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Resumo De Ecologia2

comunidades, diversidades, padrão de riqueza, teoria do equilibrio, sucessão ecologica, interações, biomassa, cadeias troficas, estudo de impacto ambiental

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    December 2018
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Ecologia Padrão: repetição de fatos Processo: explicação para os padrões Comunidades  Conjunto de espécies que se interagem e coexistem em uma área e que variam no tempo;  Quantidade de espécies não homogêneas;  Como as espécies coexistem? 1) Restrição de dispersão 2) Restrições ambientais (fatores abióticos são importantes para determinar uma comunidade) 3) Interações interespecíficas (também influenciam na estrutura de uma comunidade)  Comunidades são dinâmicas. Exemplo: variação após um tempo na mesma região. Comunidade Aberta X Comunidade Fechada  Clements (visão holística): o Comunidades são altamente estruturadas por interações independentes das espécies; o Comunidade evolui como um todo integrado; o Padrões repetidos de abundância no espaço/tempo; o SUPERORGANISMO; o Comunidade fechada.  Gleason (visão individualista) o Visão mais arbitrária; o Indivíduos ocorrem em uma área independente de outros; o Forte influencia de fatores abióticos; o Características das espécies; o Comunidade aberta.  Teoria mais aceita: 1) Curtis e Whittaker (1950): provaram que a ideia de Gleason era válida. Se fosse comunidade fechada iria ter uma determinada onde teria as espécies e não de forma graduada. Porém a visão “clementiana” é possível e como exemplos podem ser citados desertos (oásis) e ilhas. Limite de comunidade  Ecótono: zona de transição entre comunidades. (aquático/terrestre; montanhas/desertos)  Ecótonos criam limites abruptos, mas geralmente resultam do ambiente físico e não de interações intrínsecas entre espécies. Tamanho da comunidade  Pode ser qualquer tamanho, é limitada pelas condições ambientais e recursos necessários para um determinado conjunto de espécies;  Comunidade pode ser classificada em diferentes escalas espaciais (local, mesoescala, macroescala)  Os fatores que estruturam estas comunidades podem variar com a escala. Como estudar comunidades?  Limitar a comunidade.  Critérios usados: 1) Taxocenoses: delimitar as espécies parecidas (comunidades de borboletas, comunidade de cobras) 2) Guilda: delimitar por critérios funcionais, que utilizam o mesmo tipo de recurso (morcego,beijaflor e borboleta – alimento: néctar) 3) Formas de vida: para plantas (semelhante a guilda) 4) Teia/cadeia trófica 5) Delimitar um ambiente Biomas  Baseado na forma de vida de organismos dominantes e no ambiente físico onde vivem;  São definidos principalmente com base na vegetação;  Em ecossistemas terrestres;  Associam a vegetação com a temperatura do bioma. Biomas Brasileiros  Floresta Amazônica: plana, árvores altas e floresta densa.  Floresta Atlântica: alta variação de latitude, região serrana.  Caatinga: ambiente mais seco.  Cerrado: árvores baixas e retorcidas, pega fogo de tão seca.  Campos Salinos: gramíneas e herbáceas.  Pantanal: épocas do ano presença de áreas inundadas. Diversidade  Número absoluto de espécies em uma comunidade (riqueza de espécies)  Abundância relativa das espécies (mais distribuída a abundância, maior a diversidade)  Equitabilidade: quão homogêneas são as abundâncias das diferentes espécies.  Dominância: quão representativa é uma espécie para a comunidade (maior dominância, menos diversa a comunidade). Padrões de Riqueza  Gradiente latitudinal: Mais diverso na faixa tropical, ou seja, quanto mais próximo do equador, maior o número de espécies;  Exceções: pinguins, urso polar, leões-marinhos, papagaios do mar (este só no norte).  Gradiente Altitudinal: baixas altitudes, maior diversidade/riqueza (mas não é um padrão, então não pode dizer que a quantidade é maior em baixas altitudes)  Gradiente de Profundidade: lagos e mares (não há um padrão certo)  Área/Espécies: padrão foi mais estudado em ilhas (ambientes isolados como montanhas, lagos e fragmentos florestais, não apenas terras circundadas por água). Quanto maior a área, mais espécies. Quanto mais próxima dos continentes, maior a quantidade de espécies. Teoria do Equilíbrio  Mac Arthur e Wilson (1962-1963)  Área/Isolamento: taxas de imigração e extinção  O número de espécies entre a taxa de imigração e a taxa de extinção.  Como a taxa de imigração pode influenciar a riqueza nas ilhas? Quanto mais distante, menor a riqueza.  Composição de espécies não é estática podendo variar  Taxa de substituição (turnover) Variação na relação espécie-área  O número de espécies aumenta pela área ou pela maior diversidade de habitats? Maior diversidade de habitats, mas a área para alguns animais também influencia.  Exemplos: morcegos – área mais importante que a diversidade de habitat; anfíbios – diversidade de habitat é mais importante que a área. Hipótese para a maior riqueza nos trópicos  ENERGIA + TEMPERATURA ALTA + ÁGUA = PRODUTIVIDADE 1) Produtividade: quanto maior a energia utilizável, maior será o número espécies que podem ser suportadas e, maior será a especialização das espécies coexistentes.  