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Relatório Calibração De Vidrarias

Relatório de química analítica sobre calibração de vidrarias

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Calibração de material volumétrico Lucas Oliveira Mota Santos Rafaela Vaz Pereira da Silva Universidade Federal da Bahia – UFBA Calibração de material volumétrico Data: 17/03/2010 Lucas Oliveira Mota Santos Rafaela Vaz Pereira da Silva OBJETIVOS DO EXPERIMENTO Ambientar o aluno na manipulação adequada da vidraria e dos equipamentos utilizados em química analítica; Verificar a calibração de aparelhos volumétricos e observar se eles condizem com as especificações do fabricante. INTRODUÇÃO TEÓRICA Em química analítica devemos manipular os equipamentos de medida da forma mais cuidadosa possível, ou seja, de forma a minimizar os erros de aferição para obtermos dados os mais confiantes possíveis. Por mais habilidoso que seja um analista, seu trabalho está sujeito a erros instrumentais, causados por instrumentos sem calibração ou mal calibrados, e erros aleatórios (indeterminados), que são produzidos por fatores sobre os quais o analista não tem controle. Para obter resultados os mais próximos possíveis dos valores verdadeiros é necessário o conhecimento da química envolvida no processo e das possíveis interferências. Os procedimentos a seguir visam a manipulação correta dos instrumentos de medida Boa parte dos processos químicos quantitativos depende, em algum estágio, da medida de massa (sendo chamada de "pesagem"). Esse procedimento é na maioria das vezes feito pela balança analítica. É importante proteger a balança das correntes de ar e poeira, mantê-la sempre limpa e nivelada para evitar leituras erradas, só pesar objetos que esteja à mesma temperatura da balança (tendo o cuidado para não exceder a carga máxima) e manuseá-los com uma pinça ou papel limpo. Toda a vidraria deve estar perfeitamente limpa e livre de gordura, caso contrário os resultados não serão confiáveis, por exemplo, antes de se realizar qualquer medição em uma pipeta, deve-se lavar a mesma com uma solução de mesma composição da solução a ser medida para que não haja interferências diretas ou indiretas nos resultados encontrados. Já com a bureta deve-se estar atento a tomada de uma alíquota, principalmente com a altura dos olhos, que deve ser a mesma da do topo do líquido, para se evitar os erros de paralaxe. A calibração de instrumentos volumétricos a uma dada temperatura fundamenta- se na densidade dos líquidos. Através da relação entre a massa e o volume expressa na densidade, é possível conferir através da massa (pesando com uma balança) se o volume de líquido indicado na vidraria é verdadeiro. No experimento realizado, o permanganato de potássio foi utilizado para simular a presença impureza retidos no interior da vidraria, para que se pudesse determinar o número de lavagens necessárias para viabilizar a vidraria. Por sua vez, a água destilada teve por finalidade auxiliar na lavagem da vidraria contaminada com o permanganato de potássio e na calibração da pipeta volumétrica de 10,00 mL. Como já foi citado, a calibração de instrumentos volumétricos baseia- se no princípio da densidade dos líquidos, a qual é dada por: d= m/v, logo v= m/d. Esse volume obtido é comparado com o volume aferido na pipeta. PARTE EXPERIMENTAL A) Material utilizado: 1 Pipeta volumétrica (10,00 mL) 1 Béquer de 100 mL Frasco tampado (capacidade de 60 mL) 50 mL de água destilada Termômetro Balança analítica B) Procedimento: Foi pesado um frasco tampado de capacidade de 60 mL. Uma alíquota de 10,00 mL de água destilada foi pipetada e transferida para o frasco. A temperatura da