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Relatório De Ecologia

Relatório de aulas de campo da disciplina Ecologia A, Agronomia UEL 2011.

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MATHEUS DALSENTE KRAUSE PAULO SÉRGIO GIMENEZ CREMONEZ RELATÓRIOS DE ECOLOGIA A LONDRINA-PR 2011 MATHEUS DALSENTE KRAUSE PAULO SÉRGIO GIMENEZ CREMONEZ RELATÓRIOS DE ECOLOGIA A Relatórios apresentados como requisito final de aprovação da disciplina 6BAV035 Ecologia A, ministrada pelo Profº Drº Edson Aparecido Proni. LONDRINA-PR 2011 1. MELIPONICULTURA Introdução As abelhas da subfamília Meliponineae (Hymenoptera, Apidae), conhecidas popularmente como abelhas nativas ou ainda como abelhas sem ferrão, estão presentes não só no América do Sul e Central, mas também na Ásia, Austrália, Nova Guiné, África e nas Ilhas do Pacífico. A meliponicultura, assim como a apicultura, baseia-se na criação racional de abelhas, aonde é extraído mel diferenciado de alta qualidade, própolis e geléia real. O mel é um alimento rico em glicose e frutose, com sabor adocicado, sendo líquido e viscoso líquido viscoso. A própolis é uma resina produzida pelas abelhas que tem função bactericida e fungicida, usada para vedação da colméia. A geléia real possui características próprias, é utilizada para a alimentação da rainha, que possui função vitável na colméia. Em abelhas sem ferrão, a extração de geléia real assim como de própolis não é economicamente viável pelas baixas quantidades produzidas. Com ciclo de vida ente seis e oito semanas, as operárias são o exército tanto da produção, como da limpeza ou até mesmo da defesa da colméia (principalmente as abelhas mais velhas). Assim como em basicamente todas as populações animais, as abelhas dividemse em castas, que são: rainha, operárias e zangões. A rainha é responsável pela multiplicação do enxame, os zangões pela fecundação da rainha durante o vôo nupcial, e as fêmeas operárias são as responsáveis por todas as operações realizadas, desde a busca de néctar e pólen, limpeza do ninho, fornecimento de alimentos para as larvas recém eclodidas assim como defesa da ninhada de outras abelhas invasoras. Pela elevada variabilidade genética encontrada em abelhas sem ferrão, na natureza pode-se encontrar inúmeras espécies, como a Jataí, a Uruçu, a Mandaçaia e a Iraí, por exemplo. Os seus ninhos são variáveis desde na sua formação geral como também com relação ao local de instalação e a entrada ao ninho. Geralmente os ninhos são encontrados em troncos e galhos ocos, assim como em mourões de cerca, em abrigos subterrâneos, ou até mesmo em ninhos de formigas abandonados. A comunicação inter-colméia é peculiar, sendo que a forma mais simples de comunicação consiste em exalar o cheiro do alimento que as abelhas campeiras (operárias) estão trazendo. Além desta, a demarcação de uma trilha para a localização da fonte de alimento é demarcada com o auxilio de um feromônio produzido pela glândula mandibular. Além da caracterização da fonte do alimento, relata-se na literatura ainda que a comunicação pode se dar por uma espécie de dança na forma de ‘’gestos’’. Os meliponíneos coletam néctar das flores mais próximas ao ninho de acordo com a sua síndrome de polinização, que é caracterizada tanto pela cor da flor assim como pelo seu odor. Após este processo, através de ações enzimáticas, o mel é criado. A diferença entre o mel produzido pelas abelhas nativas com relação ao produzido pela Apis mellifera é dado pela menor composição de glicose e frutose, proporcionando uma cristalização em tempo maior assim como uma maior concentração de mineral. Em termos práticos, quanto mais escuro for o mel melhor, pois será mais concentrado nestes sais minerais. Objetivo No presente relatório da aula prática sobre Meliponicultura, o principal objetivo de campo foi de demonstrar as diferenças entre as mais diversas ninhadas de abelhas nativas, assim como caracterizar os seus respectivos hábitos de desenvolvimento, crescimento e reprodução. Além destes parâmetros, a idade da colméia, o tipo de mel e a sua caracterização, assim como quais os melhores métodos de manejo que o apicultor deve utilizar