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Relatório Estágio- Médioi

Rlatório de conclusão de estágio no nível médio I, requisito parcial para a conclusão da licenciatura em ciências biológicas na UFABc

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Universidade Federal do ABC  Licenciatura em ciências biológicas            Relatório de atividades do Estágio Supervisionado  (Médio) I, desenvolvido na E.E. Dr. Celso Gama            Bárbara Molina Mourad                    Santo André­ SP             2014      Bárbara Molina Mourad          Relatório de atividades do Estágio  Supervisionado (Médio) I, desenvolvido na E.E.  Dr. Celso Gama              Relatório final do estágio supervisionado ( médio) I apresentado no curso de licenciatura em ciências  biológicas, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em ciências biológicas            Orientadora: Profª. Dr ª. Mirian Pacheco Silva Albrecht.          Santo André­ SP                                                                2014  I ­ Identificação da Escola e seu Contexto    A) Caracterização da infraestrutura    a.  Localização da escola;    A escola estadual doutor Celso Gama,  está localizada na Parça assunção, Vila Assunção Santo  André­ SP. A Figura 1 mostra a fachada da escola.      Figura 1­ fachada da E.E Dr. Celso Gama.  Fonte: < maps.google.com> último acesso em 23/04/2014.      b.  Descrição da infraestrutura geral do prédio da escola:    A  primeira  impressão  ao  entrar  na  escola  é  muito  boa,  o  pátio  é  bastante  amplo,  arejado  e  limpo,  as  paredes  estão  com  sua  pintura  conservada,  a  fachada  também  está  bastante conservada, tanto  em paredes  internas  quanto  externas não há pixação,  e  podemos  ver  diversos  graffitis.  Algumas  das  paredes  do  pátio  possuem trabalhos  de alunos fixados.    A  entrada  da  secretaría  é  de  livre  acesso,  porém  entre  a  secretaría  e  o  interior  da  escola  existe  uma  porta  automatizada,  onde  apenas  funcionários   da  escola  tem  acesso  ao  botão que  a  abre. A  escola  possui câmeras  em  sua  entrada, pátio e  salas  de aula.  Existem  grades  que  impedem o livre  acesso dos alunos às quadras, jardins e  pátio externos.  A escola está  localizada  em uma praça bastante  arborizada,  e  possuí uma área verde  rázoavelmente  grande  e  com  árvores  frutíferas,  porém  esta  não  recebe  cuidados  de  jardinagem e não é frequentada pelos alunos.  São  26  sala  de  aula,  todas  com  ventiladores  funcionando  e  lousa.  Estas  salas  são  chamadas  de  "sala  ambiente",  onde  cada  disciplina  possui  sua  própria  sala,  desta  forma  os  alunos  vão  até  o  professor  a  cada  mudança  de  aula.  As  portas  das  sala  possuem  trincos  que  abrem  apenas  pelo  lado  de  dentro,  sendo  que  para  abrir  pelo  lado  de  fora é  necessário possuír  uma  chave  especial,  que  no geral  fica  em posse da  inspetora e da professora.  A  escola  não  possui  adaptação  para  alunos  com  necessidades  especiais  como  é  previsto  na LDB.  Para  o  acesso às salas de aula, que se encontram no  segundo andar  do prédio, há  dois lances  de escada  que devem ser percorridos obrigatóriamente . Há  apenas  uma rampa,  que  está  localizada  na entrada da escola. Não há sala multiuso na  escola.      Figura 2­ Escadas entre o pátio e as salas de aula.  Foto: Adriana Yukimitsu    Existem dois  banheiros femininos  e dois  masculinos  na escola, os banheiros do andar  inferior possuem livre  acesso,  porém não  há  papel  higiênico  disponível  e não há trinco  nas portas, os banheiros do andar superior  ficam trancados e seu acesso  é permitido  apenas pela inspetora de alunos.  A  escola  não  demostra  ter  planos  de  melhoría  da  infraestrutura  do  prédio,  mas  alega  em  relação  à  acessibilidade  que  caso  haja  necessidade a escola será  adaptada,  foi  afirmado  que  caso houvesse  algum aluno  portador de  deficiência  física  a  turma a qual  ele  iría pertencer  sería alocada no andar  inferior e como consequência desta alocação  sería modificado o esquema de salas­ ambiente.    c. Descrição dos diferentes ambientes:    A escola possui  pátio coberto  e pátio externo, no pátio coberto  se encontram a cantina  ,  o  refeitório,  diversas  mesas  e  cadeira.  Existem  duas  quadras,  uma  coberta e outra  aberta,  ambas  ficam  do  lado  de  fora  do  pátio  e  não  podem  ser  acessadas  nos  intervalos. No pátio ainda se encontra a rádio da escola, que funciona durante o horário   do almoço e é comandada por alunos.    