água utilizada foi aferida e pesou-se novamente o recipiente. Essas operações de pipetar 10,00 mL, aferir a temperatura e pesar foi repetida mais 4 vezes. Em seguida foi calculado o volume verdadeiro escoado por esta pipeta, considerando o volume médio dos valores concordantes entre si dentro de 0,005 mL. "Pesar frasco tampado de 60 mL " " " " H2O destilada = 10 mL " " " "Verificar a temperatura " " " " " " " "Pesar novamente " " " " " " " "Repetir os procedimentos " " " "anteriores 4 vezes " " " " " " " "Calcular o volume verdadeiro " "Considerar o volume " "escoado " "médio " RESULTADOS E DISCUSSÕES a) Cálculo do volume baseado na densidade: Densidade da água a 28,9 ºC = 995,974 Kg/m³ = 0,995974 g/cm³ Densidade da água a 29,0 ºC = 995,945 Kg/m³ = 0,995945 g/cm³ b) Teste Q: À 95% de confiança o valor de Q para 5 medidas é de 0,710. De posse dos valores de mínimo (= 10,004 mL) e de máximo (=10,038 mL), podemos efetuar os cálculos: Como Q1 < Qexperimental, conserva-se o dado Como Q2 < Qexperimental, conserva-se o dado Uma vez que os dois extremos estão dentro o nível de confiança aceitável, podemos inferir que os valores localizados entre eles também estão no intervalo de confiança, assim, v2, v3 e v4 não devem ser descartados. c) Coeficiente de variação (CV): d) Intervalo de confiança da concentração (IC): Valor do teste t para 5 medidas (grau de liberdade 4) a 95% de confiança: 2,776 "Determinação "1 "2 "3 "4 "5 " "Temperatura (ºC) "28,9 "29,0 "29,0 "29,0 "29,0 " "Massa do frasco (g) "52,9187 "62,8958 "72,8591 "82,8398 "92,8368 " "Massa do frascos + H2O "62,8958 "72,8591 "82,8398 "92,8368 "102,8148" "(g) " " " " " " "Massa aparente da H2O "9,9771 "9,9633 "9,9807 "9,9970 "9,9780 " "(g) " " " " " " "Volume da H2O (mL) "10,017 "10,004 "10,021 "10,038 "10,019 " "Volume médio da pipeta "10,02 "10,02 "10,02 "10,02 "10,02 " "(mL) " " " " " " Podemos observar que os resultados obtidos para os volumes (v1, v2, v3, v4 e v5) experimentais de água estão próximos do valor esperado (10,00 mL) e são muito semelhantes entre si. A partir do tratamento de dados, percebemos que não foi necessário descartar nenhum valor de volume de água, ou seja, os dados são confiáveis dentro de um intervalo de 90% de confiança. Temos também que os resultados obtidos foram convenientes, pois apresentaram boa precisão (pequeno desvio padrão) e boa exatidão (valor médio muito próximo do valor esperado). CONCLUSÃO Perante as informações supracitadas e a análise dos resultados obtidos infere-se que o experimento foi conduzido de forma satisfatória, pois devido à exatidão e à precisão dos valores experimentais, pode-se considerar que o instrumento volumétrico utilizado (pipeta 10,00 mL) estava devidamente calibrado. O pequeno desvio observado está associado aos erros de determinação de massa na balança (temperatura variável e falta de isolamento mecânico, por exemplo) e de tomada de alíquota (paralaxe). Outro fato importante a ser comentado é que a 8. Deve também observar as condições do instrumento de medida antes de se realizar qualquer leitura para evitar medições incorretas e poupar trabalho. REFERÊNCIAS Cetus Ind. E comércio de produtos químicos. Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos. Disponível em: . Acesso em 16 mar. 2010, 14:36:07. HARRIS, D.C., Análise Química Quantitativa, 6ª Ed., LTC Editora, Rio de Janeiro, 2007. SKOOG, D.A.; WEST, D.M.; HOLLER, F.J; STANLEY, R.C. Princípios de Química Analítica, 1ª Ed., Thomson, São Paulo, 2006. VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa, 6ª Ed., LTC Editora, Rio de Janeiro, 2002. PERRY, R.H.; GREEN, D.W., Perry's Chemical Engineers' Handbook, 7ª ed., McGraw-Hill, New York, 1999.