Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Revestimento De Fachada

Apresentação sobre projeto, execução e patologias de revestimentos em fachadas.

   EMBED


Share

Transcript

COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL Técnicas Construtivas Projeto e execução do revestimento cerâmico em uma fachada Juazeiro 2010 Técnicas Construtivas 2010.2 1 COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL DOUGLAS EMANUEL NASCIMENTO DE OLIVEIRA FELIPE ALMEIDA SANTOS NOVAES JULLIANA MELO PINHEIRO DE ARAÚJO KAMILLA DE ARAÚJO SANTOS MAELSON DIAS DOS SANTOS JÚNIOR Projeto e execução do revestimento cerâmico em uma fachada Juazeiro 2010 Técnicas Construtivas 2010.2 2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Definição: Componente do edifício que deve ter propriedades específicas e cumprir funções contribuindo para o desempenho do edifício como um todo. 3 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Funções do revestimento cerâmico:  Proteger os elementos de vedação do edifício;  Auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções: isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança contra fogo, dentre outras;  Regularizar as superfícies dos elementos de vedação;  Proporcionar acabamento final aos revestimentos de pisos e paredes. 4 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Propriedades do revestimento cerâmico:  Aderência: Capacidade de permanecer aderido à base; 5 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Propriedades do revestimento cerâmico:  Resistência mecânica;  Capacidade de absorver deformações;  Isolamento Térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases , segurança contra o fogo;  Características superficiais e de permeabilidade compatíveis com as condições de uso;  Durabilidade e eficiência; 6 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Os revestimentos cerâmicos devem ser entendidos como um sistema composto por uma sucessão de camadas, formando um conjunto que deve apresentar um comportamento monolítico aderido ao substrato (emboço) e este à base (alvenaria ou concreto armado).  Este conjunto é composto por:  Camada de fixação: Argamassa colante;  Cerâmicas: Placas cerâmicas;  Juntas: Espaços deixados entre as placas cerâmicas, que são preenchidos pelo rejunte, no caso das juntas de assentamento, ou pelo selante, no caso das juntas de controle ou movimentação. 7 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Camada de fixação:  Tem como função manter as placas cerâmicas aderidas ao substrato. Geralmente são empregadas as argamassas colantes.  Argamassa colante: É uma argamassa industrializada, pré dosada, fornecida em pó, no estado seco. É atualmente o material mais utilizado no Brasil para este fim. 8 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Camada de fixação:  Características das argamassas colantes:  Tempos de vida, de abertura e de ajustabilidade compatíveis com as condições de trabalho;  Plasticidade e coesão tais que permitam o espalhamento e o ajuste das placas cerâmicas e evitem o escorregamento destas da posição correta;  Retenção de água compatível com o tipo de substrato e de placa cerâmica;  Espessura que permita uma adequada superfície de contato entre o substrato e as placas cerâmicas e que não introduza tensões nas interfaces de assentamento. 9 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Camada de fixação:  Segundo a NBR 14081, as argamassas colantes dividem-se em quatro tipos conforme a tabela 1. Argamassa Colante II III ≥20 ≥20 Propriedade Método de ensaio Unidade Tempo em aberto NBR 14083 min I ≥15 Resistência de aderência NBR 14084 a 28 dias - - - - - Cura Normal Cura Submersa em água Cura em estufa Deslizamento NBR 14085 Usos - Mpa Mpa Mpa mm - ≥0,5 ≥0,5 ≤0,5 Interno ≥0,5 ≥0,5 ≥0,5 ≤0,5 Externo ≥1,0 ≥1,0 ≥1,0 ≤0,5 Alta res. ≥1,0 ≥1,0 ≥1,0 ≤0,5 Especial IV ≥30 Tabela 1: Classificação das argamassas colantes (ABNT, 1998) 10 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Cerâmicas:  As placas cerâmicas são fabricadas a partir de argilominerais, vidrados, óxidos metálicos, dentre outros minerais, que, após misturados e moldados, são queimados em fornos sob altas temperaturas. 11 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Cerâmicas:  Classificação segundo o acabamento superficial:  Esmaltadas: Quando recebem uma camada superficial de material vítreo que, depois de queimado no forno, torna a superfície da placa vitrificada.  