d.  Caracterização  de biblioteca  ou  sala  de leitura (existência,  frequência e forma  de uso):    A biblioteca  tem  um  espaço amplo  e se encontra anexada à sala de leitura. Os alunos  têm  acesso  durante  os  intervalos  e  podem  fazer  empréstimos  de  livros,  revistas  e  jornais  mediante  a  apresentação  da  carteirinha  de  registro.  O  acervo  é  bastante  grande  e  diverso,  contém  livros  atuais  e  clássicos,  revistas  e   jornais.  Segundo  a  bibliotecária,  os  alunos  costumam  fazer  muitos  empréstimos,  e  demonstram  maior  interesse em livros atuais. Os alunos também têm o hábito pegar emprestados  barsas,  atlas e mini­ gramáticas para poderem realizar pesquisas para a escola.      Figura 3­ Biblioteca, à esquerda o acervo e à direita sala de leitura.  Foto: Adriana Yukimitsu          e. Caracterização de laboratório(s) (existência, frequência e forma de uso):    Há  dois laboratórios  de  informática, um  é  denominado  "acessa  escola", o  outro  é um  laboratório  para  ser  usado  durante  as  aulas.O  acessa  escola  escola  pode  tanto  ser  agendado  para  uso  em  aula  quanto  pelo  alunos  fora  do  período  de  aulas.  O  outro  laboratório de informática é utilizado em aula, e possui computadores bastante antigos.  Há  um  laboratório  de  biologia  e  um  laboratótio  de  ciências.  Há  salas  onde  ocorrem  oficinas  de  matemática  e  artes. Os  laboratórios de  biologia e ciências  e  as  salas  de  artes  são  utilizados  em  aula.  O  laboratório  de  biologia  possui  vários  modelos  e  uma  coleção biológica de animais. Há também alguns poucos microscópios bem antigos. O  laboratório de ciências possui muitas vidrarias e alguns modelos.      Figura 4­ Laboratórios didáticos. À esquerda, o laboratório de Ciências e à direita, o  laboratório de Biologia.  Foto: Adriana Yukimitsu        Há  uma  sala  de  vídeo,  que  possui  três  televisões,  um  aparelho  de  DVD,  um  computador  conectado  a  um  projetor e um scanner,  nesta  sala há  cadeiras  diferentes  das cadeiras das demais sala de aula e não há mesas.    f.  Caracterização  das  salas  de  aula  e  forma  de  utilização  (número  de   salas,  alunos matriculados em cada série, e total de alunos matriculados na escola).    Segundo  a  coordenação  da  escola,  ao  todo  são  26   salas  de  aula  e  899  alunos  matriculados e frequentes.Em média, a escola tem:      Série  N° de  alunos/  classe  6° ano do  7° ano do  E.F  E.F  34  7ª série*  do E.F  8ª série*  do E.F  34  33  35  1ª série do  2ª série do  3ª série do  E.M  E.M  E.M      40  33  35  Tabela 1: Média de alunos por série  *A escola ainda utiliza a denominação série.    Não  há  relatos  de  evasão,  e houveram  7  alunos  que desistiram da  matrícula  antes  do  início do ano letivo.    g. Outras observações pertinentes.    A  escola  tem  alunos  de  E.M  e  E.F  com  horários  de  intervalo,  entrada  e  saída  diferentes.  O E.F funciona em período integral.  No  prédio  da  escola,  desde  2003,  funciona  uma  das  sedes  do  centro  de  assistência  social e motivação profissional,  CAMP­ Piero Pollone, que atua na formação de jovens  aprendizes.      B)  Caracterização  dos  atores  da  escola  (professores,  funcionários, alunos e dirigentes):  A escola atende à demanda  de  alunos  de  toda  a  região do município de Santo André,  desde  bairros   mais  próximos  até  os  bairros  mais  periféricos.  Próximo  à  escola,  localiza­se a"  favela da Gamboa", cujas  crianças também encontram no Celso Gama o  ambiente ideal para o aprendizado.   Na  escola  é  possível  encontrar  professores  para   todas  as  disciplinas.  Não  há  uma  expressiva rotatividade desses professores.   Sobre os funcionários, pelo pouco período de tempo, foi possível perceber também a  relação  de  harmonia  que existe  entre  eles. Quanto  aos  atores  da  coordenação,  todos  foram muito receptivos com as minhas observações.      C) Documentos escolares    a.  Projeto  Político  Pedagógico  da  escola  (atentar  para  a  estrutura  geral,  os  objetivos  principais  e  outras  particularidades):  quais  as  propostas do  Projeto  e  sua relação com a prática?    A  escola  não  possui  o  PPP  com  fácil  acesso,  tanto  direção  quanto  coordenação  e  secretaría  não  sabiam  onde  encontrá­lo.   Me  foi  entregue,  uma  série  de  papéis  desconexos,  porém  o  PPP  não  estava  junto,  o  que  eu  recebi  em  seu  lugar,  foi  um  documento  com  orientações  gerais  de  como  elaborar  o  plano  gestor,  confeccionado  pela diretoría de ensino da região de santo andré.  