Interação entre a disponibilidade de água e energia: explica grande parte dos gradientes latitudinais de riqueza de organismos. a) Diretamente: condições de sobrevivência b) Indiretamente: produtividade primária  Regiões mais frias: animais – energia é mais limitante; plantas – tanto água como energia são limitantes.  Nos trópicos e regiões temperadas mais quentes: animais e plantas – água é mais limitante.  A produtividade pode influenciar a predominância pode influenciar a predominância de uma espécie e a exclusão de outra, isso pode ser chamado de paradoxo do enriquecimento.  A produtividade é importantíssima, mas outros fatores podem influencia sobre a riqueza de um ecossistema. 2) Heterogeneidade ambiental: ambientes estruturalmente mais complexos permitem a maior especialização. 3) Interações interespecíficas: competição, predação ou mutualismo promovem a coexistência e a especialização.  Pressão de predação pode causar alteração nos mecanismo de defesa das presas, como camuflagem ou defesa química e mimetismo. 4) Severidade: habitam isolados, efêmeros ou fisicamente extremos exibem tacas de colonização mais baixas ou taxas de extinção mais altas.  O fator mais importante? Não há, é uma combinação dos fatores. Explicação dos gradientes altitudinais  Área  Maior produtividade, maior a temperatura. Precipitação aumento com a altitude; produtividade mais alta em condições fisiológicas menos estressantes. (esquerda). “limites rígidos”: meio gradiente, condições “ideiais para as espécies. (direita) Sucessão Ecológica  Sequência de mudanças iniciadas por uma perturbação (evento relativamente discreto que altera a estrutura de comunidades e/ou disponibilidade de recursos e/ou de substrato e/ou ambiente físico.  Pioneiras: plantas que “colonizam” a região primeiro;  Comunidade clímax: há menos variação.  Sere: cada série sucessional   Sucessão primária: desenvolvimento da comunidade em habitats recentemente formados e inicialmente desprovidos de qualquer tipo de planta (exemplo: formação de ilhas vulcânicas, vulcão em erupção, dunas, degelo) Sucessão secundária: regeneração de uma comunidade após a perturbação (exemplo: campos abandonados, queda de árvores, alterações climáticas, queimadas). Características biológicas Característica Número de sementes Tamanho das sementes Dispersão Viabilidade da semente Taxa de crescimento Tamanho na maturidade Tolerância à sombra Inicial Muitas Pequena Alada, presa em animais Longa, latente no solo Rápida Pequeno Baixa Tardia Poucas Grande Gravidade, ingestão por animais Curta Lenta Grande Alta Banco de sementes e dormência  Seja rico;  Dormência de sementes “iniciais” quebradas por fogo ou luz;  Importância dos animais na sucessão das comunidades vegetais. Estrutura de comunidade  Diversidade;  Níveis tróficos;  Espécies-chaves/espécies dominantes.  Teia trófica: modelos conceituais das interações entre os organismos em uma comunidade;  Cadeia trófica: simples sequência de organismos e suas interações tróficas  Rede trófica: cadeias tróficas integradas  Adicional: Espécie generalista – usa relativamente uma larga proporção ou todos os tipos de recursos disponíveis; espécie especialista - usa relativamente uma pequena proporção ou apenas um dos tipos de recursos disponíveis. Interação direto/indireto    Comensalismo (+): se beneficia de outro sem prejudicá-lo. Exemplo: troncos cortados por castores tinham a maior presença de joaninhas. Os brotos podem oferecer mais nitrogênio, maior concentração de defesas químicas. As joaninhas se desenvolveram mais rápido (10%) e seu tamanho era maior (20%) – (indireto) Mutualismo (+,+): ambos se beneficiam. Exemplo: peixes limpadores e clientes Competição aparente: parece competição, mas não é isso necessariamente. Exemplo: experimento com plantas exóticas e nativas. Com a presença de mamíferos: mamíferos se abrigavam nas plantas exóticas e se alimentavam das nativas. Sem mamíferos: não tem variação na densidade de nativas nem exóticas. As plantas exóticas promovem o aumento da população de mamíferos que por sua vez diminui a população de plantas nativas.  Espécie introduzida: Alternativa: translocação da população em risco de extinção para outra ilha/área.   Alternância de abundâncias Cascata trófica: série de interações que resultarão em alterações de energia e composição de espécies na comunidade Estrutura das teias tróficas e a diversidade das espécies  Robert Paine (1965,1966)  Quanto maior a riqueza em uma teia, maior o número de predadores.  Espécie-chave: espécie rara que quando removida da cadeia causa grande impacto (mudança de densidades ou extinções) na comunidade.  Obs: impacto não é proporcional a sua densidade e /ou biomassa.  