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UNIVERSIDADE TIRADENTES
CURSO: NUTRIÇÃO E-11
DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Aracaju
2011
INTRODUÇÃO
A medida da pressão arterial (PA) pelo método indireto com técnica auscultatória é um procedimento relativamente simples e confiável para se avaliar os níveis da PA. Foi exatamente há um século, em 1896, que Riva Rocci idealizou o primeiro esfigmomanômetro de coluna de mercúrio.
A pressão arterial é um dos sinais vitais, assim como a temperatura, respiração e pulso que, quando alterada, pode acarretar em complicações sistêmicas graves. A aferição da pressão arterial permite guiar condutas terapêuticas individuais, monitorar prevalências populacionais e identificar fatores de risco associados à hipertensão arterial. Portanto, é fundamental que o profissional da área de saúde saiba mensurar e interpretar os valores pressóricos.
OBJETIVO
Essa aula prática teve como objetivo ensinar aos alunos como aferir a pressão arterial e saber a influência, efeito, do exercício sobre a pressão arterial.
MATERIAIS
Para essa prática foram utilizados o esfigmomanômetro e o estetoscópio.
COMO AFERIR A PRESSÃO ARTERIAL
A aferição deve ser realizada na posição sentada e com o braço repousado sobre uma superfície firme. Devemos localizar a artéria braquial e radial por palpação. Depois, colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubial, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. Deve-se manter o braço do paciente na altura do coração.
Para se ter uma aferição mais precisa temos que palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento no nível da pressão sistólica, quando encontrado deve desinflar o manguito rapidamente. Colocar, em seguida, o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente e posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial e prosseguir posicionando os olhos no mostrador do manômetro. Deve ser mantido o silêncio para que não ocorra erro. Logo após, inflar o manguito até o nível estimado da pressão arterial. Proceder à deflação, com velocidade lenta. Seguir neste momento, à ausculta dos sons sobre a artéria braquial. Deve-se determinar na ausculta, a pressão sistólica, no momento do aparecimento do primeiro som e a pressão diastólica, no desaparecimento completo dos sons. E registrar os valores das pressões sistólica e diastólica.
Após ter aferido a pressão arterial, dever ser comparados os achados com os valores tidos como normais. Segundo a American Heart Association (AHA) são considerados os seguintes valores:
PRESSÃO SISTÓLICA
PRESSÃO DIASTÓLICA
CLASSIFICAÇÃO
< 100mmHg
< 60 mmHg
Hipotensão
110 a 120mmHg
70 a 80mmHg
Normotensão
> 120mmHg
> 90mmHg
Hipertensão
Tabela 1. Valores da pressão arterial considerados pela AHA
O EFEITO DO EXERCÍCIO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL
Foi aferida a pressão de um aluno antes do exercício, em repouso, que por sua vez estava 120/80mmHg, e logo após ao exercício, que estava 150/70 mmHg. Com isso, verificou-se o aumento da pressão logo após a atividade física.
Isso acontece porque o exercício gera uma maior atividade adrenergética simpática sobre os vasos renais e esplâncnicos e nos músculos inativos, enquanto ocorre aumento do fluxo sanguíneo nos músculos ativos por vasodilatação simpática e talvez por causa da auto-regulação local. Ou seja, a pressão sistólica aumenta como resultado do aumento concomitante no débito cardíaco, que consiste no aumento no volume de ejeção e na freqüência cardíaca.
A PA sistólica é a mais afetada pelo exercício, do que a PA média e a PA diastólica que aumenta muito menos, porque a resistência arterial total calculada normalmente diminui muito durante o exercício. A PA sistólica chega a aumenta em 40-60mmHg durante o exercício moderado ou intenso.
CONCLUSÃO
Observamos que aferir a pressão arterial é um procedimento consideravelmente simples e de fundamental importância para a saúde. Devido a isso, entendemos a necessidade da aferição da PA, para com ela identificar fatores de risco. E também foi notada a influência do exercício sobre a PA, que por sua vez afeta mais PA sistólica, do que as outras.
REFERÊNCIAS
CÓRDOVA, Alfredo. Fisiologia dinâmica. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro. Cap. 22. Pag. 260-267. 2006.
FAERSTEIN, Eduardo; CHOR, Dóra Chor; GRIEP, Rosane Harter; ALVES, Márcia Guimarães de Mello; WERNECK, Guilherme L.; LOPES, Cláudia S. Aferição da pressão arterial: experiência de treinamento de pessoal e controle de qualidade no Estudo Pró-Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(9):1997-2002, set, 2006.
HOLANDA, Heloisa E. M.; MION JR, Décio; PIERIN, Angela M. G. Medida da Pressão Arterial. Critérios Empregados em Artigos Científicos de Periódicos Brasileiros. Arq Bras Cardiol, São Paulo, volume 68 (nº 6), 433-436, 1997.
NETO, Caetano Baptista Neto. Pressão Arterial: Conceito & Técnica. Revista da APCD de São Caetano do Sul - Espelho Clínico - Ano VIII, Nº45, p. 10-11, Ago 2004.