Não esmaltado: Quando a placa cerâmica é simplesmente queimada no forno, sem adição do esmalte. 12 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Cerâmicas:  Classificação segundo a textura:  Lisas;  Rugosas. 13 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Cerâmicas:  Uma das principais propriedades das placas cerâmicas é a resistência à abrasão ou resistência ao desgaste superficial. Classe (PEI) Resistência 1 Baixa 2 Média 3 Média Alta 4 Alta 5 Altíssima Tabela 2: Classe de resistência à abrasão superficial 14 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Juntas:  Por serem assentadas em placas, os revestimentos cerâmicos sempre apresentarão juntas entre os componentes. Porém, em face das condições de uso, do tipo de base e do tipo de placa cerâmicas, pode ser necessária a utilização de outros tipos de juntas, como as de trabalho ou de movimentação e as juntas estruturais, todas usadas para dissipação de tensões vindas das deformações da base e/ou do revestimento. 15 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Juntas:  Tipos de juntas:  Juntas entre componentes: Também conhecidas como rejuntes. 16 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Juntas:  Tipos de juntas:  Juntas entre componentes: • Visam reduzir o módulo de deformação do pano de revestimento e, desta forma, aumentar a capacidade deste em absorver deformações vindas das variações térmicas e higroscópicas e das deformações da base; • Absorvem as variações dimensionais entre as placas cerâmicas; • Permitem alinhamentos precisos das placas cerâmicas, que, por terem variações dimensionais, não podem ser assentadas “a seco” sem que percam os alinhamentos; • Permitem harmonização estética do conjunto. Técnicas Construtivas 2010.2 17 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Juntas:  Tipos de juntas:  Juntas de trabalho: Também conhecidas como juntas de movimentação, são executadas seccionando-se toda ou parte da espessura do substrato e preenchendo-se este espaço aberto com material selante. • Criam painéis de dimensões que permitam dissipar as tensões induzidas pelas deformações do próprio revestimento, somadas aquelas da própria base; • Funcionam como juntas de controle, ou seja, são colocadas em locais passíveis de aparecimento de fissuras e trincas, de modo que dissipam as tensões existentes. 18 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Juntas:  Tipos de juntas:  Juntas de trabalho: Também conhecidas como juntas de movimentação, são executadas seccionando-se toda ou parte da espessura do substrato e preenchendo-se este espaço aberto com material selante. 19 Técnicas Construtivas 2010.2 REVESTIMENTO CERÂMICO  Caracterização do revestimento cerâmico:  Juntas:  Tipos de juntas:  Juntas estruturais: Também conhecidas como juntas de dilatação. • Absorvem as tensões surgidas com a deformação de todo o edifício; • Caso exista em regiões que serão revestidas com placas cerâmicas, obrigatoriamente a junta do revestimento cerâmico deverá respeitar a posição e a abertura da junta estrutural e permitir uma deformação igual àquela prevista no projeto estrutural para deformação do edifício. 20 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Superfície de aplicação da argamassa colante:  A NBR 13755/1996, indica que para argamassa colante a superfície de aplicação deve estar: a) limpa, isenta de materiais estranhos, a exemplo de pó, óleos, tintas, etc., que possam impedir a boa aderência da argamassa colante;  b) sem trincas, não friável e, quando percutida, não deve apresentar som cavo, o qual indica haver problema de aderência à camada de regularização subjacente, ou desta ao chapisco, ou do chapisco à parede-suporte;  c) alinhada em todas as direções, de forma que tenha em toda a sua extensão um mesmo plano, já que a argamassa colante, em virtude de sua pequena espessura, não consegue corrigir grandes ondulações da base.  21 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Superfície de aplicação da argamassa colante:  As superfícies devem apresentar uma textura mediamente áspera;  A planicidade da superfície do substrato deve ter desvios máximos de 3mm, medidos com régua de 2m em todas as direções. Caso este limite seja ultrapassado, a superfície deve antes ser reparada com argamassa;  Cuidado! Em revestimentos externos a planicidade deve ser medida considerando o edifício como um todo e não apenas andar por andar, pois pequenos desvios no prumo podem causar problemas na modulação de fachadas adjacentes. 