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Relatório Iogurte

relatório da aula de produção de iogurte

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Leite em caixa Aquecimento a 42 °C Inoculação Incubação na estufa 3,5 h a 42 °C Adição da calda 3 % de Leite em pó Armazenamento Monit. do ác. Láctico a cada 30 min 1 Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Exatas e Naturais Faculdade de Química Disciplina: Tecnologia das fermentações Prof.: Vanessa Relatório: Produção de iogurte Ana Carolina Maués dos Santos - 08056000301 Christiene Rafaela Lucas de Matos - 08056000901 Júlio Guerra Neto - 09056000101 Lindete Rodrigues dos Santos - 08056000401 BELÉM-PA 2011 Lista de figuras Figura 1: Esquema da fabricação do iogurte. 5 Figura 2: a) Streptoccous thermophilus e b) Lactobacillus bulgaricus 7 Figura 3: % de ácido láctico em função do tempo 7 Lista de tabelas Tabela 1: Ingredientes utilizados na produção de iogurte. 4 Tabela 2: Dados obtidos para a determinação da % de ácido láctico. 6 Sumário 1. Introdução 2 2. Objetivos 3 3. Materiais 3 4. Produção do iogurte 4 4.2. Preparo da Calda 5 4.3. Determinação da acidez em % de ácido láctico 5 4.3.1. Materiais 5 4.3.2. Procedimento 5 5. Resultados e discussão 6 6. Conclusão 8 7. Referência 8 Introdução A legislação brasileira define o iogurte como "o produto obtido pela fermentação lática através da ação do Lactobacillus delbrueckii ssp bulgaricus e Streptococcus thermophilus sobre o leite integral, desnatado ou padronizado". Pode-se fazer acompanhar de outras bactérias láticas que, por sua atividade, contribuem para a determinação das características do produto acabado.2 O iogurte é um produto amplamente recomendado pelas suas características sensoriais, probióticas e nutricionais, pois, além de ser elaborado com leite contendo alto teor de sólidos, cultura lática e açúcar, pode ainda, ser enriquecido com leite em pó, proteínas, vitaminas e minerais, e ser produzido com baixo teor ou isento de gordura.6 Depois do queijo, o iogurte pode ser considerado o produto lácteo fermentado mais importante no mercado brasileiro. Existem muitos tipos de iogurtes de fabricação industrial: iogurte de consistência firme, iogurte batido, iogurte líquido, aromatizados, com polpa de frutas, etc. No entanto, a mistura básica de ingredientes é essencialmente a mesma. A produção mundial e o consumo de iogurtes cresceram muito, com a introdução dos iogurtes aromatizados com frutas. A adição de frutas aumenta de maneira eficaz a aceitação do produto, pois nem todos os consumidores preferem o iogurte na sua forma natural.10 O leite destinado à fabricação de iogurte deve apresentar uma baixa contagem de microrganismos, para que se possa garantir um produto final com as características desejáveis de sabor e textura, além da segurança alimentar exigida pelo consumidor. A Instrução Normativa nº 46 de 24/10/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento2 estabelece como padrão de identidade e qualidade para o iogurte o teor de ácido lático (g de ácido lático/100g) de 0,6 a 1,5 e valores de pH de 3,6 a 4,5. Nos últimos anos, a fabricação de iogurtes no Brasil cresceu de maneira considerável, registrando um alto consumo, especialmente devido ao apelo de alimento funcional que o mesmo tem recebido.8 O Brasil tem um consumo per capita de quase 2 Kg por ano. O consumo urbano é 300% maior do que o rural.9 A preocupação com relação à alimentação vem mudando muito nas últimas décadas. A nutrição continua desempenhando seu papel de fornecimento de nutrientes, mas o conceito de alimentos funcionais faz com que essa ciência se associe à medicina e ganhe dimensão extra no século XXI.5 Objetivos Obter iogurte com polpa de fruta a partir de leite integral e observar as transformações ocorridas durante o processo. Materiais - Panelas - Colheres - Fogão - Estufa -Termômetro - Potes de 200 mL Tabela 1: Ingredientes utilizados na produção