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Trabalho de RFID

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1 Identificação por Radio Frequência (RFID – Radio Frequency Identification) Arthur Oliveria Quintão Torres Daniel Tartaglia de Souza Departamento de Engenharia Elétrica Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte, Minas Gerai Departamento de Engenharia Elétrica Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte, Minas Gerais Marcos Paulo Brito Gomes Matheus de Figueiredo Caldeira Departamento de Engenharia Elétrica Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte, Minas Gerais Departamento de Engenharia Elétrica Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte, Minas Gerais Resumo— Este artigo se trata da explicação do que é e como funciona uma Identificação por Radiofrequência, um método de identificação automática através de sinais de rádio, que recupera e armazena dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID. Também integra-se a este artigo a origem da tecnologia e suas diversas aplicações. Palavras-chave— RFID, Identificação por Radio Frequência, aplicações RFID, RF tag, frequências RFID. I. INTRODUÇÃO A tecnologia de Identificação por radiofrequência ou RFID (do inglês "Radio-Frequency IDentification") surgiu há algum tempo e não foi amplamente utilizada por conta de falta de padronização e custos elevados. Porém, com recentes tecnologias houve uma queda dos custos e padrões estão até hoje sendo desenvolvidos. Hoje o RFID é usado principalmente como um meio de inúmeras tarefas, incluindo a gestão de cadeias de abastecimento pecuária, monitoramentos, prevenção da falsificação, controle de acessos, e auxilio em check-outs automatizados. Uma etiqueta ou tag RFID é um transponder, pequeno objeto que pode ser colocado em equipamentos, pessoas, animais, dentre outros. Envolvidos por um encapsulamento protetor, as tags geralmente contém chips de silício que controlam a comunicação com o leitor e antenas que recebem e transmitem o sinal das ondas para o leitor. As etiquetas passivas são aquelas que respondem ao sinal enviado pela base transmissora, mas existem ainda as etiquetas semipassivas e as ativas, dotadas de bateria, que lhes permite enviar o próprio sinal. São bem mais caras que do que as etiquetas passivas. Fig. 1: Exemplos de etiquetas Tag RFID II. BREVE HISTÓRIA DO RFID O início da tecnologia de RFID tem suas raízes nos sistemas de radares utilizados na Segunda Guerra Mundial. Os alemães, japoneses, americanos e ingleses utilizavam radares – que foram descobertos em 1937 por Sir Robert Alexander Watson-Watt, um físico escocês – para avisá-los com antecedência de aviões enquanto eles ainda estavam bem distantes. O problema era identificar dentre esses aviões qual era inimigo e qual era aliado. Os alemães então descobriram que se os seus pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta ao radar. Esse método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar que se tratava de aviões alemães (esse foi, essencialmente, considerado o primeiro sistema passivo de RFID). Sob o comando de Watson-Watt, que liderou um projeto secreto, os ingleses desenvolveram o primeiro identificador ativo de aliado ou inimigo (IFF – Identify Friend or Foe). Foi colocado um transmissor em cada avião britânico. Quando esses transmissores recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal de resposta, que poderia identificar o aeroplano como Friendly (amigo). Os RFID funcionam no mesmo princípio básico. Um sinal é enviado a um transponder, o qual é ativado e reflete de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistemas ativos). Avanços na área de radares e de comunicação RF (Radio Frequency) continuaram através das décadas de 50 e 60 até os dias Atuais. 2 III.1 - Antena As antenas são fabricadas em diversos formatos e tamanhos com configurações e características distintas, cada uma para um tipo de aplicação. Existem soluções onde a antena, o transceiver e o decodificador estão no mesmo invólucro, recebendo o nome de "leitor". A comunicação entre os tags e o transceptor é feita por uma comunicação sem fio. A antena emite um sinal para ativar o tag e lê ou escreve um dado nele. Apesar de o termo antena ser utilizado genericamente, seria mais correto utilizar a expressão sistema de propagação, pois os sistemas RFID utilizam dois métodos de acoplamento: proximidade eletromagnética ou indutiva e propagação por ondas eletromagnéticas. III.1.1 - Método 1 – Acoplamento indutivo As figuras 4 e 5, a seguir, exemplifica o tipo de acoplamento indutivo de um tag e uma “antena” de um sistema RFID passivo. O princípio é similar ao de um transformador, onde a “antena” transfere energia e os dados são trocados pelos dois elementos. Fig. 2: Histórico do RFID III. