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Relatorio De Aula Pratica De Altimetria

aulas praticas de topografia

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Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE Unidade Acadêmica de Serra Talhada-UAST Curso: Agronomia Levantamento Topográfico Planialtimétrico Relatório Apresentado como parte das exigências da disciplina AGRI5002 do curso de Agronomia. Profª. Msc. Ioneide Alves Rodrigo Rogério da Silva Serra Talhada-PE Dezembro de 2009 1-Titulo Levantamento Topográfico Planialtimétrico Para Geração de Curvas de Nível e Construções de Perfis Topográficos 2-Introdução Foram realizados dois métodos de Levantamento Topográfico Altimétrico, a fim de se obter as alturas relativas de uma superfície para geração de curvas de nível e construção de perfis topográficos. Dentre os métodos esta o nivelamento geométrico composto e nivelamento geométrico simples. Nivelamento geométrico simples, pois de um único ponto estação, consegui-se fazer todas as visadas. E nivelamento geométrico composto, onde é necessário se fazer mais de uma estação, é, pois uma sucessão de nivelamentos simples. Segundo a NBR 13133/1994 Nivelamento geométrico (ou nivelamento direto) é, Nivelamento que realiza a medida da diferença de nível entre pontos do terreno por intermédio de leituras correspondentes a visadas horizontais, obtidas com um nível, em miras colocadas verticalmente nos referidos pontos. 3-Objetivo Geral Mensuração de áreas e conhecimento geral do terreno por meios de instrumentos adequados. 4-Objetivo Específico Elaborar trabalhos topográficos Planialtimétricos. Conhecer o terreno por meio de medições e representação gráfica. Obter informações sobre o terreno auxiliando no planejamento agropecuário. 5-Materiais e Métodos 5.1-Levantamento Planialtimétrico (Método Nivelamento Geométrico) 5.1.1-Obtenção de Curvas de Nível Por Quadriculação As curvas de nível ou isolinhas são linhas curvas fechadas formadas a partir da interseção de vários planos horizontais com a superfície do terreno (BRANDALIZE, 2003). Na aula prática realizada na data 09/11/2009 próximo ao estacionamento da UAST foi utilizado o método da quadriculação do terreno, para obtenção das curvas de nível. Os Equipamentos Utilizados: - Nível Óptico com respectivo tripé - Caderneta de campo - 25 Piquetes - 01 Trena - 01 mira falante Iniciamos o levantamento topográfico através do reconhecimento prévio da área, procedimento esse ao qual recebe o nome de levantamento topográfico expedito, também foi utilizado o apoio topográfico que consiste num conjunto de pontos planimétrico, altimétrico, ou planialtimétrico, que dão suporte ao levantamento topográfico. Logo em seguida iniciamos a demarcação da quadricula. Munidos de 25 piquetes e uma trena de 50m fizemos a quadriculação de um terreno da UAST. Uma área que consiste em 20m no eixo (x) e 20m no eixo (y) um total de 400M2, e subdividimos em áreas menores de 5x5m. (ver figura 1). " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " Após a demarcação do terreno foram nomeamos todos os pontos no nosso croqui conforme pode ser visto na figura 2: " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " Figura 2: Nomeação e identificação dos pontos Esse procedimento de nomeação é muito importante para identificarmos os pontos durante a plotagem do valor das cotas e curvas de nível. Feito isso, estacionamos o nível com auxilio do nível de bolha, tripé e parafusos calantes, em um local fora da quadricula para podermos visualizar todos os pontos sem precisarmos fazer uma nova estação. E fez-se a leitura do fio médio em cada um dos pontos da área quadriculada. Um dos integrantes do grupo, munido da mira falante deslocou-se até o ponto (A5) fizemos a leitura do fio médio e anotamos em caderneta de campo (ver tabela 1), por ser a primeira leitura ela será considerado a leitura de ré e as leituras posteriores serão consideradas leitura