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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ- UFPI
CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS- CPCE
COMPONENTE CURRICULAR: MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO
DOCENTE: Dr. JOÃO CARLOS MEDEIROS
RELATÓRIO:
PRÁTICAS DE MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO
DISCENTES
ADRIANNA BARREIRA
ESTER DE SOUSA SANTOS
MENNEKY P. LISBOA DA SILVA
SANDRA MACIEL DA CÂMARA
BOM JESUS- PI
FEVEREIRO DE 2017
Introdução
A Física do Solo constitui-se no ramo da Ciência do Solo que tem por objetivo a caracterização dos atributos físicos de um solo, bem como a medição, predição e controle dos processos físicos que ocorrem dentro e através do solo. Essa conceituação denota que o estudo da Física do Solo possui naturezas distintas. Na caracterização dos atributos físicos de um solo, o estudo é de natureza básica, com abordagem fundamental, buscando descrevê-los com a maior exatidão possível. Por outro lado, tem-se o aspecto aplicado da Física do Solo, empregado no equacionamento de problemas gerados pela utilização do solo seja para propósitos próprios, de outras áreas da Ciência do Solo, bem como de outros ramos da Ciência que utilizam o solo como objeto de estudo (FERREIRA, 2010).
Nesse sentido, o estudo dos atributos físicos do solo é importante para avaliar a qualidade do solo por meio de sua quantificação, ou seja, propriedades físicas, que possibilitem o monitoramento de mudanças, a longo e médio prazo, no estado de qualidade deste solo (ARAÚJO et al. 2007).
O objetivo do presente relatório é analisar determinados atributos do solo coletado em aula prática, por meio de testes de textura, umidade, densidade e teste de Proctor.
Medodologia
No Laboratório de Física do solo, foram desenvolvidas práticas coordenadas pelos professores responsáveis da Disciplina: Dr João Carlos Medeiros, e Msc João Carlos dos Anjos. A ordem de realização das práticas segue abaixo:
DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE
Método do anel volumétrico
Materiais:
Cilindro (Alturas: 49,56 e 42,14 cm; Diâmetro: 47,86 e 49,12 cm; Peso: 69,05 e 60,06 cm)
Balança analítica (± 0,01 g);
Ferramentas para coleta de solo
Estufa elétrica
Método:
Coletar o solo na profundidade de 0-10 e 20-30 utilizando os cilindros
Fazer o toalete
Colocar numa bandeja com água para saturar o solo durante 24 horas
Pesar a amostra saturada em balança analítica (0,001 g)
Colocar em estufa a 105° C durante 24 horas
Pesar a amostra seca em estufa
Determinar o volume de TFSE usando a expressão: V = π * r² * a;
Calcular a densidade de partículas usando a expressão: Ds= M / V.
Determinar porosidade total usando a expressão: P= 1 – (Ds / Dp)
Cálculos
Amostra de 0-10 Amostra de 20-30
V= 3,415926536 * (23,93)² * 49,56 V= 3,1415926536 * (24,56)² * 50,34
V= 89,159 cm³ V= 95,393 cm³
Densidade de 0-10 Densidade de 20-30
Ds= 150,32 / 89,159 Ds= 136,13 / 95,393
Ds= 1,685 g/cm³ Ds= 1,427 g/cm³
Porosidade total de 0-10 Porosidade total de 20-30
P= 1- (1,685/2,65) P= 1- (1,427/2,65)
P= 0,364 cm³ P= 0,461 cm³
1.1.2. Determinação da umidade
Materiais:
Balança analítica
Copo de Becker
Estufa elétrica
Métodos
Pesar o Becker vazio (49,20 g)
Adcionar o solo
Pesar o Becker com o solo (112,90 g)
Colocar na estufa a 105° durante 24 horas
Pesar novamente (108,45 g)
Calcular a umidade gravimétrica usando a expressão: Ug: [(Msu – Mss) / Mss] * 100
Calcular a umidade volumétrica usando a expressão: Uv: Ug * Ds
Cáculos
Umidade gravimétrica
Ug= [(63,70 – 59,25) / 59,25]* 100
Ug= 0,075 * 100
Ug= 7,5 %
Umidade volumétrica 0-10 Umidade volumétrica 20-30
Uv= (7,51 * 1,685) Uv= (7,51 * 1,427)
Uv= 12,65% Uv= 10,71%
Determinação da textura
Método da pipeta
Materiais
Marmita de aluminio
Proveta de 1000ml
Becker de 100ml
Estufa elétrica
Termômetro
Peneiras de 0,053 e 2mm
Balança analítica
Agitador elétrico
Funil
Copo descartável
Bastão de vidro
Bastão agitador
Pisseta
Pera
Água destilada
NaoH
Amostra de solo deformada
Métodos
Coletar o solo e colocar para secar em temperatura ambiente
Peneirar o solo com peneira de 2mm
Coletar 20 g do solo peneirado utilizando o cachimbo e transferir para copo descartável
Adcionar 100ml de água destilada e 10ml de NaoH
Agitar com bastão de vidro, tampar o recipiente e deixar descansar durante 24 horas
Pegar o contéudo já descançado e transferir para o copo metálico do agitador elétrico "stirrer"
Aumentar o volume para 300ml adcionando água destilada com a pisseta
Ligar o agitador por 15 minutos na potência 7000RPM
Passar o contúdo através da peneira de 0,053mm colocada sobre um funil tendo logo abaixo uma proveta de 1000ml
Lavar o material retido na peneira utilizando a pisseta até completar o volume da proveta
Tranferir a areia que ficou retida na peneira para o Backer utilizando água destilada contida na pisseta e levar para estufa
Agitar 20 vezes a solução da proveta utilizando o bastão agitador
Aferir a temperatura da solução utilzando o termõmetro (28°C)
Após 3 horas e 15 minutos utilizar a pera para pipetar 50ml da solução em copo de Becker
Colocar na estufa durante 24 horas
Retirar da estufa e esperar esfriar a amostra de areia e argila
Pesar as duas amostras ( Areia: 61,04 g e Argila: 51,99 g)
Lavar e secar os copos de Becker
Pesar os copos de Becker vazio (Becker areia: 50,73 g e Becker argila: 51,64g)
Proctor normal
Compactação do solo
A compactação de um solo em laboratório tem a finalidade de determinar a curva de variação da densidade do solo em função da umidade, para uma dada energia de compactação.