de iogurte. Ingrediente Quantidade Leite em caixa integral 2 L Leite em pó 60 g Açúcar 560 g Polpa de acerola 400 g Água destilada 40 mL Fermento Bio Rich 2 envelopes Produção do iogurte 4.1. Processo fermentativo - A princípio realizou-se a esterilização de dos materiais a serem utilizados com água quente a fim de evitar a contaminação no produto final; - Em uma panela, o leite foi aquecido até 42 °C, agitando sempre e com cuidado para que não formar-se espuma e não ultrapassasse o limite de temperatura (42ºC); (OBS: não mexer com o termômetro, utilizar a colher de plástico); - Para uma consistência mais firme do iogurte foram acrescentados 60g de leite em pó; - Depois que o leite atingiu a temperatura de 42 °C, adicionou-se na panela o inóculo (já pesado) e misturou-se bem; - Em seguida a panela foi retirada do aquecimento e colocada sobre a bancada; - Alíquotas de 10 mL foram retiradas e colocadas em 8 erlenmeyers previamente identificados e reservados para posterior determinação da acidez (item III deste roteiro); - Determinar a acidez em uma amostra no tempo inicial 0 min. - Incubar a panela na estufa e os outros 7 erlenmeyers, todos a 42°C, e a hora foi anotada; - Após 30 minutos de incubação, retirou-se um erlenmeyer para determinar a acidez; - Repetiu-se o item anterior a cada 30 minutos, até que a oitava amostra; - Após três horas e meia de fermentação, retirou-se a panela da estufa, e adicionou-se a calda ao mosto a fim de conferir sabor ao iogurte; que foi acondicionado em embalagens plásticas de 200 mL. O fluxograma do processo de produção de iogurte é apresentado na Figura 1. - Em seguida o iogurte foi acondicionado em potes plásticos de 200 mL, mantendo-se o iogurte sob refrigeração até o seu consumo (máximo 2 dias após a fabricação); O fluxograma do processo de produção do iogurte está apresentado na Figura 1. Figura 1: Esquema da fabricação do iogurte. Preparo da Calda Para o preparo da calda foram adicionados 400g de polpa de acerola em uma panela de alumínio, previamente esterelizada, juntou-se 560g de açúcar e 40 mL de água, levou-se ao fogo até obter uma boa consistência. O °Brix da calda foi 64. Determinação da acidez em % de ácido láctico Materiais Amostra a ser analisada, solução de hidróxido de sódio N/9, solução alcoólica de fenolftaleína a 1%. Procedimento 1. Pegar uma alíquota de 10 mL da amostra e adicionar em um erlenmeyer (considerar 10 mL aproximadamente igual a 10g). 2. Adicionar cerca de 20 mL de água destilada e 3 gotas da solução alcoólica de fenolftaleína 1%. 3. Titular com uma solução de hidróxido de sódio N/9, até o aparecimento de uma coloração rósea pálida persistente por 30 segundos. 4. Anotar o volume gasto. 5. Cálculo: Acidez é expressa como % de ácido láctico % Ác.láctico=V (mL) NaOH x fc NaOHA Onde, V = volume em mL de hidróxido de sódio N/9 gasto fc = fator de correção da solução de hidróxido de sódio N/9 A = peso da amostra em g (considerou-se que 10 mL da amostra equivalem a 10g, densidade próxima de 1,0 g.cm-3); Tabela 2: Dados obtidos para a determinação da % de ácido láctico. Alíquota Tempo de fermentação (min) Peso da amostra (g) Volume de NaOH (mL) Acidez (% de ácido láctico) 1 0 10 2,1 0,21 2 30 10 3,0 0,27 3 60 10 2,7 0,3 4 90 10 3,4 0,34 5 120 10 4,2 0,42 6 150 10 4,5 0,45 7 180 10 5,0 0,5 8 210 10 6,5 0,65 Resultados e discussão Durante a fermentação, as bactérias do iogurte, Streptococus thermophilus e Lactobacilus bulgaricus (figura 2), crescem em simbiose, produzindo ácido láctico, compostos aromáticos e coágulo. Figura 2: a) Streptoccous thermophilus e b) Lactobacillus bulgaricus No inicio da fermentação, a acidez do leite (menor que 20º D) favorece o crescimento do S. thermophilus, estimulado por alguns aminoácidos livres (especialmente a valina) produzidos pelo L. bulgaricus, o que provoca um aumento de acidez, evidenciado na figura 2, a porcentagem de ácido láctico aumenta com o aumento do tempo.4 