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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Centro de Engenharias e Ciências Exatas
Campus Toledo
ANGELA CAMILA DUNCKE
Elton Mateus Varela
FRANCIELLI DE BONA GALVAN
PATRÍCIA CHEMIN
RAQUEL BERTOLDO
RELATÓRIO
DETERMINAÇÃO DA QUANTIDade de níquel em aço
TOLEDO-PR
2009
ANGELA CAMILA DUNCKE
Elton Mateus Varela
FRANCIELLI DE BONA GALVAN
PATRÍCIA CHEMIN
RAQUEL BERTOLDO
RELATÓRIO
determinação da quantidade de níquel em aço
Relatório apresentado à disciplina
de Química Analítica A, do curso de Química
– Licenciatura da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná – UNIOESTE.
Professor: Soraya Palácio
TOLEDO-PR
2009
sumário
1. INTRODUÇÃO
TEÓRICA.............................................................
..............4
2.
OBJETIVOS............................................................
....................................6
3. MATERIAIS e reagentes
3.1
MATERIAIS...................................................................
......................6
3.2
MÉTODOS.....................................................................
......................6
4. Resultados e
discussões..........................................................
......8
5.
COnclusão............................................................
................................11
6.
REFERÊNCIAS..........................................................
...............................12
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Em uma análise gravimétrica o objetivo é determinar a quantidade de um
constituinte em uma amostra, por pesagem direta deste elemento puro ou em
outra forma de composição conhecida e bem definida, pois, nem sempre o
constituinte pode ser pesado na mesma forma química de precipitação devido
à precipitação não se constituir em uma adequada forma de pesagem; por não
possuir uma composição bem definida, ou por não suportar o processo de
dessecação por aquecimento que quase sempre deve anteceder a pesagem. A
gravimetria consiste, portanto em separar o elemento em uma forma pura.
Após a separação, pesa-se a amostra e chega-se a quantidade do elemento
através de cálculos estequiométricos.
A separação pode ser feita de várias maneiras: a) precipitação
química: envolve a combinação (reação) de íons. O íon (de interesse) é
convertido em um composto sólido insolúvel pela ação de um precipitante; b)
eletrodo de posição ou eletrogravimetria: usam-se eletrodos para a posição
de deposição aplicando-se uma ddp; c) volatização ou análise por perda
(exemplo: determinação de umidade; d) extração.
A vantagem que a gravimetria possui sobre a volumetria é que o
constituinte é isolado e pode ser examinado para determinações de impurezas
e aplicação de correção, se necessário. A desvantagem é que são
experimentos relativamente demorados.
Para ser usado em análise gravimétrica, um precipitado deve ser
suficientemente insolúvel para que as perdas por solubilidade sejam
desprezíveis. Deve ser também facilmente filtrável e lavável e não deve
arrastar impurezas da solução em que é formado.
O tamanho e o hábito dos cristais, além de dependerem do precipitado
em particular, dependem também das condições de formação dos precipitados e
do envelhecimento ou recristalização do mesmo.
O efeito das condições de precipitação sobre o tamanho das partículas
é expresso através da equação:
Grau de dispersão = K(Q-S)/S
Onde S=solubilidade do precipitado no estado de equilíbrio,
Q=concentração dos íons em solução no instante anterior ao da precipitação,
K=constante, (Q-S)=grau de supersaturação. Segundo essa equação, quanto
maior a concentração dos reagentes, maior o grau de dispersão e menor o
tamanho das partículas. Isto está de acordo com o fato de que para obterem-
se partículas maiores, é necessário adicionar soluções diluídas dos
reagentes.
O procedimento utilizado numa análise gravimétrica pode ser bem
entendido através do estudo de algumas etapas sucessivas: 1) preparação da
solução; 2) precipitação; 3) digestão; 4) filtração: pode ser efetuada com
simples aparatos de vidro (funil de vidro) ou porcelana (funil de Büchner),
com papéis de filtro apropriados e membranas; 5) lavagem; 6) secagem ou
calcinação: aquecimento pode ser realizado, conforme o caso, em bancada
através de um simples aparato ou em muflas, onde temperaturas de 1400°C
podem ser alcançadas; 7) pesagem.
Na determinação do níquel utiliza-se como solvente a água régia
que em latim significa água real. A água régia é uma mistura de ácido
nítrico e ácido clorídrico concentrados, geralmente na proporção de 1 para
3. É um líquido altamente corrosivo de coloração amarela. É uma das poucas
substâncias que pode dissolver o ouro e a platina. Leva esse nome devido a
propriedade de dissolver os metais nobres ("regios").
2. OBJETIVOS
Encontrar a quantidade de níquel em aço níquel através de técnicas de
gravimetria.
3. MATERIAIS e métodos
3.1 materiais
Aço níquel em pedaços
Béquer
Ácido clorídrico concentrado
Ácido nítrico concentrado
Manta de aquecimento
Funil
Garras
Pipetador de borracha
Bureta
Proveta
Indicador de pH
Água destilada
Papel filtro
Ácido cítrico
Amianto
Hidróxido de amônio
Bico de Bunsen
Solução de dimetilglioxima
Sistema para banho de vapor
Cadinho de filtração
Mufla
Sistema para banho de gelo
Bomba de vácuo
3.2 MÉTODOS
Preparação do cadinho
Inicialmente pesou-se 0,5002 g de amianto (asbesto). Em seguida diluiu-
se esta massa em água destilada. Despejou-se esta solução no cadinho,
filtrou-se a vácuo para que o amianto sedimenta-se, em seguida secou-se em
estufa a 120ºC por aproximadamente 1 hora. Posteriormente o cadinho foi
resfriado em dessecador por 40 minutos. Pesou-se e deixou-se no dessecador
até a sua utilização.