na criação de abelhas foram abordados pelo Prof. Edson Proni. No entanto, além de todo o manejo e a biologia das colméias, a idéia central de toda a disciplina foi de que uma imagem menos agressiva, mais ambiental e correta perdure por toda a nossa formação, onde o respeito ao meio ambiente associado a produção agrícola devem andar juntos e, tratando-se de abelhas, há uma importância, já que cerca de 70% de todas as plantas polinizadas por insetos são polinizadas pelas abelhas, e inclusive de 40% a 90% de todas as espécies florestais nativas. Metodologia Ao início da aula teórico-prática, os alunos se encontraram no Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), para os primeiros dois terços da aula, que consistiu em toda a apresentação teórica do tema. A visita prática, após a parte teórica, foi feita no próprio meliponário do CCB, que é anexo as salas de aula. Resultados A criação de abelhas inicia pela atração dos enxames, que se utilizam caixas de madeira forradas com um pouco de cerume e resina, retirados já das próprias colônias destas abelhas. Estas caixas devem estar bem fechadas e conterem uma entrada. Devem ser colocadas preferencialmente próximas a florestas com flores sazonais assim como em locais protegidos, longe de ventos predominantes, para que sejam enxameadas. Após estes processos a colônia será montada, portanto, a caixa deve estar bem fechada de modo a não deixar frestas para possíveis predadores, como parasitas, formigas, ou abelhas saqueadoras. A capacidade de produção de mel será variável de acordo com a florada da região, assim como a sua qualidade. O mel para a extração será depositado em potes específicos que quando não estão fáceis para serem removidos, a coleta pode se dar com o auxílio de uma seringa plástica de 20 cm sem agulha. Uma parte do mel na colméia deve sempre ser deixada para o próprio consumo das abelhas. Conclusão Como agente de polinização, as abelhas possuem fundamental importância no desenvolvimento das espécies vegetais assim como na sua evolução, dado pela fecundação cruzada de algumas espécies. Há relatos de pesquisadores que relacionam uma coevolução entre abelhas e flores, o que é bem possível, já que no decorrer dos milhares de anos as espécies tanto animais como vegetais vêm se adaptando ao ambiente de sobrevivência. O manejo racional do meliponário é sinônimo de rendimento, mesmo que a atividade apícola como um todo seja sazonal, ou seja, pode ser incluída na pequena propriedade mais como uma fonte alternativa de renda, e não como a fonte principal de renda do produtor rural. Além de um rendimento monetário, o manejo racional das abelhas garante a integridade da flora próxima, elevando a sua variabilidade genética. Por meio desta aula teórico-prática, ministrada pelo Prof. Edson Proni, os alunos de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina puderam estabelecer relações ecológicas entre a produção agrícola e o meio ambiente, pensando tanto na flora como na fauna, de que a biodiversidade é vital ao nosso desenvolvimento. Além deste conhecimento, adquirimos conhecimento para a nossa futura graduação. Bibliografia Complementar Ambiente Brasil. Disponível http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/abelhas/as_abelhas_indigenas__meliponineos.html. Acesso em 25/jun. em: Brasil Apícola. Disponível em: http://www.brasilapicola.com.br/node/106?q=meliponicultura. Acesso em 25/jun. EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa http://mel.cpatu.embrapa.br/biologia. Acesso em 25/jun. Agropecuária. Disponível em: UFV - Universidade Estadual de Viçosa. Disponível em: http://www.ufv.br/dbg/bee/. Acesso em 25/jun. USP - Universidade de São Paulo. Disponível em: http://www.webbee.org.br/meliponicultura/ Acesso em 25/jun. 2. SAMAE E ATERRO SANITÁRIO Introdução Situada no município de Ibiporã, a SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) presta serviços a comunidade tratando a água e o esgoto municipal. Os trabalhos foram iniciados ainda na década de 70 com relação aos tramites legais. Após, iniciou-se a construção da estação de bombeamento de água do Ribeirão Jacutinga, que abastece a cidade. Atualmente Ibiporã está retirando água potável do Aquífero Guarani que em nossa opinião é preocupante, dado a falta de consciência de grande parte da população. A rede de tratamento de água é composta por várias etapas, que são: 1. Captação: composto por dois conjuntos moto-bombas com potência de 600 cv e alimentação de 2.300V. Em associação a este sistema, a válvula anti-golpe é instalada na tubulação, já que a água é bombeada a 100 metros acima do nível. 