Dentre  as  folhas  haviam  os  calendários  escolares  de  outros anos, listas  de  presença  de HTPC, entre outro documentos não ligados ao PPP.  Apenas  um  destes  documentos  se  assemelha  a  parte  de  um  plano gestor, este está  redigido abaixo:  "­  Na  questão  da  insdisciplina  e  da  agressividades  dos  alunos,  o  empenho  será  em  concientizá­los  através  de  conversas  e  também  acupar  o  tempo  deles  o  máximo  possível com atividades lúdicas, em aulas vagas, por exemplo;  ­  Para  a  integração  da  comunidade  à  realidade  escolar,  serão  utilizados  os  vários  canais  disponíveis  ( site,  email, cartazes, reuniões  de pais, conselho de  escola,  APM,  festas e reuniões extraordinárias quando forem necessárias.;  ­ Acompanhar de maneira sistemática as práticas pedagógicas em sala de aula;  ­  Monitoramento  de  desempenho  dos  alunos,  através  de  semanas  de  provas,  avaliando  as  competencias  e  habilidades  dos aluno,  elaboração de gráficos, conselho  de cásse, vistoría dos cadernos, etc;  ­  Vistoría  dos  diários   dos  professores  ao  final  de  cada  bimestre,  verificando  a  adequação ao currículo e ao projeto pedagógico da escola."    b.  Plano  de  ensino  da  disciplina  em  que  o  estágio  está  sendo  realizado:  objetivos, metodologia, distribuição dos conteúdos, avaliação.    Apesar  de  tererem  havido  diversas  solicitações  de  minha  parte à professora  Andréa  Buratti, não tive acesso ao plano de ensino de biologia.  A  professora  inicialmente  alegou  que  ainda  não  havia  terminado  o  plano  (  este  fato  ocorreu  entre  o  final  do  primeiro  bimestre  e  inicio  do  segundo)  ,  após  algum   tempo  solicitei  novamente  o  plano,  ela  me  disse  que  havia  feito  o  plano,  mas  teve  um  problema  com  o  computador,  e  que  por  isso  não  tería  como  entregá­lo  a  mim  e  à  escola neste momento.    c.  Materiais didáticos  utilizados pelo professor: quais são  utilizados? Análise de  Cadernos do  Professor  e  do  Aluno das propostas currículares do estado de São  Paulo.    O  livro  didático  adotado  pela  escola  é  o  livro  Bio,  dos autores  Sônia  Lopes e Sérgio  Rosso. 1 ed­ São  Paulo: Saraiva,  2010. Esta obra é formada por 3 volumes, divididos  em unidades e capítulos.  A  obra  "Bio"  foi  análisada  pelo  instituto  de Pesquisas Tecnológicas (IPT)  quanto  aos  aspectos  técnicos  e  editoriais  e  encaminhada  para  avaliação  pedagógica  por  uma  equipe  de especialistas  de  diversas áreas da biologia, após está série de avaliações,  a obra foi inserida no guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) [1].      Volume 1 (400 páginas):    Unidade  I.  O  mundo  em  que  vivemos:  Introdução   à  Biologia;  Introdução  à  Ecologia;  Ecossistemas  terrestres e  aquáticos;  Estrutura dos ecossistemas, fluxo de energia e ciclo da matéria;  Comunidades  e populações; A quebra do equilíbrio ambiental.    Unidade  II.  Origem  da  vida  e  Biologia  celular:  Das  origens  aos  dias  de  hoje;   A  química  da  vida;  Citologia  e  envoltórios  celulares;  O  citoplasma;  Metabolismo  energético; Núcleo, divisões celulares e reprodução.    Volume 2 (480 páginas):    Unidade I.  A  Espécie  humana: Reprodução humana; Embriologia humana; Estrutura e  função dos  epitélios  e  dos  tecidos  conjuntivos;  Estrutura   e  função  dos  tecidos  musculares  e  do  tecido nervoso;  Sistemas  digestório,  respiratório,  cardiovascular  e  imunitário;  Sistema  urinário,  nervoso e  endócrino.    Unidade  II.  Genética:  A  genética  e  os  genes;  A  herança  de  uma  característica;  A  Herança simultânea  de duas ou mais características; Outros mecanismos da herança; Biotecnologia.    Unidade III. Evolução: Processos evolutivos; Genética de populações e especiação.    Volume 3 (480 páginas):    Unidade I.  Classificação dos seres vivos  e  estudo  dos vírus, procariontes e protistas:  Evolução e classificação; Vírus; Procariontes; Protistas.     Unidade II. Plantas: Evolução e classificação das  plantas; Histologia e morfologia das angiospermas; Fisiologia das angiospermas.    Unidade  III.  Os  Fungos  e  os  animais:  Fungos;  Origem,  evolução  e  características  gerais dos  animais;  Forma  e  função  dos  animais:  um  estudo  comparado;  Diversidade  Animal  I;  Diversidade animal II; Diversidade animal III; Diversidade animal IV; Evolução humana.    