Figura 3: % de ácido láctico em função do tempo Ao atingir aproximadamente 46º D, o meio se torna pouco propício ao S. thermophilus, favorecendo o rápido desenvolvimento do L. bulgaricus, com produção de acetaldeído, o principal responsável pelo aroma característico do iogurte. Com o aumento de acidez, o pH se aproxima de 4,6, ponto isoelétrico da proteína do leite, e tem-se a coagulação.4 Entretanto, a cultura (start) do iogurte deve conter uma percentagem igual das duas bactérias, do contrário não se obterá a consistência e a característica desejável do odor no produto industrializado (Behmer, 1999). A temperatura mostrou-se um fator importante na execução desta atividade, pois se a temperatura for superior a temperatura ótima as bactérias não sobrevivem, e abaixo dela a velocidade do processo é bastante reduzida. Houve perdas de iogurte na elaboração do processo, pois uma parte da amostra devia ser retirada para a determinação da acidez, mas mesmo assim obteve-se um bom rendimento, cerca de 13 embalagens de 200 mL foram preenchidas, totalizando 2,6 L de iogurte produzido, um volume maior do que a quantidade de leite utilizado, isso se deve ao acréscimo da calda na produção do iogurte. A Instrução Normativa nº 46 de 24/10/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento2 estabelece como padrão de identidade e qualidade para o iogurte o teor de ácido lático (g de ácido lático/100g) de 0,6 a 1,5, logo o teor final de ácido láctico de 0,65% para o iogurte produzido na aula pratica atendeu ao requisito exigido pela legislação. A refrigeração do iogurte interrompe o crescimento das bactérias lácticas, que mantém, no entanto uma certa atividade metabólica. É por isso que a acidez do produto em tendência a aumentar durante o armazenamento enquanto a sua viscosidade diminui. O iogurte fabricado em boas condições de higiene e mantido no frio pode permanecer comestível durante aproximadamente 30 dias. (Behmer,1999). Mas segundo a professora Vanessa, o iogurte produzido na aula prática deveria ser consumido em até 2 dias, devido não haver a presença de aditivos ou conservantes. Conclusão Com este trabalho foi possível conhecer as características que possui um iogurte de qualidade como uma consistência adequada, coagulo firme, textura cremosa, sabor e aroma característico. Além do mais foi possível conhecer as etapas do processamento do iogurte como: seleção da matéria-prima e preparo da mistura, homogeneização, tratamento térmico, inoculação, incubação e resfriamento. Observando o iogurte sob um ponto de vista de produção caseira o iogurte é de fácil produção, manipulação e econômico, obtendo-se uma quantidade de iogurte maior que a quantidade de leite utilizado. O teor final de ácido láctico de 0,65% para o iogurte atendeu ao requisito exigido pela legislação. Portanto, foi obtido um iogurte ótimo para o consumo. Referência BEHMER, M. L. A. Tecnologia do Leite – 13ª ed. Revisada e atualizada – São Paulo: Nobel,1999. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Resolução nº 46, de 24 de outubro de 2007, dos padrões de identidade e qualidade (PIQ) de leites fermentados. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 out. 2007. Seção 1, p. 5. Centro Danone de informação ao iogurte. Disponível em: . Acesso em 11jun. 2011. Fermentação láctica e a produção do iogurte. Disponível em: . Acesso em: 5 jun. 2011. FUCHS, R.H.B.et al. Iogurte de soja suplementado com oligofrutose e inulina. Ciênc. Tecnol. Alim., Campinas, v. 25, n.1, p.175-181, jan.-mar. 2005. PORTER, J.W.G. Leche y productos lácteos. Trad. J.L.B. ESCALADA. Zaragoza: Acribia, 1981. p. 71-74. Processo de fermentação. Disponível em: . Acesso em: 5 jun. 2011. SABOYA, L. V.; OETTERER, M.; OLIVEIRA, A. J. Propriedades profiláticas e terapêuticas de leites fermentados: uma revisão. B. SBCTA, v. 31, n. 2, p. 176-185, 1997. SCHLINDWEIN, M.M.; KASSOUF, A.L. 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