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Relatório Dosagem Da Aspirina

O processo de dosagem da Aspirina pode ser feito por titulação, por meio de uma base, padrão primário e indicador ácido-base. A análise de uma solução desconhecida é geralmente feita por um procedimento conhecido como titulação. Na titulação de uma solução de um ácido de concentração desconhecida, um volume medido do ácido é adicionado a um frasco e um titulante, uma solução de concentração conhecida de base, é adicionada até o ponto de equivalência que é o ponto onde números iguais de equivalentes de ácido e base...

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RELATÓRIO Nº 5 DATA 13/05/2010 DOSAGEM DA ASPIRINA NOME DO ALUNO/RA – 1 ALINE FELTRIN FOGUEL/63488 2 MARIELLE SEELIG CALDERINI/63409 3 MICTIELHE FERNANDA ARISTAQUE/63546 CURSO: FARMÁCIA PERÍODO: 1º / MATUTINO DISCIPLINA: QUÍMICA INORGÂNICA PROFESSOR RESPONSÁVEL: MARCOS V. CORRÊA DA SILVA ARARAS/SP 2010 1. INTRODUÇÃO No cálculo da dosagem de medicamentos, vários aspectos devem ser levados em consideração. Primeiramente, o conhecimento técnico sobre o fármaco e seu mecanismo de ação é fundamental para determinar a dose indicada a um determinado paciente. A Aspirina é um fármaco antiinflamatório, com propriedades analgésicas, antiinflamatórias, antipirético e antitérmico. Seu principio ativo é o ácido acetilsalicílico (ANVISA). O principio ativo da Aspirina – o ácido acetilsalicílico - é um pó cristalino branco ou cristais brancos geralmente laminares ou aciculares, inodoro ou tem odor leve; estável ao ar seco; no ar úmido hidrolisa gradualmente o ácido salicílico e à ácido acético (Farmacopéia Brasileira, p.74). O processo de dosagem da Aspirina pode ser feito por titulação, por meio de uma base, padrão primário e indicador ácido-base. A análise de uma solução desconhecida é geralmente feita por um procedimento conhecido como titulação. Na titulação de uma solução de um ácido de concentração desconhecida, um volume medido do ácido é adicionado a um frasco e um titulante, uma solução de concentração conhecida de base, é adicionada até o ponto de equivalência que é o ponto onde números iguais de equivalentes de ácido e base foram adicionados. O ponto de equivalência é em geral indicado pela mudança de cor de um indicador adicionado antes do inicio da titulação. O pH próximo ao ponto de equivalência muda rapidamente com a adição de pequenas quantidades de titulante; assim, uma nítida mudança de cor fornece uma indicação clara do ponto de equivalência (RUSSEL, p. 761) O biftalato de potássio, KHC8H4O4, atuou como um padrão primário, por permanecer inalterado ao ar durante a pesagem, possuir alto índice de pureza, ter uma massa molecular relativa elevada, a fim de que erros de pesagem possam ser desprezíveis. E além disso, a substância é facilmente solúvel nas condições em que será empregada. (VOGEL, p.216) O NaOH (Hidróxido de Sódio) é uma base forte, que se encontra muito dissociada em solução aquosa. (FREITAS e COSTA, p. 211, 1978) Pode apresentar-se como pastilhas brancas, secas, duras, inodoras e de sabor aderente. É muito deliqüescente do ar, do qual absorve CO2. É muito solúvel em álcool e altamente alcalina à fenolftaleína. (Farmacopéia Brasileira p.1105) Indicadores são geralmente ácidos ou bases orgânicos fracos que possuem a propriedade de ter uma cor na sua forma não ionizada e outra cor na sua forma ionizada, ou seja, apresentar uma cor em meio ácido e outra cor em meio básico (CONSTANTINO, SILVA e DONATE. p. 92-94). Na titulação alguns reagentes são adotados, em concentrações definidas, como soluções de referência. Essas substâncias são chamadas de padrões primários. Um padrão primário é um composto com alto grau de pureza, ser de fácil operação, purificação e secagem, deve permanecer inalterada ao ar, durante a pesagem, deve ter uma massa molecular relativa elevada, a fim de que os erros de pesagem possa ser desprezíveis. Mas reações ácido-base usam-se geralmente carbonato de sódio, tetraborato de sódio, hidrogenoftalto de potássio, azeotrópico do ácido clorídrico, hidrogenoiodato de potássio e ácido benzóico (VOGEL, p. 216-219) 2. OBJETIVO Preparar solução de NaOH, padronizá-la com biftalato de potássio, por meio de titulação, e padronizar a Aspirina com o NaOH cuja concentração será descoberta. 