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Resumo Expandido De Ovos

Resumo expandido de ovos

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CAMPUS RIO VERDE CURSO ENGENHARIA DE ALIMENTOS AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE OVOS COMERCIALIZADOS EM RIO VERDE- GO EVALUATION OF THE MICROBIOLOGICAL QUALITY OF EGGS COMMERCIALIZED IN RIO VERDE-GO Beatriz Severino da Silva[1], Fabiano Santos de Assis1, Jéssica Leal de Freitas Sousa1, Karen Carvalho Ferreira1, Juliana Sério[2]*. Palavras-chave: ovos, qualidade microbiológica, coliformes, S. aureus, fungos, Salmonella INTRODUÇÃO Os ovos são reconhecidos como um importante alimento, degustado por diversas populações ao redor do globo, sendo sua popularidade justificada pela sua fácil obtenção, seu baixo custo e também porque o ovo é praticamente imbatível em sua excelência nutricional (NASCIMENTO ET AL., 1996). Logo, o albúmen e a gema apresentam em sua composição química cerca de 28% de proteína, 0,7% de carboidratos, 33% de gorduras e 0,8% de minerais (LANA, 2000). A qualidade diz respeito a um conjunto de características inerentes do ovo que determina o seu grau de aceitabilidade, sendo determinada por inúmeros aspectos externos e internos (MORENG & AVENS, 1990), ou seja, a qualidade do ovo é influenciada por inúmeros fatores como linhagem da ave, idade, doenças, práticas de manejo, nutrição, qualidade da água, condições do galpão, temperatura, estresse, entre outros. Os fatores microbiológicos que comprometem a qualidade do ovo são adquiridos através de contaminações por bactérias, fungos e outros agentes no ovo podem ocorrer de forma endogênica (via ovário) e exogênica (trato digestivo e ambiente da criação). "É importante destacar que a contaminação bacteriana do ovo continua após a postura: no processamento, na embalagem, durante o armazenamento, a comercialização e em casa". Vale ressaltar que bactérias, sob condições favoráveis, podem penetrar numerosos poros da casca e as membranas e contaminar o seu conteúdo (LORENÇO DA SILVA, 2007). O presente trabalho teve como objetivo pesquisar Salmonella sp., coliformes, Staphylococcus aureus, fungos e leveduras em ovos comercializados na cidade de Rio Verde – GO. MATERIAL E MÉTODOS Coleta das amostras As análises foram realizadas no Laboratório de Microbiologia do IFGOIANO de Rio Verde – GO. Foram coletadas 10 amostras sendo 5 delas de um comércio da cidade de Rio Verde, estado de Goiás, e outras 5 de origem caipira. Procedimentos microbiológicos A metodologia usada foi descrita em Silva et. al., (1997) e em Cardoso et. al., (1998). Foram feitas análises para pesquisa de Salmonella sp., coliformes, Staphylococcus aureus, fungos e leveduras. RESULTADOS E DISCUSSÕES A tabela seguinte apresenta os resultados obtidos das 10 amostras coletadas. "Natureza da "Nº da amostra"Coliformes "S. aureus "Salmonella "Fungos e " "amostra " " "(UFC/mL) "sp "leveduras " " " " " " "(UFC/mL) " "G "1 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "1,5 x 102 " "G "2 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "> 3,0 x 102 " "G "3 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "5,0 x 101 " "G "4 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "5,0 x 101 " "G "5 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "5,0 " "C "6 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "1,5 x 101 " "C "7 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "> 3,0 x 102 " "C "8 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "5,0 " "C "9 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "> 3,0 x 102 " "C "10 "Ausência "> 3,0 x 102 "Presença "5,0 " G = granja; C = caipira Nas 10 amostras analisadas 100% obtiveram ausência de coliformes. Com relação a analise de Salmonella todas as amostras obtiveram crescimento, porém não foram realizadas provas bioquímicas para a confirmação do microorganismo, entretanto mostraram-se fora dos padrões microbiológico, pois de acordo com a legislação, qualquer presença desse microrganismo é inaceitável A contagem dos S. aureus e dos fungos e leveduras variou entre 0.005 e 0,3 x 103. Para fungos e leveduras não foi encontrado legislação especifica, porém a variação obtida representa valores relativamente altos, indicativos de condições ambientais deficientes. De acordo com a resolução - nº. 1365, emitida pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2001), tolerância máxima permitida estaf. coag. positiva 5x10 ufc/ml, dessa forma os valores encontrados estão fora da legislação permitida. De acordo com TOLEDO et al. (1991), no Brasil não existem dados de análises microbiológicas, realizadas de forma sistemática, que visem a determinação da qualidade dos ovos "in natura" consumidos pela população. Já DIAS, AJZENTAL & CALIL (2002) avaliaram a microbiota pré e pós- pasteurização do ovo integral líquido e observaram que houve diminuição, e até eliminação, em alguns casos, de microrganismos mesófilos, coliformes totais e fecais e bolores e leveduras após a pasteurização. CONCLUSÃO Com base nos resultados obtidos e nas condições do presente trabalho, concluiu-se que ovos comercializados em Rio verde, Goiás, continham microrganismos que podem resultar em deterioração microbiana e alterar as propriedades nutritivas dos ovos e representar potencial comprometimento para a saúde pública. Esse risco é particularmente associado às amostras com Salmonella, potenciais determinantes de sérios agravos à saúde dos consumidores. Constatou-se, portanto, a necessidade de se implantar programas de orientação aos manipuladores e criadores de aves, bem como aos comerciantes e aos consumidores, visando à melhoria das condições higiênico-sanitárias do produto, para resguardar a sua qualidade final e a saúde dos consumidores. REFERÊNCIAS LANA, R.B.Q. Avicultura. Recife: Rural Ltda, 2000. 172-182. MORENG, R.E.; AVENS, J.S. Ciência e produção de aves. São Paulo: Rocca, 1990. 227-250. NASCIMENTO,V.P.;SANTOS,L.R.;CARDOSO,M.O.;RIBEIRO,A.R.;SCHUCH,D.M.T.;SILVA,A. B.Qualidade Microbiológicas dos Produtos avícolas.In:SIMPÓSIO GOIÂNIO DE AVICULTURA,2., 1996,Goiânia.Anais.Goiânia:1996. P.13-17 TOLEDO, A.; SOARES, P.C.; SAUKAS. T.N. Qualidade de ovos em natureza comercializados no município de Recife, PE. II Avaliação microbiológica. Caderno Ômega da Universidade Federal Rural Pernambuco, Série Veterinária,n.5, p.41-47, 1990. BRASIL. Ministério da Agricultura. Portaria no 451 de 19 de setembro de 1997. Regulamento técnico – Princípios gerais para o estabelecimento de critérios e padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 2/7/98, p.4-13, 1998.www.aviculturaindustrial.com.br/site/dinamica.asp?id=25817&tipo_tabela= especiais&categoia=coberturas_on_line BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.12 de 2 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre os padrões microbiológicos para alimentos. Disponível em: . Acesso em: 03 dez. 2008. DIAS, A.P.; AJZENTAL, A.; CALIL, R.M. Avaliação da microbiota pré e pós- pasteurização do ovo integral líquido. , v.16, n.100, p.127-133. 2002. ----------------------- [1] Acadêmicos do Curso Superior de Engenharia de Alimentos do IFGOIANO de Rio Verde – GO. [2] Professor do IFGOIANO de Rio Verde – GO. E-mail: [email protected]. * Autora para correspondência.