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E COMPONENTES Os sistemas RFID consistem basicamente de três componentes: Antena, Transceptor (com decodificador) e Transponder (normalmente chamado de Tag ou RF Tag), composto pela antena e pelo microchip. O transceptor funciona transmitindo uma onda de frequência de rádio através de uma antena para o tag. Desta forma, o tag responde ao leitor também por radiofrequência, enviando todas as informações do produto contido na etiqueta. O leitor envia, em tempo real, essas informações recebidas para o sistema computacional que tem instalado um software específico (Middleware) para reconhecer e identificar essas informações, obtendo assim, o privilégio de conseguir fazer o gerenciamento necessário para o bom funcionamento deste sistema completo. Fig. 4: Princípio de acoplamento do sistema indutivo Fig. 5: Princípio básico de um sistema RFID passivo. III.1.2 - Método 2 – Propagação de ondas eletromagnéticas (Acoplamento backscatter) Fig. 3: Diagrama geral de um sistema de identificação por Rádio Frequência Pela tecnologia de radares nós sabemos que as ondas eletromagnéticas são refletidas por objetos com dimensões superiores à metade do seu comprimento de onda. A eficiência com que um objeto reflete ondas eletromagnéticas é descrita pela sua seção transversal de reflexão. 3 Quando o Tag passa pela área de cobertura da antena, o campo magnético é detectado pelo leitor. O leitor então decodifica os dados que estão codificados no Tag, passando-os para um computador realizar o processamento. Este tipo de configuração é utilizado, por exemplo, em aplicações portáteis. III.4 – Transponder Fig. 6: Princípio de funcionamento do acoplamento Backscatter A energia P1 é emitida pela antena do leitor, mas somente uma pequena parte desta energia alcança a antena do transponder . A energia P1' (P1'< P1) é fornecida às conexões da antena como a tensão e após a retificação feita pelos diodos D1 e D2, esta pode ser usada como voltagem inicial tanto para a desativação como para a ativação do modo econômico de energia. Os diodos usados são os diodos de barreira fraca de Schottky, que têm uma tensão particularmente baixa no ponto inicial. A tensão obtida pode também ser suficiente para servir como uma fonte de alimentação para distâncias curtas. Uma parte da energia entrante P1 ' é refletida pela antena e retornada como o sinal P2. As características da reflexão da antena podem ser influenciadas alterando a carga conectada à antena. A fim transmitir dados do transponder ao leitor, um resistor RL é ligado conectado em paralelo com a antena, trabalhando de modo alternado em sincronia com a transmissão dos dados. A amplitude de P2 refletida do transponder pode assim ser modulada. O sinal P2 refletido pelo transponder é irradiado no espaço livre. Uma parte pequena deste é captado pela antena do leitor. O sinal refletido viaja através da conexão da antena do leitor no sentido contrário, e pode ser desacoplado usando um acoplador direcional para depois ser transferido ao receptor de um leitor. Em média, o sinal do transmissor é aproximadamente dez vezes mais forte do que o recebido de um transponder passivo. III.2 – Leitor O leitor, através do transceiver, emite freqüências de rádio que são dispersas em diversos sentidos no espaço desde alguns centímetros até alguns metros, dependendo da potência de saída e da freqüência de rádio utilizada. III.3 – Transceptor Não difere muito de um leitor de código de barras em termos de função e de conexão ao restante do sistema. Entretanto, o leitor opera pela emissão de um campo eletromagnético (radiofreqüência), que é a fonte que alimenta o Transponder, que por sua vez, responde ao leitor com o conteúdo de sua memória. Ao contrário de um leitor laser, por exemplo, para código de barras, o leitor não precisa de campo visual para realizar a leitura do Tag, podendo ler através de diversos materiais como plásticos, madeira, vidro, papel, cimento, etc. Os Transponders (ou RF Tag) estão disponíveis em diversos formatos (pastilhas, argolas, cartões, etc), tamanhos e materiais utilizados para o seu encapsula mento que podem ser o plástico, vidro, epóxi, etc. O tipo de Tag também é