22 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Materiais Utilizados: 23 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Materiais Utilizados: 24 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  A estrutura é coberta primeiro por uma camada de chapisco para tornar a superfície homogênea. Na seqüência, é aplicada argamassa de emboço. Para evitar fissuras nas junções da alvenaria com estruturas de concreto, colocam-se telas de aço galvanizado, fibra de vidro ou similar. 25 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Após 72 horas de executado o chapisco, inicia-se o emboço. Para isso pode-se utilizar argamassa fabricada no próprio canteiro ou argamassa pré-fabricada específica para esse fim. 26 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Para revestimentos externos recomenda-se o prazo mínimo de 15 dias de cura para o emboço.  Misturar a argamassa colante em um recipiente limpo, observando a quantidade de água, que pode variar de acordo com as condições climáticas do local. Deixar a argamassa repousar durante cinco a dez minutos e voltar a mexer sem adicionar mais pó ou líquido. Durante o uso, mexer ocasionalmente para manter a mistura trabalhável. 27 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  A NBR 13755/1996 recomenda:  O emprego da argamassa deve ocorrer no máximo 2 h e 30 min após seu preparo, sendo vedada, neste período, a adição de água ou outros produtos;  A argamassa colante preparada deve ser protegida do sol, da chuva e do vento. 28 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Antes da aplicação, umedecer a parede e delimitar uma área de trabalho que permita o assentamento da cerâmica em poucos minutos. Aplicar a argamassa colante na parede, primeiro com o lado liso e depois com o lado denteado da desempenadeira, formando cordões. 29 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Posicionar a peça cerâmica e pressionar com a mão, batendo em seguida com martelo de borracha. Observar as juntas de assentamento e o posicionamento das eventuais juntas de dilatação do revestimento. Para controlar o distanciamento entre as peças, indica-se o uso de espaçadores. 30 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução do revestimento:  Limpar todas as juntas e a superfície das peças assentadas enquanto a argamassa ainda estiver fresca. Deve-se, então, retirar os espaçadores e fazer o rejuntamento, no máximo, 72 h após o término do assentamento. A retirada do excesso deve ser feita com uma esponja úmida. Para finalizar, passa-se um pano limpo e seco sobre a superfície. 31 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas entre componentes:   As Juntas entre componentes precisam ter:  Horizontalidade;  Verticalidade;  Uniformidade de espessura. Para garantir a uniformidade utiliza-se os espaçadores e para garantir a verticalidade e a horizontalidade utiliza-se linhas de referência. 32 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas entre componentes:  Recomendações:  Recomenda-se a execução do rejuntamento no máximo até 72 horas após o assentamento, contudo, devido a complexidade dos revestimentos de fachada (necessária mais uma subida no balancim), recomenda-se o rejuntamento depois que todas as fachadas estiverem prontas;  A argamassa de rejunte deve ser preparada conforme indicações do fabricante e deve ser aplicada com desempenadeira de borracha; 33 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas entre componentes:  Recomendações:  A NBR 13755/96 recomenda um espaço mínimo entre as juntas de assentamento de 5mm;  A NBR 13755/96 recomenda umedecer o espaçamento antes da aplicação do rejunte para garantir a hidratação deste;  A limpeza da área rejuntada deve ser feita entre 10 e 15 minutos. 34 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas de movimentação: 35 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas de movimentação: 36 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas de movimentação: 37 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas de movimentação: 38 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO  Execução de juntas de movimentação:  Recomendações:  Em fachadas esta etapa deve ser executada simultaneamente ao rejuntamento entre componentes, evitando assim mais um subida de balancim;  A NBR 13755/96 recomenda juntas horizontais espaçadas no máximo a cada 3m ou pé direito;  A NBR 13755/96 recomenda juntas verticais espaçadas no máximo a cada 6m;  A largura das juntas deve ser dimensionada em função das movimentações previstas e em função do selante. 