estiver com o conjunto de teteiras localizado embaixo das tetas do animal. No processo de ordenha manual inicia-se o trabalho logo após a higienização do úbere do animal. Logo que o fluxo de leite cesse, deve ser feita a retirada das teteiras, em caso de ordenha mecânica, seguindo da imersão dos tetos em solução desinfetante iodada a 0,25 a 1% ou à base de Hipoclorito de sódio a 1:1000. A prática de pós desinfecção dos tetos é válida tanto para ordenha manual como para mecânica pois é através desse procedimento que há um controle de novas infecções intramamárias, uma vez que a glicerina atua formando uma espécie de tampão do final do teto, barreira que impedirá a passagem dos microrganismos do meio ambiente para o interior dos tetos. A todos esses procedimentos podemos nominar de rotina de ordenha. A higiene pessoal do ordenhador também é de suma importância para a obtenção de leite de qualidade e para sanidade do úbere animal. É essencial que o ordenhador mantenha suas unhas e cabelos (protegidos por uma touca) limpos e cortados, barba feita, uniforme limpo e apropriado e que utilize-se de botas plásticas. O ambiente da ordenha deve ser o mais higiênico e tranqüilo possível, sendo lavado antes e após as ordenhas, não esquecendo que todos os utensílios como baldes, latões, mangueiras, copos coletores, peneiras, enfim todo material usado na ordenha deve ser devidamente lavado, diariamente, logo após cada ordenha com detergentes alcalino e água a 70ºC (para remoção principalmente das gorduras), detergente alcalino clorado e água 70ºC (para remoção de proteínas e minerais) seguidos do enxágüe ácido para neutralizar resíduos, prevenir depósitos e manchas e inibir o crescimento bacteriano através da redução do ph. Se todos os cuidados e práticas de higiene forem seguidos, o resultado final de todo esse processo será a obtenção de um alimento mais saudável vindo de animais sadios, visando prioritariamente a segurança alimentar.   Sanidade Diarréia dos cordeiros Causa por coliformes, produz debilidade, depressão, cólicas e fezes líquidas; a mortalidade é alta quando não é feito tratamento; profilaxia por meio de alimentação controlada, higiene, proteção dos filhotes e separação dos doentes.   Sanidade A Linfadenite Caseosa é uma tragédia A Linfadenite Caseosa pode ser uma doença devastadora para o produtor de caprinos ou ovinos. A doença determina a perda de grande valor da pele, devido à ferida cicatrizada, ou devido à perda de peso, ou mal desempenho geral, menor produção de lã, redução do leite, etc. Muita gente pensa que o "mal do caroço" só acontece em países ou regiões pobres, mas está enganada. Nos Estados Unidos, a Linfadenite Caseosa é considerada a terceira doença que mais condena carcaças de ovinos. A erradicação e o controle da doença é de suprema importância para o produtor. Enorme esforço deveria ser feito para erradicar a doença, ao invés de ficar apenas tratando dos indivíduos afetados. A LC é causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis que pode sobreviver por meses ou anos no ambiente. Existem duas formas de manifestação: 1) - linfonodos (caroços) debaixo da pele. Pode ser um ou vários abscessos, geralmente ao redor da cabeça, pescoço ou junção das pernas e no corpo. Eventualmente romperão e escoarão. 2) - forma visceral, envolvendo linfomas e órgãos internos, especialmente o rim e o fígado. Provoca debilidade crônica, mínimo ganho de peso, baixa produção de lã e queda drástica do leite. Embora ovinos e caprinos possam apresentar as duas formas, geralmente os caprinos apresentam apenas caroços superficiais, enquanto os ovinos apresentam a forma visceral. Os animais de menos de 6 meses são menos aptos a contrair a doença, talvez por terem estado ainda menos expostos ao mal. A doença deveria ser considerada como vitalícia e todos os animais deveriam ser tratados como tal, quer já estejam infectados ou não. As bactérias podem infectar os animais tanto pelo contato com material já doente ou por perfurações e raspaduras. Devido à grande facilidade de infecção, o produtor deveria estar sempre atento, tentando proteger seus animais saudáveis. A infecção acontece também pela ingestão de água e alimentos contaminados. Isolar os animais infectados é uma primeira medida de prevenção. Desinfetar, rigorosamente, qualquer área utilizada pelos animais infectados (cochos, etc.) e, principalmente, onde houve escorrimento do pus das feridas. Minimizar a aglomeração de animais, formando grupos de animais