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Resposabilidade Social Empresarial: Uma Pratica Ou Conceito?

Descreve o conceito de Responsabilidade Social Empresarial (RSE)

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ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL: uma prática ou apenas conceito ou a soma dos dois? Gerisval Alves Pessoa Núbia Cristina RESUMO Aborda o conceito de responsabilidade social empresarial (RSE) diante do contexto ético e responsável. Enfoca a importância de coerência entre ação e discurso, enfatizando a sua prática nas organizações. Trata de uma pesquisa de caráter descritivo e bibliográfico, pois descreve o conceito atual da responsabilidade social empresarial e o papel das organizações diante de um cenário no qual a sociedade exige cada vez mais que as organizações exerçam seu papel social de forma ética e transparente das organizações, fundamentado em pesquisa bibliográfica e a sites especializados no tema. Apresenta como principal conclusão a de que as organizações são agentes de desenvolvimento e para serem competitivas as suas gestões devem fundamentar-se em um contexto ético e responsável. PALAVRAS- CHAVE: Ética e responsabilidade social, organizações, sociedade 1. INTRODUÇÃO A regra do jogo no novo contexto global de mercado competitivo das empresas está ligada as novas formas, associado a uma evolução da postura das organizações em face à questão social, provocada por acontecimentos sociopolíticos marcantes, as empresas estão cada vez mais sendo exigidas, para que as mesmas tenham suas operações limpas e transparentes e socialmente responsáveis, dessa maneira diante dessa necessidade as organizações desenvolveram um comportamento voltado para o seu estabelecimento no mundo competitivo que é a responsabilidade social de empresas, a forma de como fazer para se tornarem mais competitivas e fazendo o bem, desenvolvendo estratégias empresariais competitivas por meio de soluções socialmente corretas, ambientalmente sustentáveis e economicamente viáveis valorizando aspectos ligados à cidadania. De certa forma por ser ainda um assunto relativamente novo é assunto de muitas criticas, mas a responsabilidade social é um relacionamento ético e transparente da organização com todas as partes interessadas, visando ao desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais, é um comprometimento permanente para melhoria da qualidade de vida de toda sociedade. Diante desse exposto a responsabilidade social deixa de ser teoria ou um mero conceito nas empresas inteligentes e passa a ser praticada com responsabilidade. 2. ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL A partir da década de 90, o desenvolvimento da cultura de Responsabilidade Social tornou-se quase um imperativo de gestão para as empresas que pretendem se manter competitivas sem seus respectivos mercados. Muitas, porém tateiam o terreno, míopes, e não encontram o caminho para o que deve ser um legitimo programa de Responsabilidade Social. Abrem-se assim os flancos para as criticas. Há quem se afirme que as empresas nada mais fazem do que expiar-se tardiamente de uma culpa histórica por produzir bens e miséria um só tempo. Teria, portanto chegado o tempo de procurar "corrigir" esse mal por meio de ações sociais, seria uma forma de deportar-se à sociedade nos seguintes termos. Sabemos que durantes muitos anos atrás as empresas foram responsáveis por poluições de rios, devastamentos de florestas, extinção de espécies de animais e vegetais e outras produções negativas ao redor do planeta, mas na realidade em que nos encontramos as empresas estão dispostas a corrigir tudo isso, para alguns críticos trata-se de uma ação meramente de marketing social, sem resultados tangíveis. Mas, os defensores da Responsabilidade Social não concordam com isso, segundo eles, as grandes empresas ajudam de fato a promover o bem-estar social, independentemente da participação dos governos locais, regionais e federias ou emborcam junto com as populações, entram ai, portanto, as ações em prol do meio ambiente, da educação, da saúde, enfim, do resgate da qualidade de vida às pessoas, para que elas continuem e, em alguns casos, até voltem a serem cidadãos e consumidores. A Responsabilidade Social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral, o despertar nas empresas não tem um histórico cronologicamente definido, há na verdade uma evolução da postura das organizações em face da questão social, provocada por uma série de acontecimentos sócio-políticos determinantes e também, por aquele que foram conseqüência da inovação tecnológica. Para o empresário Miguel Krigsner, presidente de O Boticário, responsabilidade social nas empresas significa uma visão empreendedora mais preocupada com entorno social em que a empresa esta inserida, se preocupando com a necessidade de geração de lucro, mas colocando o não como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para atingir um desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de vida, ele ainda enfatiza que a forma de conduzir os negócios é baseada no compromisso continuo com qualidade de vida atual de gerações futuras, por meio de um comportamento ético, que contribua para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. As empresas devem atentar-se que um dos passos mais importantes para um programa de responsabilidade social é a conscientização dos empreendedores e, principalmente dos acionistas majoritários de que, hoje, no mundo em que vivemos, o consumidor sabe e, essencialmente, valoriza a diferença entre empresas que são socialmente responsáveis e outras que não tem essa preocupação. Sabemos que isso não é fácil ser integralmente ético num mundo em que existem tantas forças, conciliarem a ética nos negócios, garantindo que a empresa caminhe com sustentabilidade, que os parceiros de negócio também invistam numa relação ganha- ganha em que o lucro final é das gerações futuras, principalmente pelo fato dos empresários serem movidos por resultados. Muitas das vezes a prática de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) esta associada à prática da Filantropia, é comum ver empresários e empresas utilizando o meio de comunicação à participação ou apoio a projetos sociais por meio de doações, enquanto a filantropia tem um caráter assistencialista. A RSE abrange muito mais do que simples doações financeiras ou materiais, envolve uma gestão empresarial mais transparente e ética e a inserção de preocupações sociais e ambientais nas decisões e resultados das empresas. Uma empresa socialmente correta