de vante (isso se não forem feitas novas estações). As leituras subseqüentes são feitas em "ziguezague" ou seja lê-se do A5 ao A1, B1-B5,C5-C1,D1-D5,E5-E1 (ver tabela 1). CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO "Estaçõe"Pontos "Leituras "Altura do "Cotas " "s "visados" "Instrumento " " " " "Ré "Vante " " " "I "A5 "1285 " " " " " "A4 " "1730 " " " " "A3 " "2235 " " " " "A2 " "2550 " " " " "A1 " "2970 " " " " "B1 " "2789 " " " " "B2 " "2390 " " " " "B3 " "1894 " " " " "B4 " "1480 " " " " "B5 " "1025 " " " " "C5 " "0785 " " " " "C4 " "1330 " " " " "C3 " "1660 " " " " "C2 " "2230 " " " " "C1 " "2680 " " " " "D1 " "2570 " " " " "D2 " "2015 " " " " "D3 " "1570 " " " " "D4 " "1130 " " " " "D5 " "0625 " " " " "E5 " "0480 " " " " "E4 " "1025 " " " " "E3 " "1435 " " " " "E2 " "1800 " " " " "E1 " "2325 " " " Tabela 1: Caderneta de campo preenchida no campo Após serem feitas todas as leituras os equipamentos foram recolhidos e guardados. Os passos seguintes referem-se a trabalhos de escritório onde realizamos cálculos de altura do instrumento, cálculos de cotas e plotagem das curvas de nível. 5.1.1.1-Cálculos para determinação da altura do instrumento e Cálculos de cotas. A altura do instrumento, em nivelamento geométrico, é a distancia vertical compreendida entre a linha de visada do nível de luneta e a superfície de nível de referencia. Altura do instrumento = cota inicial + leitura de ré da estação I A cota inicial na estação I = 10000 mm (cota arbitraria) e leitura de Ré dada em A5= 1285mm. Então: altura do instrumento = 10000+1285 Altura do instrumento= 11285mm CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO "Estaçõe"Pontos "Leituras "Altura do "Cotas " "s "visados" "Instrument" " " " " "o " " " " "Ré "Vante " " " "I "A5 "1285 " "11285 mm "10000 mm " " "A4 " "1730 " " " " "A3 " "2235 " " " Tabela 2: Determinação da altura do instrumento Após o calculo da altura do instrumento calculou-se todas as outras cotas dos pontos posteriores. Sabe-se que, quando a superfície de nível de comparação é arbitrária, as alturas dos pontos são denominadas de Cotas. Cálculos das Cotas: Cota = altura do instrumento na estação – leitura de vante de cada ponto. Na estação I a altura do instrumento é 11285 mm e as leituras de vante são: em A4=1730 mm, em A3 = 2235, em A2 = 2550, etc. Então: Cota A4= 11285 – 1730= 9555 mm Cota A3 = 11285 – 2235 = 9050 mm Cota A2 = 11285 – 2550 = 8735 mm CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO "Estações"Pontos"Leituras "Altura do "Cotas " " "visado" "Instrumento " " " "s " " " " " " "Ré "Vante " " " "I "A5 "1285 " "11285 "10000 " " "A4 " "1730 " "9555 " " "A3 " "2235 " "9050 " " "A2 " "2550 " "8735 " " "A1 " "2970 " "8315 " " "B1 " "2789 " "8496 " " "B2 " "2390 " "8895 " " "B3 " "1894 " "9391 " " "B4 " "1480 " "9805 " " "B5 " "1025 " "10260 " " "C5 " "785 " "10500 " " "C4 " "1330 " "9955 " " "C3 " "1660 " "9625 " " "C2 " "2230 " "9055 " " "C1 " "2680 " "8605 " " "D1 " "2570 " "8715 " " "D2 " "2015 " "9270 " " "D3 " "1570 " "9715 " " "D4 " "1130 " "10155 " " "D5 " "625 " "10660 " " "E5 " "480 " "10805 " " "E4 " "1025 " "10260 " " "E3 " "1435 " "9850 " " "E2 " "1800 " "9485 " " "E1 " "2325 " "8960 " Tabela 3: Preenchimento das cotas calculadas do ponto A-4 ao ponto E-1. 5.1.1.2-Representação Gráfica das Curvas de Nível Após cálculos das cotas elas foram distribuídas no croqui. (ver figura 3), Depois foi identificado a maior e menor cota do levantamento, 10.805mm e 8.315 respectivamente. Feito isso determinamos as curvas pelo método da eqüidistância, utilizamos o valor da eqüidistância 400 mm, por utilizarmos uma área de 20 x 20m = 400 m2 mais esse valor pode ser variável e vai determinar a quantidade de curvas. Agora pegou-se um valor pouco abaixo da maior cota (10750 mm) e outro valor pouco acima da menor cota (8350 mm). A partir daí utilizando a eqüidistância de 400 mm determinamos um total de 7 curvas, como pode ser visto