não-contaminados. Na hora de tosquiar, escolher primeiramente os mais jovens, deixando os mais idosos para o final. Vacinar todos os animais anualmente. Quando comprar qualquer animal, exigir que estejam vacinados ou que venham de rebanhos livres de Linfadenite. Controlar rigorosamente qualquer possibilidade de introdução de parasitas externos, utilizando apenas equipamento próprio da fazenda. No homem - Embora não exista nenhum caso de contaminação natural em seres humanos, acredita-se que seja possível. Já aconteceram casos em vários países, talvez devido à mão que esfolava carcaças e sofreu algum corte com a faca contaminada. Também já houve registros de pessoas contaminadas pelo leite cru infectado. Por causa disso, as partes infectadas do animal e, principalmente, o pus retirado das feridas jamais precisam ser tratadas com muito cuidado. Qualquer contato pode gerar infecção. Tratamento - Acompanha-se a evolução do "caroço" e, assim que for possível, deve-se fazer a drenagem. Depois, uma vigorosa lavagem e aplicação de uma solução de iodo a 10% no local. É importante queimar a secreção (pus ou todo o material do abscesso) e manter o animal isolado até o total fechamento da ferida, porque a secreção é a principal forma de transmissão da doença.   O prejuízo da CAE - 03/10/2009 Importante pesquisa avalia o impacto econômico do vírus da Artrite-Encefalite Caprina (CAE) para produtores rurais da região Nordeste. O trabalho pioneiro é da médica veterinária Roberta Lomonte Lemos de Brito, elaborado como dissertação do mestrado em Zootecnia, parceria da Embrapa Caprinos e Ovinos com a Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), ambas com sede em Sobral (CE), sob orientação dos médicos veterinários, Raymundo Rizaldo Pinheiro e Alice Andrioli, ambos doutores em Ciência Animal e pesquisadores da Embrapa. A pesquisa de Roberta foi desenvolvida entre agosto de 2007 e outubro de 2008, com cabras provenientes de cruza Anglo-Nubiana com Saanen, em campo experimental da Embrapa Caprinos e Ovinos. A observação constatou que o grupo infectado com o vírus da CAE produziu 26% menos leite, que os animais não infectados. A análise físico-química do leite demonstrou que o grupo infectado teve redução de 5% do nível de gordura do leite. Isto, segundo Roberta, se o produtor optasse pela comercialização do leite, levaria à redução de renda em função do menor volume de leite produzido e, caso escolhesse produzir derivados (queijos, iogurtes, doces), ele não teria muito êxito em agregar valor a esses produtos, devido à redução nos níveis de gordura no leite.       A dissertação também demonstrou que crias de cabras infectadas tiveram menor peso ao nascimento e, além disto, a taxa de 41,3% de infertilidade observada nesse grupo demonstra a influência do vírus CAE na reprodução, pois o manejo (em termos de alimentação, controle de parasitoses, entre outros aspectos) foi o mesmo dos animais sadios. De acordo com Rizaldo Pinheiro - pesquisador da Embrapa e professor da UVA – o trabalho fornece importantes informações aos produtores rurais do Nordeste brasileiro, por ser o primeiro de avaliação de impacto da CAE na produção que toma como referência animais e condições ambientais do semiárido.   A CAE (Artrite Encefalite Caprina)   A Artrite Encefalite Caprina é doença contagiosa, causada por vírus da família dos lentivírus, que pode causar sintomas como inflamações nas mamas, pneumonia, articulações e encefalite. Em nenhuma de suas formas é curável. O contágio acontece principalmente pela ingestão de colostro ou leite contaminados, ou contato prolongado entre animais via secreção. A falta de cuidados na ordenha mecânica também pode determinar o contágio, bem como o uso de seringas, agulhas e tatuadores contaminados. Segundo Rizaldo Pinheiro, a enfermidade já é considerada uma das prioridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para erradicação no país. O Ministério passará a exigir futuros exames para movimentação de animais, como exposições e vendas com dinheiro público. Normalmente, o que se recomenda é que se a prevalência do vírus for de 5 a 10%, os animais do grupo contaminado sejam abatidos. Acima deste percentual, recomenda-se o isolamento, para que haja manejo diferenciado entre os grupos de animais com e sem a doença, com o objetivo de evitar a contaminação do grupo sem a doença. O resultado final é um só: os animais com CAE devem ser substituídos por animais sadios. A Embrapa Caprinos e Ovinos implantou em 1994 um programa de controle da doença. Desde 2006, a unidade começou a produzir seu próprio kit de diagnóstico da CAE, utilizando a técnica de Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA). Além deste teste, atualmente o centro trabalha com outro que é o Western Blot, sendo este realizado de forma rotineira, fato este não observado em nenhuma outra instituição do país.   