39 Técnicas Construtivas 2010.2 EXECUÇÃO 40 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS Quando parte do edifício deixa de apresentar o desempenho previsto.  Origem: Fase de projeto:  Materiais incompatíveis com as condições de uso;  Desconsideração no projeto de interações do revestimento com partes do edifício.  Fase de execução:  Assentadores não dominam a técnica de execução;  Os responsáveis não controlam corretamente a produção.   Tipos Destacamentos;  Trincas, gretamento e fissuras;  Eflorescências;  Deteriorização das juntas.  41 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Destacamentos:  Perda de aderência das placas cerâmicas do substrato ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre placas cerâmicas e argamassa colante e/ou emboço.  Considerada a mais séria: acidentes envolvendo usuários e custos para o seu reparo.  Maior ocorrências nos primeiros e últimos andares: maior nível de tensão nesses locais.  Sinas: som oco → estufamento da camada → destacamento. 42 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Destacamentos: 43 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Destacamentos:  Causas  Instabilidade do suporte devido a acomodação do edifício;  Deformação lenta da estrutura de concreto armado;  Variações higrométricas e de temperatura;  Características pouco resilientes do rejuntes;  Ausência de detalhes construtivos  Uso de argamassa colante com tempo em aberto vencido;  Assentamento sobre superfície contaminada;  Negligência da mão-de-obra.  Prevenção: Evitar a execução em uma fase de construção em que o suporte esteja recém-executado (evitar retrações) 44 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Trincas, Gretamento e Fissuras:  Perda de integridade da superfície da placa cerâmica.  Trincas: Rupturas no corpo da placa cerâmica;  Gretamento: Série de aberturas inferiores a 1mm na superfície esmaltada da placa (teia de aranha);  Fissuras: Rompimentos nas placas com abertura inferiores a 1mm que não causam a ruptura total. 45 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Trincas, Gretamento e Fissuras: Trinca Gretamento Fissura 46 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Trincas, Gretamento e Fissuras:  Causas:  Dilatação e retração das placas cerâmicas (variação térmica e/ou de umidade), gerando um estado de tensão interno;  Deformação estrutural excessiva (deformações do edifício que criam tensões não absorvidas no total pela alvenaria);  Ausência de detalhes construtivos (como vergas, contravergas, pingadeiras, platibandas e juntas);  Retração da argamassa de fixação (uso de argamassa de fixação dosada em obra em vez da argamassa colante industrializada – superfícies convexas e tracionadas) 47 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Eflorescências: Surgimento na superfície do revestimento de depósitos cristalinos de cor esbranquiçada, comprometendo a aparência.  Causas:  Os sais solúveis (presentes nas placas, na alvenaria e nas argamassas) são transportados pela água (utilizada na construção ou infiltrada através dos poros dos componentes do revestimento, e ao entrar em contato com o ar se solidificam causando os depósitos. 48 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Eflorescências:  Precauções:  Redução do consumo de cimento Portland na argamassa de emboço, ou usar cimento com baixo teor de álcalis;  Utilizar placas de boa qualidade (queimadas em altas temperaturas – elimina sais solúveis e umidade residual);  Garantir o tempo necessário para a secagem de todas as camadas anteriores à execução do revestimento cerâmico.  Remoção com simples lavagem, e caso nescessáro, utilizar solução em baixa concentração de ácido muriático, enxaguando bastante após. 49 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Eflorescências: 50 Técnicas Construtivas 2010.2 PATOLOGIAS  Deterioração das juntas:  Sinais:   Perda da estanqueidade das juntas através de procedimentos de limpeza inadequados (uso de ácidos e bases concentrados, somados a ação atmosférica e/ou solicitações mecânicas estruturais); Envelhecimento do material    Juntas de movimentação: Materiais de origem orgânica que apresentam durabilidade variada (entre 5 a 20 anos), causada por microorganismos, devendo ser inspecionados e trocados. Juntas entre componentes: Materiais à base de cimento apresentam boa durabilidade se bem executado e só se deteriorizam na presença de agentes agressivos (chuva ácida ou aparecimento de fissuras), ou apresentam resinas (origem orgânica); Prevenção: Controle na execução, e boa escolha de materiais. Técnicas Construtivas 2010.2 51 PATOLOGIAS  Deterioração das juntas: 52 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Objetivos: Disponibiliza para a obra um conjunto de informações fundamentais para a execução e o controle do revestimento, que abrange tanto as especificações relativas aos produtos a serem utilizados como também aos detalhes construtivos do revestimento, além das diretrizes necessárias para a sua produção e controle. 