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Relatório Final De Estágio 3

Relatório final de estágio em Serviço Social na maternidade Dr. Marques Bastos e Hospital Infantil Dr. Mirocles Veras

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1- INTRODUÇÃO O presente relatório refere-se às atividades realizadas pela acadêmica de Serviço Social Dorane França na Maternidade Dr Marques Bastos e Hospital infantil Dr.Mirocles Veras na cidade de Parnaíba-PI durante o estágio curricular III da Faculdade Internacional do Delta-INTA/FID .O estágio teve duração de 150 horas, e foi desenvolvido durante o período de 02 de setembro de 2013 a 29 de novembro de 2013. O referido estágio teve como objetivos, complementar a formação do aluno, proporcionando uma experiência acadêmico-profissional através de vivências nos campos de prática do Assistente Social no ambiente hospitalar; estabelecer relações entre a teoria e a prática profissional, refletindo sua aprendizagem com reflexões sobre o trabalho cotidiano do Assistente Social no Serviço Hospitalar, aperfeiçoar habilidades técnicas e prática necessárias ao exercício profissional, no ambiente hospitalar, ou seja, planejar e executar o cuidado da Sistematização da Assistência , fortalecer a integração do aluno e da Faculdade de Serviço Social com a realidade político-social e profissional e reforçar os aspectos teóricos inerentes ao exercício profissional, principalmente no ambiente hospitalar. 2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO A Maternidade se localiza na Rua Riachuelo 932 , é uma instituição filantrópica ,que também dispõe de recursos por intermédio do SUS (sistema único de saúde) e tem como missão "Zelar pela saúde, o bem-estar e as necessidade da Maternidade e da Infância do município de Parnaíba e região." O complexo SPMIP(Sociedade de Proteção à Maternidade e a Infância de Parnaíba) No início contava com apenas um Departamento Hospitalar, a Maternidade Dr. Marques Bastos, mas, em razão da demanda pelos seus serviços, foi instituído o Hospital Infantil Dr. Mirócles Veras. Dessa forma, a Instituição busca atingir os seus dois objetivos principais: a atenção à maternidade e o atendimento infantil. O usuário da maternidade são pessoas da cidade de Parnaíba e regiões vizinhas, são pessoas em sua maioria usuários do SUS(Sistema único de Saúde) são gestantes em sua maioria em gravidez de risco ,puérperas internadas por longos tempos devido complicações no parto e o bebê ,tendo necessidade de ficar na incubadora ou outras doenças causadas por necessidades especiais da gestação. Têm se também crianças internadas em sua maioria com viroses e em muitos casos sem poder pagar exames laboratoriais ,além de idoso com problemas respiratórios e cardiovasculares. 2.1 SERVIÇO SOCIAL E A MATERNIDADE Serviço Social atua junto no SPMIP , em parceria tem realizado ações socioeducativa com a população usuária tendo como seu principal objetivo contribuir com o bem-estar das gestantes e puérperas que procuram os serviços aqui ofertados. O Serviço Social no SPMIP exerce as seguintes funções:  Administração do Serviço Social: Coordenar, chefiar e supervisionar as atividades do Serviço Social; Assessoramento: A Assistente Social pode prestar assessoria técnica na elaboração de planos, programas e projetos junto à direção e as equipes multiprofissionais, instituição e população usuária; Intervenção Social: é uma função ampla, articula-se com as demais funções. É a ação propriamente dita, especifica do Serviço Social. Vai garantir a ação do mesmo dentro dos objetivos propostos pelos profissionais, permitindo o atendimento da população usuária, quer a nível individual, grupais ou comunitárias, em consonância com as suas atribuição específica; Pesquisa Social: Buscar promover o levantamento de dados relacionados com os aspectos Sociais, verificar a eficácia da ação do profissional, identificar e conhecer a realidade social. Através dessa função a Assistente Social pode propor novas medidas de intervenção. Ensino de Supervisão: O profissional precisa estar sempre se atualizando, capacitando-se, não podendo ficar estagnado no SPMIP. O profissional precisa proporcionar aos estudantes de Serviço Social condições de aprendizagem de acordo com as possibilidades da unidade. Devido a essa atribuição o SPMIP e a Faculdade do Delta firmaram convênio e foram selecionadas duas estagiárias para acompanhar a Assistente Social. Assistencial: Prestação de serviços concretos visando à solução de problemas imediatos, apresentados pela população usuária dentro do SPMIP e através de encaminhamentos para Rede Social. Acompanhamento Social do tratamento da saúde