Urolitíase (Cálculos) Denomina-se urolitíase, o processo patológico desenvolvido através da formação de concreções ou cálculos do trato urinário. Etimologicamente, "Lithos" do grego quer dizer "pedra", por denominação popular "pedra na urina" (Alvarenga 1985). Os cálculos ou urólitos são de estrutura sólida e sua constituição básica é formada por minerais. Tem grande importância clínica nos caprinos quando se alojam principalmente nos ureteres, flexura sigmóide ou apêndice vermiforme, obstruindo a saída da urina, por isso denominada "Urolitíase Obstrutiva" (Silva 1997), com muita freqüência nesta espécie. Em princípio, a formação dos cálculos não constitui em si uma doença, ocorre em ambos os sexos, porém, apenas nos machos (devido à anatomia do sistema urinário: uretra longa, estreita e sinuosa) ocorre à obstrução, constituindo assim o problema. As maiores freqüências são em animais mantidos em confinamento, embora animais a pasto possam ser acometidos. Os fatores etiológicos envolvidos na formação dos cálculos são complexos e multifatoriais. São descritos fatores geográficos ambientais, sazonais associados ao confinamento, ao uso de dietas concentradas e desbalanceadas, a castração, a restrição e a qualidade da água, a deficiência de vitaminas A, a fatores hormonais e doenças infecciosas do aparelho urinário( Silva 1997;Alvarenga 1996:Unanian et al 1985 ). Fatores esses, que individuais ou combinando seus efeitos, principalmente quando em desequilíbrio, são responsáveis pelo aparecimento, desenvolvimento e recidiva do urólito. REVISÃO DE LITERATURA COMPOSIÇÃO QUÍMICA: Nos caprinos a composição da maioria dos cálculos estão constituídos por fosfato amoníaco magnesiano, fosfato de cálcio ou magnésio e oxalatos (Silva & Silva). MECANISMO ENVOLVIDO NA FORMAÇÃO: Animais a pasto também podem ser acometidos, quando consomem plantas com alto teor de oxalatos ou sílica (Blood & Radostits 1991). Em condições de pastagens secas, cálculos de sílica são comumente formados. Cálculos de calcita podem ser formados a parti de dieta rica em cálcio, como o trevo subterrâneo. Extremidades de beterraba pode formar cálculos de oxalados. (Fraser 1991) FORMAÇÃO A NÍVEL DE SUPLEMENTAÇÃO: Muito pouco se sabe das necessidades minerais dos caprinos a nível do nosso país, alem de não se conhecer a qualidade da água, do solo e das pastagens através de analises químicas. Uma relação cálcio e fósforo na dieta de dois para um e três para um, é considerada balanceada, porém o desbalanceamento entre esta relação é comum em animais confinados que recebem excesso de concentrado que também é rico em proteínas e outros elementos minerais (Ribero 1997). O desequilíbrio nutricional, na elaboração das reações, principalmente quanto aos teores de cálcio, fósforo e magnésio, são apontados como uma das principais causas de promoção de urólito. (Silva & Silva 1987) Rações peletizadas podem estar envolvidas com o estímulo a formação de calculo, devido a pouca salivação, aumentando a excreção de fósforo na urina (Silva 1997). No entanto, os que apresentaram estas incidências apresentavam desbalanceamento (Blood & Radotits). Os cálculos urinários mais freqüentes e mais importantes são formados pela sedimentação de fósforo na bexiga, sendo a hiperfostatúria um dos predisponentes, que é causada por dietas ricas em grãos e podre em fibras (Garcia et al 1996). EFEITO DO FATOR CASTRAÇÃO: Nos animais castrados jovens, há um agravamento da situação devido o pouco desenvolvimento dos processos uretrais que são influenciadas pela testosterona produzida nos testículos (Santa Rosa 1996). A maior susceptibilidade dos animais castrados jovens é evidente sendo que a influencia esta relacionada ao pequeno diâmetro uretral (Unainan et al 1985). EFEITO DO FATOR ÁGUA: A ingestão de água restrita ou perda desta pela respiração ou sudoração implica inicialmente no aumento da concentração urinária, precipitando cristais insolúveis ou supersaturando as substâncias nela contidas (Santa Rosa 1996). A ingestão de água alcalina esta envolvida com a doença, por influenciar em meio alcalina a estabilidade