abaixo: 10750 mm 10750 – 400=10350 mm 10350 – 400=9950 mm 9950 – 400= 9550 mm 9550 – 400= 9150 mm 9150 – 400= 8750 mm 8750 – 400= 8350 mm Agora determina-se os pontos por onde passa a curva. Para a primeira curva de valor 10750 mm fez-se os seguintes procedimentos: a) Observar em que quadricula e qual vértice da área a curva se inicia b) Subtrair a maior cota do vértice pela menor cota do vértice. A curva 10750 inicia-se na quadricula E5-D5. Então 10805-10660= 145 mm. Sabendo que a distancia E5-D5 é de 5m e esta desenhada na escala de 1:100 sabemos que a distancia gráfica é de 50 mm. Daí dividi-se a diferença entre a maior e menor cota por este valor: 145/50= 2,9 mm cada mm deste vértice no papel equivale a 2,9 mm da diferença entre cotas depois subtrai-se a maior valor da cota do vértice pelo valor da curva que será representada, assim: 10805 – 10750= 55mm Pega-se essa diferença e divide pelo valor que equivale a cada mm do vértice: 55/2,9= 18,9 mm A curva de nível de valor 10750 passa a 18,9mm de distancia da cota 10805 mm. Deve-se sempre iniciar a contagem a partir da maior cota que nesse caso foi 10805. Observam-se quais os outros vértices a curva passa e procede-se de forma similar, como por exemplo o ponto que passa em E5-E4 10805-10260= 545 mm 545/50= 10,9 mm 10805-10750= 55 55/10,9= 5 mm. O mesmo procedimento será feito para todas as outras curvas de nível. O resultado pode ser visto no ANEXO I. Vale salientar que é necessário conhecermos algumas características as curvas de nível a fim de detectarmos algum erro durante o desenho como por exemplo: uma curva de nível não pode desaparecer repentinamente, exceto quando representam uma pequena parcela do terreno; Duas curvas de nível nunca se cruzam, etc. 5.1.2-Nivelamento Geométrico Composto Para Construção de Perfil Topográfico Longitudinal Na pratica realizada na data 23/11/2009, com auxilio de equipamentos adequados conforme ode ser visto abaixo: Os Equipamentos Utilizados: - Nível Óptico com respectivo tripé - Caderneta de campo - 09 Estacas - 01 Trena - 01 mira falante Foi determinado ao longo de um alinhamento as diferenças de nível do terreno a fim de se obter o perfil topográfico longitudinal do terreno. O procedimento inicial foi similar ao da quadriculação, sendo necessário um reconhecimento prévio do terreno e em seguida foi demarcado a área com 09 estacas dispostas de forma linear e equidistantes 10 metros uma da outra, e nomeadas de E0-E9, consiste pois numa reta de 80 metros. Feito isso o passo seguinte é estacionar o nível óptico(estacionar com auxilio do tripé,nível de bolha e parafusos calantes).estacionamos entre a estaca E0 e E1 tomando o cuidado de deixar o nível equidistantes das duas estacas 5 m. Agora um dos integrantes do grupo munido com a mira falante desloca-se até a estaca E0 e com o nível fizemos a leitura do fio médio, essa primeira leitura será a visada de Ré.(ver imagem 1 e 2 e tabela 4) Imagem 1 Imagem 2 CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO "Estaçõe"Pontos "Leituras "Altura do "Cotas "Compensações"Cotas " "s "visados" "Instrument" " "compensadas" " " " "o " " " " " " "Ré "Vante " " " " " "I "E0 "755 " " " " " " Tabela 4: Tabela de preenchimento da leitura de ré na estação I. A mira foi deslocada até E1(leitura de vante) depois E2, como não foi possível visar E3 tivemos que fazer uma nova estação e lemos E2, mas desta vez como visada de ré, conforme pode ser visto na tabela 5 e seguimos esse mesmo procedimento até a ultima estaca ou seja, sempre que não podíamos ver a estaca, mudávamos de estação e líamos a ultima estaca da estação anterior como ré.