Todos os volumes da obra possuem uma série de seções, são elas:    Abertura  de  unidade:  em  página  dupla,  contém  imagem,  texto  sobre  o  conteúdo  geral da unidade e uma citação de personalidade da Ciência que estimula a reflexão;  Pense  nisso:  questões  sugeridas  no  início  do   capítulo  para  resgate  dos  conhecimentos prévios dos alunos;  Texto:  com  informações  atualizadas, aborda os  temas  em  linguagem clara e objetiva,  com imagens que conversam diretamente com o texto escrito;  Tema  para  discussão:  sugere  uma  leitura  de  aprofundamento  e/ou  aplicação  do  assunto  estudado  e,  ao  final,  uma  ou  mais   questões  para  ampliar  o  tema  tratado  e  estimular a discussão e a troca de ideias entre os alunos;  Roteiro  de  estudo:  estimula  o  aluno  a  revisar  os conceitos  e  a  elaborar  seu próprio  resumo.  Retomando:  finaliza  o  capítulo  e  sugere retomada  das  respostas dadas  às  questões  iniciais;  Ampliando e integrando  conhecimentos: atividades  contextualizadas  que ampliam  os  conhecimentos   e  os  integram  com  outras  áreas  do  saber,  visando  desenvolver  diferentes habilidades e competências;   Questões  discursivas  e  testes:  atividades  que  exigem  o  uso  de  habilidades  diversificadas e que contemplam os principais vestibulares do país;  Enem:  questões  do  Exame  Nacional  do  Ensino  Médio  que  são  encontradas ao  final  de cada unidade. [2]    Como  análise  pessoal  sobre  o  livro,  e  baseada  no  instrumento  para  orientação  de  análise de  livro­  texto de biologia, de Myriam Krasilchik [3], apresento a seguinte tabela  avaliativa.    Tabela 2: Análise do livro didático  ÓTIMO  BOM  REGULAR              I­ Conteúdos  RELEVANTE  X      ATUALIZADO  X      BEM ESTRUTURADO  X      CORRETO  X      ESTABELE RELAÇÕES  CAUSAIS      X    ANALÍSA CONTEÚDO  HISTÓRICO    X      INTERESSANTE  X      EXIGE MAIS DO QUE A  LEITURA DOS TEXTOS    X      PROPÕESM  PROBLEMAS NOVOS    X                   II­ Perguntas             III­ Ilustrações  ESCLARECEM OS  TEXTOS    DRAMATIZAM O TEXTO X  SUBSTITUEM O TEXTO    X          X                 IV­ Formato  DURÁVEL    X    FÁCIL DE MANUSEAR  X      BEM IMPRESSO  X                  V­ Linguagem  ADEQUADA AO NÍVEL  DOS ALUNOS    X      NÚMERO ADEQUADO  DE TERMOS TÉCNICOS     X        A professora  ainda utiliza, como material de apoio o caderno pertencente ao programa  "São  Paulo  faz  escola",  da  secretaría  de  esucação  do  Governo  do  Estado  de  São  Paulo.  Estes  cadernos  estão  divididos  por  conteúdos  bimestrais,  onde   atualmente  cada caderno  possui o conteúdo  de  dois bimestres.O programa  São Paulo faz escola  foi criado  em 2007, o material didático referido  começou a ser implantado em 2008, e  em  2010  se  tornou  o  currículo  do  estado  de  São  Paulo[4].  Em  uma  análise  geral,  o  caderno trabalha os conteúdos de maneira contextualizada e,  frequentemente,  traz  textos  complementares  e  de  fixação.  Traz  também  um  grande  número  de  exercícios.   A  professora  opta  por  utilizar  este  caderno  como  um  material  complementar  ao  livro   e  aos  textos  passados  por   ela.  Ela  afirma  que  o  caderno  traz  poucas e incompletas informações.    II ­ OBSERVAÇÕES EM SALA DE AULA    A) Apresentação do professor supervisor    Durante  minhas   observações  em  sala  de  Aula,  acompanhei  a  professora  Andréa  Regina Buratti  Leite,  formada no bacharelado e na  licenciatura em  ciências biológicas  pela Universidade São Judas Tadeu, e atuante a 22 anos.    B)Observação detalhada de aulas.  Durante o período  de observações de  aula,  acompanhei  periódicamente  três  classes  de primeira série  do  E.M.  (1°B, 1°  C e 1°D). Em todas as turmas, as aulas são duplas,  totalizando  100  minutos  cada.  Descreverei aqui as observações realizadas, de acordo  com  o  roteiro  para   a  observação  reflexiva,  disponível  no  manual  dos  estágios  supervisionados das licenciaturas da UFABC. [5]    24/03/2014  Aula 1  Tema: Ciclos biogeoquímicos  Classes: 1°C e 1°B  Metodologia: Aula expositiva.  Materiais: Lousa e giz.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  *  Texto  passado pela professora na lousa para que os alunos copiassem ( texto curto e  com diversos esquemas).  # No geral, os alunos copiavam o texto sem prestar atenção.  * a professora da visto nos cadernos daqueles que copiaram o texto    24/03/2014  Aula 2  Tema: Ciclos biogeoquímicos  Classes: 1°C e 1°B  Metodologia: Aula expositiva.  Materiais: Lousa.