Materiais
Cilindro e soquete de compactação;
Peneiras de aberturas
Balança
Bandeja plástica
Faca
Estufa;
Copos de Becker
Proveta
Métodos
Secar a amostra ao ar;
Colocar 5 kg da amostra de solo numa bandeja plástica a qual foi previamente passada na peneira 4,76 mm;
Colocar o solo solto no cilindro até uma altura tal que, o solo após compactado, tenha uma altura igual a 1/3 da altura do cilindro;
Com o soquete aplicar 25 golpes tendo o cuidado de distribuir os golpes por toda a área do solo dentro do cilindro;
Repetir os itens 3 e 4 por mais 2 vezes;
Adicionar 100ml de água a cada vez que o cilindro for completo pelo solo;
Terminada a operação de compactação, retirar cuidadosamente o colar. Cuidar para que o solo não exceda de 1 cm da borda superior do cilindro e nem que o cilindro não fique totalmente preenchido;
Retirar o excesso de solo de tal maneira que o volume do solo seja igual ao volume do cilindro;
Determinar a massa do solo + cilindro;
Colocar o cilindro no extrator de amostra e retirar o solo;
Determinar a umidade do solo compactado, retirando do interior do corpo de prova, uma amostra que será composta por parte do solo do terço superior, médio e inferior;
Após retirada da amostra para determinação da umidade, colocar o restante do corpo de prova junto com o restante do solo da bandeja e destorroá-lo;
Determinar a densidade do solo para esta condição de umidade;
Pulverizar uma certa quantidade de água e homogeneizar o solo;
Repetir os itens 5 a 15 até se obter pelo menos 5 pontos, sendo 2 abaixo e dois acima e 1 próximo à umidade ótima de compactação;
Obtidos os pares de valores de umidade (eixo X) e densidade do solo (eixo Y), plotar o gráfico e traçar a curva que melhor se ajuste aos pontos;
Determinar o valor da densidade do solo máxima (pico da curva) e a umidade ótima.
Resultados e Discussão
Após a análise de textura os resultados obtidos foram: 52,77% de areia, 34,80% de argila e 12,42% de silte.
Figura 1: Pirâmide textural.Figura 1: Pirâmide textural.
Figura 1: Pirâmide textural.
Figura 1: Pirâmide textural.
Observando o diagrama triangular pode-se constatar que este solo é de textura Franco argilo arenoso.
A densidade máxima obtida através do teste de proctor é de 1,77 g/cm³ e umidade ótima para compactação é de 18,16%.
Gráfico 1: Curva de compactação do solo Gráfico 1: Curva de compactação do solo
Gráfico 1: Curva de compactação do solo
Gráfico 1: Curva de compactação do solo
Umidade ótima de compactação
Densidade Máxima
a
-0,0015
18,16666667
1,768941667
b
0,0545
c
1,2739
O grau de compactação deste solo na camada de 0-10 é de 95%, 10% a mais do que o valor máximo permitido para desenvolvimentos de plantas que é de 85%, ressalta-se também que a porosidade total é baixa (36%) em relação a porosidade ótima (50%) e isso implica dizer que esta camada está altamente compactada. Já a camada de 20-30 apresentou grau de compactação de 80%, apresenta uma certa resistência, mas não tão quanto a camada mais superficial, a porosidade total apresentou 46%. O elevado grau de compactação pode ser justificado pelo alto teor de areia deste solo, uma vez que solos arenosos são mais propícios a compactação pois não apresenta agentes cimentantes. E essa compactação pode ter se dado devido local de coleta sofrer muitas ações antrópicas pelo trafego de carros e pisoteio de pessoas e animais.
Conclusão
Bibliografia
ARAÚJO, R.; GOEDERT, W.J.; LACERDA, M.P.C. Qualidade de um solo sob diferentes usos e sob cerrado nativo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 31:1099-1108, 2007.
FERREIRA, M.M. Caracterização Física do Solo. In: Física do Solo / Quirijn de Jong van Lier (Ed.). Física do Solo. – Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, p. 1, 2010.