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Relatório De Circuitos Elétricos

Relatório sobre circuitos elétricos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Whelton Brito dos Santos Paulo Victor B. da Costa MEDIDAS DE CORRETE E DIFERENÇA DE POTENCIAL CAMPINA GRANDE-PB MAI/2011 Whelton Brito dos Santos Paulo Victor B. da Costa MEDIDAS DE CORRETE E DIFERENÇA DE POTENCIAL Relatório solicitado na disciplina de Laboratório de Física II, ministrada pelo Professor José Carlos Justino. No curso de Eng. Sanit. E Ambiental, na UEPB Professor: José Carlos Justino CAMPINA GRANDE-PB MAI/2011 1- INTRODUÇÃO Corrente elétrica e diferença de potencial são grandezas importantes no estudo da eletricidade, e é sobre elas que iremos tratar neste trabalho, falando de como se comportam em um circuito, das suas características, o que são, suas aplicações e de que forma são quantizadas e quais aparelhos utilizar para isso, ou seja, entender o real significado destas grandezas. 2- OBJETIVO Medir a corrente que percorre o circuito correspondente a cada tensão produzida. Verificar se os resistores utilizados são ôhmicos nas circunstancias experimentais a partir da elaboração do gráfico V × i utilizando os dados obtidos. 3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1- Diferença de Potencial e Corrente Elétrica 3.1.1-Corrente elétrica A corrente elétrica, e a eletricidade propriamente dita, estão presentes a todo tempo ao nosso redor e até em nós mesmos. Podemos citar vários exemplos: Na natureza: o relâmpago, uma grande descarga elétrica produzida quando se forma uma enorme tensão entre duas regiões da atmosfera. No corpo humano: impulsos elétricos do olho para o cérebro. Nas células da retina existem substâncias químicas que são sensíveis à luz, quando uma imagem se forma na retina estas substâncias produzem impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro. Além destes exemplos, podemos identificar vários aparelhos e utensílios em nossa casa que foram construídos a partir do domínio da eletricidade: o ferro de passar roupas, o chuveiro, a lâmpada e muitos outros. Para entendermos o funcionamento destes aparelhos vamos definir o conceito de corrente elétrica. Se um condutor é ligado aos pólos do gerador os elétrons do pólo negativo se movimentam ordenadamente para o pólo positivo, esse movimento ordenado dos elétrons é denominado corrente elétrica. Por convenção, o sentido da corrente elétrica é contrário ao do movimento dos elétrons no condutor. A quantidade de carga elétrica Q que atravessa uma seção transversal do condutor por um determinado intervalo de tempo t determina a intensidade de corrente elétrica. i= Q t (1) Onde: i = intensidade da corrente elétrica; Q = quantidade de carga elétrica; t = intervalo de tempo. A unidade de medida utilizada para corrente elétrica é o Coulomb/segundo (C/s), esta unidade recebe o nome de ampère (A). 3.1.2- Diferença de Potencial A diferença de potencial elétrico entre dois pontos faz gerar um movimento de carga, e neste deslocamento a força elétrica estará realizando um trabalho, este trabalho representa uma quantidade de energia que a força elétrica transfere para a carga em seu deslocamento, esta grandeza é denominada diferença de potencial. A diferença de potencial também é denominada voltagem ou tensão, é representada por Volt, ou simplesmente V. Assim quando se diz que a voltagem entre dois pontos é muito grande (alta voltagem), isto significa que o campo elétrico realiza um grande trabalho sobre uma dada carga que se desloca entre dois pontos. Temos também a baixa tensão, que significa o contrário, é realizado um pequeno trabalho através de uma determinada carga. O trabalho necessário para deslocar uma carga unitária q0 de A até B, ou seja: VB -VA =WAB×q0 (2) Onde: VB – VA = é a diferença de potencial WAB = trabalho realizado entre A e B q0 = carga unitária 3.2- Circuitos e Componentes Eletrônicos Um circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores, indutores, capacitores, diodos, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e interruptores, de modo que formem pelo menos um caminho fechado para a corrente elétrica. 