definido conforme a aplicação, ambiente de uso e desempenho. Existem duas categorias de RF Tag: Ativos e Passivos. Os RF Tag ativos são alimentados por uma bateria interna e tipicamente permitem processos de escrita e leitura. Já os RF Tag passivos operam sem bateria, sendo que sua alimentação é fornecida pelo próprio leitor através das ondas eletromagnéticas. O custo dos RF Tag ativos são maiores que o RF Tag passivos, além de possuírem uma vida útil limitada de no máximo 10 anos (os passivos têm, teoricamente, uma vida útil ilimitada). Os Tags passivos geralmente são do tipo só leitura (read-only), usados para curtas distâncias. Fig. 7: RF tag ativo e RF tag passivo, respectivamente III.5 - Middleware Esse software tem a função de gerenciar os dados capturados pelas leitoras e também tem a função de integrar o sistema que envolve a tecnologia RFI com sistemas externos como, por exemplo, um ERP, ou seja, o middleware faz a integração entre diversas leitoras e sistemas existentes. Em suma, o middleware obtém os dados obtidos pela leitora e altera estes dados para que sejam lidos por um outro sistema qualquer, que necessitam dos dados contidos na etiqueta. Assim, middleware é um software que integra o fluxo de dados entre as etiquetas e o sistema que solicita as informações desta etiqueta. IV. INTERVALO DE FREQUÊNCIAS APLICÁVEIS Na implementação de um sistema de identificação por radiofrequência, é necessário considerar os espectros de frequência dos outros sistemas de rádio, pois estes restringem de forma significativa na operação dos sistemas de RFID. Por esta razão, utilizam-se, em geral, frequências que foram reservadas especificamente para aplicações industriais, 4 científicas ou médicas. Tais frequências são conhecidas como faixa de frequência ISM (IndustrialScientificMedical) que também são utilizadas para aplicações em RFID. Fig. 8: Faixas de frequências RFID A faixa de frequência abaixo de 135 kHz não é muito utilizada por serviços de radiofrequência porque não foi reservada como faixa de frequência ISM. Além disso, as condições de propagação nessa faixa de frequência permitem que as ondas de rádio alcancem grandes áreas, com raio em torno de 1.000 km, a um custo relativamente baixo. Tais ondas são conhecidas como Long Waves. A fim de impedir interferências entre os sistemas de radiofrequência, a Europa definiu uma faixa de frequência destinada a aplicações de RFID entre 70 kHz e 119 kHz. é usada principalmente por dispositivos militares e marítmos. A faixa de frequência entre 6,765 MHz e 6,795 MHz está dentro do espectro das ondas curtas cuja distância de propagação é de alguns quilômetros (em torno de 100 km) durante o dia, e durante a noite, é possível a propagação transcontinental. A faixa de frequência destinada às ondas curtas é utilizada por uma grande quantidade de serviços de rádio. Há pretensões da criação de uma faixa para ISM. A faixa entre 13,553 MHz e 13,567 MHz está posicionada no meio da faixa de ondas curtas, que variam de 3 MHz a 30 MHz. As condições de propagação nesta faixa de frequência permitem conexões transcontinentais durante qualquer período do dia. Esta faixa também é utilizada por uma variedade de serviços de rádio e telecomunicações ponto a ponto (PTP ¬ Peer To Peer), além de outras aplicações ISM como, por exemplo, sistemas de controle remoto, modelos controlados por rádio e pagers de rádio e sistemas RFID indutivos. A faixa de frequência entre 26,565 MHz e 27,405 MHz é alocada para a Faixa do cidadão (CB Citizens´ Band) no continente Europeu, nos EUA, no Canadá e no Brasil onde é regulamentada pelo Decreto lei N° 47/2000. A faixa do cidadão é um serviço de radiocomunicação de uso privativo, destinado às comunicações multilaterais de caráter utilitário recreativo ou profissional de titulares de estações de radiocomunicações de pequena potência, que funcionem exclusivamente nessas frequências coletivas. Ao instalar sistemas de 27 MHz para aplicações industriais em RFID, deve-se observar todos os equipamentos de alta frequência que estiverem situados na vizinhança do sistema em questão, pois estes equipamentos podem interferir na operação dos sistemas RFID que operarem nesta mesma frequência. Ao planejar sistemas RFID de 27 MHz para hospitais (por exemplo, sistemas de controle de acesso), a consideração deve ser dada a todo o instrumento médico que estiver operando nesta faixa de frequência na vizinhança do dispositivo de leitura. A faixa entre entre 40,660 MHz e 40,700 MHz é situada na