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Relatorio De Campo

colheita floresta

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CARLOS MAGNO DE SOUZA AZEVEDO RELATÓRIO DO MINICURSO DE METODOLOGIA EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS MACAPÁ – AP NOV./2014 CARLOS MAGNO DE SOUZA AZEVEDO RELATÓRIO DO MINICURSO DE METODOLOGIA EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Trabalho apresentada à disciplina Colheita Florestal, como requisito avaliativo do curso de Engenharia Florestal, na Universidade Estadual do Amapá, orientado pelo Professor Jadson Abreu. MACAPÁ – AP NOV./2014 Introdução A preocupação com a reparação de danos provocados pelo homem aos ecossistemas não é recente. Plantações florestais têm sido estabelecidas desde o século XIX no Brasil com diferentes objetivos. Entretanto, somente na década de 1980, com o desenvolvimento da ecologia da restauração como ciência, o termo restauração ecológica passou a ser mais claramente definido, com objetivos mais amplos, passando a ser o mais utilizado no mundo nos últimos anos (Engel & Parrotta 2003). O histórico desta fase, no Brasil, inicia-se em 1862, sendo um dos primeiros trabalhos de restauração florestal na atual Floresta Nacional da Tijuca, município do Rio de Janeiro, visando à preservação das nascentes e regularização do abastecimento público de água (Pacto para Restauração Ecológica da Mata Atlântica, 2007). Consideram-se degradadas áreas que apresentam "sintomas" como: mineração, processos erosivos, ausência ou diminuição da cobertura vegetal, deposição de lixo, superfície espelhada, entre outros (SMA 2004). Em 2004 a "Society for Ecological Restoration" - SER publicou "Os Princípios da SER na Ecologia de Restauração" esse guia define a restauração ecológica como uma atividade intencional que inicia ou acelera a recuperação de um ecossistema no que diz respeito a sua saúde, integridade e sustentabilidade. Ecossistemas que requerem restauração têm sido degradados, danificados, transformados ou inteiramente destruídos como resultado direto e indireto das atividades humanas. Adicionalmente, descreve vários passos a serem tomados para o desenvolvimento e o manejo de projetos de restauração ecológica. Dentre as várias atividades a serem realizadas estão: identificar o local e o tipo de ecossistema a ser restaurado; identificar o agente causador da degradação; e identificar se há necessidade de intervenções diretas para a restauração. Desenvolvimento Nos dias 4 a 7 de novembro de 2014 ocorreu em Macapá, capital do Estado do Amapá o 1° Congresso Amapaense de Engenharia Florestal na Universidade do Estado do Amapá. Onde foram ofertados alguns minicursos de grande interesse acadêmico dentre havia o de Metodologia em Recuperação de Áreas Degradadas que foi ministrado pela msc. Mariana Medeiros e pelo graduando Marcos Vinicius que está cursando o 10º semestre de Engenharia Florestal e onde tive a oportunidade de participar. O minicurso teve início às 09h00min e término as 12h15min, do dia 05 de novembro. Os temas que foram abordados foram, os distúrbios causados tanto pelo homem como pela natureza, Degradação ambiental e qualquer processo que diminua a capacidade de determinado ecossistema em sustentar a vida. Esse processo está ligado a alterações biofísicas que afetam o desequilíbrio ambiental, modificando a fauna e flora natural, eventualmente causando perdas da biodiversidade, onde foi debatido o que diferencia área degradada que é o ambiente que necessita de intervenção humana para se recuperar, e área perturbada que representa o ambiente que sofreram distúrbios naturais ou antrópicos, mas mantiveram um nível mínimo de resiliência, que por meios de regeneração natural. Restauração, reabilitação e recuperação foi bem destacado no minicurso porque são parecidos e precisam ser diferenciados para que não possam ser confundidos. Recuperação é como a reparação dos recursos ao ponto que seja suficiente para restabelecer a composição e a frequência das espécies encontradas originalmente no local. Reabilitação é o retorno da área degradada a um estado biológico apropriado. Esse retorno pode não significar o uso produtivo da área a longo prazo, como a implantação de uma atividade que renderá lucro, ou atividades menos tangíveis em termos monetários, visando, por exemplo, a recreação ou a valorização estético-ecológica. Restauração refere-se à obrigatoriedade do retorno ao estado