(ver tabela 5) CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO "Estaçõe"Pontos "Leituras "Altura do "Cotas "Compensações"Cotas " "s "visados" "Instrument" " "compensadas" " " " "o " " " " " " "Ré "Vante " " " " " "I "E0 "755 " " " " " " " "E1 " "1856 " " " " " " "E2 " "3214 " " " " " "II "E2 "1098 " " " " " " " "E3 " "2217 " " " " " " "E4 " "3187 " " " " " "III "E4 "1000 " " " " " " " "E5 " "1949 " " " " " " "E6 " "2672 " " " " " " "E7 " "3313 " " " " " " "E8 " "3954 " " " " " "-------"-------"---------"---------"----------"-------"------------"-----------" "--- "--- "---- "---- "---- "-- "----- "----- " "IV "E8 "1851 " " " " " " " "E7 " "1213 " " " " " " "E6 " "563 " " " " " "V "E6 "1862 " " " " " " " "E5 " "1126 " " " " " " "E4 " "186 " " " " " "VI "E4 "2080 " " " " " " " "E3 " "1000 " " " " " "VII "E3 "2082 " " " " " " " "E2 " "758 " " " " " "VIII "E2 "2005 " " " " " " " "E1 " "357 " " " " " "IX "E1 "1905 " " " " " " " "E0 " "1411 " " " " " Tabela 5 Ao chegar na ultima estaca, faz-se o contranivelamento, que nada mais é que um nivelamento feito da ultima estaca para a primeira, E8 E0. Feito o contranivelamento faz-se agora um trabalho de escritório, que consiste em cálculos de altura de instrumentos, cotas e compensações. 5.1.2.1-Cálculos de Altura do Instrumento, Cotas e Compensações. Adota-se uma cota arbitraria(adotamos 10000 mm) essa cota inicial é somada a leitura de ré. Altura do Instrumento= cota inicial + leitura de ré Altura do Instrumento= 10000 + 755= 10755 mm As cotas são determinadas assim: Cota= Altura do Instrumento – leitura de vante. Cota= 10755 – 1856 = 8899 mm E quando mudar de estação é necessário somar a ultima cota a leitura de ré seguinte, determinando então a nova altura de instrumento. (ver tabela 6). Se ao termino dos calculo a cota inicial – a cota final for igual a zero, não a erro. Caso haja diferença faz-se cálculos de compensação. Erro= Cota final - Cota inicial Erro= 10008 – 10000 Erro= 8mm Nosso erro foi de 8mm, então faremos o seguinte: Compensação= excedente/números de estações no contranivelamento Compensação= 8/6 Compensação= 1,3 mm Essa compensação é acumulativa. Subtraiu 1,3 da estação IV Subtraiu 2,6 da estação V Subtraiu 4 da estação VI Subtraiu 5,3 da estação VII Subtraiu 6,6 da estação VIII Subtraiu 8 da estação IX (ver tabela 6) CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO "Estaçõe"Pontos "Leituras "Altura do "Cotas "Compensações"Cotas " "s "visados" "Instrument" " "compensadas" " " " "o " " " " " " "Ré "Vante " " " " " "I "E0 "755 " "10755 "10000 " " " " "E1 " "1856 " "8899 " " " " "E2 " "3214 " "7541 " " " "II "E2 "1098 " "8639 " " " " " "E3 " "2217 " "6422 " " " " "E4 " "3187 " "5452 " " " "III "E4 "1000 " "6452 " " " " " "E5 " "1949 " "4503 " " " " "E6 " "2672 " "3780 " " " " "E7 " "3313 " "3139 " " " " "E8 " "3954 " "2498 " " " "-------"-------"---------"---------"----------"-------"------------"-----------" "--- "--- "---- "---- "---- "-- "----- "----- " "IV "E8 "1851 " "4349 " " " " " "E7 " "1213 " "3136 "-1,3 "3134,7 " " "E6 " "563 " "3786 "-1,3 "3784,7 " "V "E6 "1862 " "5648 " " " " " "E5 " "1126 " "4522 "-2,6 "4519,4 " " "E4 " "186 " "5462 "-2,6 "5459,4 " "VI "E4 "2080 " "7542 " " " " " "E3 " "1000 " "6542 "-4,0 "6538 " "VII "E3 "2082 " "8624 " " " " " "E2 " "758 " "7866 "-5,3 "7860,7 " "VIII "E2 "2005 " "9871 " " " " " "E1 " "357 " "9514 "-6,6 "9507,4 " "IX "E1 "1905 " "11419 " " " " " "E0 " "1411 " "10008 "-8 "10000 " Tabela 6 5.1.2.2-Representação Gráfica de Perfil Topográfico Longitudinal (ver ANEXO II) 6-Considerações Finais Levantamentos Planialtimétricos, são essenciais para nos profissionais das ciências agrárias, tendo em vista sua vasta aplicação na agropecuária, eles nos ajudam a conhecer o terreno, e, é um suporte para auxiliar nas nossas tomadas de decisão. Um exemplo pratico é o plantio em curvas de nível em terrenos com declividade afim de evitar erosão, ou, a sistematização de uma área para implantar um sistema de irrigação,drenagem, etc. 7-Bibliografia BRANDALIZE. M.C.B.- Topografia, engenharia civil, PUC P PR, 2003 JUNIOR, L.V.-Topografia A e B- UFRPE NBR 13133/1994 ANEXOS ----------------------- Figura 1: Demarcação das quadriculas 20 m 20 m A B C D E 1 2 4 3 5 Figura 3: Cotas representadas no croqui