extremidade mais baixa faixa do VHF. A propagação das ondas é limitada à proximidade da superfície da terra (Ground Wave) e a atenuação devido aos edifícios e aos outros obstáculos é menos marcante. A faixa de VHF é ocupada por sistemas móveis de comunicação, transmissão de televisão, telemetria e controle de modelo rádio controlado. Nenhum sistema RFID opera nessa faixa de frequência, devido ao sinal, para este tipo de sistema, ser significativamente menor que para sistemas RFID operando em outras frequências. O comprimento de onda de 7,5 m nessa faixa é inadequado para a construção de tags pequenos e baratos, sendo preferível usar outras frequências que permitem um alcance melhor a um custo mais baixo. Porém há uma faixa ISM nela. A faixa de frequência entre 430,000 MHz e 440,000 MHz está mundialmente destinada para serviços de radioamadores na transmissão de voz e dados através de estações de rádio terrestres ou satélites. A propagação das ondas eletromagnéticas na faixa de UHF sofre atenuação e reflexão devido à presença de obstáculos. Dependendo do método e da potência de transmissão, os sistemas utilizados por rádioamadores conseguem alcançar distâncias entre 30 e 300 quilômetros, sendo que as conexões mundiais podem ser feitas através do uso de satélites. A faixa de frequência ISM (433,05 434,790 MHz) está localizada no meio da faixa destinada aos rádioamadores. Tal faixa é ocupada por várias aplicações ISM, as quais compreendem os sistemas RFID por espalhamento (backscatter), os transmissores de telemetria (para aplicações domésticas, por exemplo, termômetros externos, sensores sem fio etc.), telefones sem fio, walkietalkies, comunicadores de bebês, alarmes para veículos e muitas outras aplicações. A interferência mútua entre as várias aplicações de ISM é comum nesta faixa de frequência. A Frequência 869.0 MHz é usada nos SRDs (Short Range Devices), dispositivos de curto alcance, como portões automáticos e modelos rádio controláveis. A faixa de frequencia 915.0 MHz pode ser usada em sistemas RFID (backscatter) fora da Europa. Na faixa de microondas(2,400 GHz e 2,4835 GHz), que é utilizada por serviços de transmissões em telecomunicações e radiodifusão (Continente Europeu), ocorrem interferências e sobreposições devido a reflexões em obstáculos. A onda eletromagnética é fortemente atenuada quando penetra em 5 paredes e outros obstáculos. Além dos sistemas RFID por espalhamento (backscatter), nesta faixa de frequência tem-se, ainda, algumas aplicações típicas de ISM como transmissores para telemetria e redes sem fio para computadores (wireless network). De modo semelhante à faixa de 2,400¬2,4835 GHz, as aplicações típicas das faixas 5,725 GHz e 5,875 GHz são os sensores de movimento, que podem ser usados para detectar presença e efetuar a abertura de portas (nas lojas de departamento), torneiras ou ventiladores sem contato, usado em alguns banheiros, além de outras aplicações para sistemas RFID. Pode ser usada por sistemas de RFID, porém não existe nenhum. Frequência usada para, entre outras coisas, recursos via satélite ou sistemas de rádio direcionais para transmissão de dados. Fig. 9: Frequências de RFID adotadas mundialmente (No Brasil segundo as regulamentações da ANATEL o RFID UHF trabalha no espectro de 902 ~ 907.5 MHz e de 915 ~ 928 MHz) V. APLICAÇÕES E TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA A tecnologia RFID está presente na mais diversas aplicações, tais como: V.1 - Controle de acesso em empresas As tags ou etiquetas de RFID possibilitam a identificação de um cartão, assim, cada funcionário de uma empresa poderá ter uma tag de identificação, que o habilita entrar. Soma-se a isto a possibilidade de controle de pessoas adequadas para entrar em áreas de risco, ou de acesso restrito. De tal maneira que o módulo receptor do RFID estará acoplado à uma interface de potência responsável por comandar uma porta que somente será destravada para as tags previamente cadastradas. Fig. 10: Modulo RFID, cartão com Tag, Arduino (microprocessador), relé (interface de potência e acionamento) V.2 – Transponders na Aviação O transponder (abreviação de Transmitter-responder) é um dispositivo de comunicação eletrônico complementar de automação e cujo objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente ou transmitir de uma fonte uma mensagem pré-determinada em resposta à outra pré-definida “de outra fonte”. O transponder é um transmissor de rádio na cabine do piloto, que se comunica através de um radar de solo