dos colóides urinários (Silva 1997). FATORES DA DEFICÊNCIA DA VITAMINA A: As hipovitaminoses A são colocadas como precursora da formação de cálculos, por facilitar a queratinização do epitélio do sistema urinário, descamando as células que vão servir de núcleo aos sais precipitados. Trabalhos citam a produção experimental de cálculos em herbívoros com avitaminose A (Alvarenga 1985). EFEITO DO FATOR HORMONAL: Hormônios do crescimento (Silva 1997) e hormônios sexuais masculinos (Santa Rosa 1997) são também apontados como fatores responsáveis pela formação de urólito, sendo os dois relacionados ao desenvolvimento do pênis, da uretra e do processo uretral (Santa Rosa 1996). DOENÇAS INFECCIOSAS: A ocorrência de processos inflamatórios das vias urinarias favorece o aparecimento de cálculos: 1-As medidas que alteram o PH da urina 2- Formando compostos salinos insolúveis 3- Produzindo colóides estranhos à urina (pus e sangue ) 4- Precipitando alguns sais através de bactérias, proporcionando o núcleo matriz para a gênese do calculo (Alvarenga 1985). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora o desequilíbrio cálcio e fósforo na ração com o aumento da concentração de fósforo seja considerada a causa mais freqüente dos cálculos em caprinos, mas não a única, pois este trabalho está demonstrando outras causas predisponentes que na rotina do trabalho de campo passa despercebida por alguns técnicos, dificultando a eliminação ou controle do problema. Determina as causas e a composição química dos cálculos é de extrema importância para investigar os fatores que levaram a formação dos mesmos. Apesar da urolitíase ser estudada no mundo inteiro, e há muitos anos, não se vê registros de avanços muito significativos, inclusive na definição de um controle mais efetivos com normas definidas, diminuindo assim a freqüência da doença que tantos prejuízos trazem a caprinocultura, principalmente a mantida em confinamento, com o registro de tantos óbitos de reprodutores de alta qualidade que sem duvida farão falta ao avanço genético de desenvolvimento dessa espécie. Fonte: Dr. Joselito Araújo Barbosa - Médico veterinário       Verminose A verminose é uma doença causada por helmintos ou vermes que vivem, principalmente, no abomaso (coalho) e intestinos dos animais, podendo atacar todo o rebanho. Quando acometidos pelos vermes, os caprinos se tornam fracos, magros, com pêlos arrepiados, apresentando diarréia, edema submandibular (papada) e anemia. A verminose é a doença que mais mata caprinos, sobretudo, os animais mais jovens. Os seus principais prejuízos são: Diminuição dos índices de parição. Diminuição do crescimento dos animais. Diminuição da produção de leite. Aumento do número de mortes no rebanho. Recomenda-se vermifugar periodicamente todos os caprinos da propriedade, a fim de evitar que animais não medicados venham a contaminar os pastos com os ovos dos vermes presentes nas suas fezes. Pesquisas realizadas sobre o controle da verminose no Estado do Piauí ressaltam a necessidade de se realizar cinco vermifugações por ano, sendo três no período seco e duas no período chuvoso. Na época seca há poucas condições de sobrevivência das larvas dos vermes nas pastagens. A vermifugação, nesse período, reduz a infecção no animal e evita que o mesmo fique com uma carga muito grande de vermes na época das chuvas. Verificar na embalagem do produto, a quantidade de dias que o produtor deve esperar para utilizar o leite e a carne dos animais vermifugados (carência), se o produto é indicado para o rebanho caprino e qual a quantidade que deve ser aplicada em cada animal. É importante observar, no momento da compra do vermífugo, a validade ao produto. A dose do vermífugo depende do peso de cada animal. Se o criador estimar o peso do animal de modo empírico (no olho), ele deve ter o cuidado de calcular a dose do produto para um peso superior ao estimado, já que uma dose abaixo das necessidades do animal, além de não controlar os vermes, causa também a resistência destes ao produto. Os produtos utilizados no controle da verminose dos caprinos são anti-helmínticos com vários princípios ativos (Tabela 17). Recomenda-se mudar o princípio ativo a cada ano, a fim de evitar que os vermes adquiram resistência. O criador poderá optar por produtos que apresentem preços menores ou por produtos que sejam encontrados mais facilmente nos locais de venda. Tabela 17. Principais anti-helmínticos utilizados no controle da verminose dos caprinos. A melhor