53 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Considerações e análises: São consideradas e analisadas as possíveis interferências com os diversos subsistemas que fazem parte do edifício, tais como a estrutura, a alvenaria e os sistemas prediais. 54 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Vantagens:    Redução dos desperdícios, retrabalhos e falhas; Melhor qualidade final do revestimento; Evita a ocorrência de futuras patologias. 55 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Projeto Adequado:   Deve prever as diferentes juntas de assentamento e de movimentação;  Trazer as características dos materiais serem utilizados;  Levar em consideração o clima da região, intensidade pluviométrica, temperaturas máximas e mínimas diárias e possibilidade de ocorrência de chuva ácida. Juntos com uma execução criteriosa são indispensáveis para evitar problemas de destacamento e demais patologias. 56 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Ponto crítico:  Quanto maior a peça, maior o risco de destacamento, devido a menor quantidade de juntas de assentamento para dissipar as tensões internas de cisalhamento na interface de aderência;  O projetista deve ter cuidado com a uniformidade visual nos encontros entre painéis. 57 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Ponto crítico:  As arestas dos edifícios também são pontos críticos para os revestimentos cerâmicos de fachada, pois representam pontos de concentração de tensões, mas as juntas de movimentação não devem ser posicionadas precisamente nas arestas, e sim a uma distância máxima de 60cm destas. 58 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Algumas recomendações:  O posicionamento das juntas de movimentação deve considerar a amplitude das tensões que possam vir a ocorrer.  A abertura das juntas de movimentação, tanto na direção vertical como na horizontal, deve estar entre 8 e 12mm, sendo que a junta deve absorver no máximo 30% de sua espessura.  As juntas horizontais devem ser executadas a cada pavimento, o mais próximo possível do encontro dos componentes estruturais e da alvenaria.  As juntas verticais devem ser de tal maneira que os painéis tenham entre 9 m² e 30 m². 59 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Algumas recomendações:  Recomenda-se painéis limitados a 9m² nas seguintes situações:  Uso de placas cerâmicas de grandes dimensões, ou seja, com menos de 5 juntas verticais entre componentes por metro;  Placas cerâmicas de cores quentes e foscas;  Revestimento em fachada com isolação total em grande período do dia; 60 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Algumas recomendações:   Recomenda-se painéis limitados a 9m² nas seguintes situações:  Local com elevado índice de insolação diária;  Edifícios com estrutura muito deformável. Recomenda-se painéis limitados a 30m² nas condições contrárias. 61 Técnicas Construtivas 2010.2 PROJETO DE FACHADA  Juntas entre componentes:  As aberturas das juntas entre componentes são dadas pelas características do material usado em seu preenchimento, do nível de solicitações mecânicas no revestimento cerâmico e das exigências estéticas. Área dos componentes (cm²) Espessura mínima entre componentes (mm) ≤ 250 4 250 a 400 5 400 a 600 6 600 a 900 8 ≥ 900 10 Tabela 3: espessuras das juntas Técnicas Construtivas 2010.2 62 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 63 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 64 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 65 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 66 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 67 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 68 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 69 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 70 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 71 Técnicas Construtivas 2010.2 INSPEÇÃO  Execução de fachada: 72 Técnicas Construtivas 2010.2 FIM OBRIGADO! 73 Técnicas Construtivas 2010.2