2. Adubação da água bruta: capacidade de 204 l/s. 3. Tratamento: o processo é iniciado logo após a chegada da água da estação de captação a estação de tratamento. O passo número um são as análises físico-químicas e bacteriológicas da água. Após, aplica-se a cal primária, para uma correção do pH e após adição de sulfato de alumínio isento de ferro e cloração da água nos tanques de solução. Após, as análises físico-químicas e bacteriológicas iniciam. A floculação mecânica, a decantação, a filtração, a desinfecção e a fluoretação são os passos subsequentes. 4. Armazenagem: após o processo de captação e tratamento, a água potável é armazenada na própria estação em reservatórios com capacidade de até 15.000 m3. O esgoto é o resíduo de todas as atividades humanas, ou seja, é a soma de todos os resíduos humanos, que engloba dejetos ricos em matéria orgânica, água dos chuveiros rica em detergentes, água das limpezas gerais, e quaisquer outros resíduos. O seu tratamento em Ibiporã é feito pelas lagoas de decamtação, que utilizam o processo natural de mineralização no intuito de acelerar o processo para a natureza. É composta por algumas etapas, que são: 1. Carreamento do esgoto até as lagoas de estabilização: como em qualquer outra cidade que possua saneamento básico, o esgoto é instalado pelas empresas competentes de cada estado e cobrado da população. O transporte do esgoto é feito por tubulação de concreto que saem das residências e vão até a estação de tratamento ou direto para os rios, o que não acontece em Ibiporã. 2. Processo nas lagoas de estabilização: com a chegada do esgoto, o líquido composto é levado até a primeira lagoa de estabilização num total de três. O processo é simples, consiste na fermentação metânica e digestão ácida por processos anaeróbios, ou seja, a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) no processo é altíssima. O esgoto que chega hoje nas lagoas de estabilização, por exemplo, leva em torno de 30 dias para que seja redirecionado ao rio. O processo possui eficiência de 70% quando relatado na literatura, mas este mesmo trabalho realizado pela SAMAE possui eficiência de aproximadamente 90%, segundo o técnico responsável. O aterro sanitário, em parceria com a estação de tratamento de água e de esgoto da SAMAE, presta o seu serviço à comunidade também. Ibiporã possui um sistema chamado de coleta seletiva de lixo, ou seja, as pessoas classificam o seu próprio lixo em reciclável, orgânico e rejeito. O reciclável tem destino certo na reciclagem. O orgânico geral assim como o rejeito são destinados ao aterro sanitário, que possui uma manta que impede a contaminação do solo assim como do lençol freático. Após a deposição de determinada quantidade de resíduos o aterro é fechado, é recoberto por materiais e dutos de passagem do metano oriundo da fermentação/decomposição dos resíduos que é queimado, transformando-o em gás carbônico, que é cerca de 21 vezes menos poluente que o gás metano. Objetivo No presente relatório da aula prática sobre aterro sanitário e tratamento de água, os objetivos principais foram de demonstrar a importância de todos os sistemas. Com relação a qualidade da água consumida pela população, o interesse foi desde como se procede a captação da água, os tratamentos químicos e físicos na estação de tratamento de água e o seu transporte até as residência. Já nas lagoas de decantação do esgoto, o enfoque deu-se na qualidade do esgoto que chega até a estação, muita vezes até mesmo com fetos abortados, e no processo anaeróbio de ‘’beneficiamento’’deste esgoto. No aterro sanitário, com os muitos tópicos de todo o processo, estudamos melhor como o aterro é feito, assim como