3.2.1- Fonte de Tensão A fonte de alimentação tem como função transformar a energia elétrica que vem das concessionárias em forma de corrente alternada em energia elétrica de corrente contínua, que é a forma de alimentação de cargas que precisem de energia na forma de corrente contínua. Uma fonte de alimentação transforma a corrente alternada em corrente contínua, e também pode baixar ou elevar o nível de tensão, também existe fontes que somente baixam ou elevam o nível de tensão, outro tipo de fonte é o tipo que mantém o mesmo nível de tensão porque sua função é apenas isolar o circuito da rede de energia elétrica, mas o tipo de fonte mais comum é o que isola o circuito da rede de energia elétrica e baixa o nível de tensão e transforma a tensão alternada em tensão contínua, esse tipo de fonte de alimentação é chamado de fonte do tipo linear e é o tipo de fonte mais comum, talvez pela simplicidade na montagem. 3.2.2- Corrente Elétrica É o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica. Sabe-se que, microscopicamente, as cargas livres estão em movimento aleatório devido à agitação térmica. Apesar desse movimento desordenado, ao estabelecermos um campo elétrico na região das cargas, verifica-se um movimento ordenado que se apresenta superposto ao primeiro. Esse movimento recebe o nome de movimento de deriva das cargas livres. 3.2.3- Resistência Elétrica Conforme explicado acima, ao se tentar movimentar cargas em um condutor elétrico irá aparecer uma força de oposição denominada resistência. A força que irá fazer com que as cargas se movimentem mesmo com a presença desta força de oposição é a diferença de potencial, ou tensão. A relação existente entre estes três componentes, tensão, corrente e resistência foram introduzidas por George Simon Ohm e é dada por: R=VI (3) Aonde a unidade de resistência é o ohm(Ω). O circuito da figura abaixo apresenta estes três componentes sendo que a direita se apresenta as três formas, com respectivas unidades, nas quais se podem representar as relações entre essas três grandezas. 3.2.4- Dispositivos de Controle São utilizados nos circuitos elétricos para medir a intensidade da corrente elétrica e a ddp existentes entre dois pontos, ou, simplesmente, para detectá-las. Os mais comuns são amperímetro e voltímetro. Amperímetro: aparelho que serve para medir a corrente elétrica. Voltímetro: aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito elétrico. 3.3- Métodos dos Mínimos Quadrados O método dos mínimos quadrados pode ser usado para avaliar a equação de uma reta ou curva de tendência. Por exemplo, quando visualizamos uma reta para encaixar todos os pontos do melhor modo possível, movemos a régua até achar que encontramos a reta ideal, isto é, minimizamos os desvios dos pontos com relação a essa reta traçada.  O Método dos Mínimos Quadrados, como o próprio nome diz, é um método que tem como objetivo a transformação de Modelos Teóricos em Modelos Operacionais, ou seja, propicia sairmos de uma tabela ou de um gráfico e chegarmos a uma fórmula. O MMQ consiste em um sistema de equações que, quando resolvido, determina os coeficientes da nossa equação. O MMQ pode ser utilizado para diferentes Modelos Operacionais, visto que o sistema de equações pode "aumentar" de acordo com nossas necessidades ou com o número de variáveis envolvidas no processo. Para um Modelo Operacional Linear (y = a + bx), teremos um sistema de duas equações com duas incógnitas, visto que, para determinarmos a fórmula, devemos calcular os coeficientes a e b, que podem ser obtidos através das seguintes equações: D=Ni=1Nxi2-i=1Nxi2 (4) a= 1D Ni=1Nxiyi - i=1Nxii=1Nyi (5) b= 1D i=1Nxi2 i=1Nyi -i=1Nxiyi i=1Nxi (6) Onde: N = número de dados. Podemos dizer que esta equação descreve a reta de ajuste para os dados obtidos experimentalmente. 