com o controle de tráfego aéreo. Recebe o transponder um sinal de radar, que envia os dados, que contêm, entre outras coisas, a identificação da aeronave, a sua velocidade, a altitude e posição. Se o transponder estiver desligado, o equipamento irá desaparecer do radar secundário, permanecendo visível no radar primário. Instalados em aeronaves, esses dispositivos respondem a sinais interrogadores emitidos pelo transmissor do radar secundário, enviando em resposta sinais que podem conter informações codificadas, como por exemplo identificação e altitude da aeronave; são essenciais para o controle efetivo do tráfego aéreo, além de possibilitar a distinção de uma aeronave inimiga de uma aliada em seu emprego militar. A utilização deste tipo de dispositivo contorna algumas limitações de radares convencionais como baixa refletividade e falta de posicionamento vertical. Nos anos 90 surgiram transponders capazes de codificar informações de forma digital (Mode S), possibilitando assim a troca de informações de posição e movimento diretamente entre aeronaves. Tais modelos são parte fundamental dos sofisticados sistemas de anticolisão ou TCAS, que desde os anos 90 passaram a ser obrigatórios nas aeronaves de transporte aéreo comercial, jatos e aeronaves com mais de 5700Kg ou 19 assentos. 6 Fig. 11: Funcionamento do transponder aéreo V.3 – Sistemas automáticos de pedágio em Estradas Os sistemas de pedágios convencionais causam certo atraso no transporte de mercadorias, pois gasta-se tempo para identificação do caminhão e da carga de transporte. Um sistema automatizado poderia ser estabelecido para solucionar este problema, com aplicação do RFID, se a empresa que efetua translado em determinada rodovia com tarifação for cadastrada no sistema de cobrança de impostos. Desta maneira o tag que de alguma maneira estiver acoplada aos produtos ou principalmente ao caminhão de transporte fara a identificação da mercadoria, veículo de transporte e empresa, cobrando o imposto de maneira pré-estabelecida. Para esta aplicação é necessário além da tecnologia RFID uma sistema integrado entre empresa, sistema de tarifação e sistema bancário Fig. 13: Transmissor de varredura e Funcionamento V.5 – Documentos de identificação de pessoas O RG dos cidadãos venezuelanos já possui chip RFID que permite identificá-los a distância. É um sistema, desenhado e operado por Cuba, que já tem sob seu controle o sistema de emissão de cédulas de identidade e passaportes, assim como toda informação privada e sensível de todos os venezuelanos, incluindo as propriedades que possuem, quanto ganham, onde vivem e, talvez mais importante, se apoiam ou se apõem à revolução socialista de Chávez. Esta é portanto uma aplicação de tecnologia para favorecer interesses polóticos V.4 – Etiquetas de vigilância eletrônica Desde as décadas de 50 e 60, cientistas e acadêmicos dos Estados Unidos, Europa e Japão realizaram pesquisas e apresentaram estudos explicando como a energia RF poderia ser utilizada para identificar objetos remotamente. Companhias começaram a comercializar sistemas antifurto que utilizavam ondas de rádio para determinar se um item havia sido roubado ou pago normalmente. Era o advento das etiquetas RFID denominadas de "etiquetas de vigilância eletrônica" as quais ainda são utilizadas até hoje. Cada etiqueta utiliza um bit. Se a pessoa paga pela mercadoria, o bit é posto em 0. E os sensores não dispararam o alarme. Caso o contrário, o bit continua em 1, e caso a mercadoria saia através dos sensores, um alarme será disparado. Fig. 12: Etiqueta de RFID que podem ser presas a mercadorias como roupas Fig. 14: RFID em RG Venezuelano V.6 – Eventos A tecnologia RFID tem sido bastante utilizada em pulseiras de identificação para controle de entrada em eventos. Ao invés de receberem um ingresso ou uma credencial, os participante do evento recebem uma pulseira que possui um chip e uma pequena antena. Esses instrumentos permitem sua comunicação com o leitor a centímetros de distância, identificando o usuário de forma prática e rápida, evitando filas em catracas. O uso da pulseira RFID garante a segurança do evento, uma vez que a identificação da pessoa é precisa, 7 não havendo risco de erro - a pulseira elimina, assim, as chances de falsificação de ingressos. Por ficar preso ao corpo, o risco de perda é mínimo. Fig. 15: Pulseiras com RFID VI. CONCLUSÕES O campo de utilização do RFID é muito amplo, e permite usos em animais até em seguranças automatizadas. O custo desta tecnologia