quais materiais devem ser depositados neste. Todos os assuntos foram ministrados pelo Prof. Edson Proni e pelo técnico responsável da empresa. No amplo aspecto, a soma de todas as operação resuma um tópico: segurança ambiental. Essa segurança ambiental é tão ampla que, simultaneamente, é a mentora de toda a possível permanência da espécie humana no planeta Terra, já que o ser humano necessita de recursos naturais, principalmente a água. Metodologia A aula pratica ocorreu no município de Ibiporã, próximo a Londrina, onde o Prof. Edson Proni por meio dos seus recursos conseguiu transporte para toda a turma de Agronomia da Universidade. Resultados A estação de tratamento de água de Ibiporã, coordenada pela SAMAE, fornece água de boa qualidade a população residente, com vazão de 700 l/s na estação seca e possui capacidade de até 15.000 m3. A água retirada do Ribeirão Jacutinga vem com turbidez de, em média, 3000 a 4000, sendo que turbidez de 10000 a água fica impossibilitada de tratamento. A estação de tratamento de esgoto por meio de lagoas de estabilização foi a primeira implantada com sucesso do Brasil, sendo referência nacional. Aproximadamente 68% do esgoto é tratado nesta estação, com eficiência de até 90%, cerca de 20% a mais do que a literatura pertinente evidencia. A grande vantagem deste sistema é que o seu custo é baixo e que a quantidade de minerais que serão posteriormente jogados no rio é baixo, já que a mineralização ocorre em todo o processo. O aterro sanitário tem como princípio base a não poluição do meio edáfico pelos resíduos orgânicos gerais e rejeitos, como papeis sujos de óleo vegetal e/ou animal e papeis sujos de banheiros. Os seus produtos são o chorume que fica retido na manta e o metano que é convertido em gás carbônico. O aterro não é totalmente correto, mas é uma minimização. Conclusão As boas práticas de higiene, assim como todos os processos vistos nesta aula prática evidenciam a importância global dos métodos padrões e alternativos para a reciclagem dos mais diversos materiais produzidos pelo homem. A qualidade da água que consumimos depende diretamente da educação da população na preservação e conservação dos recursos naturais, assim como na adoção de políticas publicas para reflorestamento de áreas de várzea, topos de morro e encostas de rios. Além disto, as boas praticas agronômicas com relação a aplicação de produtos fitossanitários, os agrotóxicos, são de vital importância. As portarias impostas pelos Governos Estaduais e Federais atualmente liberam a contaminação da água com até 14 resíduos de agrotóxicos, sendo que a portaria do princípio ativo Glifosato, utilizado para dessecação de vegetais, está sendo elevada. Portanto, o governo está autorizando uma maior contaminação da água. Essa atitude de boa parte do poder público é errada, só confirma para a população de que a corrupção e a propina existem e estão mais forte do que nunca. Bibliografia Complementar Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2007/lei/l11445.htm. Acesso em 25/jun. SAMAE - Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto. Disponível http://www.samaeibi.com.br/conteudo.asp?pagina=1. Acesso em 25/jun. Saneamento Básico. Disponível em: http://www.saneamentobasico.com.br/. Acesso em 25/jun. em: 3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NORTE LONDRINA-PR Introdução Esgoto, efluente ou águas efluentes são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias e domicílios e que necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana. Geralmente a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e no mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria possui um volume muito grande, exigindo um tratamento mais eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida. É importante destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de efluente tratado e da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Quanto ao tipo, o esgoto industrial costuma ser mais difícil e caro de tratar devido à grande quantidade de produtos químicos presentes. Objetivo No presente relatório, será abordada a visita realizada pelos alunos de graduação