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Resistência E Cultura Negra Em Debate

Com o objetivo de fortalecer uma cultura não discriminatória e avançar na discussão de conceitos, princípios e valores relacionados à equidade de gênero e raça.De um lado, há o discurso de que nós somos um povo único, fruto de miscigenação e mestiçagem, que gerou uma nação singular com indivíduos culturalmente diversificados. De outro, vivemos em nossas relações cotidianas inúmeras práticas preconceituosas, discriminatórias e racistas em relação a alguns segmentos da população, como, as mulheres, os indígena e os...

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CONTEXTO HISTÓRICO Ao longo de mais de trezentos anos (1559-1888), os escravos negros foram responsáveis pela produção de boa parte das riquezas no Brasil, no qual milhões de africanos foram tirados de suas terras para uma viagem na qual aproximadamente a metade morria de fome, doenças e maus-tratos, ou, já em terras americanas de banzo(depressão, suicídio, e/ou greve de fome) Possibilidades da Lei 10639/03 Superando... - a ideologia de dominação racial e o - mito da democracia racial Vencendo uma herança violenta É possível parar estas mortes??? 2 JOVENS NEGROS SÃO ASSASSINADOS POR HORA É como se caíssem dois aviões por semana lotados de jovens, a maioria negros. Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Dados preliminares de 2010 Violência no Brasil: um problema que tem idade, cor/raça e território Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Dados preliminares de 2010 Em 2011, 27.471 jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, ou seja, 52,6% do total. Em 2011, morreram no Brasil 52.198 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 27 a cada 100 mil habitantes. 67,5% das vítimas eram negras 93,6% das vítimas de homicídio eram do sexo masculino. 71,4% dos jovens assassinados eram negros. 13 Os dados 58% Dos jovens brasileiros se autodeclaram negros. Fonte: www.planejamento.gov.br/spi Ideologia de dominação racial Justificar a escravidão Igreja: os africanos seriam um povo amaldiçoado – descendentes de Cam Ciência – o negro seria uma raça inferior O negro é desconfigurado, torna-se sinônimo de ser primitivo, inferior Teoria do embranquecimento Política oficial do embranquecimento da população brasileira O estado brasileiro investiu pesadamente em programas de imigração de europeus. Só no estado de São Paulo, para exemplificar, chegaram, entre 1890 e 1914, mais de 1,5 milhões de europeus, sendo que 64% destes, com a passagem paga pelo governo estadual. "A albumina branca depura o mascavo nacional..." (PEIXOTO, 1975 p.15) MITOS DA DEMOCRACIA RACIAL Os mitos existem para esconder a realidade (Florestan Fernandes) O Brasil é um país onde não há discriminação racial. Somos o país do futebol, do carnaval etc. Em 1890, os documentos relacionados à escravidão são queimados – Rui Barbosa Constituiu-se uma história oficial sem as contribuições e resistência dos negros A ausência do quesito cor nos censos populacionais – 1900,1920,1960,1970 Só presente em 1950 e a partir de 1980. As desigualdades raciais são naturalizadas A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL COLONIAL Primeiros Passos para liberdade: Valorizar a identidade negra e combater ações de discriminação e preconceito são o primeiro passo para se alcançar uma sociedade racialmente justa MOVIMENTO SOCIAL NEGRO E EDUCAÇÃO É antiga a preocupação dos movimentos negros com a integração dos assuntos africanos e afro-brasileiros ao currículo escolar. Talvez a mais contundente das razões esteja nas conseqüências psicológicas para a criança afro-brasileira de um processo pedagógico que não reflete a sua face e de sua família, com sua história e cultura própria, impedindo-a de se identificar com o processo educativo. Erroneamente seus antepassados são retratados apenas como escravos que nada contribuíram ao processo histórico e civilizatório, universal do ser humano. Essa distorção resulta em complexos de inferioridade da criança negra, minando o desempenho e o desenvolvimento de sua personalidade criativa e capacidade de reflexão, contribuindo sensivelmente para os altos índices de evasão e repetência. (RJ, 1991) I Fórum sobre o Ensino das Civilizações Africanas Lei 10.639/03 Art.26-A - Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira. Parágrafo Primeiro – O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil. Parágrafo segundo – Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-brasileira serão ministrados no âmbito de todo currículo escolar, em especial, nas áreas Educação Artística e de Literatura e Histórias Brasileiras. Art. 79-B – O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como "Dia Nacional da Consciência Negra. Lei 10639/03 A nova legislação sancionada em 09 de janeiro de 2003,pelo Presidente Lula acrescentou dois novos artigos à Lei e Bases da Educação Nacional (Lei9394/96) Porque devemos resistir hoje ? Quais são os dados da população negra hoje ? O que podemos fazer para diminuir as desigualdades ? É importante perceber que a escravidão não nasceu do racismo; ao contrário, o racismo moderno é conseqüência da escravidão (WILLIAMS, 1961) O racismo é, desta maneira, resultado de justificações e classificações ideológicas, com o objetivo de subjugação e exploração da força de trabalho. E estas foram fundamentais para a solidificação do sistema capitalista no mundo. OS QUILOMBOS Grande parte do escravos negros fugitivos reuniram-se em comunidades chamadas de quilombos. A maior parte dos quilombos organizaram-se no Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia). Os habitantes do quilombos eram chamados de quilombolas. Dentre os quilombos mais conhecidos, destacam-se os da Serra da Barriga, região situada entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco. Eram cerca de dez quilombos, unidos sob o nome de Palmares, que resistiram durante quase todo o século XVII aos ataques do governo e dos senhores de escravos. Palmares chegou a ter entre 20 mil e 30 mil habitantes e seu líder mais importante foi Zumbi. Não existe um número exato, mas estima-se que entre 1531 a 1855 cerca de 4 milhões de africanos desembarcaram no Brasil. A travessia para o Recife durava em média 35 dias, para a Bahia 40 dias e para o Rio de Janeiro 60 dias. Em razão das péssimas condições de viagem, inclusive acorrentados nos porões dos navios, o índice de mortalidade era alto, por isso os navios que transportavam os negros ficaram conhecidos como tumbeiros. ROTAS DOS ESCRAVOS PARA O BRASIL O Comércio de Escravos Negros Na África, os escravos eram adquiridos por traficantes a preços baixos e revendido a preços altos na América. O tabaco, a aguardente, ouro, marfim, tecidos, cavalos, armas e outros produtos serviam de moeda de troca. Quando chegavam à América portuguesa, os escravos eram colocados à venda em mercados. Ficavam a mostra em exposição sendo tratados como mercadorias. Cultivavam milho, feijão, cana-de-açúcar, mandioca e realizavam comércio com os povoados próximos. Palmares representava uma ameaça para os senhores de engenho e juntamente com o governo contrataram Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista para atacar e destruir o quilombo em 1692. Os quilombolas resistiram bravamente, mas diante de 6 mil homens, foram derrotados. Zumbi conseguiu fugir, mas foi morto em 1695, cortaram-lhe a cabeça que foi exposta em praça pública, na cidade do Recife. Transporte: navios negreiros Resistência e cultura negra em debate . Racismo: uma herança que violenta o Brasil A RESISTÊNCIA As principais formas eram: Empreendiam fugas para os quilombos; Adoeciam (banzo); Suicídio; As mulheres provocavam abortos; Assassinavam feitores, patrões. Colocavam fogo no canavial; Quebravam máquinas do engenho, etc. Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 13/02/2017 nº 25 13/02/2017 nº Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre 13/02/2017 nº 19 Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 13/02/2017 nº 18 17 Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 13/02/2017 nº nº 1 20 Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Clique para editar o texto mestre 13/02/2017 nº Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Clique para editar o texto mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 13/02/2017 nº 24 Clique para editar o título mestre 13/02/2017 nº 23 Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 13/02/2017 nº Clique para editar o título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre 13/02/2017 nº Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre 13/02/2017 nº 22 21 Clique para editar o título mestre Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 13/02/2017 nº 13/02/2017 Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível nº