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  * A professora explica o texto  # Os alunos prestam atenção, e alguns alunos fazem perguntas.  *  A  professora  passa  como  tarefa  para  a  próxima  aula,  as  páginas  50,  52  e  53  do  caderno do estado.  24/03/2014  Aula 1  Tema: Prova  Classes: 1°D  Metodologia: Prova argumentativa/ objetiva.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  #  Os  alunos  poderiam  consultar  um  "lembrete"  que  devería  ser  confeccionado  préviamente em casa  #  Os  alunos  ficaram  quietos,  em  suas  carteiras  e  fizeram  poucas  peguntas  para  a  professora durante a prova.    24/03/2014  Aula 2  Tema: Ciclos biogeoquímicos  Classes: 1°D  Metodologia: Aula expositiva.  Materiais: Lousa e giz.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  *  Texto  passado pela professora na lousa para que os alunos copiassem ( texto curto e  com diversos esquemas).  # No geral, os alunos copiavam o texto sem prestar atenção.  * a professora da visto nos cadernos daqueles que copiaram o texto  * A professora explica o texto  #  Os  alunos  não  prestam  atenção  na  explicação  e  ficam  reunidos  em  grupos  com  conversas paralelas, porém alguns alunos fazem diversas perguntas.  *  A  professora  passa  como  tarefa  para  a  próxima  aula,  as  páginas  50,  52  e  53  do  caderno do estado.    31/03/2014  Aula 1  Tema: Ciclos biogeoquímicos  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia: Aula de exercícios.  Materiais: Cadernos do estado de São Paulo e livro­ texto BIO.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  * A professora deu visto nos exercícios  dados como tarefa na aula passada.  * A professora fez a correção dos exercícios dados como tarefa na aula passada  *  A  professora  pede  aos  alunos  que  leiam  e  façam  um  resumo  (  o  que  é,  causas  e  consequências)  das páginas 33 ­  Efeito  estufa,  35­  Camada de  ozônio e 39­ El niño e  La niña, do livro­ texto.    31/03/2014  Aula 2  Tema: Ciclos biogeoquímicos  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia: Aula de exercícios.  Materiais: Cadernos do estado de São Paulo e livro­ texto BIO.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  *  A  professora  pede  que  os  alunos  respondam  os  exercícios  das  páginas  43(  exercícios 4,5,6) e página 51 ( exercícios 1,2,3,5), do livro­ texto.  * A professora vista os cadernos dos alunos que fizeram as atividades.    07/04/2014  Aula 1  Tema: Prova de recuperação  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia:Prova argumentativa/ objetiva.    07/04/2014  Aula 2  Tema: Relações ecológicas  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia: Questionário.  Materiais: Questionário preparado préviamente pela estagiária Luana Affonso  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  *  A  estagiária  Luana  Affonso  aplicou  um  questionário  sobre  as  concepções  prévias  dos alunos acerca do tema relações ecológicas. O questionário abrangia as questões:  ­ Oque são relações harmônicas?  ­ O que são relações desarmônicas?  ­ O que são relações intraespecíficas?  ­ O que são relações interespecíficas    14/04/2014  Aula 1  ( Regência da estagiária Luana Affonso)  Tema: Relações ecológicas  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia: Aula expositiva.  Materiais: Computador e Data show ( Sala de vídeo)  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  * A estagiária se apresentou e disse qual o motivo de estar dando esta aula  * A estagiária deu uma aula expositiva, usando slides, sobre as relações ecológicas.  #  Os  alunos  do  1°D  falaram  muito durante a aula,  alguns alunos não  ficavam em suas  cadeiras.      14/04/2014  Aula 2  Tema:  Relações ecológicas  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia: Aula expositiva.  Materiais:Lousa e giz  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  * A professora passou na lousa um texto sobre as relações ecológicas.  * A professora deu visto nos cadernos de quem copiou o texto.    18/04/2014  Aulas 1 e 2 ( Regência da estagiária Luana Affonso)  Tema:  Relações ecológicas  Classes: 1°C,  1°B, 1°D  Metodologia: Jogo.  Materiais:Jogo   do  "Mico"  das  relações  ecológicas,  jogo  da  memória  das  relações  ecológicas.  Etapas da aula (*)  e comentários (#):  *  A  estagiária  revisou  os  conceitos  de  relações  ecológicas,  apresentados  na  última  aula.  *  Os alunos foram divididos e três grupos de nove alunos, alguns alunos ficaram de fora  mas puderam jogar quando um dos grupos terminou uma rodada.  *  Dois  grupos  por  vez  jogaram  o  jogo  do  "mico"das  relações  ecológicas,  onde  o  objetivo  era  ter  em  mão  três  cartas relacionadas  à mesma relação ( Nome da relação,  definição  da relação  e  a  interação  correspondente). não era possível ganhar o jogo se  o jogador tivesse na mão a carta "você está com um endoparasita".  *Um  grupo  por  vez,   jogou  o  jogo  da  memória,  onde  cada  jogador  devería  virar  duas  cartas da mesa e verificar se havia conexão entre elas.  #  inicialmente  os  alunos  estavam  com  muitas  dificuldades,  mas  no  decorrer  do  jogo  começaram a entender melhor as relações ecológicas, e os jogos foram fluindo bem  *  A  estagiária  passou para os alunos  que terminaram o  jogo um questionário  idêntico  ao questionário de concepções prévias.        C) Relações professor­aluno(s) e formas de interação.      A  professora  Andréa  tem  uma  boa  relação pessoal  com  os  alunos, porém  a  relação  profissional  parece  ser  bastante  estressante.  A  sala de  aula é muito barulhenta, tanto  da  parte  dos  alunos  que  conversam  na  maior  parte  do  tempo  quanto  da  parte  da  professora que  grita  muito com os alunos e a todo tempo ameaça levá­los à diretoria  (  apesar de nunca ter cumprido as ameaças durante o tempo de observação de aulas).  Os  alunos parecem descontentes  com  a metodología adotada pela professora durante  a  maior  parte  do  tempo  (  aulas  expositivas),  esta  não  consegue  chamar  a  atenção  deles. Quando a professora entra na sala os comentários são negativos, quanto ao fato  dela  ja  iniciar  a  aula  com  cópia  de  texto.  A  professora  também  demonstra  estar  descontente  com  os  alunos, pois  a  maioría  deles não  demonstra  nenhum interesse no  conteúdo,  a  participação  deles  é  muito  pequena.  Na  entrevista  feita  por  mim,  a  professora  admite  que  a  maior  dificuldade  encontrada  em  seu  dia­  a­  dia  como  professora é a falta de interesse e de educação dos alunos.  A relação  entre alunos e professora  parece  ser  recíproca  e  "funcionar  como uma bola  de  neve  ",  quanto menos a  professora  busca inovar  e  incorporar  novas  metodologías,  menos  os alunos  prestam atenção e se interessam,  e  quanto  menos  há  interesse dos  alunos, menos a professora se sente motivada a mudar.       D) Modalidades didáticas e materiais:    No  geral,  as  aulas  variam  semanalmente  entre  aulas  expositivas  tradicionais  onde  a  fala  do  professor  é  predominate  e  aulas  de  exercícios,  e  são  baseadas  apenas  no  caderno  do  estado  de  São  Paulo,  livro­texto  e  textos  passados  na   lousa  pela  professora.  A professora  afirma que  realiza com os alunos aulas  práticas, mas que  na  primeira  série  (  série  observada)  não  há  aulas  práticas  pois o conteúdo  tratado  é  de  ecología.  Durante  um  conselho  de  classe  que  eu  observei,  os  alunos  relataram  os  fatores  que  interferiam  em  sua  aprendizagem,  no  geral  os  relatos  afirmam  que  indisciplina,  desinteresse  e  excesso  de  faltas  são  os  principais  fatores  que  contribuem  negativamente.  A  professora  se  baseia  em  um  pequeno  número  de  atividades  para  a  atribuição  de  notas,  são  elas:  Prova  bimestral  e  prova  de  recuperação,  visto  em  atividades  no  caderno  e  no   caderno  do  estado  de  São  Paulo,  e  poucas  atividades  extra  como  trabalhos em grupo.  Na  sala  de  aula  as  cadeiras  inicialmente estão dispostas  em fileiras,  mas assim  que  entram  os  alunos  se  reunem  espontâneamente  em  grupos  e  duplas. Ao  final de  cada  aula  a  professora  pede  que  os  alunos  arrumem  as  carteiras  novamente   em  fileiras,  antes de saírem.  A  professora  busca  integrar  os  conceitos  ensinados  em  aula  com  questões  ambientais,  como  exemplo  cito  a  aula  de  ciclos  biogeoquímicos,  onde  o  ciclo  do  oxigênio  e   o  ciclo  do  carbono  foram  relacionados  com  a  destruição  da  camada  de  ozônio  e  o  aumento  do  efeito  estufa.  Apesar  das  relações  que  a  professora  busca  fazer,  os  conteúdos  parecem  não  ser  totalmente  assimilados  e  fixados,  isso  é  claramente  demonstrado nas provas aplicadas pela professora, onde grande parte dos  alunos ficou com nota vermelha.    III ­ MATERIAL DIDÁTICO    Para  este  estágio,  elaborei  o  "jogo  dos  ciclos biogeoquímicos", um  jogo  de  tabuleiro  que  envolve perguntas  acerca  dos ciclos biogeoquímicos.  