é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes envolvidas no negócio, de forma a conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às necessidades de todos é um comportamento ético e um comprometimento permanente, pois contribui para o desenvolvimento econômico e melhora a qualidade de vida da sociedade como um todo. Devemos ressaltar que além dos deveres morais que as empresas têm para com a sociedade, esses devem ser de caráter preventivo, devem estar preocupadas nas gerações futuras e haver sempre uma coerência entre suas ações e discurso. Quando falamos de RSE vem a questão: será mesmo utilizada prática ou não passa de uma mera teoria? As criticas são freqüentes, pois para muitos é que a função principal da empresa é gerar lucro e não se preocupar com questões sociais. As criticas mais comuns são que as empresas podem usar isso como marketing, ações pequenas e locais não fazem muita diferença, as empresas costumam investir em causa própria etc.. Apesar disso, quando se tem a consciência de estar fazendo o melhor possível, as criticas não abalam aquilo em que acreditamos. Porém, hoje, há uma consciência crescente de que governos sozinhos não conseguem solução para questões crônicas e estruturais, talvez um dos aspectos positivos da globalização econômica e social seja a possibilidade de atuarmos em bloco para enfrentarmos os grandes desafios mundiais. O certo é que na era em que vivemos as empresas são praticamente obrigadas a implementarem ações de RSE para se tornarem competitivas esta associada em fazer o bem, as empresas que se mobilizem em prol de programas sociais só tem a ganhar, a confiança do consumidor e a percepção da sociedade de que aquela empresa se preocupa com algo maior do que seu próprio lucro, maior retenção de talentos, maior envolvimento e comprometimento dos colaboradores da comunidade em que esta inserida, maior chance de fidelizar o consumidor etc. e o mais importante de tudo é a satisfação em ajudar a promover o bem comum, outro dado importante é o numero de trabalhadores que hoje estão empregados em empresas com essa pratica, alem de publicações que estão dando premiações listando as mais responsáveis socialmente, tudo isso mostra uma preocupação em avaliar e incentivar tais práticas Para Krisgner a responsabilidade social é um conceito praticado pelas grandes empresas sim, não é somente teoria, o mais praticado é a publicação do relatório conhecido como balanço social, que nos últimos anos tem evoluído quanto aos indicadores e metodologia de apuração de resultados de responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem numa base voluntária contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o comprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades publicas, os concorrentes e a sociedade em geral. Internamente Tachizawa (2009) ressalta a imagem da empresa, liderança e tradição no mercado, até então, eram suficientes para atrair e manter a colaboração dos melhores executivos. Atualmente, evolui-se para uma situação em que, antes de fechar um contrato de trabalho, os profissionais mais capacitados querem ter a certeza de que a organização oferece desafios, oportunidade de desenvolvimento, plano de carreira e um bom ambiente de trabalho. Teoricamente sabemos que em muitos países isso acontece, mas particularmente no Brasil essa realidade é diferente, pois muitas empresas tanto do setor público como privado se dizem socialmente responsáveis, mas na prática essas ações diárias ficam a desejar. É importante frisar que a ética é a estrutura da RSE, expressa nos princípios e valores adotados pela organização, não adianta uma empresa pagar mal seus funcionários, pagar propinas aos fiscais do governo e entidades sociais da comunidade. Essa postura não é correta, pois não condiz com uma organização que quer trilhar um caminho de RSE. Por esse motivo, é um assunto serio e que envolve um todo na sociedade, deve ser praticado sim com seriedade e responsabilidade, pois esta em jogo o desenvolvimento sustentável da sociedade, cuidando dos seus recursos ambientais, culturais para as futuras gerações, respeitando totalmente a diversidade e promovendo a diminuição das desigualdades sociais. 3. CONCLUSÃO Conclui-se que as empresas passam a ter um novo papel, o de agente de desenvolvimento tanto externo como interno, e que para se tornarem competitivas precisam fazer o bem. Vale frisar que o novo consumidor está mais consciente em relação à questão de responsabilidade social das empresas e que ele é um fator de mudanças. Está claro que o consumidor tem o poder e pode influenciar para uma melhor atuação tanto das empresas quanto dos órgãos reguladores. A gestão dentro do contexto ético e responsável é uma diretriz para o equilíbrio das empresas no mercado. Qualquer ação de responsabilidade social em empresas requer uma conscientização de todos envolvidos. Hoje o mundo em que vivemos o consumidor sabe e essencialmente valoriza a diferença entre empresas que são socialmente responsáveis e outras que não tem essa preocupação, em primeiro lugar, temos que acreditar que cada um de nós, independentemente do tamanho do negocio ou da sua origem, pode trazer contribuições para um mundo melhor. Esse passo é fundamental, pois a empresa esta contribuindo para o desenvolvimento global. ABSTRACT Discusses the concept of corporate social responsibility (CSR) before the ethical context and responsible. It emphasizes the importance of consistency between action and speech, emphasizing the practice in organizations. Deals with a study of character and descriptive literature because it describes the current concept of corporate social responsibility and the role of organizations considering a scenario in which society increasingly requires organizations to exercise their social role in an ethical and transparent organizations, based on a literature and Web sites specializing in the subject. Presents the main conclusion that organizations are agents of development and to be competitive their managements must be based on a responsible and ethical context. KEYWORDS: Ethics and social responsibility, organizations, society REFERENCIAS ALBUQUERQUE, José de Lima. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social: Conceitos, ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009 TACHIZAWA, Takeshy, Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa São Paulo: Atlas, 2009 Sites consultados: www.ideiassocioambiental.com.br www.fides.org.br/artigo03.pdf www.rh.com.br Responsabilidade Social www.responsabilidadesocial.com www.administradores.com.br/.../etica-e-responsabilidade-social.../