Preparação da solução a ser precipitada
Pesou-se 0,958 g de aço inox em lâminas e colocou-ás em um béquer de
100 mL. Dissolveram-se as lâminas em 20 mL de ácido clorídrico, cuja
concentração mínima é 36,5% e a concentração máxima 38%.Em seguida, levou-
se a amostra para o aquecimento brando, onde adicionaram-se 5 mL de ácido
nítrico, cuja concentração é 65%. Deixou-se a solução em aquecimento e à
fervura por aproximadamente 90 minutos, adicionando-se 5 mL de ácido
nítrico em algum intervalo de tempo, totalizando 25 mL, até que ocorresse a
total oxidação do ferro ao estado do ferro (III).
Desta solução, diluiu-se uma pequena quantidade, filtrou-se para
retirar possíveis resíduos sólidos e lavou-se o papel filtro com água
quente. Diluiu-se o filtrado em 250 mL em um béquer de 400 mL.
Acrescentaram-se 5 g de ácido (nítrico), neutralizou-se a solução com
solução de hidróxido de amônio, e acidificou-se levemente com ácido
clorídrico diluído, utilizando papel tornassol para verificar a alteração
no pH.
Aqueceu-se a solução a 60 – 80ºC, utilizando um bico de Bünsen e
posteriormente acrescentou-se um pequeno excesso, 20 mL de solução etanóica
de dimetilglioxima a 1%, e imediatamente depois adicionou-se gota a gota
solução de hidróxido de amônia, até que o líquido ficasse ligeiramente
amoniacal. Agitou-se e deixou-se em repouso em banho de vapor, por 30
minutos, seguido de repouso fora do banho de vapor por aproximadamente 1
hora, sendo que neste intervalo, a solução atingiu a temperatura ambiente.
Após o repouso, filtrou-se o precipitado no cadinho inicialmente
preparado. Acrescentou-se à solução filtrada uma pequena quantidade de
dimetilglioxima. Lavou-se o precipitado retido no cadinho repetidas vezes
com água fria. Secou-se o precipitado a 100 – 120ºC, durante 50 minutos e
pesou-se, como Ni(C4H7O2N2)2.
Calculou-se a percentagem de níquel no aço.
5. Resultados e discussões
O amianto diluído, filtrado e seco que ficou depositado no cadinho
serviu para obter-se um melhor resultado na hora da pesagem do precipitado
de níquel obtido através do experimento. O cadinho pronto para uso obteve
79,5825 g de massa.
A amostra de aço inox foi dissolvida primeiramente em ácido
clorídrico que aparentemente não alterou a amostra, porém com a adição de
ácido nítrico, um potente oxidante, formou-se a água régia. A solução que
era incolor tornou-se amarela e liberou gás.
Ao passar alguns minutos a coloração da solução passou de
amarela para preta. Após a fervura de 90 minutos todo o ferro oxidou-se ao
estado de ferro (III). Ao ser filtrada, a solução não apresentou resíduos
sólidos o que comprova a total diluição da amostra metálica.
A determinação gravimétrica de níquel em amostras de aço
inoxidável na forma de dimetilglioximato de níquel (II) é uma análise
simples, porém com excelente grau de exatidão. A dimetilglioxima forma com
o íon níquel (II), em soluções aquosas amoniacais, um precipitado vermelho
de composição definida, baixa solubilidade e de fácil filtração.
O precipitado foi então aquecido pois, outros elementos
eventualmente presentes como: cádmio, cobalto, chumbo, ferro, lantânio,
paládio e zinco, não são complexados pela dimetilglioxima em soluções
amoniacais, e como resultado, os efeitos da coprecipitação são
minimizados.
O precipitado foi lavado várias vezes com água fria para que
todo o cloreto fosse eliminado. O precipitado somado com a massa do cadinho
pesou 79, 8136 g.
O peso do elemento pode ser então calculado a partir da fórmula
química do composto e das massas atômicas dos elementos que constituem o
composto pesado [Ni(C4H7O2N2)2].
Essa reação é descrita pela seguinte equação:
A porcentagem de níquel na amostra é obtida da seguinte maneira:
Partindo da quantidade de níquel que precipitou na forma de e
da sua porcentagem na amostra, pode-se calcular a porcentagem do níquel
presente na amostra:
- Massa do cadinho antes da filtração: 79,5825 g
- Massa do cadinho depois da filtração: 79,8136 g
- Massa de : 0,2311 g
0,2311 g de - 100%
X - 20%
X = 0,04622 g de Níquel no precipitado.
0,9580 g – 100% da amostra
0,04622 g – X
X = 4,82% de níquel presente na amostra.
Portanto, a presença de níquel na amostra é de 4,82%.
6. COnclusão
Obtivemos êxito na realização do experimento, realizando todas
as etapas da titulação gravimétrica e determinando a porcentagem de níquel
em uma amostra de aço inoxidável.
7. REFERÊNCIAS
SKOOG, Douglas; WEST, Donald; HOLLER, James; CROUCH, Stanley; Fundamentos
de Química Analítica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
BACCAN, Nivaldo; QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA E ELEMETAR. Editora Edgard
Blücher Ltda. 2º edição.Campinas -São Paulo; 1979.
PALÁCIO, Soraya M.; APOSTILA DE QUÍMICA ANALÍTICA A, 1º semestre, UNIOESTE-
Toledo-PR.
http://www.ufpa.br/quimicanalitica/introdg.htm (acesso em 29 de junho de
2009)