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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO PARÁ
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DOCENTE: MÁRCIA KRAG
DISCENTE: MAURÍCIO OLIVEIRA COELHO MARQUES
PENSAMENTO SISTÊMICO – A TEIA DA VIDA
Os problemas causados no meio ambiente levou aos cientistas reconhecerem que não se podia entender com casos isolados, pois tinham um caráter sistêmico: interligados e interdependentes. No entanto, os líderes políticos demoraram um pouco mais de tempo para aceitar essas ideias. Com isso, foi necessário que a ecologia com a ajuda da sustentabilidade propusessem um novo paradigma que visualiza o universo, não como objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos fundamentalmente interconectados e são interdependentes, dando origem a chamada teia da vida. A eco-alfabetização é a chave para se compreender a sustentabilidade. No ecossistema, tudo está interligado de maneira que o resíduo de uma espécie, poderá servir de alimento para outra espécie, dessa forma aquele ecossistema permanece livre de resíduos, o que não acontece com a nossa sociedade atual, cada vez mais a nossa sociedade descarta produtos que são nocivos para o meio ambiente, causando a poluição. A eco-alfabetização nos ensina que esse sistema não é sustentável. Por fim, como diz a autora, "a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica, da nossa capacidade para entender os princípios da ecologia e viver em conformidade com eles".
Teoria Geral de Sistemas e Abordagem Sistêmica
Segundo o autor do texto, Sistema é um conjunto de elementos interligados com um objetivo comum, ele ainda aborda que os sistemas possuem quatro características básicas: elementos, relação entre os elementos, objetivo comum, meio-ambiente. Dessa forma, o autor dá exemplo de um carro, pois o mesmo possui elementos (sistema elétrico, motor, etc.) nos quais estão relacionadas no modo estrutural ou funcional, cujo objetivo é a locomoção. O meio-ambiente é o que está fora do sistema, ou seja, não pode ser controlado pelo sistema, mas o sistema poderá trocar informações e por isso o sistema pode influenciar no meio ambiente. Os sistemas são classificados em concretos e abstratos, naturais e artificiais, abertos e fechados. Os estudiosos da Teoria Geral dos Sistemas respeitam as leis "Todo sistema se contrai, ou seja, é composto de subsistemas (e isto ocorre infinitamente)", "Todo sistema de expande, ou seja, é parte de um sistema maior (e isto ocorre infinitamente)", "Quanto maior a fragmentação do sistema (ou seja, o número de subsistemas), maior será a necessidade para coordenar as partes", "O número mágico 7 ± 2", "Homeostase" e "Sinergia". A Abordagem Sistêmica é uma maneira de resolver os problemas da Teoria e para isso, há algumas dicas como "dividir para conquistar", "identificar todas as partes do sistema", "atentar para detalhes", "olhar para o todo (visão holística)" e "analogias".
ECOSSISTEMAS E MODELAGEM ECOLÓGICA
A autora cita diversos pesquisadores para dar o conceito de ecossistemas, ela também explica características fundamentais de um ecossistema: limites (espaço-temporais), fatores e componentes que se influenciam mutuamente, sistemas abertos e capacidade de resistir e/ou adaptar-se a distúrbios. Uma das maneiras de se analisar um ecossistema é com propriedades emergentes e redes tróficas, mas Odum (1985) e Jφrgensen (1994) definiram outros conceitos: Conceito individualístico, Conceito de superorganismo e Teoria Hierárquica. A integridade desses conceitos visa a análise de sistemas. Os modelos são classificados em icônicos, analógicos e matemáticos. Quanto ao histórico de modelos em Ecologia, foi o modelo de Malthus (1798) para prever o crescimento populacional, modificado depois por Verhulst (1838), outro modelo famoso foi o de Lotka (1925) e Volterra (1926, 1931), na década de 1960, Howard Odum usou modelos de circuitos elétricos para explicar diversos fenômenos ecológicos. Duas ferramentas computacionais merecem destaque na elaboração de modelos em ecossistemas: ECOPATH (usado exclusivamente para modelos aquáticos) e STELLA. Os modelos ecossistêmicos podem servir como hipótese para trabalhos multi e interdisciplinares, como foi o estudo de caso abordado pela autora na Represa do Broa (SP).