esta claramente abaixando nos dias de hoje, uma vez que ela esta cada vez mais presente no cotidiano, ganhando destaque, espaço e pesquisas. Por exemplo nas lojas de departamentos como as Lojas Americanas, onde os produtos são identificados com identificadores RFID para evitar furtos, ou em grandes festivais de música como, por exemplo, o Lollapalooza para identificação e até como forma de pagamento em cartôes de crédito/debito. Enfim, esta forte tecnologia e cada dia mais promissora já demonstra um avanço nas diversas áreas em que atua, sobretudo na logística, devido a grande busca por qualificações, diferenciais, etc. E ainda diminui o atraso de serviços feitos manualmente, que passam a ser instantâneos. V.7 – Uso em bibliotecas Em bibliotecas e centros de informação, a tecnologia RFID é utilizada para identificação do acervo, possibilitando leitura e rastreamento dos exemplares físicos das obras.Funciona fixando uma etiqueta de RFID (tag) plana (de 1 a 2 mm), adesiva, de dimensões reduzidas (50 x 50 mm em média), contendo no centro um microchip e ao redor deste uma antena metálica em espiral, que um conjunto com sensores especiais e dispositivos fixos (portais), de mesa ou portáteis (manuais) possibilitam a codificação e leitura dos dados dos livros na mesma, principalmente seu código identificador - antes registrado em códigos de barras. V.8 – Implante em pessoas Implantes de chips RFID usados em animais agora estão sendo usados em humanos também. Uma experiência feita com implantes de RFID foi conduzida pelo professor britânico de cibernética Kevin Warwick, que implantou um chip no seu braço em 1998. A empresa Applied Digital Solutions propôs seus chips "formato único para debaixo da pele" como uma solução para identificar fraude, segurança em acesso a determinados locais, computadores, banco de dados de medicamento, iniciativas antissequestro, entre outros. Combinado com sensores para monitorizar as funções do corpo, o dispositivo Digital Angel poderia monitorizar pacientes. O Baja Beach Club, uma casa noturna em Barcelona e em Roterdã usa chips implantados em alguns dos seus frequentadores para identificar os VIPs. Fig. 16: Chip RFID para implante em pessoas comparado a um grão de arroz REFERÊNCIAS M. Gonçalves Narciso, “Aplicação da Tecnologia de identificação por radiofrequencia (RFID) para Controle de Bens Patrimoniais pela Web”, In: GLOBAL SCIENCE AND TECHNOLOGY, Mar. 2008. v. 01, n. 07, p.50 - 59, 2001 [2] IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2015. [3] V. A. Martins, “RFID (Identificação por Radiofrequência)"; 2005. Disponível em: < http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrfid/pagina_2.asp >. Acesso em: 20 jun. 2015. [4] P. J. Guerra de Araújo, “Tecnologia de Identificação sem Contacto – RFID". Disponível em: < http://www.di.ubi.pt/~paraujo/Interesses/RFID.htm >. Acesso em: 19 jun. 2015. [5] 2° Congresso Brasileiro de RFID e Internet das Coisas. Disponível em:< http://www.congressorfid.com.br/rfid/>. Acesso em: 20 jun. 2015. [6] RFID. 2013. Duração: 11:21 . Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=vpFk9fY2zTA > . Acessado em: 20 Jun. 2015. [7] TRANSPONDER. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2015. [8] Amorim. A., "RG dos cidadãos venezuelanos possuem chip RFID que permite identificá-los a distância". Blog Revelação Final, Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2015. [9] J. M. Santos Pinheiro, "RFID - Identificação por Radiofreqüência"; 2004. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2015. [10] M. A. Bellaver, " RFID - Identificação por Rádio Freqüência"; 2013. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAXAsAE/rfid-identificacaopor-radio-frequencia >. Acesso em: 20 jun. 2015. [1] 8 Arthur Oliveria Quintão Torres nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 1993. Atualmente cursa graduação em Engenharia Elétrica, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG. Daniel Tartaglia de Souza nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 1991. Atualmente cursa graduação em Engenharia Elétrica, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG. Marcos Paulo Brito Gomes nasceu em Sabará, Brasil, em 1993. Atualmente cursa graduação em Engenharia Elétrica, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG. Matheus de Figueiredo Caldeira nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 1992. Atualmente cursa graduação em Engenharia Elétrica, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG.