Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Reações Quimicas De Decomposição

Relatório de Química 1

   EMBED

  • Rating

  • Date

    December 2018
  • Size

    146KB
  • Views

    8,040
  • Categories


Share

Transcript

CENTRO UNIVERSITARIO DO LESTE DE MINAS GERAIS UNILESTE EXPERIENCIA 5 Reações Químicas de decomposição e de dupla troca. ANDREIA FRANCHINI BARTOLOMEU Engenharia Metalurgica FRANCISCO GERALDO TOLEDO JUNIOR Engenharia Metalurgica HUDSON PACHECO ALVES MARTINS Engenharia Metalurgica ICARO RHAIAN MOURA SOUSA Engenharia de Produção 1 – INTRODUÇÃO O trabalho trata-se de uma experiência realizada em laboratório de química da Unileste sobre as reações químicas de decomposição e de dupla troca. O trabalho foi realizado pelos alunos citados anteriormente do curso de Engenharia Metalúrgica e Produção, na disciplina de Laboratório de Química Geral I orientado pela professora Marluce Teixeira Andrade Queiroz. 1.1 – CONCEITOS Uma reação química é uma transformação da matéria na qual ocorrem mudanças qualitativas na composição química de uma ou mais substâncias reagentes, resultando em um ou mais produtos. Envolve mudanças relacionadas à mudança nas conectividades entre os átomos ou íons, na geometria das moléculas das espécies reagentes ou ainda na interconversão entre dois tipos de isômeros. Resumidamente, pode-se afirmar que uma reacção química é uma transformação da matéria em que pelo menos uma ligação química é criada ou desfeita. Características Um aspecto importante sobre uma reação química é a conservação da massa e o número de bozos saltitantes e espécies químicas microscópicas (bozos atomicos com capacidade de saltar a milhões de metros por segundo) presentes antes e depois da ocorrência da reação. Essas Drogas de leis de conservação se manifestam macroscopicamente sob a forma das leis de Lavoisier, de Proust e de Dalton. De fato, essas leis, no modelo atômico de Dalton, se justificariam pelas leis de conservação acima explicitadas e pelo fato de os átomos apresentarem valências bem definidas. Ao conjunto das características e relações quantitativas dos números de espécies químicas presentes numa reação dá-se o nome de estequiometria. Deve-se salientar que uma ligação química ocorre devido a interações entre as nuvens eletrônicas dos átomos, e que então reação química apenas envolve mudanças nas eletrosferas. No caso de ocorrer mudanças nos núcleos atômicos teremos uma reação nuclear. Ao passo que nas reações químicas a quantidade e os tipos de átomos sejam os mesmos nos reagentes e produtos, na reação nuclear, as partículas subatômicas são liberadas, o que causa redução de sua massa, sendo este um fato relacionado à existência de elementos isóbaros, isótonos e isótopos entre si. Um exemplo de uma reação química é (ambos os regentes em solução aquosa): NaCl + AgNO3 NaNO3 + AgCl Nesta reação química, ao passo que o NaNO3 permanece em solução, formou-se uma ligação entre a prata (Ag) e o cloro (Cl) o que resultou em um produto sólido de cloreto de prata (AgCl), pode-se então dizer que houve uma reação química. Causas das reações químicas O acontecimento de reações deve-se a fatores termodinâmicos e cinéticos. Termodinâmica Quanto à termodinâmica, o acontecimento de uma reação é favorecido com o aumento da entropia e a diminuição da energia. Essas duas grandezas se cooperam nesse caso de acordo com a seguinte equação: ΔG = ΔH - T.ΔS (para sistemas a pressão constante) ΔA = ΔU - T.ΔS (para sistemas a volume constante) Onde T é a temperatura em kelvin, ΔH é a variação da entalpia (que é igual a energia absorvida ou liberada em pressão constante) entre os reagentes e os produtos, ΔU é variação da energia interna (que é igual a energia absorvida ou liberada a volume constante) entre eles, ΔS é a variação da entropia entre os mesmos, ΔG é uma grandeza chamada de energia livre de Gibbs e ΔA é uma grandeza chamada de energia de Helmholtz. Se ΔA e ΔG forem maiores que zero em dadas condições, a reação é dita como não espontânea nessas condições, e ela ocorre ou não ocorre em escala apreciável. Na situação de ΔA e ΔG iguais a zero teremos um equilíbrio químico. Caso ΔA e ΔG sejam menores que zero em dadas condições, dizemos que a reação é termodinamicamente favorável nestas condições, ou seja, ela é espontânea. Contudo é importante notar que uma reação ser espontânea não necessariamente significa que ela ocorra rapidamente. Cinética Nesse ponto, entram os fatores cinéticos. Para que uma reação ocorra é necessário que antes, os reagentes superem uma certa barreira de energia, e quanto maior for essa barreira mais difícil será a reação ocorrer e mais lenta ela será. Dessa forma, uma reação termodinamicamente favorável pode ocorrer de forma extremamente lenta ou acabar nem sendo observada em um intervalo de tempo consideravelmente grande; então se diz que a reação é cineticamente desfavorável. Um bom exemplo disso é o carvão e o diamante, que são duas formas diferentes de carbono (alótropos); em condições normais a transformação de diamante a carvão é termodinamicamente favorável porém cineticamente desfavorável, o que faz com que fossem necessários centenas ou milhares de anos para se observar alguma mudança em um diamante. É preciso entender que uma reação para ser cineticamente viável, necessita primeiramente ser termodinamicamente possível. Tipos de reações químicas Tradicionalmente, as reações químicas podem ser classificadas de acordo com o número de reagentes e produtos em cada lado da equação química que representa a reação: reações de síntese, composição ou adição (A + B = AB): As reações de síntese ou adição são aquelas onde substâncias se juntam formando uma única substância. Fonte: http://www.cdcc.usp.br/quimica/fundamentos/tipos_reacoes.html reações de análise ou decomposição (AB = A + B): As reações de análise ou decomposição são o oposto das reações de síntese, ou seja, um reagente dá origem a produtos mais simples que ele. Fonte: http://www.cdcc.usp.br/quimica/fundamentos/tipos_reacoes.html reações de simples troca ou deslocamento (AB + C = AC + B); Reações de simples troca (ou ainda, reações de deslocamento ou reação de substituição) caracterizam-se pela permutação de um átomo ou íon de uma molécula ou composto iônico com outro átomo ou molécula simples. Fonte: http://www.cdcc.usp.br/quimica/fundamentos/tipos_reacoes.html reações de dupla troca (AB + CD = AD + CB): As reações de dupla troca é proveniente da reação de dois reagentes e forma dois produtos, ou seja, se duas substâncias compostas reagirem dando origem a novas substâncias compostas recebem essa denominação. Fonte: http://www.cdcc.usp.br/quimica/fundamentos/tipos_reacoes.html Outra classificação categoriza as reações em dois tipos: reações de oxirredução ou reações redox as demais reações Algumas reações de síntese, algumas de análise, todas de simples troca e nenhuma de dupla troca são reações de oxirredução Um tipo de reação que não encontra paralelo nas classificações acima é a chamada reação de isomerização. Ainda existem uma série de reações que são estudadas em Química Orgânica, ou seja, sub-classes de reações, tais como : Reações de Halogenação, Reações de Hidrogenação, Reações de Substituição Nucleofílica etc. Estequiometria O termo estequiometria refere-se às relações quantitativas entre os elementos constitutivos das substâncias envolvidas em uma reação química. Essas relações quantitativas entre elementos obedecem às grandezas seguintes, já citadas anteriormente: Número de espécies presentes antes e depois da ocorrência da reação A valência de cada elemento, no estado de oxidação em que se apresenta No primeiro aspecto, está subentendida a conservação da massa. Como o número de espécies se conserva, e a massa de cada espécie se conserva, então a massa total também se conserva. O segundo aspecto tem a ver com o estado em que se encontra a espécie (átomo ou íon). Este estado reflete os aspectos microfísicos que só são devidamente explicados pela mecânica quântica, no capítulo da química quântica. 1.2 – OBJETIVOS – Reconhecer experimentalmente a ocorrência das reações de decomposição; – Reconhecer a ocorrência de reações de dupla troca. 1.3 – JUSTIFICATIVA O experimento foi necessario para que se possa observar, identificar e diferenciar os tipos de reações químicas. 2.0 – MATERIAIS 2.1 – MATERIAIS - Amostra de Óxido de mercúrio – HgO; - Nitrato de prata – AgNO3; - Cloreto de potássio – KCl; - Cloreto de prata – AgCl; - Bico de Bunsen; - Centrifuga. 2.2 – MÉTODOS 2.2.1 – Experimento 1 – Reação de decomposição - Transferiu-se para o tubo de ensaio 0,1g de óxido de mercúrio II (HgO) e pesou-se o conjunto; - Realizou-se o aquecimento até a decomposição térmica completa com produção de mercúrio (Hg) e oxigênio (O2); - Esfriou-se em dessecador e pesou-se o conjunto; - Preencheu-se a Tabela 1 e 2. 2.2.1 – Experimento 2 – Reação de dupla troca - Escreveu-se a equação química; - Adicionou-se em um tubo de ensaio 3mL de nitrato de prata (KCl) e 3ml de cloreto de potássio (KNO3); - Adicionou-se também em um tubo de ensaio 3mL de nitrato de prata e 3mL de cromato de potássio. - Centrifugou-se a reação; - Preencheu-se a Tabela 3. 3 – RESULTADOS E DISCURSÃO Tabela 1 – Comportamento do óxido de mercúrio sob aquecimento térmico constante "Reagente "Reação "Tipo de reação "Observações " "2HgO "2HgO + calor 2Hg +"Decomposição "Reação Endotérmica" " "O2 " " " Tabela 2 – Estudo do rendimento da reação de decomposição do óxido de mercúrio "Massa de óxido de mercúrio – 2HgO (g) "0,1 " "Massa do tubo de ensaio vazio (g) "7,4383 " "Massa do tubo de ensaio + oxido de mercúrio – 2HgO "7,5383 " "(g) " " "Massa teórica do mercúrio produzido – Hg (g) "0,09 " "Massa prática de mercúrio produzida – Hg (g) "0,03 " "Rendimento (%) "33,3% " 1) Notou-se que esse tipo de reação é a de decomposição que é a fragmentação de um composto químico para compostos menores, pois existia o óxido de mercúrio que sendo adicionado calor através do bico de Bunsen ocorreu a separação do mercúrio com o oxigênio (2HgO + calor 2Hg + O2), onde o oxigênio foi para a atmosfera e o mercúrio se depositou nas paredes do tubo de ensaio. 2) Calculou-se a massa teórica do mercúrio e oxigênio com o uso da tabela periódica sendo a massa e a regra de 3 pois o valor de oxido utilizada é menor que 1mol de massa específica: 2HgO + calor 2Hg + O2 434g + calor 402g + 32g 0,1g + calor 0,09g + 0,01g 3) Notou-se também que o rendimento da prática foi de apenas 33,3% em relação aos cálculos, pois a massa que deveria se obter de mercúrio era de de 0,09g e obteve-se apenas 0,03g. Acredita-se que ocorreu perda de mercúrio para a atmosfera pois não existia nenhum dispositivo para retenção dessa substancia no tubo de ensaio. Tabela 3 – Reação entre o nitrato de prata e cloreto de potássio "Reagentes "Reação "Produto "Precipitado" " " "dissolvido em" " " " "agua " " "KCl; AgNO3, "AgNO3 + KCl ( KNO3+ AgCl "KNO3 "AgCl " "AgNO3; "2 AgNO3 + K2CrO4 ( 2 KNO3 + "KNO3 "K2CrO4 " "K2CrO4 "Ag2CrO4 " " " 1) Notou-se que o nitrato de prata (AgNO3) reage com cloreto de potássio (KCl) produzindo nitrato de potássio (KNO3) e cloreto de prata (AgCl) caracterizando-se como reação de dupla troca com formação de resíduo insolúvel. 2) Notou-se o nitrato de prata (AgNO3) reage com o cromato de potássio (K2CrO4) produzindo nitrato de potássio (KNO3) e cromato de prata (Ag2CrO4) caracterizando-se como reação de dupla troca com formação de resíduo insolúvel. 3) Observou-se que a reação de dupla troca no caso do experimento em questão ocorre devido a reação de 2 reagentes, que forma 2 produtos que obedecem as seguintes condições: Mais volátil; Menos ionizado; Insolúvel. 4) Observou-se e que nas reação ocorreram a geração de precipitados (AgCl e K2CrO4) que são os metais pesados cuja densidade é superior a 4,0g/cm3, e tem números atômicos entre 61,546~200,590. 5) Notou-se que a visualização dos metais pesados só pode ser observado devido o uso centrifuga que acelerou o processo de separação do sólido e do líquido. 4 – CONCLUSÃO Conclui-se que existem diferentes tipos de reação químicas e as diferenças entre elas são o numero de reagentes em função de dos produtos. Conclui-se que nas reações de decomposição ocorrem a fragmentação de um composto químico para compostos menores e que nas reações de dupla troca ocorrem a reação de 2 reagentes formando 2 produtos diferentes dos reagentes. 5 – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS PRATICAS DE QUIMICA GERAL PARA O CURSO DE ENGENHARIA – MANUAL DO ALUNO; MEC – Secretaria da educação superior, fevereiro de 1985. SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Editora Ática, 2002. Volume único. RUSSELL, J. B. Química Geral, São Paulo: Editora Pearson, Março de 2008. 2º Edição. Volume 1. WIKIPÉDIA. Reações Quimicas. Artigo Eletrônico. Disponível em . Acesso em 21/11/2011.