junto aos pacientes e gestantes; Discutir com os demais membros da equipe de saúde sobre a problemática do paciente, interpretando a situação social do mesmo; Informar e discutir com os pacientes acerca dos direitos socias, mobilizando-os ao exercício da cidadania; Promover mensalmente uma homenagem aos aniversariantes(colaboradores do SPMIP) com o intuito de motivação do mesmo; Elaborar relatórios, pareceres sociais sobre o setor; Participar de reuniões técnicas com a Equipe do SPMIP; Assessorar os Recursos Humanos com a equipe de colaboradores do SPMIP; Realizar capacitações com os colaboradores; Firmar convênios e parcerias com a Secretaria de Saúde Municipal e Estadual em nível de programas e projetos a serem implantados; Discutir com familiares sobre a necessidade apoio na recuperação e prevenção da saúde do paciente e gestante. Atendimento Social; Formar grupos com grávidas de riscos, para palestras, rodas de conversa e preparo da mesma para o parto; 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o período das atividades do mês de Setembro, foi realizado o planejamento para execução do projeto de intervenção e aplicação do mesmo, durante o planejamento foi realizado participação durante as atividades cotidianas de estágio como entrevista com gestantes, colaboração em palestras com gestantes menores de idade no complexo hospitalar. Durante os seguintes meses, foram realizadas leituras para melhor compreender assuntos relacionados à saúde e o próprio serviço social no âmbito da saúde e a pós o planejamento a execução do projeto de intervenção Acolhimento e Humanização para acompanhantes :a inserção do serviço social no Atendimento humanizado. 4- Projeto de Intervenção Profissional: as possibilidades e as limitações Conforme as exigências do Estágio Supervisionado II, elaborou-se um Projeto de Investigação e Intervenção Profissional, a ser aplicado na referida instituição. Foi construída uma proposta de intervenção baseada na Política de Humanização ,tendo em vista a problemática estudada referente aos acompanhantes de usuários internos no Hospital ,a fim de integrá-los ou pelo menos iniciá-los as normas do hospital bem como seus direitos e deveres do Acompanhante na saúde. O trabalho é desenvolvido através de reuniões com grupo de acompanhantes, podendo ser realizada nos próprios leitos, sendo assim busca-se atingir os objetivos acima. O Serviço social e fonte fortalecedora para garantia dos direitos e da politica de humanização. Os encontros somam no total de 6 encontros sendo realizados nas enfermarias , durante a semana ( segunda, terça, quarta, ) realizando dialogo explicativos sobre os direitos e deveres do acompanhante, bem como as normas e rotinas do hospital , propiciar educação em saúde no hospital e a importância do serviço social no âmbito Hospitalar. Esperamos, com os encontros de apoio, aumentar o compromisso e a comunicação do acompanhante com a equipe multiprofissional. Afinal é um processo natural o qual podemos, a qualquer momento, estar inseridos. Com intuito de propiciar um espaço para repensar a vivência dos cuidadores de pacientes, amenizar o esgotamento físico e as perdas emocionais ocorridas em decorrência do processo de adoecimento de familiares, este projeto visa a garantia de direitos e deveres dos acompanhantes no âmbito hospitalar, bem como a inserção do serviço social no atendimento humanização em busca de melhoria no atendimento e efetivação das políticas de saúde. O principal objetivo do projeto é atuar junto aos acompanhantes, demonstrando a relevância da sua participação no processo saúde, doença e tratamento do paciente. É trabalhada a discussão da realidade hospitalar e a importância do acompanhamento. Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). De acordo com a política nacional de Humanização do Ministério da Saúde (2007), a presença do acompanhante é importante: Para melhor captar os dados do contexto de vida do doente e do momento existencial por ele vivido, possibilitando um diagnóstico abrangente. Para ajudar na identificação das necessidades do doente e, por meio de outras informações fornecidas pelos familiares, compor o quadro dos seus principais problemas, a fim de facilitar a elaboração do projeto terapêutico. Para manter a inserção social do doente durante toda a sua internação. Para permitir, desde o início, a integração do acompanhante e dos familiares no processo das mudanças provocadas pelo motivo da internação e das limitações advindas da enfermidade. Para incluir, desde o início da internação, a comunidade no processo dos cuidados com a pessoa doente, aumentando a autonomia desta e a dos seus cuidadores. Para a