3. MATERIAL E MÉTODOS Material: Utilizou-se na aula prática, durante os procedimentos: - Grau (Pistilo e Almofariz) - Espátula - Água Destilada - NaOH - Comprimidos de Aspirina - Becker - Balão volumétrico de 250mL - Bastão de Vidro - Balança semi-analítica - Biftalato de potássio - Erlenmeyer - Fenolftaleína - Bureta de 50mL - Pipeta Pasteur - Suporte Universal - Tripé de Ferro - Tela de Amianto - Bico de Bunsen - Garra Métodos: Primeiramente fez-se a padronização do NaOH. Pesou-se 2,5g de NaOH em um Béquer, com o auxílio de uma espátula. Em seguida, ferveu-se aproximadamente 500mL de água destilada em um Béquer, utilizando o bico de Bunsen, tripé de ferro e a tela de amianto. Foi necessário 7 minutos para ferver a água, em seguida resfriou-a em banho maria. Dissolveu-se o NaOH pesado anteriormente, com o auxílio do bastão de vidro, em água destilada. Transferiu-se o volume para o balão volumétrico de 250mL, completou-se o volume com água destilada previamente fervida. levou-se a solução novamente para banho maria, resfriou-a e novamente completou-se o volume com auxílio da pipeta pasteur. Montou-se o suporte universal, colocou-se a garra e a bureta de 50mL. Pesou-se o Biftalato de Potássio em triplicata. Anotou-se os resultados para posteriores cálculos. Dissolveu-se as três amostras de Biftalato de Potássio em aproximadamente 50mL de água destilada, num erlenmeyer. Colocou-se a solução de NaOH na bureta para iniciar a padronização. Adicionou-se 3 gotas do indicador ácido-base fenolftaleína em cada erlenmeyer, e iniciou-se a titulação. Lentamente o NaOH foi adicionado à solução contendo Bftalato de Potássio, quando atingiu o ponto de viragem, o volume gasto de NaOH foi anotado para posteriores cálculos. Com a concentração de NaOH conhecida a partir dos cálculos realizados, foi possível realizar a padronização da Aspirina. Triturou-se 3 comprimidos de Aspirina no grau. Pesou-se aproximadamente 150mg em triplicata, anotou- se os valores. Dissolveu a Aspirina em água destilada e álcool, adicionou-se três gotas de fenolftaleína. Preencheu-se a bureta com NaOH. Resfriou-se as soluções e iniciou-se a titulação. Aos poucos a solução de NaOH foi sendo adicionada à solução de Aspirina. anotou-se os resultados para posteriores cálculos. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Abaixo encontra-se, em tabelas, os dados obtidos no experimento. Tabela 1- Padronização do NaOH Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 "NaOH "5,8mL " "5,7mL "6mL " " "KHC8H4O4 "301mg " "303mg "303mg " " "Concentração(M)"0,254 " "0,26 "0,248 " " A tabela 1 mostra os valores em miligramas da pesagem de biftalato de potássio (KHC8H4O4) em triplicata e a quantidade de NaOH necessário para neutralizar cada amostra. CÁLCULOS: Massa do NaOH: Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média: Fator de Correção NaOH: Tabela 2 – Padronização da Aspirina " "Amostra 1 "Amostra 2 "Amostra 3 " "Aspirina " 154mg " 152mg " " "NaOH "2,9mL "3mL "153mg " "Concentração " "0,281M "3mL " " "0,295M " "0,283M " A tabela 2 mostra a quantidade necessária de NaOH para padronizar a Aspirina. CÁLCULOS: Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média: Concentração: Os dados da Tabela 1, permitiram descobrir a molaridade real do NaOH. O valor obtido foi 0,254M, que se encontra próximo ao valor da molaridade teórica, que é 0,25M Para fazer a titulação, utilizou-se um indicador, a fenolftaleína. Segundo Russel (1994), os indicadores são pares conjugados ácido-base, cujo ácido apresenta uma coloração e a base outra, em que pelo menos uma das colorações é suficientemente intensa para ser visualizada em soluções diluídas. A Aspirina foi um padrão primário no segundo experimento. O uso do NaOH, após ser padronizado, permitiu uma padronização eficaz da concentração da Aspirina. Segundo Vogel (1992), as soluções utilizadas em analise volumétrica devem ser preparadas com cuidado, seguindo o procedimento chamado de padrão primário. Quando não é possível seguir o procedimento de padrão primário, deve-se preparar uma solução com concentração próxima da desejada e em seguida fazer a padronização. Neste caso preparou-se as soluções e pôde-se obter molaridade bem próxima da molaridade real, como observa-se nas tabelas acima. CONCLUSÃO Os procedimentos realizados permitiram padronizar o NaOH e em seguida, padronizar a Aspirina. Os resultados para a concentração do NaOH foram satisfatórios, uma vez que encontraram-se muito próximos da concentração teórica. Por essa concentração conhecida, foi possível ainda verificar a concentração do de ácido acetilsalicílico presente na amostra, tais procedimentos concluídos com resultados exatos e precisos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livros: JEFFERY, G. H. et al. Vogel análise química quantitativa. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1992. p. 216-219 FREITAS e COSTA. Química Geral e Inorgânica – Ao livro técnico S/A – Indústria e Comércio. Rio de Janeiro. 1978, p. 211. BRASILEIRA, Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia; Farmacopéia Brasileira Parte II, Fascículo 1. 4 ed. São Paulo: Atheneu, 1996. p. 74;1005 RUSSEL. Química geral. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 2v. p. 761 CONSTANTINO, SILVA e DONATE. Fundamentos de química experimental. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. p. 92-94 Documentos da Internet: ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM[25345-1-0].pdf. Acesso em: 13 de maio de 2010.