maneira de aplicar vermífugos nos caprinos é por via oral, porque é mais prático e evita o uso de injeções, que podem ajudar a espalhar o "mal-do-caroço" ou outras doenças (Figura 19). Além disso, o vermífugo administrado por via injetável pode provocar intoxicação e matar o animal, se a dose aplicada for maior do que a recomendada. Figura 19. Forma de aplicação de vermífugo por via oral. No sistema modelo conduzido na comunidade Boi Manso, a implementação do programa de vermifugação estratégica, com vermifugações nos meses de janeiro, abril, junho, agosto e outubro resultou em redução significativa da carga parasitária nos caprinos, estimada pelo número de ovos por grama de fezes (OPG), obtido antes e após o início das vermifugações (Figura 20). Figura 20. Representação do ciclo de vida dos principais vermes dos caprinos. Dentre as medidas que auxiliam no controle da verminose, destacou-se: Limpeza das instalações diariamente (Figura 21) Desinfecção das instalações uma vez por mês, utilizando produtos como: formol comercial a 5%, cal virgem a 40%, Iodophor a 1% e hipoclorito de sódio a 2%. Remoção e manutenção das fezes acumuladas em locais distantes. Vermifugação do rebanho ao trocar de área. Rotação de pastagens. Controle da superlotação nas pastagens. Incorporação ao rebanho de animais adquiridos em outros locais, somente após a sua vermifugação. Figura 21. Higiene das instalações   Fonte: Embrapa       Boqueira (Ectima contagioso, dermatite pústula) É uma doença contagiosa causada por vírus, que ocorre com mais freqüência nos animais jovens podendo, entretanto, atingir também os adultos. Inicialmente, aparecem pequenos pontos avermelhados nos lábios. Posteriormente, há formação de pústulas que se rompem, secam e se transformam em crostas, semelhantes a verrugas. Além dos lábios, pode haver formação de pústulas na gengiva, narinas, úbere e em outras partes do corpo. Os lábios ficam engrossados, sensíveis e os cabritos têm dificuldade de se alimentar, vindo a emagrecer rapidamente. Para evitar que os animais atingidos por essa doença venham a contaminar o rebanho, os seguintes cuidados devem ser tomados: Isolamento dos animais doentes. Retirada das crostas com cuidado. Uso de glicerina iodada: Iodo a 10% - 1 parte Glicerina - 1 parte Uso de pomadas cicatrizantes.   Fonte: Dept. Téc. Nogueira Filho       Bicheiras ou miíases As miíases ou bicheiras são causadas por larvas de moscas conhecidas como varejeiras. As bicheiras podem causar problemas sérios, como a destruição do úbere e dos testículos, além de causar otites e outras complicações, desvalorizando a pele do animal. A mais importante causadora de miíases é a mosca Cochliomyia hominivorax, de coloração verde-metálica (mosca varejeira). Os animais com bicheiras ficam sem apetite, inquietos e magros. Se não forem tratados podem morrer. As bicheiras devem ser tratadas com substância larvicida, limpeza da ferida, retirada das larvas e aplicação de repelentes e cicatrizantes no local afetado, diariamente, até a cicatrização. Entretanto, estas podem também ser evitadas pelo tratamento do umbigo dos animais recém-nascidos com tintura de iodo a 10% e mediante o controle das moscas, através da limpeza nas instalações. Devem-se tratar todas as feridas que forem vistas nos animais, principalmente na época chuvosa. Fonte: Dept. Téc. Nogueira Filho       Sarna (psoríase) A sarna é uma parasitose causada por ácaros, que são parasitas muito pequenos, medindo menos de 1 mm. Causada principalmente por ácaros do gênero Psoroptes equi v. ovis, forma lesões externas, formando placas e crostas, com prurido e queda da lã com menos freqüência, pode ser causada pelo Chortoptes bovis. Os caprinos, geralmente, são acometidos pela sarna auricular, conhecida como caspa do ouvido, e sarna demodécica, conhecida como bexiga, que danifica o couro do animal. a) Caspa do ouvido Realizar a limpeza do ouvido, retirando as crostas com algodão embebido em uma solução de iodo a 10%. Usar sarnicida no local. Usar repelentes para evitar bicheiras. b) Bexiga Não comprar animais com bexiga. Controlar a superlotação nos apriscos. Tratar os animais doentes com ivermectin, aplicado por via subcutânea, a uma dose de 0,2 mg por quilograma de peso vivo, em uma única dose. Os animais doentes devem ser separados e tratados com sarnicida de uso tópico ou geral. Aqueles animais que, porventura, não melhorarem com a aplicação do remédio devem ser descartados do rebanho.   Fonte: Dept. Téc. Nogueira Filho