original da área, antes da degradação. Esse termo é o mais impróprio a ser utilizado para os processos que normalmente são executados. Por retorno ao estado original entende-se que todos os aspectos relacionados com topografia, vegetação, fauna, solo, hidrologia, etc., apresentem as mesmas características de antes da degradação. Foi colocado o histórico de práticas de recuperação onde o mesmo é dividido em cinco fases: a primeira foi chamada de Fase 01. O Objetivo era de recriar uma fisionomia florestal tentando recuperar tais áreas. Na Fase 02. Nesse período tinha-se pouca informação sobre os grupos ecológicos e pouca disponibilidade de mudas. A Fase 03 tinha por objetivo copiar a composição e estrutura das florestas naturais utilizava-se nada mais que um modelo a ser seguido para toda área a ser recuperada A 04 fases e 5 tem como foco principal restaurar os processos ecológicos pela estimulação da sucessão natural, foram nestas fases que a seleção de espécies começou a ser influenciada mais pelo conhecimento sobre a biologia de espécies. O palestrante Marcos Vinícius (acadêmico graduando) começou falando sobre Dispositivos jurídicos onde incluem a Constituição Federal 1988, Política Nacional de Meio Ambiente e o novo Código Florestal (12.651/2012). O Código Florestal (Lei 12651/2012) Que dá por definição de APP (Art. 3º, II): como área protegida por Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Tem que ser protegido na nascente do rio 50m de mata ciliar, se o rio tiver a largura menor que 10m, área ciliar deve ser de 30m contando a partir do leito regular do mesmo, se a largura do rio for de 10-50m, a mata ciliar preservada deve ser 50m, se o rio estiver de 50-200m de largura, a mata ciliar deve ser 100m, se a largura do rio for de 200-600m a área preservada a sua margem deverá ser de 200m e se a largura do rio for acima de 600m à área preservada de mata ciliar deverá ser 500m. Comentou brevemente a diferença entre mata de igapó e mata de várzea, sendo que a mata de várzea são ambientes frágeis, cuja origem e funcionamento estão ligados à deposição de sedimentos geologicamente recentes, profundamente influenciados pelos regimes de marés, que estão ligadas a rios de águas brancas com grande aporte de água doce (ABREU et al.,2009 ), e de águas pluviais. E a mata de igapó, é o termo é aplicado por alguns para indicar qualquer floresta inundável por grandes rios na Amazônia. E por fim os modelos usados para a restauração que são: modelo de plantio ao acaso, modelos sucessionais, plantios em linhas ou módulos, nucleação, modelo nativas do bioma cerrado e o Sistema Agroflorestal (SAF). Anexo1 Anexo 2 (Modelo de como se recuperar uma área degradada) (Msc Mariana e integrantes do grupo) Conclusão A necessidade de cuidados ambientais, nas mais diversas atividades industriais é, nos dias de hoje, uma realidade irreversível, e desta realidade pode depender o futuro do homem e de todas as formas de vida na terra. Entretanto, nem sempre a consciência do empreendedor está direcionada para este cuidado. Além disso, o desaparelhamento dos órgãos de fiscalização demonstra nítido desinteresse de autoridades governamentais, com os problemas ambientais. O diagnóstico realizado para realizar o PRAD permite estabelecer as ações de curto, médio e longo prazo. As intervenções e as prioridades de recuperação/reabilitação de uma área dependem das características geo-física-químicas específicas, do histórico de disposição dos resíduos, e dos aspectos sócio-político das comunidades lindeiras da área. A gestão integrada e participativa dos órgãos responsáveis pelo aterro e a comunidade diretamente afetada pela sua presença é fator fundamental para a obtenção e manutenção de bons-resultados. Programas de educação ambiental contribuem de forma relevante e devem abranger todos os indivíduos da região que utilizam a área. A interdisciplinaridade das questões ambientais requer uma equipe multidisciplinar atuante e qualificada em várias áreas do conhecimento, que compreendem desde os mecanismos de biodegradação, processos de triagem e reciclagem dos materiais, o aproveitamento máximo de todos os recursos disponíveis na área, estudos epidemiológicos, reinserção sócio-econômico dos moradores na proximidade da área. Dentre os temas mais abordados, a recuperação de áreas degradadas ganha importância pelo impacto visual de uma área minerada e de como este fator pode influenciar a opinião pública.