4- MATERIAIS UTILIZADOS Fonte de tensão ajustável de VMAX = 12V; Pront-board; Resistores; Dois multímetros digitais. 5- METODOLOGIA Com o auxilio do pront-board montou-se o circuito ilustrado na figura abaixo: Conectou-se um multímetro na função de voltímetro em paralelo ao resistor e o outro multímetro na função de amperímetro em serie com este, ajustou-se a tensão na fonte para cada um dos valores preestabelecidos, para cada valor ajustado mediu-se as correntes elétricas do circuito, onde pode ser melhor visualizado abaixo: 6- RESULATADOS O valor da resistência de um resistor e explicito no seu exterior por um código de cores, e sabendo disso, analisamos os resistores utilizados e obtemos os seus valores, que eram de 100Ω e 180Ω. Sabendo disso realizou-se o procedimento para sabermos o valor experimental de cada resistor. Com a obtenção dos dados da corrente (i) em função do potencial (V), utilizamos o método dos mínimos quadrados para encontrar a equação linear da reta do gráfico V × i, sendo assim elaboramos dois gráficos para os diferentes resistores utilizados para a obtenção dos dados experimentais. 6.1- Para o resistor de 100Ω A tabela abaixo mostra os dados obtidos experimentalmente pelo resistor em questão. Tabela 1 y U (V) 2 4 6 8 10 12 x I (mA) 16.0 37,5 56,6 75,9 95,0 114,3 Tabela 2 i=1nx i=1ny i=1nx2 i=1nxy 395,3 42 32716,11 3450,4 Tabela 3 R(Ω) 125 106,66 106,01 105,40 105,26 104,98 A tabela 2 utilizou dos dados da tabela 1, fazendo a relação da corrente (i) em função do potencial (V) em um gráfico V × i para apresentar o somatório dos eixos horizontal e vertical, somatório do quadrado do eixo horizontal e o somatório do produto entre os eixos, respectivamente. A tabela 3 mostra as resistências equivalentes a cada potencial gerado os quais foram obtidos pela eq.(3). Utilizando os dados da tabela 2 nas equações (4), (5), (6), podemos encontrar uma equação que satisfaz a reta linear do gráfico V × i, e sabendo que a equação é dada por V = ai + b, temos que a = 102,4Ω e b = 0,25V, ou seja, a equação que satisfaz a reta do gráfico é: V = (102,4 Ω)i + 0,25V (7) Na tabela abaixo esta os erros correspondentes a obtenção da resistência dos resistores mostradas pela tabela 3 para cada tensão gerada, esse erro e calculado pela equação: %E= Eteórico- EexperimentalEteórico ×100 (8) Então temos: U(V) 2 4 6 8 10 12 %E 25 6,66 6,01 5,40 5,26 4,98 Podemos observar que o erro para o potencial de dois volts é um pouco elevado, essa discrepância pode estar relacionada com a má execução da medida, o restante dos dados o erro esta dentro da faixa permissível. 6.2- Para o resistor de 180Ω A tabela abaixo mostra os dados obtidos experimentalmente pelo resistor em questão. Tabela 1 y U (V) 2 4 6 8 10 12 x I (mA) 11.0 22.5 33,2 44,6 55,8 67,4 Tabela 2 i=1nx i=1ny i=1nx2 i=1nxy 234,5 42 11375,05 2034,8 Tabela 3 R(Ω) 181,81 177,77 180,72 179,37 179,21 178,04 A tabela 2 utilizou dos dados da tabela 1, fazendo a relação da corrente (i) em função do potencial (V) em um gráfico V × i para apresentar o somatório dos eixos horizontal e vertical, somatório do quadrado do eixo horizontal e o somatório do produto entre os eixos, respectivamente. A tabela 3 mostra as resistências equivalentes a cada potencial gerado os quais foram obtidos pela eq.(3). Utilizando os dados da tabela 2 nas equações (4), (5), (6), podemos encontrar uma equação que satisfaz a reta linear do gráfico V × i, e sabendo que a equação é dada por V = ai + b, temos que a = 177,9Ω e b = 0,04V, ou seja, a equação que satisfaz a reta do gráfico é: V = (177,9 Ω)i + 0,04V (9) Na tabela abaixo esta os erros correspondentes a obtenção da resistência dos resistores mostradas pela tabela 3 para cada tensão gerada, esse erro e calculado pela eq.(8): U(V) 2 4 6 8 10 12 %E 1,00 1,23 0,4 0,35 0,43 1,08 7- DISCUSSÕES 8- CONCLUSÃO 9- BIBLIOGRAFIA HALLIDAY, D., Resnick, R. Walker, J - Fundamentos de Física 3 – Tradução BIASI Ronaldo Sérgio de, - Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora, 7a Edição, 2007.