em Agronomia da UEL a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada ao norte da cidade de Londrina, ministrada pelo professor Edson Proni, da disciplina de Ecologia A. Esta aula prática teve por finalidade fazer com que os alunos tivessem um contato direto com os serviços realizados pela SANEPAR, assimilando a abrangência da mesma em Londrina e região, a sua importância ambiental, e como ocorrem as diversas operações da estação. Metodologia A ETE Norte de Londrina possui uma capacidade de aproximadamente 660 litros de esgoto por segundo, sendo a segunda maior estação desse tipo na cidade. Em relação com as lagoas de estabilização, o processo de tratamento da estação é muito mais rápido e eficiente, ocorrendo em torno de 13 horas desde a chegada do esgoto bruto até a saída dos efluentes para os rios. Basicamente, este processo se dá em conta da utilização de várias etapas, com a utilização de gradeamento, desarenador, medidor de vazão, RALF e filtro biológico. Resultados Primeiramente, os resíduos de vários locais da região, como residências, instituições, indústrias e tudo o mais são liberados para a rede de esgoto, onde são encaminhados para a ETE através de fossas e redes coletoras. De início, ocorre o processo de gradeamento do esgoto para retirada dos sólidos mais grosseiros, que devem ser retirados para o perfeito funcionamento da estação. Estes são então encaminhados para um aterro sanitário. Em seguida, o esgoto passa por um desarenador, que serve para separar as partículas que não foram retiradas pelo gradeamento, evitando que essas partículas agridam o conjunto de bombeamento e entupam as tubulações, além de evitar interferências nos processos biológicos. Logo após, passa então para o medidor de vazão, que faz a distribuição uniforme, de maneira que a água passa mais lenta e arrasta as partículas que ficam na superfície. Depois de tudo, a água vai para o RALF. O Reator Anaeróbio de Lodo Fluidizado, RALF, teve o seu estopim na década de 70 em função da crise energética, fazendo com que a engenharia desenvolvesse algum equipamento rentável e alternativo. Dentre as suas vantagens, evidencia-se a transformação de matéria orgânica suspensa em produtos estáveis, como água, biogás e outros elementos inertes, que são os formadores do próprio esgoto. O processo anaeróbio desenvolvido pelas bactérias resulta em gases, que podem ser ou queimados ou utilizados como fonte alternativa de energia. Filtros biológicos são acoplados no RALF, que possibilitam um esgoto menos contaminado. Conclusão A população mundial hoje é de cerca de 4,6 bilhões de habitantes e apresenta valores de crescimento altos, com perspectiva para o ano de 2050 de 10 bilhões de habitantes. Em função deste crescimento acentuado, fontes alternativas de reciclagem de materiais são de fundamental importância, assim como tecnologias para o reaproveitamento de resíduos ou até mesmo para a minimização dos impactos ambientais. A estação de tratamento de esgoto norte da SANEPAR apresenta fundamental importância a população de Londrina. Com capacidade de tratamento de até 660 litros de esgoto por segundo, a estação é geradora de aproximadamente 653 gramas de biossólido – fertilizante oriundo do tratamento do esgoto – com cerca de um metro cúbico de esgoto. Este fertilizante pode ser usado para grandes culturas, como soja e milho, com grande viabilidade. O tratamento do esgoto é essencial para a ideologia de uma cidade auto-sustentável, assim como vital para a recomposição da natureza, dada à grande poluição que já se encontra grande parte da água disponível ao consumo. A associação entre Governo, empresas privadas, universidades e com a própria população é fundamental para o desenvolvimento de novas políticas conservacionistas, para diminuir os impactos ambientais. Bibliografia Complementar SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná. Disponível http://site.sanepar.com.br/. Acesso em 23/jun; CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/. Acesso em 24/jun; Resolução CONAMA 20/1986, Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html. Acesso em 24/jun; em: 4. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - LONDRINA-PR Introdução Criada em 1963, a Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR tem como compromisso universalizar o acesso ao saneamento, levando os serviços de fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto sanitário para a população paranaense. Nas regiões em que atua, a Companhia atende com água tratada nove milhões de pessoas, representando 100% da população urbana, segundo levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Assim sendo, a SANEPAR possui um sistema de limpeza efetiva das águas provenientes de bacias e rios locais, as Estações de Tratamento de Água (ETA), que fazem parte de um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. Tal processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças. Objetivo No presente relatório, iremos abordar sobre a visita dos alunos do segundo ano de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina a uma das Estações de Tratamento de Água da SANEPAR em Londrina, situada na Avenida Juscelino Kubitschek, nº 200, realizada no dia 30 de maio e ministrada pelo Prof. Edson Proni, da disciplina de Ecologia. O objetivo principal desta visita foi apresentar aos alunos do curso o processo de tratamento de água que é distribuída para a região de Londrina, em uma das várias ETAs da cidade, e também chamar a atenção para a situação da água que entra no sistema, que possui alta taxa de poluição provinda do mau zelo do ambiente, principalmente com enfoque especial aos agroquímicos. Metodologia Ao início da visita, os alunos se encontraram em uma sala de reuniões para assistir a uma breve apresentação sobre o trabalho da SANEPAR e o funcionamento das estações de tratamento de água de Londrina e região. As ETAs Cafezal e Tibagi estão em funcionamento desde 1959 e 1992, respectivamente. Em seguida, foram levados para o local onde ocorrem as reações físicas e químicas nos diversos tanques da estação. Ao final, os alunos ainda puderam conhecer um pouco do trabalho da USAV (Unidade de Serviço de Avaliações de Conformidades), que busca aplicar métodos laboratoriais para análise da água que entra e sai da estação. Resultados Primeiramente, leva-se em consideração a qualidade e a quantidade de água disponível, cuja base se toma nas bacias hidrográficas da região, que servirão para abastecer a estação. Desses mananciais, a água é bombeada 24 horas por dia para os tanques de coagulação, onde é adicionado o sulfato de alumínio ou cloreto férrico para retirada da sujeira mais grosseira. Nessa etapa também são adicionados cloro e cal hidratada, que agem, respectivamente, na desinfecção da água e no controle do potencial hidrogeniônico (pH), para preservar a rede de encanamentos da distribuição. Em seguida, a água vai para quatro tanques de floculação, pelos quais as partículas de sujeira se aglutinam em partículas maiores e, após isso, vão para três tanques decantadores, onde as partículas são separadas da água mais limpa, por ficarem concentradas no fundo pela ação da gravidade. Os tanques de decantação possuem 4,5 metros de profundidade, onde metade deles fica coberta por lodo, e por esse motivo devem ser lavados a cada 15 a 20 dias. Depois dos decantadores, a água passa por um processo de filtração em quatro tanques, que são lavados a cada 36 horas por retro-lavagem dos filtros. Essa filtração ocorre pela ação de carvão, areia fina, areia grossa e pedras. Na sequência, são adicionados mais cloro e cal, e também o flúor, utilizado na água tratada desde 1950 para prevenir a cárie dentária em crianças, porém em uma dosagem controlada para evitar a fluorose. Depois a água passa a ser distribuída aos vários reservatórios, onde passa a ser disponível para a população. Em questões individuais, a população deve ter consciência de que a caixa d’água caseira deve ser lavada a cada seis meses, para evitar contaminação por sujeira acumulada. Conclusão Por meio desta aula prática, os alunos foram capazes de entender a importância dos serviços do sistema de saneamento realizado pela SANEPAR em nosso estado, compreendendo sobre os processos de tratamento efetivo e distribuição de água