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Princípios da Ressonância Nuclear Magnética
HISTÓRICO
As primeiras publicações a respeito do fenômeno da ressonância magnética (RM) foram feitas por dois grupos de cientistas americanos independentes: Felix Bloch e colaboradores, da Universidade de Stanford, e Edward Purcell e colaboradores, da Universidade de Harvard.
Em 1952, ambos ganharam o Prêmio Nobel de Física.
Profª Débora Souto
A primeira aplicação biológica foi proposta por Jasper Johns que obteve sinais de animais vivos somente em 1967.
Métodos de Imagens
As imagens por RMN são obtidas de modo não invasivo, têm extraordinária resolução espacial, não empregam radiação ionizante e se baseiam na resposta específica do próton de hidrogênio, de absorver e refletir energia contida em ondas eletromagnéticas.
Desta forma, em função da abundância de prótons de hidrogênio no corpo humano, as imagens, em última instância, representam um mapeamento da distribuição dos mesmos, nos diferentes tecidos examinados, num determinado tempo.
As primeiras imagens humanas foram descritas por Sir Peter Mansfield em 1976, focalizando-se mais nas mãos e no tórax e, posteriormente, em 1977, na cabeça e no abdômen. Em 1983, depois de contínuas melhorias no software e hardware, os aparelhos de RM de corpo inteiro apresentavam um sistema capaz de realizar exames, com imagens de ótima resolução espacial, em poucos minutos.
Além disso, a RM é o único método de imagem que permite a obtenção dos três planos ortogonais (sagitais, coronais e axiais), sem reposicionamento do paciente.
Magneto principal (titânio)
Em resumo, num exame de RM:
É um imã gigante que gera o campo magnético, muito forte e uniforme. Potência em Tesla (T)
A maioria dos magnetos para uso clínico a potência varia entre 0.2T e 3.0T
Resfriamento: Faraday)
He
líquido
(caixa
de
A. O paciente é colocado em um grande magneto, o que provoca a polarização dos seus prótons de hidrogênio, que se alinham em um determinado eixo (paralelo ou antiparalelo), pois os prótons de hidrogênio funcionam na natureza como minúsculos ímãs.
B. Os prótons de hidrogênio executam ainda um movimento em torno do seu eixo longitudinal e outro circular, simultaneamente, como se imitassem um pião. Este fenômeno chama-se precessão e tem uma frequência própria para cada campo magnético específico e depende da intensidade do campo magnético (por isso que, quanto maior a potência do magneto, melhor a qualidade da imagem e mais rápido o exame).
D. Quando o pulso de radiofrequência é subitamente desligado, os prótons de hidrogênio voltam à sua posição normal e se realinham; nessa circunstância eles emitem um sinal que é captado por uma bobina localizada ao redor da área a ser examinada (por exemplo, bobina de crânio, de coluna, de joelho, de mama, da ATM).
C. O alinhamento dos prótons rompe-se com a aplicação de pulsos de radiofrequência aplicados ao paciente, fazendo com que os prótons de hidrogênio precessem em sincronia, em fase. Isto cria um novo vetor magnético.
E. O sinal emitido e captado pela bobina é utilizado pelo computador que, através de princípios matemáticos, transforma-o em imagens.
Gradientes de Campo
São bobinas localizadas ao longo do corpo do magneto que funcionam como pequenos campos magnéticos secundários que podem gerar alterações no campo principal.
A magnitude ou potência do campo principal é alterada linearmente pelas bobinas gradiente como forma de medir essa potência e identificar a posição dos núcleos ao longo dos gradientes permitindo assim a codificação espacial.
Bobina de crânio
Captação e transmissão da Radiofrequência: bobinas de RF ou antenas de RF (RF coils)
Coleta de dados: Gradientes
Bobina de coluna
Bobinas de ombro Bobina para o punho
Bobinas para a região cervical Bobina endo-cavitária
Formação da Imagem
Após a coleta de dados e o preenchimento da matriz, os dados do sinal são armazenados no espaço K, ou seja, as codificações de fase e frequência dos prótons do tecido.
Logo depois esse sinal é convertido em imagem de através de conversores digitais.
Medula Espinhal T1
T2
IMAGENS DE RMN
T1T1-
Sinal do Líquor Hipointenso
T2T2- Sinal do Líquor Hiperintenso
Coluna vertebral T2
T1
Encéfalo
T1
T2
T1T1-
Sinal do Líquor e ventrí ventrículos laterais hipointenso. hipointenso. T1T1- Sinal do disco intervertebral hipointenso
T2T2-
Sinal do Líquor e ventrí ventrículos laterais hiperintenso
Sinal do disco intervertebral hiperintenso T2T2-
OBRIGADA!!!! T1
T1 COM CONTRASTE
BOA NOITE!!!