A  motivação  da escolha de  confeccionar  um  jogo  e  não  um  material  didádico  de  outra  natureza  vem  da  possíbilidade  de  se  atingirem  diversos  objetivos,  tanto  relacionados  à  cognição  (  construção  do  conhecimento),  afeição  (  estreitamento  de  laços  de  amizade  e  afetividade),  socialização  (  trabalho  em  grupo),  motivação  e  criatividade  [6].  Assim  o  jogo  se  mostra  uma  ferramenta  bastante  eficiente   na  aprendizagem  ,  gerando  um  estímulo  para  que  o  aluno  interaja  e  participe  efetivamente  da  construção  do  conhecimento,  saindo  do  posto  de  ouvinte.  De  acordo  com as  orienações currículares  para o ensino médio[7]:    O jogo oferece o estímulo e o ambiente propícios que favorecem  o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos e permite ao professor  ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino, desenvolver  capacidades pessoais e profissionais para estimular nos alunos a capacidade  de comunicação e expressão,mostrando­lhes uma nova maneira, lúdica,  prazerosa e participativa de relacionar­secom o conteúdo escolar,  levando a uma maior apropriação dos conhecimentos envolvidos.    Neste sentido, o jogo didático é uma alternativa bastante interessante na relação  professor­aluno­conhecimento.  Os  conteúdos  abordados  na  primeira  série  do  ensino  médio são  caracterizados pelo  grande números  de informações  e de novos  conceitos,  haja vista a recente introdução  que os alunos desta série apresentam no ensino de biologia.  Visando diminuir uma  possível resistencia  ao  aprendizado  ocasionado pela  sensação  de  complexidade  que  os  conteúdos,  segundo a proposta  currícular do  Estado  de  São   Paulo [8], encontrados no primeiro bimestre da primeira série do ensino médio possam  aparentar,  foi elaborado  o "jogo dos ciclos biogeoquímicos", sendo  esta uma maneira  de revisar conceitos relacionados a este conteúdo.  Inicialmente  as  questões  do  jogo  podem  parecerem  repetitivas,  mas  seu  foco  é  auxíliar  na  fixação  dos  conteúdos.  A  fígura  2  mostra  o  tabuleiro  do  jogo,  a  fígura  3  mostra  os  cartões  pergunta­  resposta  com  a  face  pergunta  demonstrada  e  a fígura 4  mostra  o  os  cartões  pergunta­respota  com  demonstrado  a  resposta  que  se  encontra  dentro do cartão, o manual está disponível no anexo I .      Figura 5­ Tabuleiro do jogo "ciclos biogeoquímicos".  Foto­ Bárbara Molina Mourad.      Figura 6­  Cartões pergunta­ resposta, com face pergunta demonstrada  Foto­ Bárbara Molina Mourad.      Figura 7­Cartões pergunta­ resposta, demonstrando as respostas   que  se encontram dentro dos cartões.   Foto­ Bárbara Molina Mourad.          IV – ENTREVISTAS    Eu tive  a  oportunidade de realizar  uma  entrevista com a professora, uma folha  com as  perguntas  foi  entregue  a  ela  e  depois devolvida  juntamente  com  as  respostas.  Segue  abaixo a entrevista.    Nome completo:  Andréa Regina Buratti Leite  Data de nascimento:  06/09/1970  Formação:  Bacharelado e licenciatura em ciências biológicas  Faculdade:  Universidade São Judas Tadeu  Tempo de atuação:  22 anos    1­  Com  qual  modalidade  didática  você   costuma  a  trabalhar  na  maior  parte  do  tempo? Por que?  Depende  do  conteúdo,  mas  a  maioria  das  aulas  são  expositivas,  com  acréscimo  de  experimentos, jogos e outras atividades.    2­  Você  acha  que  esta  modalidade é eficiente, e lhe auxilía a atingir os objetivos  pretendidos?    Só  aulas  expositivas  não,  é  preciso  diversificar,  para   que  a  aprendizagem   se  torne  mais dinâmica e eficaz.    3­  Qual  a  maior  dificuladade  que  você  encontra  no  seu  dia­  a­  dia,  como  professora de biologia?  A falta de interesse e de educação dos alunos.    4­  Você  acredita que  aulas  práticas auxilíam na maior compreensão dos alunos  sobre a matéria? Por que?  Sim,  porque permitem  que  os  alunos  verifiquem  na prática os assuntos abordados em  aula, e auxíliam removendo dúvidas que tenham ficado.    5­  Você  acredita que  saídas  de campo  e  visitas  a  espaços  educativos auxilíam  na maior compreensão dos alunos sobre a matéria? Por que?    Sim,  desde que  bem  orientados e com objetivos específicos. Nas saídas de campo, o  aluno vai além do que foi abordado em aula, ampliando seu conhecimento.    6­  Você  costuma  passar deveres  extra­  classe para seus  alunos?  De que tipo?  Por que?  Sim,  exercícios,  trabalhos,  pesquisas,  tudo  de  acordo  com  o  conteúdo  e  tempo  disponíveis.    7­  Você  ja  teve  experiência  de  dar  aulas  para  portadores  de  necessidades  especiais? Você se sente preparada?    