para a população urbana e rural, de suma importância ao conhecimento didático dos graduandos em agronomia, que encontram no estudo da água várias aplicações no decorrer das disciplinas. Bibliografia Complementar SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná. Disponível em: http://site.sanepar.com.br/. Acesso em 23/jun; SNIS - Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento. Disponível http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=85. Acesso em 23/jun; Saneamento Web Conteúdos de Educação Ambiental. Disponível em: http://www.saneamentoweb.com.br/. Acesso em: 23/jun. em: 5. INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ Introdução O Instituto Ambiental do Paraná - IAP, entidade autárquica, foi instituído em 1992, através da Lei Estadual no 10.066, de 27 de julho com a criação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, cujo principal objetivo é proteger, preservar, conservar, controlar e recuperar o patrimônio ambiental, buscando melhor qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável com a participação da sociedade. Objetivo No presente relatório, iremos abordar sobre a visita realizada pelos alunos do segundo ano de Agronomia da UEL ao Escritório Regional do IAP em Londrina (ERLON), localizado na Rua Brasil, 1115, no centro da cidade. A visita ocorreu no dia 06 de junho, ás 14 horas, e foi acompanhada pelo prof. Edson Proni, docente da disciplina de Ecologia. O objetivo desta aula prática foi passar aos alunos o conhecimento sobre o trabalho do instituto, que consiste, entre várias outras atividades, analisar os recursos hídricos da região em busca de compreender quais são as principais adversidades que causam os danos a nível ecológico, que comprometem de diversas maneiras o tratamento e consumo, e como associar o manejo necessário para conservá-los e preservá-los. Metodologia A aula consistiu na apresentação dos setores e dos laboratórios do instituto, por meio de explicação passada por técnicos responsáveis, com pontos levantados pelo professor Edson Proni. Resultados Primeiramente, os alunos foram levados para o laboratório de microbiologia, onde são feitas avaliações de potabilidade, como testes de determinação de coliformes (bactérias provindas do intestino de mamíferos, como a Escherichia coli) em efluentes, mananciais e na água tratada. Os coliformes são largamente utilizados na avaliação da qualidade das águas, servindo de parâmetro microbiológico básico às leis de consumo criadas pelos governos e empresas fornecedoras que se utilizam desse número para garantir a qualidade da água para o consumo humano. Nesse caso, a presença de um número alto de Coliformes na água significa um nível elevado de poluição e risco à saúde pela presença de organismos patogênicos. Também são feitas análises para observação de demais patógenos que causam doenças associadas à ingestão ou contato com água, como diarréias, febre tifóide, paratifóide, disenteria bacilar e cólera. Logo após, os alunos conheceram o laboratório de físico-química do instituto, que é responsável pela avaliação da qualidade da água a nível químico, como observar as contaminações por diversos poluentes oriundos de rejeitos residenciais, industriais e rurais, entre outros, como acidentes ambientais. No laboratório também são avaliados diversos fatores que influenciam na qualidade final da água, como temperatura, acidez e alcalinidade, nível de cloro e oxigênio dissolvido para a estipulação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Conclusão Ao término da aula, o aluno foi capaz de compreender os vários aspectos abordados pelo estudo do IAP, a importância do instituto para o controle dos recursos hídricos e ambientais da região, e novamente chamar a atenção para o caso dos diversos problemas enfrentados por tais recursos, oriundos da poluição e utilização irracional de produtos químicos no meio agrícola. Bibliografia Complementar Instituto Ambiental do Paraná - IAP. Disponível em: http://www.iap.pr.gov.br/. Acesso em 24/jun; LECT - Laboratório de Ensino de Ciências e Tecnologia – USP. Disponível em: http://darwin.futuro.usp.br/. Acesso em: 25/jun;