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Relatório De Visita Técnica Ao Igarapé Altamira

Verificação das condições do Igarapé Altamira

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Jackson de Sousa Dias Relatório da Visita Técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira Altamira-PA 2011 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira Jackson de Sousa Dias Roteiro da Visita Técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira Relatório de visita técnica como requisito de complementação da nota para a primeira avaliação da disciplina de biologia ambiental na Universidade do Estado do Pará. Msc. Rosa Helena Ribeiro Dos Santos Altamira-PA 2011 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira INTRODUÇÃO No dia 28 de abril de 2011 os discentes de engenharia ambiental da Universidade do Estado do Pará (UEPA) campus Altamira, saíram a campo em um percurso entre a ponte da rua do baixão do tufí a orla do caís no horário das 08h30min às 12h00min horas, com a finalidade de mostrar os impactos ambientais causados pela ação ignorante do ser humano nas margens do igarapé Altamira. Através de uma observação profissional e ética será proposta algumas medidas para reverter o processo de degradação desse importante ecossistema altamirense. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira RELATÓRIO Com o lema “integrar para não entregar” o governo ditatorial dos anos 70 implantou grandes projetos na Amazônia, com o objetivo de “habitar” a região com a menor densidade demográfica do Brasil. No Pará um dos grandes projetos fora a implementação da rodovia BR 230 (transamazônica), para esse grande intento fora preciso uma vasta mão de obra, onde, a maioria dos trabalhadores não residia na região da transamazônica. Com o aumento da densidade demográfica na região de Altamira, principalmente, e com a falta de políticas públicas quanto ao alojamento dos trabalhadores, a cidade fora tomada pela desorganização, onde o resultado dessa desordem foi o alojamento de muitas famílias a beira do rio Xingu e essencialmente a margem do igarapé Altamira. Ao chegar ao local da visitação nota-se a troca da vegetação primária por plantas invasoras (figura 1). Segundo o senhor Raimundo da Conceição, a 32 quando ele chegou à região “a mata ainda era intacta”. Confirmando essa teoria senhor Jorgevan Gama Calado disse que há 25 anos quando era garoto, o trecho do igarapé Altamira que passa pela rua primeiro de janeiro tinha a vegetação de igapó, uma vegetação rasteira. Essa vegetação nativa foi dando espaço a palafitas (casas sobre terrenos alagados) (figura2), pois as famílias de baixa renda não tinham conhecimento de noções básicas de conservação ambiental e o governo não possuía interesses econômicos naquele local, assim foi dado à largada para quem conseguisse pegar um “pedaço de terra”, o resultado foi à devastação das matas ciliares nas margens do igarapé causando o empobrecimento deste pequeno rio, através da escassez de alimentos para alguns animais e principalmente o assoreamento (figura 3) desse local causando a morte de vários micróbios e peixes. Durante o percurso do trabalho de verificação, foi observada a falta da vegetação original, em contrapartida, a mata invasora está em constante adaptação, algumas espécies estão expressivamente fixadas, que é o caso da embaúba, do tajá e aguapé. A embaúba (cecropia pachystachya) é uma árvore que vive em solos úmidos a beira de córregos, essa espécie é muito comum em áreas desmatadas e em recuperação, a presença da embaúba em determinada área é um bioindicador de vegetação secundária (figura 4). A tajá (Colocasia antiquorum Schott) é uma planta tóxica que possui caule cumprido justamente para se adaptar as áreas alagadas, é invasora, o seu caule já apresenta adaptação ao meio e esta espécie tem um papel importante, pois consegue fazer a drenagem do solo (figura 5). A aguapé (Eichornia crassipes) possui raízes longas e finas, com enormes quantidades de bactérias e fungos, atuam sobre moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura e permitindo que a planta assimile estes Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira componentes tóxicos (figura 6). No caso desse ecossistema, as matas secundárias já estão praticamente fixadas às margens do igarapé Altamira. Outro grande fator bem perceptível foi a questão da poluição do igarapé por resíduos sólidos. Novamente, como não há conhecimento por parte dos moradores a respeito da conservação ambiental, os habitantes das palafitas acabam depositando seus resíduos sólidos no igarapé (figura 7) ocasionado a proliferação de mosquitos e consequentemente a expansão de doenças. O que se torna mais absurdo nessa história é que o governo é conivente com essa situação pois em plena “ponte da brasília” há um tubo de esgoto que desagua, constantemente, no igarapé podendo ocasionar a possibilidade de proliferação de doenças (figura 8). Durante a visita as casas nas “margens do altamira” ficaram notáveis que alguns poços, utilizados para suprir as necessidades orgânicas, foram construídos as margens do igarapé, onde, se encontravam ao lado ou próximos de “foças e privadas” (figura 9). Ficou claro durante a visita que a substituição da mata original por palafitas transformou a paisagem natural em um ambiente quase que inóspito aos animais originários desse ecossistema. A prefeitura associada ao governo federal tem um programa para essa área, que é a construção de casas populares e o remanejamento dos moradores a essas casas, entretanto, há um sério desvio de organização por parte dos administradores, pois, mandaram construir as residências, mas sem o cadastramento das famílias ribeirinhas, o resultado desse desarranjo foi e é a invasão destas residências. A secretária de meio ambiente do município de Altamira deve se impor e mostrar ao executivo que a degradação ambiental na região do Igarapé Altamira compromete também a saúde dos moradores. Ou seja, a reestruturação do Igarapé Altamira depende exclusivamente dos interesses do Governo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira APÊNDICE Lista de figuras Figura 1 Invasão de vegetação secundária as margens do Igarapé Altamira. Figura 2 Palafitas sobre as margens do igarapé. Figura 3 Assoreamento na borda do Igarapé Altamira. Figura 5 Tajá (colocasia antiquorum schott) é uma planta tóxica e invasora. Presente as margens do Igarapé Altamira. Figura 4 Embaúba (Cecropia Pachystachya), bioindicador de vegetação secundária, está presente na beira do rio Xingu Figura 6 Aquapé (Eichornia crassipes), possui raízes longas e finas, com enormes quantidades de bactérias e fungos. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Relatório da visita técnica: Uma breve análise socioambiental do Igarapé Altamira Figura 7 Uma geladeira e vários resíduos sólidos jogada a beira do Igarapé Altamira. Figura 9 A mesma água que é consumida é a água que é poluída por dejetos fecais dos consumidores dos moradores. Figura 8 Esgoto a céu aberto desaguando em pleno igarapé Altamira, o que mostra o descaso da administração pública.