Sim,  já  trabalhei  9  anos  em  uma  escola  que atendia  alunos  especiais.  Não acredito  estar  preparada   para  todas  as  necessidades  especiais,  depende  da  situação  do  aluno.    8­  Qual a importância  que os  vestibulares e o ENEM têm  no direcionamento de  suas aulas?  Grande  importância,  procuro na medida  do possível tentar  preparar os alunos  para  os  vestibulares  e  para  o  ENEM, além do  conteúdo, as atividades e provas são baseadas  no ENEM e nos vestibulares.    9­  Você  considera  importante  o   estágio   supervisionado  na  formação  de  um  licenciando em ciências biológicas? Por que?  Sim,  para  que  o  licenciando  possa  ter  a  vivência  de  sala  de  aula,  escola  e  ir  se  preparando para o trabalho posterior.              V – REUNIÕES DE SUPERVISÃO DE ESTÁGIO    As  reuniões  de supervisão  de  estágio contribuíram muito para o desenvolvimento das  atividades  de observação em sala de aula. Fui supervisionada pela professora doutora  Mirian Pacheco Silva  Albrecht, que  passou diversas  orientações que nos auxíliaram no  direcionamento de nossas observações na escola.  Durante as reuniões  tivemos  a  oportunidade de  trocar  experiências  com outros alunos  que estavam realizando o mesmo módulo de estágio.  A professora se colocou a disposição para conversas fora do período de reuniões.      VI­ Conclusões    Durante o período  de estágio  consegui consolidar idéias antes apenas defendidas por  mim, mas embasadas num ideal não praticado. Hoje, mesmo após um estágio breve e  sem  muitas  possibilidades de intervensão, noto que a cada dia de observação de sala  se  fortaleciam  mais  os  ideais  existentes,  e  a  crença  em  uma  escola  que  tenha  o  diálogo aberto entre todos seus atores.  Tive  a  oportunidade  de  trabalhar  ao  lado  de  uma  professor  bastante  estereotipada,  que tenta liderar a sala sob gritos e ameaças e que faz destes alguns dos motivos para  que  os  alunos  não  a  respeitem.  Esta  mesma   professora  é  extremamente  adepta  as  aulas  expositivas  tradicionais,  onde  o  conteúdo  foi  ministrado  de  forma   rispida,  sem  praticamente  interações  dos  alunos,  lousa  e  gis  foram  seus  instrumentos  mais  utilizados,  deixando  o  diálogo  para  segundo  plano,  sendo  este  muitas  vezes  inexistente.  Acredito que os alunos contribuiram muito para que a aula fosse monótona,  não  faziam questão de prestar  atenção, mas  acredito que no  papel de"  líder" da sala,  sendo ela responsável por guiar os alunos, foi a condução da aula que falhou.  No  início  deste  estágio  eu  estava  bastante  entusiasmada,  por  poder  voltar  à  escola  depois  de  quatro  anos,  e  agora  "no outro  lado  da  moeda",  mas logo meu entusiasmo  foi  se  perdendo,  pois  aquela  experiência  não  estava  sendo   aquela  que  eu  havia  idealizado.  Mesmo  que a experiência  tenha  sido diferente daquela planejada por  mim,  sinto que aprendi muito, pois enxerguei nesta professora os meus próprios professores  do ensino médio, porém com um olhar muito mais maduro, reflexivo e idealista.    A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como  a prática sem   teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a   teoria  tem­se a práxis,  a ação criadora e modificadora da realidade.  Paulo Freire.          VII­ Referências bibliográficas    [1]Guia de  livros didáticos :  PNLD  2012 : Biologia. – Brasília : Ministério da Educação,  Secretaria de Educação Básica, 2011.  [2] Editora  Saraiva.  Portal  de biologia  e ciências.  BIO – Sônia  Lopes e Sergio Rosso  (Coleção).  Disponível   em:  .  [3] Krasilchik, Myriam. Práticas de ensino de biologia.4ª ed. São Paulo. EDUSP. 2008.  [4] Catanzaro, Fabiana O.O Programa São Paulo faz Escola e suas apropriações no  cotidiano de uma escola de ensino médio.Universidade de São Paulo.Faculdade de  Educação. São Paulo, 2012  [5] Cappecchi, Maria C. V de M. et al. Manual dos estágios supervisionados das  licenciaturas. Universidade Federal do ABC.  [6] Campos, Luciana M. L. et al. A produção de jogos didáticos para o ensino de  ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem.  [7]Brasil, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações  Curriculares para o Ensino Médio : Ciências da natureza, matemática e suas  tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006. 140 p.  [8]São Paulo,Secretaria de educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências  da Natureza e suas tecnologias. São Paulo : SEE, 2010. 152p.