equipe orientar os membros da família quanto ao seu papel de cuidadores leigos, que podem aprender algumas técnicas para a continuidade do cuidado em casa. Para permitir que a pessoa internada perceba a participação dos familiares no seu tratamento. Para colaborar na observação das alterações no quadro clínico e comunicá-las à equipe. Para fortalecer, na pessoa doente, a sua identidade pessoal e sua autoestima. O exercício profissional do Serviço Social é fundamentado na perspectiva de direitos coletivos e envolve uma dimensão política, ética e técnica, na busca de alternativas para contribuir com o processo de democratização dos serviços públicos. Entretanto, o projeto ético-político não se defende apenas com argumento teórico, é nas relações estabelecida que se materialize. Pois o Serviço Social atua como o principal articulador na relação família, equipe e instituição, tendo como um dos objetivos principais informar e socializar as regras institucionais, assim como, contribuir para a garantia dos direitos e deveres dos acompanhantes. O que se relata de limitações ou aspectos negativos e que de todos os objetivos propostos um deles não foi alcançado, pois os acompanhantes em números maiores de porcentagem equivalente a 70% não se vestiam adequadamente, já que uma das metas do projeto era alertar contra a infecção hospitalar e aderirem a não usar shorts e mini saias e bermudas. Neste aspecto o projeto por si só não pode vencer este aspecto, pois a falta de controle ou forças enérgicas a respeito da vestimenta dentro do hospital não existia e o projeto em sí por mais dialogo que obter-se com os acompanhantes eles ainda reclamavam por achar um exagero não usar mini saia. O último dia do projeto encontrei nos corredores uma senhora –mãe acompanhante de seu filho na pediatria de mini saia. 5- CONSIDERAÇÃO FINAL Através da realização deste estágio curricular ficou clara a importância do papel do Assistente Social, a importância de atentar para as necessidades do paciente, acompanhando mudanças e preservando sua dignidade, e atentar também para as necessidades da equipe de saúde que também precisa de melhores condições para realizar o trabalho mesmo com a superlotação do serviço. Todos os mecanismos de avaliação e de aprendizado podem ser considerados satisfatórios, entretanto realmente será benéfico para o aprendizado do estagiário, proveitoso para a formação profissional e para a relação teórico/prática. Para finalizar, o estágio prático está contribuindo não apenas com o meu lado como estudante, mas também, com o meu lado pessoal, pois, tenho a oportunidade de vivenciar diretamente situações do dia-a-dia na profissão. E assim, portanto, posso enriquecer as minhas teorias aprendidas em sala de aula, através da prática, o que se faz muito importante para a formação completa do profissional de Serviço Social. Fazendo com que a visão crítica se estabeleça de forma ampla e visando sempre a conquista dos direitos do usuário e aproveitar ao máximo o aprendizado da prática profissional. De pontos negativos se identifica a cruel realidade do usuário, sem possibilidades de pagar alguns exames, as filas de espera longas para marcar uma consulta, as interrupções de estágio que com isso ocasionou o atraso na vida e agravamento da questão social ou seja os problemas atuais da saúde pública no Brasil e no mundo em que vivemos. Mais se vê constantemente na prática profissional o processo de mobilização e reestruturação para consolidar do seu papel na reprodução social e na garantia do bem-estar das populações e seus direitos fundamentais. 6-BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha da PNH: acolhimento com classificação derisco. Brasília, Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Série C. Projetos, Programas e Relatórios, n. 20 Brasília, DF: 2001 ______. ______. Política Nacional de Humanização (PNH): HumanizaSUS -Documento-Base. 3. ed. Brasília, 2006. ______._______. Cartilha da PNH: acolhimento nas Práticas de Redução à saúde.Brasília, Ministério da Saúde, 2006. ______._______. HumanizaSUS. Visita aberta e direito ao acompanhante. Série B.Textos básicos de saúde. 2 ed, 2007. BURIOLLA, Marta Alice Feiten. Supervisão em serviço social: o supervisor, sua relação e seus papéis. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003 GAUDERE, E. Christian. Os direitos do paciente-um manual de sobrevivência-Rio deJaneiro. : Record, 1991. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Código de Ética Profissional doAssistente Social. Brasília, 1993. BRAVO,Maria Inês Souza .SAÚDE E SERVIÇO SOCIAL (orgs) 5 ed .SP:Cortez.2012  Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA) 11