Exemplo: Lontra Aumento de ouriço, baixa densidade de algas Ouriço Algas Menos peixes e cnidários Modificação de ambiente  Elefantes se alimentam principalmente de árvores, destroem o ambiente, favorecem o crescimento de gramíneas. Elefantes são prejudicados, insetos e herbívoros são beneficiados. Espécie dominante  Uma espécie com grande biomassa que podem controlar a ocorrência de outras espécies na comunidade;  Pode haver uma espécie dominante em cada nível trófico;  Remover espécies dominantes pode ou não ter um grande impacto na comunidade. Biomassa  Quantidade de matéria orgânica viva/morta.  Geralmente diminui com nível trófico; Heterótrofos Autótrofos   O que faz um decompositor? Mineralização (conversão d elementos na forma orgânica à forma inorgânica). O que faz as plantas? Conversão de elementos na forma inorgânica á forma orgânica. Conceitos importantes  Produtividade primária: taxa de biomassa produzida por unidade de área.  Produtividade primária bruta (PPB)  Produtividade primária líquida (PPL)  Produtividade secundária: taxa de produção de biomassa por organismos heterotróficos, depende da primária. Só é aproveitado 10% da energia que se tem. 10 J 100 J 1000 J Fatores limitantes da produtividade em ambientes terrestres  COs: 0,03% ar atmosférico  45% dos raios solares podem ser absorvidos  Temperaturas altas;  Água  Nutrientes Fatores limitantes da produtividade em ambientes aquáticos  Radiação solar;  Disponibilidade de nutrientes  Profundidade. Eficiência de transferência de energia  Eficiência de consumo (EC): porcentagem da procutividade de um nível trófico que é consumida pelo nível trófico superior VALORES MÉDIOS Carnívoros – vertebrados Carnívoros - invertebrados 5% floresta 50% - 100% vertebrados 25% invertebrados 25% herbácea 5% invertebrados 50% fitoplancton  Eficiência de assimilação (EA): porcentagem de energia no trato digestivo dos consumidores que é assimilada pela parede do trato digestivo e torna-se disponível para ser destinada ao crescimento ou para gerar energia. VALORES MÉDIOS 100% bactérias 20 – 50% herbívoro-detritívoros 80% carnívoros  Eficiência de produção (EP): porcentagem de energia assimilada incorporadas à nova biomassa. VALORES MÉDIOS 30 - 40% invertebrados 10% vertebrados ectodérmicos 1-2% vertebrados endotérmicos Eficiência de transferência de energia (ETP)  ETP EC x EA x EP Estudo de Impacto Ambiental  O que é impacto ambiental? Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que afetem diretamente ou indiretamente: 1) A saúde, a segurança e o bem estar da população; 2) As atividades sociais e econômicas; 3) A biota; 4) As condições estéticas e sanitárias ambientais; 5) A qualidade dos recursos ambientais. Esferas de administração  União: fixa diretrizes gerais e estabelece as responsabilidades próprias, bem como dos Estados e Municipios.  Estados e municípios: fixam normas complementares podendo ser mais restritivas (nunca o contrário) Dispositivos legais para defesa do meio ambiente  Ação Civil Pública (ACP): ação de responsabilidade por danos ao meio ambiente que corresponde a um instrumento processual que permite que as pessoas possam propor uma Ação Civil Pública contra terceiro (causadores do dano). o Podem mover uma APC: ministério público, união, estados e municípios, autarquias, empresas publicas, fundações, etc.  Ação Popular: estabelece que qualquer cidadão pode ser parte legitima em uma ação judicial para conseguir a invalidação de atos administrativos lesivos ao meio ambiente.  Mandado de Segurança: permite que pessoas físicas ou jurídicas, ou entidades com capacidade processual, entrem com ações para proteger o direito individual ou coletivo. Estrutura do sistema nacional do meio ambiente (SISNAMA) 1) Órgão superior: conselho do governo 2) Órgão consultivo e deliberativo: CONAMA 3) Órgão central: ministério do meio ambiente 4) Órgão executor: IBAMA 5) Órgãos seccionais: secretarias estaduais e entidades supervisionadas 6) Órgãos locais: municipais Estudo de impacto ambiental (EIA)  Exigência da CF, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente.  Atividades que exigem a execução de um EIA: 1) Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 2) Ferrovias; 3) Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; 4) Aeroportos; 5) Oleodutos, gasodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; 6) Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kV; 7) Etc.  Diretrizes gerais: 1) Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; 2) Identificar e avaliar os impactos gerados na implantação e operação da atividade;   3) Definir a área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; 4) Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade. Atividades técnicas a serem desenvolvidas 1) Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa, considerando: meio físico; meio biológico e os ecossistemas naturais; meio socioeconômico. 2) Análises dos impactos ambientam e de suas alternativas; 3) Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas. 4) Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento. Informações constantes no EIA/RIMA 1) Informações gerais e caracterização do empreendimento; 2) Área de influencia; 3) Diagnóstico ambiental e qualidade ambiental; 4) Fatores ambientais; 5) Análises dos impactos ambientais; 6) Medidas mitigadoras.